terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Jack Rose (1971-2009)

Não é propriamente a notícia que mais se goste de receber numa noite de copos, depois de uma boa prestação dos barcelenses Glockenwise no Lounge e da companhia dos amigos. Jack Rose morreu no sábado passado. Tive ocasião de o ver no seu projecto a solo em 2004 e, mais tarde, em 2006, com os Pelt, que não me deixaram, terei que o confessar, grande memória. Ainda assim, a recordação daquela noite de Novembro de 2004 e de álbuns como "Raag Manifestos", o álbum que ali trazia naquele concerto na ZDB, ou do posterior "Kensington Blues", uma obra prima do tratamento da guitarra dedilhada, em versão pós-takomiana dos ragas indianos, deixam-me com enormes saudades de alguém que deixou este mundo cedo demais. Tinha, dizia-me esta noite o Nélson, 38 anos (faltam-me dois). É muito cedo para se ter um ataque cardíaco, ainda que saibamos que eles acontecem em todas as idades, tanto mais quanto se entra em comportamentos de risco, como parecia ser o caso. Fica aqui um pequeno tributo à sua memória. Se há casos em que nos sentimos obrigados a evocar a memória e prestar luto por alguém que nunca conhecemos pessoalmente, mas cujo trabalho nos deixou marcas profundas, este é um deles.

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