Enquanto por cá nos ficamos pelo eterno pranto, lá fora a música portuguesa é motivo de celebração. Pelo quarto ano consecutivo, a secção britânica da Fundação Calouste Gulbenkian organiza, pelas mãos de Miguel Santos, ex-músico, ex-jornalista, e, claro, ex-carpideiro, mais uma edição do Atlantic Waves (
ver site oficial). Os londrinos estão a ter a oportunidade de, nalgumas das melhores salas da sua cidade, conhecer, melhor que os próprios portugueses, algumas das mais interessantes propostas nacionais. Já começou no passado dia 23, com o fado de Cristina Branco, e prossegue até dia 7 de Dezembro, num ciclo que se fecha novamente com o fado, neste caso de Ana Sofia Varela e Carla Pires. Mas se é o fado que assume natural destaque e, eventualmente, maior interesse por parte dos "bifes", o Atlantic Waves leva também até Londres a pop/rock (The Gift, Dezperados e Loosers), a electrónica (Paulo Raposo), a contemporânea (Orchestrutopica), a improvisada (Telectu e Carlos Zíngaro) e a tradicional (O Ó que Som Tem? e Danças Ocultas). Eu disse que era uma celebração da música portuguesa.
Paralelamente ao festival, a organização produziu ainda, uma vez mais, a compilação "Exploratory Music from Portugal", que é distribuída juntamente com a revista The Wire, chegando a melómanos espalhados por todos os cantos do mundo, e oferecida nos concertos do festival.
1. Rui Júnior & O Ó que Som Tem? "Nortada + O Malhão"
2. Galandum Galundaina "Passeado"
3. Danças Ocultas "Alchimie"
4. Cristina Branco "Green God"
5. Ana Sofia Varela "Vivendo sem Mim"
6. Carla Pires "Fado das Sardinheiras"
7. The Gift "Question of Love"
8. Miguel Graça "Cosmopolis"
9. Fat Freddy "Frenesim de Canibalismo Ritual"
10. Carlos Zíngaro "Outsiders"
11. Telectu "Kraula Alviazul II"
12. Autodigest "Karaoke Night in Laptopland"
13. Maria Castro "Postglacial Rebound"
14. Pedro M. Rocha "Quarteto"
15. Orchestrutopica "Imaginary Dancescape, a Melodrumming after Cocteau"
16. TGB "Só"
Parabéns, Miguel Santos.
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