quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004
Bálsamo para a alma
Ah, como sabe bem ouvir o J.P. Simões cantar. Aquela voz e aqueles textos são uma autêntica pedrada no charco do panorama actual de "cantadores" (ou pretensos "cantadores") portugueses. Isso ficou provado uma vez mais, no concerto de estreia do Quinteto Tati (eram seis), ontem, no Frágil. Talvez mais do que acontecia nos Belle Chase Hotel, sente-se agora na voz do J.P. Simões muita da melancolia crua de Sérgio Godinho, um pouco do romantismo de João Peste e até mesmo -- senti isso na primeira valsa -- um certo tom épico que me fez lembrar o Alagoa dos Lucretia Divina, só para citar referências nacionais. Venham mais concertos!
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