6 de Agosto de 2000
No ano 2000, Rui Neves regressava à programação do Jazz em Agosto e, com ele, o evento anual da Gulbenkian lançou-se a nomes das fronteiras do jazz, para lá daquele território até, nas opiniões mais conservadoras. Foi neste contexto que surgiram os noruegueses Supersilent, improvisadores de primeira, num registo electro-acústico que faria escola no selo Rune Grammofon. Um privilégio para quem esteve no anfiteatro.
62. KIMMO POHJONEN KLUSTER @ TAGV
1 de Dezembro de 2004
Se o diabo tocasse acordeão, ficaria roído de inveja com Kimmo Pohjonen. Na altura, escrevi, entre outras coisas, que "Pohjonen está para a tradição europeia do acordeão como Diamanda Galás está para os cabarets de Berlim. Está tão distante de Kepa Junkera, para nos situarmos em terrenos dos foles, como a israelita Meira Asher está, no terreno da voz, da inglesa June Tabor. É um autêntico diabo em palco. Ou melhor, é um Dr. Fausto perdido, com a alma já vendida a Méphistophélès, e que em palco tenta esconjurar o demónio."
63. SMOG @ CLUBE LUA
26 de Setembro de 2005
Ele sorriu. Ele não é tão mau assim! Foi a única vez -- com pena -- que vi o Bill Calahan ao vivo.
64. GOGOL BORDELLO @ FMM SINES
28 de Julho de 2007
Escrevi o que se segue na altura e cada vez mais tenho a vontade de carregar em certas palavras: "Sábado à noite, a gogolândia instalou-se no Castelo. Não foi preciso muito para que aqueles milhares de pessoas começassem a suar abundamente aos pulos com que acompanhavam a música. Continuo a achar os Gogol Bordello demasiado azeiteiros, da voz a alguns padrões rítmicos muito semelhantes ao nosso 'pimba', continuo a achar que estão muito longe de serem uma versão balcânica dos Pogues ou dos Ukrainians (porque estes sabiam tocar a sério e sem puxar alarvemente pelo lado "cheesy" da coisa), mas, porra, incendiaram o castelo (calhou-lhes bem o tradicional fogo de artifício do FMM). Fizeram aquilo que era pedido para terminar os concertos no castelo: uma enorme festarola."
65. AAVIKKO @ CAFÉ LUSO
19 de Novembro de 2000
Belo bailarico o que se instalou no mítico Café Luso, ao Bairro Alto. Foi uma óptima oportunidade de celebrar, com estes finlandeses casiomaníacos, a fase boa da electrónica mais lúdica, onde cabia também o alemão Felix Kubin (esteve nesta mesma noite), o russo Olek Kostrow (dos Messer für Frau Müller, do qual derivaram os hoje mais famosos Messer Chups, com o outro Oleg), o polaco Nova Huta, entre outros.
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