sexta-feira, 25 de agosto de 2006

25 de Agosto

No dia 25 de Agosto de 2003, pelas 3h20 da madrugada, este blogue despontava para o mundo da seguinte maneira:

O arranque
Depois de meses a dizer para mim próprio que não iria fazer um blogue, eis que dou por mim a escrever a primeira posta do "Juramento sem Bandeira", aproveitando uma pausa na cansativa tarefa que tem sido, nestes últimos meses, a biografia dos Mão Morta.
Esta mudança repentina deve muito ao interesse com que fui descobrindo todos estes gadgets, do design do template às funcionalidades do blogger.com, dos comentários do enetation.co.uk a todos os outros add-ons que por aí circulam e que eventualmente virei a experimentar. Mas deve também ao entusiasmo que sinto neste momento por poder vir a encher este espaço de assuntos, ideias, questões, desabafos, etc. Não pretendo que isto seja mais um blogue como muitos outros que nestes últimos dois anos vieram a rebentar, quais diários íntimos dos Adrian Moles do século XXI. Não interpretem isto como uma crítica. Afinal, os blogues existem para isso mesmo e para muitas outras coisas, isto é, para se fazer deles o que cada um entender. No "Juramento sem Bandeira", a filosofia de partida é -- e também me reservo a esse direito -- diferente, ainda que não inédita, naturalmente. Mesmo que isto possa ser lido como um diário, não será um diário exclusivamente meu. A curto prazo vou convidar outras pessoas, com quem partilho de alguns pontos de vista (ou não) para também irem participando.
Não tenho grande prazer em definir regras, mas acho que convém, aqui já à partida, balizar o universo de opções que pretendo seguir neste blogue. Quando há quinze anos ouvia o "Juramento sem Bandeira", dos Pop Dell'Arte, de cuja letra citei um excerto que ficará patente na divisa deste blogue, havia ali algo de utópico que me fazia acreditar que o mundo não tinha de sucumbir por inteiro à avalanche da uniformização, dos gostos iguais por todo o lado, dos pontos de vista universais. Decorrido este tempo, talvez seja mesmo verdade que "todos os fascistas no poder se transformaram em balas perdidas na multidão", sendo, daí, mais do que altura de "sairmos à rua, sermos mais fortes" e de "nada nos calar, nada nada nos debelar". Esta é, talvez, uma via tímida e bastante modesta (mas talvez das poucas ao alcance de cada um de nós, nos dias que correm), de fazer cumprir esse juramento. É pouco visível? Certamente! Quem mais do que eu e dos amigos que eu convidar irá visitar este blogue? :)
Mais concretamente, vou aproveitar este blogue para falar da música (e provavelmente de outras artes) que vai acontecendo por cá (e possivelmente também lá por fora -- ainda não me decidi). Falar de concertos nas nossas salas. Falar de novas e velhas bandas portuguesas. Deixar questões sobre a forma como as coisas vão acontecendo. Lançar ideias.


(Um grande obrigado a todos os que tem prestado visitas a esta humilde residência.)

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