Os três Fat Freddy não deixaram, no entanto, abater-se e proporcionaram ao seu reduzido público uma grande noite. Numa mistela de surf-rock instrumental, paso dobles, programações e imagens hilariantes (a homenagem ao José Cid é um must), Pepito e Cª mostraram uma vez mais que fazem, ainda que em segredo apenas conhecido por uma elite privilegiada, uma dos melhores espectáculos que, de vez em quando, se podem assistir em palcos portugueses. A atitude rock'n'rolleira (já é marca do grupo a parte em que o contrabaixista se coloca em equilíbrio sobre o seu instrumento, enquanto violentamente ataca as notas de um dos "Batman Themes") e o humor completamente avariado do guitarrista Pepito dão cabo de qualquer conceito de normalidade com que se possa esperar, à partida, de um concerto dos Fat Freddy. Único problema de ontem: as mudanças de imagens e sons que acompanhavam os três músicos em palco. Muito lentas e atrapalhadas, por vezes. Mas, de resto, fica gravado na memória mais um inesquecível concerto.
(E eu juro que esgano o próximo que me aparecer à frente a dizer que não surgem bandas interessantes em Portugal, que não temos capacidade de ter nomes conhecidos lá fora para além dos habituais. Eu juro que esgano.)
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