Começa hoje, na Culturgest, a mini-digressão Tropicália Jacta Est, com o espectáculo especialmente concebido para os palcos portugueses pelo inenarrável Tom Zé. Espera-se um misto de concerto com conversa (e quem já assistiu a palestras do Tom Zé, como aquela que ele deu em Sines há dois anos, sabe que o prato é forte). O libreto, por assim dizer, do espectáculo é o seguinte:
7 horas - Portugal recebe a cultura moçárabe (a contragosto).
10 horas - A canção celta chega ao ápice de seu desenvolvimento.
11 horas - Abrem-se os salões para a poesia provençal.
12/13 horas - Durante a sesta Portugal elabora sua inclusão neste caldo infusório. É uma imensa sesta, de sete rosários de Cronos.
14 horas - Embala tudo numa pequena e concentrada cápsula.
16 horas - Alguns navios partem com a cápsula, que vai parar no Brasil.
20 horas - Nascemos no sertão da Bahia, às vésperas da Segunda Revolução Industrial. A cápsula se rompe em nossas veias e vem à luz o Tropicalismo.
A não perder, hoje em Lisboa; no dia 10, na Casa da Música do Porto, e no dia 12, no Teatro Municipal de Faro.
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