domingo, 24 de julho de 2011

Ok

Podem fechar o FMM (*). Melhor concerto de sempre: Congotronics vs Rockers.

(*) Ei, é a brincar. Longa vida a noites como esta.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 1

1. CONGOTRONICS VS. ROCKERS (Congo-Kinshasa/EUA/Argentina/Suécia)
Castelo de Sines
Sábado, 23 de Julho, 00h45



Falemos então de laboratórios, uma das essências fundamentais que todos os anos esperamos do FMM. Sob a égide da Crammed, a editora belga que desde os anos 80 tem vindo a firmar com força o seu lugar no mercado das músicas do mundo, sem nunca deixar fechar-se na autarcia que outras editoras ou agentes deram ao termo, reuniram-se músicos do Congo dos Kasaï Allstars e dos Konono nº1, projetos ligados à "revolução" congotrónica, nome derivado dos títulos das compilações que os trouxeram para a ribalta do mundo ocidental, com outros da música popular independente dos EUA e de outros países (Deerhoof, Animal Collective, Micachu, Oneida e tantos outros). O resultado desta experiência laboratorial concretizou-se na compilação "Tradi-Mods vs Rockers: Alternative Takes On Congotronics" que a Crammed lançou no ano passado. Do disco ao concerto, foi um passo. Para os palcos, juntaram-se 10 músicos das bandas congolesas, com dez outros das restantes, a saber: os quatro Deerhoof, Juana Molina, elementos dos Skeleton, dos Wildbirds & Peacedrums e ainda Vincent Kenis, o produtor da série "Congotronics". A digressão do espetáculo parece estar a correr muito bem, a avaliar pelo que se vai vendo no blogue que a acompanha. É impossível perder isto.

(ADENDA: Por lapso e por distração -- ou por parvoíce -- desta lista dos 13 concertos aguardados com maior ansiedade ficou de fora o projeto Desert Slide, que reúne Vishwa Mohan Bhatt, mais um intérprete de sitar adaptada ao slide, com os Divana Ensemble, um grupo de ciganos descendentes dos músicos que antigamente tocavam para os rajás. Duas Índias em diálogo, na quinta-feira, 28 de Julho, às 23h15, no castelo.)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 2

2. SECRET CHIEFS 3 (EUA)
Castelo de Sines
Sexta-feira, 22 de Julho, 00h45



A banda que o ex-Mr. Bungle Trey Spruance formou nos meados dos anos 90 não é uma banda. São sete. Ou mais, sabe-se lá. Entre a confusão que é a discografia dos Secret Chiefs 3 podemos encontrar diferentes formações e incursões instrumentais por diferentes géneros. Lá, encontramos músicas da Índia, do Médio Oriente, o metal, a electrónica, o surf, a música para cinema, referências a Philip K. Dick ou a John Carpenter, numa espécie de viagem do Corto Maltese embarcado num navio fantasma que queremos ver de perto, para citar de uma assentada duas das imagens tão bem conseguidas pela malta da comunicação do FMM na apresentação do grupo no programa do festival. Nem quem os viu nas anteriores passagens por Portugal, saberá ao que vai se os voltar a ver agora. Mas a expectativa, essa, é imensa. Na ZDB, no mês passado, apresentaram-se como um trio. A Sines trazem mais dois elementos (Trey Spruance: saz, guitarra; Timb Harris: violino, guitarra, trompete; Adam Stacey: teclados; April Centrone: bateria; Toby Driver: bateria).
(Os Secret Chiefs 3 passam também pelo Milhões de Festa, em Barcelos, no dia seguinte.)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 3

3. DISSIDENTEN (Alemanha/Marrocos)
Castelo de Sines
Sexta-feira, 29 de Julho, 00h45



Os Dissidenten foram um dos primeiros grupos do mundo ocidental a cruzarem a fronteira cultural e a promover a fusão com músicas provenientes de outras paragens. Primeiro foi a Índia, no "Germanistan", álbum de 1982. Depois foi o Norte de África, mais concretamente Marrocos, com o histórico "Sahara Elektrik", de 1984. Dos anos 80 para cá, o percurso tem sido irregular, com algumas passagens muito duvidosas pela música de dança e alguns clichés azeiteiros do rock de fusão que eles próprios ajudaram a estabelecer. Mas esta é uma oportunidade que não se deve de perder para ver aqueles a quem a Rolling Stone um dia chamou "padrinhos do World Beat".
(História curiosa: um dos fundadores e principal mentor do projeto, Uve Müllrich, vive no Sul de Portugal, como tanto alemão hippy que se preze. Um dia, na tasca, reconheceu a música que vinha do televisor, que na altura passava uma telenovela. Era o "Fata Morgana", o maior êxito da carreira dos Dissidenten, na voz de... Roberto Leal, que alegadamente nunca os contactou para fazer a versão que todos os portugueses infelizmente conhecem...)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A frase

Não fui, nem percebo porque se vai, mas ainda não vi um amigo a não se queixar do festival de rock do passado fim-de-semana. Em todo o caso, há que ler de todas as maneiras possíveis o significado de uma frase que se arrisca a ficar histórica nos anais da festivália nacional:

"Festival de verão sem pó, é comida sem sal, para mim. Isso não vai mudar." (O organizador do festival)

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 4

4. LE TRIO JOUBRAN (Palestina)
Castelo de Sines
Sexta-feira, 22 de Julho, 21h45



É uma daquelas verdades que só quem nunca experimentou é que desconhece: um bom intérprete de alaúde é, muitas das vezes, mais forte que um psicotrópico. Lembram-se do Rabih Abou-Khalil, no castelo, em 2006? Agora imaginem não um, mas três virtuosos do instrumento árabe... Vai haver OD no castelo, certamente. E os responsáveis serão estes três irmãos, Samir, Wissam e Adnan Joubran (acompanhados ainda por um percussionista), que tocam bem que se fartam e que tratam a sincronia com a maior das familiaridades.
(O trio participa também no Festim, tendo passado ontem por Albergaria-a-Velha e tocando ainda hoje no Cine-Teatro de Estarreja.)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Logo há...

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 5

5. SLY & ROBBIE feat. JUNIOR REID (Jamaica)
Castelo de Sines
Sábado, 30 de Julho, 00h45 (encerramento do FMM no castelo)



Quem esteve no castelo de Sines na noite de 28 de Julho de 2001 lembra-se bem do encerramento. Lowell "Sly" Dunbar e Robert Shakespeare, então como secção rítmica dos míticos Black Uhuru, protagonizaram um dos melhores concertos destas 12 edições de festival. Passaram 10 anos e à dupla voltam a ser concedidas as honras do fogo de artifício, agora na companhia de Junior Reid, um dos vocalistas da história dos Black Uhuru, nos anos 80.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 6

6. ADUF (Portugal)
Castelo de Sines
Domingo, 24 de Julho, 18h45



Sempre senti um enorme respeito pelo Zé Salgueiro, enquanto percussionista, enquanto motivador de causas (leia-se projetos) pela música tradicional portuguesa, enquanto "reformista" dos instrumentos de percussão que estão na base dessa mesma música. E recordo com saudade os projetos "especiais" que ele criou ou ajudou a criar ao longo dos anos 90, como o Tim Tim por Tim Tum ou o Adufe. Passaram os anos e o Adufe, que chegou a ir ao FMM de 2000, perdeu o E final, mas a ideia com que o coletivo se apresenta não deve ser muito diferente da anterior. Vai ser impossível não reparar na versão especial do instrumento de percussão da Beira Baixa, uma versão gigantesca, com um som apropriado ao seu tamanho. Além do Zé Salgueiro, estarão em palco mais oito músicos, com destaque para o guitarrista enorme José Peixoto e a basca Maria Berasarte na voz.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 7

7. CHEIKH LÔ (Senegal)
Castelo de Sines
Sexta-feira, 22 de Julho, 23h15



Se não contarmos com os eternos Baaba Maal, Youssou N'Dour e ainda a Orchestra Baobab, Lô é provavelmente o músico mais importante da atual cena senegalesa. Já tem mais8 de vinte anos de carreira, teve o álbum de estreia (1995) produzido por N'Dour, mas só na última década é que o mundo para além de África e França (onde residiu nos anos 80 e trabalhou como músico de sessão) o começou a conhecer verdadeiramente. Por aqui encontramos o mbalax senegalês, mas também as habituais rumbas que aquela região africana tomou como suas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 8

8. MERCEDES PEÓN (Galiza)
Castelo de Sines
Quarta-feira, 27 de Julho, 18h45



Mercedes Peón lembra, à primeira vista, Meira Asher. A culpa é, eu sei, da cabeça rapada, porque Mercedes não vai aos extremos da israelita na experimentação musical, mas talvez não lhe fique muito distante. A música de Mercedes é como um gigantesco caldo de culturas. Não deixa de ali haver ingredientes galegos, é certo, mas a fusão com muitos outros sabores, a eletrónica e os métodos pouco habituais para os nossos irmãos lá do Norte com que tudo isto é confecionado faz da música de Mercedes um caso de audacidade que merece ser ouvido e visto em palco, mesmo que seja ao fim da tarde, mesmo que esteja apenas ela em palco.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O velho jornalismo de sempre? Não.

A cobertura mediática dos festivais de Verão tem vindo a crescer. É natural. Há cada vez mais festivais, há cada vez mais público (bilhetes e passes esgotam cada vez com maior frequência, mesmo em tempo de crise), parece haver cada vez mais investimento das marcas, etc. A exposição mediática é tal que, hoje em dia, e nas faixas etárias mais jovens, deverá ser motivo para alguma ostracização social não ir aos festivais mais badalados.

Na generalidade dos casos, essa tal cobertura mediática continua a restringir-se a dois ou três tipos de formatos. Primeiro, a tradicional cobertura em modo de crítica aos eventos, com reportagens aos concertos escritas ou relatadas por especialistas, por vezes muito boas, por vezes muito fracas, muito convencionais, muito conservadoras. Segundo, nas televisões e em publicações menos sérias, a cobertura de aspetos mais sociais do evento, ignorando ou deturpando até o que se passa em palco e sempre no mesmo tom, sempre com a mesma fórmula. Há ainda um terceiro formato, cada vez mais em voga, que é aquele que decorre, por ligação direta, das agendas das marcas envolvidas nos eventos. Mas desse nem vale a pena escrever mais uma palavra que seja.

Mais do que isto, convenhamos, é coisa rara. Não há tradição de jornalismo assente num pouco mais de investigação, de cobertura de aspetos nunca ou raramente tratados. Ainda há dias, aqui me referia ao facto de pouco se falar, por cá, do funcionamento da indústria discográfica, por exemplo.

As coisas raras merecem, por isso mesmo, serem destacadas. É o que acontece com esta peça assinada pela jornalista Nídia Faria, que hoje aparece na edição do Público:

Os jovens que arriscam entrar à borla nos festivais
Contudo, apesar da PSP no local, houve quem entrasse à borla no Alive. Paulo, Catarina e João enganaram a segurança. Têm vinte e poucos anos e acham que, em tempo de crise, é no poupar que está o ganho.

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 9

9. AYARKHAAN (Iacútia - Rússia)
Castelo de Sines
Sexta-feira, 29 de Julho, 21h45



Já lá vão quase uns 20 anos desde que, pela primeira vez, o incrível canto gutural de Sainkho Namtchylak encostou os meus ouvidos à parede. Comecei então a procurar outros exemplos do método do canto com harmónicos, ora da república de Tuva, ora da vizinha Mongólia, ora no Tibete, ora noutras paragens dispersas no globo e sem quaisquer relações aparentes entre si, como é o caso dos Inuits norte-americanos ou de alguns "joikers" da Lapónia (lembram-se do Wimme Saari no ano passado, em Sines?). São experiências auditivas já por si inclassificáveis quando as ouvimos em gravações e que arriscam, não exagero, uma certa transcendência quando as testemunhamos ao vivo.
As Ayarkhaan são três mulheres da república da Iacútia (lembram-se de quando jogavam ao Risco e atacavam Kamchaka?) que vêm munidas deste poderoso método vocal e de berimbau de boca típico da região. Pode ser um dos momentos de transcendência deste próximo FMM.

sábado, 9 de julho de 2011

Jorge Lima Barreto (1949-2011)

Jorge Lima Barreto, músico e musicólogo, morreu hoje, vítima de pneumonia. A todos os amigos e familiares, as minhas mais sentidas condolências.
(Notícia no Público.)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os Rainbow Arabia vêm cá!

Dia 17 (domingo), no Lounge, vamos ter por Lisboa os Rainbow Arabia! E dois dias antes passam por Guimarães, onde vão participar no festival Manta, do Centro Cultural Vila Flor.
O EP (ou, antes, mini-álbum) "Kabukimono" é um autêntico mimo. Já o mesmo não se pode dizer do álbum de estreia recentemente lançado, mas seguramente que vai ser uma bela festa.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 10

10. MÁRIO LÚCIO (Cabo Verde)
Castelo de Sines
Sábado, 30 de Julho, 21h45



Por alguma razão de ordem superior (ou da ordem da parvoíce) que agora não me recordo, não vi, na íntegra pelo menos, a atuação dos Simentera no FMM de há oito anos. Vai agora haver oportunidade para reparar, em parte, esta espécie de falta. Os Simentera ainda vão tendo umas aparições esporádicas (voltaram ao nosso país há cerca de dois anos, salvo erro), já que o seu líder, Mário Lúcio, tem estado mais ocupado com o seu projeto a solo, já com três álbuns gravados. E, desde há poucos meses, mais ocupado ainda com outros assuntos: é que no dia 30 vamos ver em palco não só o músico, o cantor, o escritor e o pintor, mas também o... atual Ministro da Cultura do seu país.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 11

11. BERROGÜETTO (Galiza)
Castelo de Sines
Sábado, 23 de Julho, 23h15



São uma das maiores e das mais celebradas instituições da canção tradicional galega. Nunca tive a oportunidade de os ver num palco, daí boa parte da expetativa com que os aguardo. Surgem agora com vocalista masculino, mas parece que a identidade do grupo não sofreu por isso abalo de maior.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 12

12. AZIZ SAHMAOUI & UNIVERSITY OF GNAWA (Marrocos/Senegal)
Castelo de Sines
Sábado, 30 de Julho, 18h45



Vivemos aqui tão perto de Marrocos e conhecemos tão pouco da música dos gnawa. Não será ainda aqui que a iremos conhecer num estado mínimo de pureza (perdoem-me o termo e, já agora, que aproveite a ocasião para lançar o convite aos amigos e não só para abalarmos em excursão, para o ano que vem, ao Festival Gnaoua, em Essaouira...).
O que propõe Aziz Sahmaoui, a antiga voz da Orchestre National de Barbès é o reencontro com pinta de moderno entre tradições gnawa de Marrocos, numa versão mais profana daquela que em tempos foi a música religiosa daquela cultura, e as músicas mais recentes do Senegal. O reencontro é simbólico, já que os gnawa, hoje fundamentais na cultura de Marrocos, tiveram origem na região subsariana, longe vão os séculos. Numa época em que o Ocidente cada vez mais olha para África, na indústria musical e não só, aparece-nos aqui uma fusão "dentro de portas" do grande continente. E estas experiências de laboratório não devem ser perdidas.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quebra homóloga de 50% na venda de discos?

É raro vermos a nossa comunicação social atenta ao que se passa no negócio da indústria musical portuguesa. Sabemos com frequência o que se passa nos grandes (e até nos pequenos) mercados internacionais e, claro, desconfiamos que por cá o cenário não seja muito diferente do negro com que se pinta lá por fora. Vamos ouvindo os amigos que trabalham em departamentos de editoras ou que fazem do que cada vez menos vão vendendo nas lojas o seu ganha-pão e a ideia confirma-se. Mas as redações, ora na área da música, ora na área dos negócios, ora as mais generalistas, têm uma certa tendência para passar ao lado. Talvez seja algo tão insignificante que não mereça a pena ser falado. Nem para o que tem corrido mal (as vendas de discos), nem para o que tem corrido aparentemente bem (os festivais).

Mas nem sempre é assim. Hoje, por exemplo, a minha cara Ana Baptista deu conta de alguns números em artigo no Dinheiro Vivo. Para o Tozé Brito, atual presidente da SPA e antigo gestor da Universal e da BMG, o mercado discográfico nacional valia 120 milhões de euros em 2000, tendo caído para apenas cerca de 36 milhões, em 2010. Mas os dados mais atuais, aqueles que motivam a notícia, ainda são mais assustadores: Eduardo Simões, o presidente da AFP, espera uma quebra de 50% na venda de discos no segundo trimestre de 2011 face a idêntico período do ano passado. Já no primeiro trimestre, a quebra homóloga havia sido de 40%... No primeiro trimestre de 2011, faturaram-se apenas quatro milhões de euros... (Estes últimos dados referem-se exclusivamente à venda de discos em suporte físico, mas as vendas digitais, além de insignificantes neste contexto, estão também elas em quebra.)

Os 13 concertos que mais vou querer ver na 13ª edição do FMM - n.º 13

13. EBO TAYLOR & AFROBEAT ACADEMY (Gana)
Castelo de Sines
Domingo, 24 de Julho, 00h45



Devo confessar que nos últimos meses tenho voltado as costas ao afro beat, ao highlife e família. Já não posso com mais compilações de gravações recuperadas no inesgotável património da Nigéria e arredores ou com os tributos e requentamentos que por aí florescem todos os dias. Mas, em Sines, com uma qualidade de som à altura, no meio de uma multidão a dançar em peso, a coisa costuma funcionar (esqueçamos aquele espetáculo falhado do Tony Allen, há alguns anos, junto à praia). Dois dos filhos de Fela Kuti, Femi e Seun, deixaram o castelo em absoluto êxtase, por exemplo. E desta vez, há nova oportunidade para tal acontecer, com um das maiores guitarristas e compositores do highlife, do afro beat e do jazz ganeses, o sr. Ebo Taylor (antigo camarada de Kuti, a propósito). Respeito.

Sessões por essa net fora, n.º 4

One song, one take, one cab. É este o moto de um dos repositórios de sessões mais originais que podemos encontrar na web. Mete-se os artistas dentro de um táxi inglês, o taxista apresenta-os e toca a captar a sessão. O resultado pode ser visto em www.blackcabsessions.com, desde 2007. (Daqui não dá para incorporar o vimeo.)

É segunda-feira, mas há, pelo menos, dois fortes motivos para sair

A ZDB recebe os Gala Drop, que regressam de uma digressão pela Europa (no fim de semana estiveram por Porto e Braga).



No Cascais Cool Jazz Fest, a rainha da soul, solicitada por muitos para que cá voltasse depois de um concerto inesquecível no Santiago Alquimista, há uns bons anos, temos Sharon Jones com os seus Dap Kings.