Nem a propósito, realizou-se recentemente um inquérito em Inglaterra junto de três mil indivíduos que vão ao festival de Glastonbury, que amanhã se inicia. O estudo, encomendado pela associação Freeview Playback (uma associação que reúne BBC, ITV e outros canais e que pretende promover o regresso dos hábitos das gravações caseiras de programas de tv) e entretanto citado pelo site do Blitz, revela informações curiosas, embora expectáveis, convenhamos. Quase metade dos inquiridos (49 por cento) mostrou dificuldades em recordar-se das bandas a que assistiu em festivais. Cerca de um quinto (18 por cento) disse mesmo ter assistido a menos de cinco horas de música num festival de dois dias. 16 por cento revela estar embriagado quando começam a tocar os cabeças-de-cartaz (buh, ingleses tenrinhos). Agora, a cereja no topo do bolo que é este estudo: um terço dos inquiridos admite que gasta dinheiro num guarda-roupa quase completo antes de ir a um festival...
É a moda, estúpido. É a socialização, estúpido. É o "Kate Moss effect" de que os jornais ingleses falam desde que esta foi a Glastonbury em 2003. Não é por isso de surpreender que tanto lá fora como cá dentro os festivais, por mais que surjam, são um sucesso de adesão. É a razão que explica o aparente contra-senso (só para alguns) entre o declínio acentuado das vendas de discos e o êxito dos festivais ao vivo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários antigos, da haloscan/echo, desapareceram. Estão por isso de regresso estes comentários do blogger/google.