terça-feira, 15 de março de 2005

Uma crónica de 1975 (parte II)

Eis a continuação deste mítico pedaço de escrítica pop. Vejam a forma como o escriba derruba barreiras com a utilização ritmada do sinal de dois pontos. Parece um conjunto de bonecas matriochkas. Amanhã há mais.

No primeiro aspecto: novo sistema de actuação: o grupo Genesis procurou, dentro de conceitos gerais de pop-art, sistematizar o espectáculo musical com novas estruturas: o ritual de Peter Gabriel (os seus gostos paradigmáticos, os seus fatos fantásticos, a sua mise-en-scêne dionisíaca: movimentos dum solista de bailado exótico, referenciado a mundos fabulosos da droga: mitologias ingénuas, inovações Kitsch, mas sempre autenticamente pop.
O cenário era feérico: luzes estroboscópias em permanente alteração cromática, projecção de slides (isto sim: a selecção era do melhor gosto, as fotos de nível inatacável, a oportunidade da sua projecção sobre três panos digna dum verdadeiro artista).
Os movimentos lumino-dinâmicos sempre num complemento rigoroso do desenvolvimento musical.
Explosões de granadas de luz, mudança fenomenal de cenários, contaminação psicadélica, mas:

(continua)

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