sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

Vida e obras dos... PINT FLOYD!

Não é gralha minha, não. Alguém que andava à procura de saber mais dos Pint Floyd no Google, veio parar aqui... :)

Viagens #2: ATP

Continuando as viagens por essa Europa de festivais de Primavera, eis o All Tomorow's Parties, que este ano tem seis mordomos (Mogwai, Tortoise, Shellac, Stephen Malkmus, Sonic Youth e a fundação ATP) para dois fins-de-semana (26 a 28 de Março e 2 a 4 de Abril). No mundo, só mesmo outro festival poderá rivalizar com este, e é o All Tomorow's Parties de Los Angeles.
Vejamos então quem vai ao campo de férias da praia de Camber Sands, em Inglaterra:

Primeiro fim-de-semana:
MOGWAI, SHELLAC, TORTOISE, BOREDOMS, CAT POWER, ISIS, TRANS AM, PART CHIMP, MIKE WATT + THE SECONDMEN, MIKE WATT + THE JOM & TERRY SHOW, LIGHTNING BOLT, KID606, TODD, BOBBY CONN, ENVY, JAMES ORR COMPLEX, ATOMBOMBPOCKETKNIFE, THE DISHES, MCLUSKY, A WHISPER IN THE NOISE, ENTRANCE, UZEDA, STINKING LIZAVETA, FRENCH TOAST, AZITA, CONVERGE, THE SECONDS, LUNGFISH, GROWING, TURBONEGRO, ACID MOTHERS TEMPLE e SUN CITY GIRLS.

Segundo fim-de-semana:
ERASE ERRATA, BARDO POND, JACKIE-O MOTHERFUCKER, THRENODY ENSEMBLE, STEPHEN MALKMUS AND THE JICKS, SONIC YOUTH, THE SHINS, CAT POWER, DEERHOOF, THE NOTWIST, HAR MAR SUPERSTAR, MIIGHTY FLASHLIGHT, FURSAXA,
MODEST MOUSE, OOIOO, DOUBLE LEOPARDS, VIBRACATHEDRAL ORCHESTRA, SOPHIA, CASS MCCOMBS, LIGHTNING BOLT (é a primeira vez que vêm à Europa!), THE TINDERSTICKS, FUCK, WOLF EYES, LOVE, LE TIGRE, BLACK DICE, TRAD GRAS, OCH STENAR, CHARALAMBIDES, THE FIERY FURNACES, LCD SOUNDSYSTEM, POLMO POLPO/HANGED UP, VINCENT GALLO, ARAB STRAP, ANGELBLOOD, DREAM/AKTION UNIT, CARLA BOZULICH RED HEADED STRANGER SHOW, ESG, DIZZEE RASCAL, MISSION OF BURMA, SACCHARINE TRUST, JAMES YORKSTON e EXPLOSIONS IN THE SKY.

Mais informação em www.atpfestival.com.

De onde raio é que vem o nome? #6: Einstürzende Neubauten

Traduzido à letra, o nome significa "Prédios Novos em Derrocada". Atenção que a palavra "neubauten" era utilizada na Alemanha para descrever os prédios novos construídos após a guerra (por oposição, "altbauten" eram aqueles cuja construção tinha sido anterior), o que em Berlim, cidade particularmente desvastada durante o conflito, se aplicava de sobremaneira à arquitectura urbana. Os prédios novos eram normalmente associados a uma arquitectura fria e feia, e desenhada de tal forma deficiente que as derrocadas se tornaram frequentes. Uma semana após a formação do grupo, por exemplo, o Kongreßhalle de Berlim, construído pelos norte-americanos, ruía sobre si próprio, alimentando uma discussão pública rodeada de polémica, que traria desde logo alguma projecção ao nome do grupo. Numa entrevista, Blixa Bargeld (que em tempos se chamou Christian Emmerich), afirmou ainda que se lembrou do nome por causa de um colega de escola que insistentemente repetia a expressão.

Tortoise no Y

O Y de hoje faz referência às datas de saída do novo álbum dos Tortoise, lançando questões a propósito do seu conteúdo, como se fosse este o segredo mais bem guardado do ano no reino da pop. Que razões poderão estar por trás disto? 1) O Y ainda não recebeu o disco; 2) O Y não tem acesso à internet; 3) O Y tem acesso à internet e possui informações de que o álbum que está disponível há mais de um mês não é verdadeiro; 4) O Y tem acesso à internet mas não alinha em esquemas de pirataria, nem que seja para poder escutar o disco antes da sua saída oficial e informar os seus leitores do que aí vem; 5) O Y já conhece o disco, mas prefere ignorar o facto, porque afinal... é cedo demais.
Prefiro pensar que foi esta última razão a motivar as dúvidas da notícia de hoje...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

Viagens #1

A Primavera vai trazer uma boa mão cheia de festivais por essa Europa fora com óptimos cartazes. Comecemos pelo Domino, que se realiza em Bruxelas, no Ancienne Belgique. Shellac (na foto), Neubauten e Black Dice... Que vontade de ir comer umas batatas fritas...

30/3: Belle & Sebastian
31/03: Peaches + De Portables
01/04: Shellac
02/04: Einstürzende Neubauten
03/04: Hangedup
04/04: Lars Hornveth + Soledad Brothers
05/04: Black Dice
06/04: Lali Puna
07/04: Le Tigre

Afinal os Neubauten continuam arrasadores

Quis experimentar ouvir o novo dos Einstürzende Neubauten, "Perpetuum Mobile" no PC do trabalho. Por distracção, coloquei o DVD (que traz algumas faixas áudio remisturadas a 5.1) no leitor de CDs, o que despoletou uma pequena revolução no interior do PC. Primeiro, o leitor de CD desapareceu do sistema, tal como se tratasse de um dispositivo USB que tivesse sido acabado de desligar "à bruta" (e é um leitor interno). Nem tão pouco se podia abrir a gaveta do CD. Reboot e, bom, já se abre a gaveta e já se pode tirar o DVD, mas o leitor de CDs continua ausente do sistema. Mais um reboot e o leitor reaparece. Coloco então o CD e nada. Não se ouve nada. Através do windows explorer, a única coisa que se lê no CD é um jpeg com o logotipo dos Neubauten, o homem e o sol. Ah, mas nada mais abre no raio do PC. Fantástico. Tira-se o CD, faz-se mais um reboot (não se faz não, tem que se desligar o PC na corrente mesmo).
Bonito... Um disco que é vendido a um preço de luxo de 1ª categoria em Portugal e depois nem se pode ouvir num PC. EMI e Mute, vocês são os maiores.

De onde raio é que vem o nome? #5: Sonic Youth

Thurston Moore: "Na altura eu ouvia muito o single 'City Slang', da Sonic Rendezvous Orchestra, e o álbum 'Screaming Target', dos Big Youth [o primeiro álbum destes jamaicanos]. Eu só pensava numa forma de ser leal a ambos os génios e finalmente cheguei a Sonic Youth. Soava melhor que The Arcadians."
Verdade, boato ou história para entreter? Não me perguntem, que eu não sei...

Música e bola #1


The Wedding Present, "George Best" (1987)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

E se...

...alguém da família vos convidasse para pôr música num casamento?
Arranjar muzak para o banquete é fácil... O que me assusta é a parte do bailarico... É que é um casamento normal, com convidados normais, que certamente esperarão a música normal (cruzes credo!) dos casamentos. Que fazer?

Bíblia 18 e 19 com festa de lançamento

A revista Bíblia prepara-se para fazer o lançamento dos seus dois próximos números na discoteca Lontra (rua de S. Bento), onde a Journeys, que organiza a festa, veio recentemente a fixar residência. Do cartaz fazem parte duas bandas, Dead Combo (com os convidados Zé Pedro e Gui) e Nuno,Nico (novo projecto do ex-Ornatos Violeta Nuno Prata e de Nico Tricot). No giradisquismo vão estar Laura Portugal & Sofia Morais, Milkshake e Henrique Amaro.
É já amanhã, quinta-feira, a partir das 22h!

AnAnAnA em saldos!

Segundo a propaganda acabadinha de receber, 97% dos discos (as novidades não vão estar disponíveis) vão ter, a partir de hoje até à quarta-feira da semana seguinte, o preço de três euros... Os outros estarão a seis...!

Só hoje reparei nisto... :(

Ciberespaço, 11 Fevereiro de 2004

Hoje, decidimos colocar um fim neste projecto.
Um site que durante mais de sete anos noticiou e debateu o meio rádio em Portugal.

Uma "paixão estranha" que nos fez manter vivo este site.

Balanço destes sete anos de "emissões".
Sinais +
- Percebemos desde 1996 a importância da Internet como meio de comunicação
- Tivémos o prazer de conhecer muitos profissionais que admiramos
- Construimos amizades com muitos profissionais do meio
- Aprendemos a noticiar, reflectir e apreciar a rádio
- Vibrámos com o meio
- Se não fosse o entusiasmo dos profissionais e amigos nunca teriamos mantido vivo este projecto durante tanto tempo
- Os "bits" que escrevemos nunca foram indiferentes ao meio
- A vertigem e excitação do "furo" jornalístico
- A coragem de assumir posições

O que nos fez colocar um fim ao site?
A nossa vida pessoal e profissional mudou muito em sete anos.
É difícil manter a disponibilidade e paciência para diariamente pensar, escrever, ler mensagens, etc.

Agradecimentos:
Aos nossos leitores e fieis 24 mil subscritores registados.
A todos os que colaboraram com o projecto directa e indirectamente.

A Telefonia Virtual

(in www.telefonia-virtual.com)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2004

Sole, hoje na ZDB

Há que dizê-lo: a Zé dos Bois tem estado imparável. Vejam só o que já lá passou nas últimas semanas: Matt Elliott, dos Third Eye Foundation (dia 10); os portugueses Ölga, Lemur (dia 13 de Fevereiro) e Saturnia (dia 14); os italianos Zu, para -- nunca é demais dizê-lo -- um estrondoso concerto (dia 20); a Stealing Orchestra (dia 21) e vários outros espectáculos na área das electrónicas e das improvisadas. Hoje, em mais uma ocasião a não perder, vai lá estar o Sole, um dos fundadores da Anticon (não há hip hop melhor -- crucifiquem-me). Para o próximo fim-de-semana há ainda Great Lesbian Show (dia 28). Viva a Zé dos Bois!!

Maps. Ai...

Estava aqui a escrever sobre o disco dos Yeah Yeah Yeahs do ano passado e não consigo deixar de ficar apaixonado por "Maps", mesmo que seja a 405ª vez que ouça a faixa... (suspiro)
Nenhuma canção foi tão forte, neste aspecto, em 2003.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2004

De onde raio é que vem o nome? #4: Zu

O trio romano que recentemente arrasou os palcos portugueses por onde passou foi buscar o seu nome à palavra alemã "zu" ("fechado"), alegadamente por ter estado fechado dois anos numa cave a ensaiar, entre 1999 e 2001, antes de aparecer com o primeiro álbum, "Bromio".
(in www.zuism.com)

domingo, 22 de fevereiro de 2004

Oops.

Então não é que desde que temos falado aqui no regresso dos Pixies, tenho tido sempre na cabeça, vá-se lá saber porquê, que tal iria acontecer no Coliseu dos Recreios? Daí até que não estivesse a perceber o receio que tantos de vós tinham em ver outras bandas a partilharem o palco nesse dia... Se fosse no Coliseu, não faria sentido nenhum que houvesse outras bandas, claro, mas debaixo da ponte ao lado da Expo, o caso muda de figura...

sábado, 21 de fevereiro de 2004

Zu Zu Zu Zu Zu!!!


Ainda apenas vamos em Fevereiro e 2004 já conheceu uma série de óptimos concertos. A actuação de ontem dos Zu, um trio de free-hardcore-jazz italiano composto por Massimo Pupillo (baixo), Jacopo Battaglia (bateria) e Luca Tommaso Mai (saxofone alto e barítono), na Galeria Zé dos Bois, foi mais uma dessas ocasiões. Pense-se em Painkiller, pense-se em Shellac (não é estranho que os Zu estejam envolvidos com gente de Chicago, como o próprio Steve Albini), pense-se em Nomeansno, pense-se numa secção rítmica tremendamente forte e irrepreensivelmente sincronizada, pense-se numa postura sempre dirigida por uma excelente disposição (o descambanço no final em "Beat on the Brat", dos Ramones, é apenas uma pequena ilustração disto), e talvez se consiga imaginar um pouco do que foi o concerto de ontem. Ou então não, e o melhor mesmo é não perder a oportunidade de (voltar a) vê-los este domingo, no Porto, no Maus Hábitos. Façam o favor de não perder um dos melhores concertos dos últimos tempos.
(a fotografia não é do concerto de ontem; faz parte da galeria do site oficial dos Zu: www.zuism.com)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

Por mera curiosidade

Perdeu-se um pouco do hábito salutar de colocar bandas portuguesas a fazerem primeiras partes dos concertos de artistas estrangeiros. Os Mão Morta a abrirem para o Nick Cave ou para os Young Gods (entre muitos outros), os Pop Dell'Arte a abrirem para Felt, os Lucretia Divina a abrirem para os Einstürzende Neubauten, os Mler Ife Dada a abrirem para os Wire (em Lisboa, porque no Porto foram também os Mão Morta), os Cães Vadios a abrirem para a segunda visita dos Young Gods, os Bateau Lavoir a abrirem para os Echo & The Bunnymen, etc. Foram muitos os exemplos.
Trazendo essa tradição de volta para a actualidade e pegando na discussão gerada a partir de uma posta deixada mais abaixo, que banda portuguesa seria mais adequada para fazer a primeira parte de Pixies?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

Frase do dia

«Os Delfins aqueceram o público para os assobios a Beckham e companhia (...).»
in DN de hoje, a propósito da festa que antecedeu o jogo Portugal-Inglaterra. O sentido das palavras não é particularmente claro, mas há uma interpretação que pode ser feita às mesmas que é de destacar... :)

Bálsamo para a alma

Ah, como sabe bem ouvir o J.P. Simões cantar. Aquela voz e aqueles textos são uma autêntica pedrada no charco do panorama actual de "cantadores" (ou pretensos "cantadores") portugueses. Isso ficou provado uma vez mais, no concerto de estreia do Quinteto Tati (eram seis), ontem, no Frágil. Talvez mais do que acontecia nos Belle Chase Hotel, sente-se agora na voz do J.P. Simões muita da melancolia crua de Sérgio Godinho, um pouco do romantismo de João Peste e até mesmo -- senti isso na primeira valsa -- um certo tom épico que me fez lembrar o Alagoa dos Lucretia Divina, só para citar referências nacionais. Venham mais concertos!

De onde raio é que vem o nome? #3: Pixies

O guitarrista Joey Santiago andava a estudar inglês e um dia deparou no dicionário com a palavra "pixies" (não existe uma tradução directa para o português, como sabemos, mas podemos pensar em "duendes" ou em "pequenas fadas"). O grupo achou então que seria engraçado chamarem-se Pixies, tendo um "frontman" volumoso como o Black Francis...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

866

866 é o número de pessoas que assinaram a petição Queremos os Pixies!, publicitada em primeiro lugar por este blogue, há semanas atrás. É um número que, francamente, supera as minhas expectativas.
Já agora, vejam o comunicado de imprensa que a Música no Coração acaba de lançar:

(...)
A edição especial de 2004, comemorativa do 10.º aniversário deste SUPER evento, realiza-se nos dias 9, 10 e 11 de JUNHO, no PARQUE DO TEJO - PARQUE DAS NAÇÕES e será a maior de sempre.
Os PIXIES, juntam-se aos LINKIN PARK, KORN, NELLY FURTADO e AVRIL LAVIGNE no cartaz da 10.ª edição do Festival Autêntico, SUPER BOCK SUPER ROCK.
Primeiro surgiram os rumores... depois de um interregno de mais de uma década, Frank Black, Kim Deal, Joey Santiago e David Lovering iriam reunir os PIXIES para a gravação de um novo disco e uma digressão mundial. A agitação e ansiedade tomaram conta dos milhões de fãs dos PIXIES e da imprensa musical a nível mundial. Finalmente a notícia mais esperada confirmou-se: os PIXIES reuniram-se, começaram a ensaiar e a marcar espectáculos.
E Portugal? A angústia criada pela possibilidade da digressão dos PIXIES não incluir o nosso país, motivou baixo-assinados de fãs, a publicação de diversos artigos e inclusive, a criação de excursões com destino ao espectáculo mais próximo de Portugal... O 10º SUPER BOCK SUPER ROCK tem portanto o prazer - e o orgulho - de confirmar a actuação dos PIXIES, naquela que já é, definitivamente, a melhor edição de sempre do Festival.(...)


Sejamos realistas. Seguramente que o abaixo assinado nunca determinaria, em circunstância alguma, a vontade de uma produtora em conseguir trazer cá um grupo como os Pixies. Mas e se o mesmo abaixo assinado serviu de incentivo extra -- por mais residual que tenha sido essa influência -- para se gastar um cêntimo a mais que fosse no espectáculo? E se, da mesma forma, o abaixo assinado tivesse servido para vender melhor a ideia ao patrocinador e daí conseguir um cêntimo extra? Seja como for, acho que as 866 pessoas que assinaram o documento só podem estar de parabéns. Podem não ter exercido qualquer influência -- e quase de certeza que não -- mas o facto de terem abraçado uma causa comum, nem que fosse através de um simples "eu quero", é já merecedor de grande respeito. E, para celebrar, temos aí o 11 de Junho...

E era mesmo

Façam o favor de clicar aqui e ficarem felizes (se for o caso, claro).

Será?

Acabo de ser informado que daqui a poucos instantes, será divulgada no disco digital a "notícia musical do ano"... Suspeito do que seja, mas aguardemos.

De onde raio é que vem o nome? #2: Ramones

Há muito tempo atrás, ainda os Beatles se chamavam Silver Beetles, Paul McCartney chegou a usar, durante pouco tempo -- fala-se numa digressão pela Escócia -- o nome Paul Ramon. Quando os Ramones se formaram, em 1974, quiseram prestar tributo "ao tempo em que McCartney ainda era um rocker" (sic).

Uma espécie de posta aberta aos autores dos sites mp2000.no.sapo.pt e anos80.no.sapo.pt

Não vos conheço (penso eu, dado que vocês não se identificam). Seja como for, queria essencialmente deixar-vos aqui um grande obrigado pelo trabalho que têm feito no mp2000 ou no anos80. Presumo, claro, que haja ligações claras entre ambos os sites, uma vez que os estilos de um e de outro são muito semelhantes (estarei enganado ao achar que o anos80 é um sucedâneo do mp2000, entretanto descontinuado?).
Tanto o mp2000 como o anos80, já serviram de fontes para pesquisas ou trabalhos da minha parte e aí pude atestar o valor imensurável que um trabalho como o vosso tem, perante a tão escassa informação que existe hoje sobre a música feita em Portugal há quinze, vinte ou mais anos, situação que é ainda -- como se já não bastasse -- sublimada pela tendência imediatista do consumismo contemporâneo. Recuperar o passado, nestas condições, não é por isso nostalgia, como muitos poderão à primeira vista chamar-lhe. É garantir que aquela história que merece ser contada, por tão especial que foi, pode mesmo ser contada e que não fica esquecida.
Espero que o vosso trabalho possa continuar e que possa receber ainda maior divulgação. E se for necessária ajuda, não hesitem.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

De onde raio é que vem o nome? #1: Yo La Tengo

A origem do nome Yo La Tengo está no basebol, possivelmente numa estória do Mets de Nova Iorque, clube recordista em derrotas. A parábola conta-se em poucas linhas. Sempre que se preparava para apanhar a bola, Richie Ashburn, um dos poucos jogadores que se destacava na equipa, gritava "I got it!", mas o seu colega Elio Chacon, que não entendia inglês, acabava na maior parte das vezes por chocar com ele, fazendo com que a bola se perdesse no chão, dando mais tempo à equipa adversária. Até que o treinador do Mets ensinou Richie a dizer "Yo la tengo!". Assim Chacon percebia de imediato e não disputava a mesma bola que Ashburn.

Novo site de Tortoise

www.trts.com
Por ora, apenas é exibida a capa do novo (e fantabulástico) "it's all around you". Digam lá se não é verdade que não se via capa tão foleira desde os tempos do prog...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

Este senhor faz hoje 79 anos

Carnavalapalooza: agora sim

Por lapso de copy-paste, a data do Carnavalapalooza, evento que vai reunir Fat Freddy, Fingertrips e Le Partisan numa noite de folia a não perder no Hard Club, estava na agenda do blogue como 13 de Fevereiro, o que era, obviamente, um erro. A data correcta é, pois, 21 de Fevereiro, o próximo Sábado.

Ainda sexta

Foram dois óptimos concertos, os de Lemur e Ölga, na ZDB, na passada sexta-feira. Os dois projectos comungam de uma mesma postura sónica, a cair para os lados do pós-rock instrumental. Pró-Chicago, no caso dos Lemur, e pró-Glasgow, no caso dos Ölga, que também puxaram, mercê da utilização de dois bateristas a um certo "industrialismo" dos anos 80. Na minha opinião, a prestação de ambas as bandas só terá a ganhar com um compromisso técnico mais sério por parte dos músicos, nota que já não é tanto aplicável ao baterista dos Lemur, que mais uma vez se destacou no seio do grupo. Ainda no campo das sugestões, se mo são permitidas, houve momentos nos dois concertos em que se notou que apenas uma guitarra não era suficiente, como aliás os discos de um e outro projecto deixam perceber mais claramente.
Seja como for, tanto os Lemur como os Ölga têm um caminho pela frente que merece ser seguido com toda a atenção. Vamos a ver o que dali sai.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

Era o que faltava

Agora também já recebo publicidade ao Rock in Rio via mail...

Hoje na ZDB

Ölga e Lemur. A partir das 11h.
Nem os Ölga (que conheço do mini-álbum agora lançado pela Bor Land), nem os Lemur (que conheço do palco) estão ainda o suficientemente soltos das suas influências, mas estou confiante de que vão ser dois óptimos concertos, a não perder por quem gosta de texturas de guitarras e do vai-acima-vai-abaixo... :)
(E prestem atenção ao baterista dos Lemur!)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004

Voltei aos contactos antigos

Voltei finalmente ao meu nº de telefone de sempre, o 91991####. Aqueles que tenham guardado o 96, façam o favor de esquecê-lo.

Também já tenho de novo acesso ao mail vitor.junqueira@mao-morta.org (o site dos Mão Morta também já se encontra online!)

Estou apaixonadíssimo...

...por este disco:



Na voz de Johnny Cash já se notava algum entaramelamento que a doença de Parkinson então diagnotiscada lhe trazia, mas não deixa de ser formidável ouvir "The Mercy Seat" (Nick Cave and The Bad Seeds), "One" (U2), "I See a Darkness" (Bonnie Prince Billy), entre outras, com a impressão recorrente de que estes temas podiam ter sempre feito parte do seu próprio reportório.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

A todos os bloguistas

Um conselho: guardem cópias dos vossos templates de html... O blogspot acabou de me comer uma parte considerável do html (a partir de certo momento até ao fim)... Por sorte, o google guarda versões passadas dos sites que indexa, por isso foi mais ou menos fácil conseguir recuperar o html que faltava (e que compreendia quase toda a barra de links do lado esquerdo). E foi sorte a versão guardada do google ser mais ou menos recente...

TSF = 'Tamos a Ser F...?

Não me posso deixar de solidarizar com o repto lançado no forum do Mundo de Aventuras. De estação de eleição no autorádio passou a algo que só é mesmo usado para os relatos da bola e para o senhor Fernando Correia (olá como está? e esses ossos?). Não há paciência para a música de Galeto! Eis a transcrição do repto do Mundo de Aventuras, com o qual concordo, repito, palavra por palavra (vão lá e comentem!).

Era um dado adquirido, embora pouco afirmado, que a TSF divulgava a melhor música do espaço radiofónico português. E isso não só para meia dúzia de ouvintes ligados ao meio musical – tinha um espectro de reconhecimento quase universal.
E tão boa programação musical tinha, que por ela estavamos dispostos a gramar com todos os blocos de notícias repetidos a cada meia-hora até à exaustão ou mesmo até com aqueles intermináveis pacotes publicitários de 20 minutos cada!
O que sobrava, infelizmente pouco, compensava o resto. No fundo, era a excelência da música divulgada que nos fazia ouvir tudo o mais.
De um dia para o outro, sem que se tivesse sabido que algum raio houvera atingido a estação, começamos a ter Brian Adams em vez de Ryan Adams, Roberto Carlos em vez de Robert Wyatt e sequências musicais que começam em Queen e acabam em João Pedro Pais...
A emissora tinha/tem no seu corpo três dos melhores (se não mesmo os melhores) divulgadores de sempre de música em Portugal: Aníbal Cabrita, Ricardo Saló e Mário Dias. Puseram-nos a fazer o quê? A preencher boletins da SPA?!
Que incontrolável vírus terá atacado a estação para que esta, dum dia para o outro, passasse da "melhor" para uma das "piores" selecções musicais de que há memória no espaço hertziano?
Alguém consegue explicar tal fenómeno??!!!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2004

Mogwai ainda, agora com imagens do Garage

O meu caro amigo Paulo Gomes teve a gentileza de enviar algumas das fotos que tirou nos Mogwai. Eis um bloco delas:

Current 93 para o fim do ano

Dave Tibet já não vem cá em Abril. Os concertos foram adiados para o final do ano, possivelmente para Setembro.

Resposta ao R

Mais abaixo, na posta do álbum dos Hipnótica, surgiu uma questão a propósito da importância da distribuição de discos via Blitz. Achei que, melhor do que continuar a encher o ramalhete de comentários seria promover a discussão a posta. Aqui vai, então, a minha resposta ao R.

«Desagrada-me o Blitz entrar no negócio desta forma. Encontra-se um produto pronto de uma banda crescida e faz-se a distribuição e promove-se muito. É bom mesmo muito bom e é negócio. Só. É fácil.»
Exactamente. É fácil. Por isso mesmo é que seria estúpido que não se fizesse, não? Havendo a hipótese, porque não?

«Podem ser levantados 500 problemas sobre as relações que irão resultar destas join ventures. Sobretudo porque são muitos e é um número redondo.»
500? Ainda não demonstraste um sequer...

«No entanto, penso que se viveria bem melhor com essas mesmas contrariedades se estivéssemos a falar de uma operação em moldes diferentes. A aposta na criação de raiz, como compilações com novas bandas ou colaborações entre gentes da praça. Processos promovidos pelo belo pasquim unicamente distribuídos com o jornal. Faria mais sentido ou se calhar estou a complicar.»
Eu sinceramente, acho que estás a complicar... Não querendo partir para o pressuposto errado de catalogar a tua opinião com o lugar-comum que vou referir a seguir, creio que existem sempre em Portugal dois tipos de reacção à novidade (seja ela boa ou má):
a) passividade;
b) saiu azul? acho que devia era sair verde, isso sim. azul não presta.

Acabei!

"Narradores da decadência", em breve, numa livraria perto de si (assim espero!).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004

Foi você que pediu uma epifania?

Por vezes passamos por situações de tal forma fascinantes, de tal forma arrebatadoras, que não encontramos no vocabulário mais à mão um suporte à altura para as descrevermos. Por mais arte que empreguemos na escrita, achamos que ficaremos sempre aquém do testemunho real do que presenciámos. Por mais confiança que tenhamos na nossa palavra, sentimos uma aura de injustiça a pairar sobre o texto...
O concerto de Mogwai, ontem no Paradise Garage, foi uma dessas situações.
O culminar do espectáculo naqueles mais de vinte minutos do "My Father My King" ficará para sempre gravado na minha memória. Obrigado Mogwai, ah'm friggin' overwhelmed, aye ah am.
(Alguma alma caridosa arranja a gravação?)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004

Hipnótica quase, quase

O novo álbum dos Hipnótica, "Reconciliation", está quase aí. O disco é distribuído com as duas próximas edições do Blitz, mas a curiosidade pode já ser satisfeita no Sábado, ao vivo, no Santiago Alquimista. Outra hipótese é ouvir os MP3 que estão no novo site da banda: www.hipnotica.net. E digam lá: não é uma capa lindíssima?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2004

domingo, 1 de fevereiro de 2004

Nem sei o que diga



Pronto, eu digo:
Trata-se de "Nick Cave i Przyjaciele - W Moich Ramionach", um disco resultante da gravação de um concerto de Nick Cave e "amigos polacos" em Wroclaw, na Polónia, a 14 de Março de 1999. Cave participa em alguns dos temas, mas a maior parte é cantada por polacos, na sua própria língua. É inenarrável...

Vejam o alinhamento:

1. Stanisław Soyka & Nick Cave - W moich ramionach (Into My Arms)
2. Mariusz Lubomski - Święty Huck (Saint Huck)
3. Anna Maria Jopek & Maciej Maleńczuk - Henry Lee
4. Agnieszka Matysiak - Deszczowy klaun (The Carny)
5. Wojciech Waglewski - Krwawa prawa dłoń (Red Right Hand)
6. Kinga Preis - Przekleństwo Millhaven (The Corse of Millhaven)
7. Mariusz Drężek - Bar O'Malley'a (O'Malley's Bar)
8. Kazik - Krzesło łaski (The Mercy Seat)
9. Anna Maria Jopek & Maciej Maleńczuk - Tam, gdzie rosną dzikie róże (Where The Wild Roses Grow)
10. Stanisław Soyka & Nick Cave - Pieśn o płaczu (The Weeping Song)

Ah, polacos dum raio!

Regresso

Para os interessados, fica a notícia que já há, de novo, Forum Sons: www.forumsons.com.

Vício do momento

"Exercício de Estilo", tema dos Mão Morta para o próximo álbum, "Nus".
É como o xarope capitalista do Pessoa. Primeiro estranhou-se, mas agora está entranhado cá de uma maneira que é impossível não ouvir mais do que três ou quatro vezes seguidas...