Era um dado adquirido, embora pouco afirmado, que a TSF divulgava a melhor música do espaço radiofónico português. E isso não só para meia dúzia de ouvintes ligados ao meio musical – tinha um espectro de reconhecimento quase universal.
E tão boa programação musical tinha, que por ela estavamos dispostos a gramar com todos os blocos de notícias repetidos a cada meia-hora até à exaustão ou mesmo até com aqueles intermináveis pacotes publicitários de 20 minutos cada!
O que sobrava, infelizmente pouco, compensava o resto. No fundo, era a excelência da música divulgada que nos fazia ouvir tudo o mais.
De um dia para o outro, sem que se tivesse sabido que algum raio houvera atingido a estação, começamos a ter Brian Adams em vez de Ryan Adams, Roberto Carlos em vez de Robert Wyatt e sequências musicais que começam em Queen e acabam em João Pedro Pais...
A emissora tinha/tem no seu corpo três dos melhores (se não mesmo os melhores) divulgadores de sempre de música em Portugal: Aníbal Cabrita, Ricardo Saló e Mário Dias. Puseram-nos a fazer o quê? A preencher boletins da SPA?!
Que incontrolável vírus terá atacado a estação para que esta, dum dia para o outro, passasse da "melhor" para uma das "piores" selecções musicais de que há memória no espaço hertziano?
Alguém consegue explicar tal fenómeno??!!!
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