28 de Julho de 2001
Quem tenta reduzir a apreciação de um espectáculo somente à prestação dos artistas em palco pode estar a mirar a tromba do elefante à sombra da imensidão do bicho. Qualquer um sabe que para um bom espectáculo concorrem outros factores, inúmeros, uns mais frequentemente citados nas reportagens que outros, como o som, as características da sala, o público, etc. Para a posição cimeira que este espectáculo dos Black Uhuru com a secção rítmica mais importante da Jamaica, Sly & Robbie, ocupa nesta lista, toma peso um outro grande protagonista: o FMM. Foi o meu primeiro contacto com a magia de Sines e receio que isso só possa ser inteiramente compreendido por quem por lá passou ao longo destes anos, como os meus amigos que, a cada uma das vagas de estreia, irradiavam dos olhos um brilho verdadeiramente único (e não era da ganza). Foi neste espectáculo, no castelo de Sines, que assisti pela primeira vez ao famigerado fogo-de-artifício (mais uma daquelas coisas que soam mal, assim escritas, onde só quem já testemunhou um encerramento do FMM, como era o caso aqui, sabe verdadeiramente do que se está a falar). Cerca de dois anos depois, os artistas do palco voltaram ao nosso país, para um concerto na Voz do Operário (e talvez outros mais). Não foi mau, mas...
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