sexta-feira, 24 de abril de 2015

100 de 1973, n.º 40, Faust (rep.)



THE FAUST TAPES
FAUST (Alemanha)
Edição original: Virgin
Produtor(es): Uwe Nettelbeck
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A Polydor alemã fartou-se dos Faust ao segundo álbum, "Faust so Far" (1972), argumentando que não eram suficientemente comercializáveis. Uwe Nettelbeck, o produtor da banda, virou-se para a inglesa Virgin. Richard Branson pegou nesta estranha e difícil coleção de pedaços de gravações, sem pós-produção e dos quais nem nome se sabia na primeira edição. Foi o terceiro álbum lançado pela então incipiente Virgin (um pouco mais abaixo nesta lista encontram "Tubular Bells", a primeira). Mas o mais curioso foi o preço, 49p, que era quanto custava um sete polegadas, na altura. O resultado foi a venda de 50 mil unidades e a obtenção do 12.º posto na tabela de vendas. De repente, havia um número significativo de ingleses a conhecerem aquela banda alemã obscura, um número bem maior do que aqueles que habitualmente frequentavam a loja de krautrock de Richard Branson, em Notting Hill. Como se lia nas notas da edição original, estes eram "os Faust ao seu nível mais pessoal e espontâneo, um olhar único aos bastidores de um grupo que os críticos europeus e britânicos aclamaram como um dos mais excitantes e mais exploratórios do mundo". Os Faust, contudo, consideravam este "Faust Tapes" como um bónus, não como o terceiro álbum, mas a verdade é que o álbum se manteve até hoje como uma obra essencial, redescoberta por sucessivas gerações, fruto do estatuto adquirido pelo próprio grupo ao longo das décadas e das várias reedições que o disco foi tendo.

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