terça-feira, 16 de setembro de 2003
Rock no hospital
No trabalho de pesquisa que tenho levado a cabo para a biografia dos Mão Morta, deparei aqui há tempos com um excelente artigo de Miguel Francisco Cadete, no Blitz de 2 de Novembro de 1993, e com o mesmo título desta posta. Basicamente, o jornalista foi à procura de casos de violência no rock em Portugal e compilou-os em duas páginas de jornal recheadas de histórias interessantes. Ali fala-se da violência infligida pelas forças de ordem, antes e depois do 25 de Abril, nos concertos rock. Fala-se da violência da segurança, como o caso dos profissionais que pontapeavam os "crowd-surfers" que caíam no fosso do concerto dos Stranglers. Fala-se na violência dos próprios músicos, como quando um dos guitarristas de Sepultura, em Cascais, atingiu um segurança (que se estava a exceder -- eu estive nesse concerto) com a guitarra. Fala-se violência do público, e nas vezes que UHF ou os Guns n'Roses foram arremessados com cerveja. Fala-se nas situações de limite a que os músicos se entregaram e que, por tal, se viram obrigados a fazer viagem do palco para o hospital, como a facada de Adolfo Luxúria Canibal. Fala-se em muitas outras espécies de distúrbios, mas as situações mais interessantes (e cómicas) são aquelas que envolvem músicos e críticos. Entre os exemplos dados, "Rui Veloso encostou o crítico do Expresso, João Lisboa, à parede, nos corredores do Teatro São Luiz, por altura do concerto de Marc Ribot" ou "O autor de "A Arte Eléctrica de Ser Português" [António Duarte] foi vítima de uma tentativa de agressão por parte de Iggy Pop"...
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