domingo, 26 de outubro de 2003

Número 4, segunda noite

Seguem-se mais algumas breves noites sobre a quarta edição do Número Festival, agora sobre a segunda noite, isto é, a de ontem, Sábado.

Micro Audio Waves (4/10)
Mudaram radicalmente. A electrónica abstracta aborrecida e pouco original deu lugar, imaginem, ao electro-clash aborrecido e tudo menos original... Há um novo elemento -- uma vocalista -- a compor o palco.

Laub (6/10)
Houve momentos interessantes, em que a dupla berlinense ensaiou texturas de beats simples e respiráveis, mas mantenho o que já dizia em relação a outro concerto deles: são um projecto para ouvir em disco, sobretudo.

Señor Coconut y su Conjunto (7/10)
A juntar aos incontáveis talentos que já conhecíamos a Uwe Schmidt, ficou a conhecer-se mais um ontem: o de conseguir arranjar músicos excepcionais, originários dos mais diversos países, para o acompanhar nesta aventura pelos ritmos sul-americanos. Excelente a versão ao vivo para "Beat it" (Michael Jackson) e a derradeira "Music Non Stop" (Kraftwerk), com os músicos a evidenciarem uma vez mais todos os seus virtuosismos antes de abandonarem o palco, um por um.

Muito ficou por ver
Todo o resto do palco principal (não há qualquer paciência para ouvir Luomo depois deste último álbum e o português Expander já viria muito tarde), e a maior parte do palco secundário (Nelson Flip e Yellow fazem uma boa dupla no giradisquismo electro com MC).

Organização
Ao contrário da noite anterior, teve a decência de deixar anunciado no exterior da Gare Marítima de Alcântara que o concerto de Karl Bartos, dos Kraftwerk, já não ia acontecer. Além deste, também se ficou a saber, já no interior das instalações, que o português Mourah não estaria "preparado" para tocar naquela noite. Também ao contrário da noite anterior, havia agora papéis espalhados por todo o lado com a informação dos alinhamentos e dos horários dos espectáculos, os quais foram aparentemente respeitados sem grandes oscilações. No entanto, a contrastar com estas melhorias, a falha suprema tinha que acontecer: não havia cerveja na segunda noite. Um festival a que aderem alguns milhares de pessoas a servir apenas as vodkas e os açúcares com vodkas do principal patrocinador. Não há pachorra para isto.

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