terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A música como a grande celebridade africana

A revista Forbes, que também tem um apreço especial (doentio, talvez) pela produção de listas, convidou os seus leitores a escolherem as 40 celebridades mais poderosas de África. A lista está compilada e pode ser consultada em detalhe neste sítio, com fotografias e biografias curtas de cada um dos eleitos. Em 40 posições, cinco pertencem a escritores (com destaque para o primeiro lugar do nigeriano Chinua Achebe), duas para futebolistas e... 27 para músicos. 27 em 40.
(Obrigado, Luís Rei, pela dica.)

1. Chinua Achebe, 80 anos, Nigéria, Letras
2. Youssou N'dour, 51, Senegal, Música
3. Didier Drogba, 33, Costa de Marfim, Futebol
4. Angelique Kidjo, 51, Benin, Música
5. Akon, 38, Senegal, Música
6. Wole Soyinka, 77, Nigéria, Letras (teatro)
7. Salif Keita, 62, Mali, Música
8. Yvonne Chaka Chaka, 46, África do Sul, Música
9. Oumou Sangaré, 43, Mali, Música
10. Femi Kuti, 49, Nigéria, Música
11. Toumani Diabaté, Mali, Música
12. Oliver Mtukudzi, 59, Zimbabué, Música
13. Haile Gebrselassie, 38, Etiópia, Atletismo
14. Khaled Hadj Ibrahim, 51, Argélia, Música
15. Samuel Eto'o, 30, Camarões, Futebol
16. Alek Wek, 34, Sudão, Moda
17. Liya Kebede, 33, Etiópia, Moda
18. Dobet Gnahoré, 29, Costa de Marfim, Música
19. Genevieve Nnaji, 32, Nigéria, Cinema
20. Koffi Olomidé, 55, Congo-Kinshasa, Música
21. Neill Blomkamp, 32, África do Sul, Cinema
22. Souad Massi, 39, Argélia, Música
23. Baaba Maal, 58, Senegal, Música
24. Hugh Masekela, 72, África do Sul, Música
25. K'Naan, 33, Somália, Música
26. Amadou and Mariam, Mali, Música
27. Awilo Longomba, Congo-Kinshasa, Música
28. Eric Wainaina, 38, Quénia, Música
29. Binyavanga Wainaina, 40, Quénia, Letras
30. Ngugi Wa Thiongo, 73, Quénia, Letras
31. Freshlyground, África do Sul, Música
32. Chimamanda Adichie, 34, Nigéria, Letras
33. Rokia Traoré, 37, Mali, Música
34. Tuface Idibia, 36, Nigéria, Música
35. P-Square, 29, Nigéria, Música
36. Don Jazzy, 30, Nigéria, Música
37. D'Banj, 31, Nigéria, Música
38. Neka, 31, Nigéria, Música
39. Asa, 29, Nigéria, Música
40. Patricia Amira, 33, Quénia, Televisão


100 discos de 1973, ponto de situação (81-100)

(Como tudo começou: prólogo.)

81. BLACK SABBATH "Sabbath Bloody Sabbath " (post)
82. JOAN BAEZ "Where Are You Now, My Son?" (post)
83. PETER HAMMILL "Chameleon in the Shadow of the Night" (post)
84. EMBRYO "We Keep On" (post)
85. POPOL VUH "Seligpreisung" (post)
86. THE ROLLING STONES "Goats Head Soup" (post)
87. CONRAD SCHNITZLER "Rot" (post)
88. LINK WRAY "Be What You Want To" (post)
89. ELVIS PRESLEY "Elvis" (post)
90. NEIL YOUNG "Time Fades Away " (post)
91. THIN LIZZY "Vagabonds of the Western World" (post)
92. LYNYRD SKYNYRD "(pronounced 'lĕh-'nérd 'skin-'nérd) " (post)
93. PLANXTY "The Well Below the Valley" (post)
94. ASH RA TEMPEL "Starring Rosi" (post)
95. LED ZEPPELIN "Houses of the Holy" (post)
96. THIRSTY MOON "You'll Never Come Back " (post)
97. HUGH MASEKELA "Introducing Hedzoleh Soundz" (post)
98. MOTHER MALLARD'S PORTABLE MASTERPIECE COMPANY "Mother Mallard's Portable Masterpiece Company" (post)
99. PAULINHO DA VIOLA "Nervos de Aço" (post)
100. ELVIS PRESLEY "Aloha from Hawaii" (post)

100 discos de 1973, n.º 81



SABBATH BLOODY SABBATH
BLACK SABBATH (Inglaterra)
Edição original: World Wide Artists
Produtor(es): Black Sabbath
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Foi com "Sabbath Bloody Sabbath", já havia saído "Paranoid" (1970) e outros discos dos Sabbath hoje considerados como marcos da então incipiente história do heavy metal, que os críticos começaram a perceber que havia ali qualquer coisa de importante a nascer das mãos de Ozzy Osbourne, Tony Iommi e companhia. E já era o quinto platina consecutivo nos EUA, em cinco possíveis. Eram os Black Sabbath no pico de forma. "Sabotage", o seguinte, viria iniciar a tendência descente que se seguiria. Mais tarde, Ozzy seria trocado por Dio, que veio a falecer há pouco menos de dois anos. Os Sabbath vão voltar aos palcos em 2012, com a formação original, apesar de se saber que a Tony Iommi foi diagnosticado linfoma em fase inicial. Talvez passem aqui por perto.

Claro que queremos agradecer ao Paul Simon



A canção chama-se "Paul Simon", é dos portugueses Ölga, que estão a trabalhar em novo álbum, e as imagens do videoclip foram gravadas em Brooklyn, durante a série de concertos que o grupo deu por Nova Iorque. É mais fresco que café gelado com rum em dias de verão.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 82



WHERE ARE YOU NOW, MY SON?
JOAN BAEZ (EUA)
Edição original: A&M
Produtor(es): Joan Baez, Norbert Putnam, Henry Lewy
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Uma das maiores vozes a fazerem-se ouvir contra a guerra do Vietname, ora na rua, ora em palcos, Joan Baez integrou uma comitiva de paz que visitou os territórios do norte daquela região, no final de 1972. Quis o destino que testemunhasse os famosos "Ataques de Dezembro", traduzidos num intenso bombardeamento a Hanói, que durou ao longo de 11 dias, então o maior ataque levado a cabo pela força aérea norte-americana desde o final da segunda grande guerra. O segundo lado deste disco, constituído apenas pela longa faixa que dá nome ao disco, foi gravado justamente em Hanói, e nele se pode escutar o som dos bombardeamentos e as vozes das vítimas, enquanto Baez canta e declama o seu testemunho. É o resultado das quinze horas de gravações com que Baez regressou ao seu país, para um projeto que ela própria apelidou de "pesadelo para a companhia discográfica". O primeiro lado do disco apresenta a cantora no formato de canção mais tradicional. É um disco notável, a todos os níveis.

domingo, 29 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 83



CHAMELEON IN THE SHADOW OF THE NIGHT
PETER HAMMILL (Inglaterra)
Edição original: Charisma
Produtor(es): John Anthony
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Segundo álbum da carreira a solo de Peter Hammill, embora, tal como no anterior "Fool's Mate" e no posterior "The Silent Corner and the Empty Stage", todos os outros membros dos Van der Graaf Generator participem nas gravações. Há quem o considere, na realidade, o primeiro disco a solo de Hammill, já que "Fool's Mate", de 1970, tinha sido feito com material que foi sendo guardado ao longo do tempo e numa altura em que os VDGG ainda estavam no ativo, e é este que, depois do fim daqueles, marca efetivamente o início da aventura em nome próprio do compositor. É um disco de mudança de idade, ou de mudança em geral, tema que se escuta ao longo do disco e se lê no próprio título.

sábado, 28 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 84



WE KEEP ON
EMBRYO (Alemanha)
Edição original: BASF
Produtor(es): Embryo
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Imaginem uns Can mais (ainda mais) espaciais, mais (ainda mais) virados para as músicas do mundo. Os Embryo são um grupo alemão nascido em Munique, no final dos anos 60, e que até hoje permanece envolvido numa certa obscuridade, apesar de ter tido gente como o Miles Davis a destacá-lo. Em 1973, lançaram três álbuns, "Steig aus", "Rocksession" e este "We Keep On".

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Por falar em L&L... Alto!

E já que se falava abaixo da Lovers and Lollypops, fica a nota de que esta boa gente vai lançar o primeiro álbum dos Alto!, mui estimados aqui no tasco amarelo. E fica também o conselho para a leitura da entrevista do Paulo Cecílio ao Joca, na Bodyspace.
(...) penso que Abade de Neiva, sim, a um nível underground mais underground ainda, pode ser considerada a verdadeira capital do rock no meio disto tudo. É uma zona com vacas, caminhos em pedra, caixas de correio a 200 metros das casas, zona de graffitis surreais como o “O Tora é Romano” ou “Já almoçaste?” e o som do fuzz de Fu Manchu lá ao fundo intercalado por tiros de espingarda. Um sítio giro.

Hoje habemus festa da rija

Começa com o Tren Go! Soundsystem:



Passa depois pelos Black Bombaim:



E segue pela noite fora nos pratos do Lovers & Lollypops SS com Granada.
É a Isto Não é Uma Festa Indie, a primeira lisboeta, numa casa onde tudo começou para a Lovers & Lollypops, o Lounge. Começa às 22h (notem que os concertos no Lounge andam a começar bastante mais cedo do que era habitual).

100 discos de 1973, n.º 85



SELIGPREISUNG
POPOL VUH (Alemanha)
Edição original: Kosmische
Produtor(es):
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A tarefa de suceder a "Hosianna Mantra" (1972) era complicada e o resultado soou para alguns a desilusão e para outros ao alcançar da mestria. "Seligpreisung" ("bem-aventurança") é o primeiro de uma trilogia dedicada a livros sagrados, neste caso o "Evangelho Segundo Mateus"). Krautrock meditativo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 86



GOATS HEAD SOUP
THE ROLLING STONES (Inglaterra)
Edição original: Rolling Stones/Atlantic
Produtor(es): Jimmy Miller
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O fim dos Rolling Stones começou aqui. Talvez mais cedo até, mas "Goats Head Soup" foi definitivamente o carro-vassoura do frenesi criativo do grupo, que agora passa a ver-se entregue ao estrelato de Jagger e às histórias sombrias de Richards. No sucessor de "Exile on Main St." ainda se encontra um punhado de canções que se ouvem muito bem e que talvez tenham ganho até mais com o tempo que passou. Ah, e também por aqui se escuta a pior música dos Stones desta fase, "Angie".

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não vai haver Andanças em 2012

Não é só Glastonbury que vai parar em 2012. Salvaguardadas as devidas distâncias, propósitos, pretextos e tudo o mais que queiram meter no saco desta comparação desmedida, também o nosso Andanças não vai ter edição este ano. De acordo com a PéDeXumbo, que desde 1999 organiza o festival de dança e música, assim será "estritamente por razões de sustentabilidade ambiental". Mais informações no Raízes e Antenas, do camarada António Pires.

Batida na Soundway!

Descobrem-se coisas bonitas quando se passa uma vista de olhos pelo site de uma das nossas editoras preferidas: os "nossos" Batida vão ter edição internacional do seu álbum de estreia -- e único, para já -- pela Soundway, segundo notícia avançada hoje, supostamente, em www.soundwayrecords.com. Vejam o que tem a boa gente da editora que tem sido fantástica na recuperação de documentos sonoros essenciais da música africana, sul-americana e até asiática, a dizer sobre os Batida:
Soundway are proud to release the debut album of Portuguese/Angolan DJ Mpula aka Pedro Coquenão. A distinctly modern and vibrant project with its feet firmly rooted in the past, Batida combine samples from old 1970s Angolan tracks with modern electronic dance music. Simply put, Batida is the sound of the wildest Angolan street party.
Being the first of a string of brand new projects, this eponymous first album sees Soundway taking a slightly different direction in 2012 and beyond. Championed mostly for their work in un-earthing and re-releasing classic, rare and vintage tropical recordings, Soundway have started signing new acts that have drawn on and been inspired by the kind of music found on the label’s groundbreaking compilations and re-issues.
What originally started out as a radio show designed to promote new African music has slowly evolved into a collaborative project crossing continents. Music is the starting point but through dance, graphics, photography, radio and video, Batida expands, taking in politics and social commentary but always bringing it back to the party.
Batida’s high energy live show features dancers, percussionists, DJs, MCs alongside visuals and images (both archive and new) of Angolan streets, war and fragments of tribal life.
Batida will be making their first live performance of the year at this years Eurosonic festival in The Netherlands.
The album will be pre-ceeded by an exclusive, limited-edition 7″ remix single.

100 discos de 1973, n.º 87



ROT
CONRAD SCHNITZLER (Alemanha)
Edição original: Ed. Autor
Produtor(es): Conrad Schnitzler
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Mandou a sorte que o único disco do Conrad Schnitzler na minha coleção fosse precisamente o de 1973, este "vermelho". Gravado em 72, na cave que havia servido de sala de ensaios para os seus Tangerine Dream, o disco apresenta apenas duas faixas que ainda hoje constituem referências incontornáveis da música eletrónica. Schnitzler faleceu em Agosto do ano passado e deixou uma obra com largas dezenas de discos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 88



BE WHAT YOU WANT TO
LINK WRAY (EUA)
Edição original: Polydor
Produtor(es): Thomas Jefferson Kaye
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Muitas vezes (e incorretamente) citado como o inventor dos power chords na guitarra, o meio índio shawnee Link Wray já levava uma carreira com mais de duas décadas quando gravou este "Be What You Want To" com a ajuda de, entre outros, Jerry Garcia, o guitarrista dos Grateful Dead. Há aqui rock'n'roll, claro, mas também country e blues, num álbum rico em linguagens do rock americano.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O novo de Cohen em pré-escuta

Gostaríamos de saber como é que a NPR consegue sempre. Aqui estão a eles a oferecer, para pré-escuta, mais um álbum daqueles que aguardamos ansiosos, "Old Ideas", o novo álbum de originais de Leonard Cohen. Há seis anos que não havia disco de estúdio novo. Sai no final do mês.



100 discos de 1973, n.º 89



ELVIS
ELVIS PRESLEY (EUA)
Edição original: RCA
Produtor(es): Felton Jarvis
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E eis mais um Elvis nesta lista. Desta vez, já se trata de álbum de estúdio, ou melhor, de restos deixados de sessões passadas. Homónimo mas reconhecido informalmente como "The Fool", por força da canção com que inicia. Apesar de nesta altura, Elvis Presley ser já apenas o rosto mais visível de uma imensa máquina de espetáculo, o álbum traz duas canções ao piano e a solo restrito, "It's Still Here" e "I Will Be True" (magnífica!), que fizeram destacar este disco entre os demais da altura. Em 73, Elvis lançou ainda mais dois álbuns: "Raised on Rock/For Ol' Times Sake" e "Good Times".

domingo, 22 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 90



TIME FADES AWAY
NEIL YOUNG (Canadá)
Edição original: Reprise
Produtor(es): Neil Young, Elliot Mazer
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É ao vivo, a digressão começou assombrada com a morte por overdose de Danny Whitten, do guitarrista de longa data de Neil Young, continuou em rota de colisão, ora com o público que queria mais "Harvest" do que estes temas não gravados até à altura, ora nos desentendimentos entre os músicos, ora na tequilla que corria pelos bastidores. Em 1987, Young dizia a uma rádio inglesa, que "este foi pior disco que alguma vez fiz -- mas, como um documentário do que me estava a acontecer, foi um grande disco. Estava em palco a tocar todas estas canções que ninguém havia ouvido antes, gravando-as e não tinha a banda a certa. Foi apenas uma digressão desconfortável. Senti-me um produto e estava com esta banda de músicos all-star que não podiam sequer olhar uns para os outros." Este e "Journey Through The Past", de 1972, são os dois únicos discos de Young que nunca tiveram uma edição em CD, nem mesmo quando os outros "missing six" ("On the Beach", "American Stars 'n Bars", "Hawks and Doves" e "Re*Ac*Tor") foram reeditados em 2003.

sábado, 21 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 91



VAGABONDS OF THE WESTERN WORLD
THIN LIZZY (Irlanda)
Edição original: Deram
Produtor(es): Nick Tauber
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Eis outro disco de hard rock, mas, convenhamos, francamente mais interessante que o imediatamente interior nesta lista. Foi gravado na sequência do sucesso de "Whiskey in the Jar", single que nunca chegou a entrar num álbum, não contando com as reedições posteriores em CD, o que é o caso, precisamente, deste "Vagabonds of the Western World".

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Os três primeiros meses de música popular da Guimarães 2012

Vai ter amanhã lugar a grande cerimónia de abertura da Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura. O evento, que decorrerá no Pavilhão Multiusos da cidade minhota, e que terá transmissão em direto em vários pontos da cidade, podendo o resto do país acompanhá-lo através da RTP, marcará oficialmente o início de uma extensa programação que se desenrolará ao longo do ano nas mais diversas áreas da produção cultural.

Na música, e especificamente na música dita popular, Guimarães vai receber nos próximos três meses, os únicos até agora anunciados publicamente, os seguintes espetáculos (legenda: CCVF - Centro Cultural Vila Flor; MU - Pavilhão Multiusos; CAE - Centro de Artes e Espetáculos São Mamede):

JANEIRO

27 - Doismileoito @ CCVF
28 - Buraka Som Sistema @ MU
29 - "Estrada de Palha", de Rodrigo Areias, com Legendary Tiger Man & Rita Red Shoes (filme-concerto) @ CAE

FEVEREIRO

4 - Julie and the Carjackers @ CCVF
18 - Norberto Lobo / João Lobo @ CCVF
22 - Periplus (Amélia Muge e Michales Loukovikas) @ CCVF (também a 25, na Culturgest de Lisboa)
25 - Best Youth @ ?

MARÇO

3 - Papercutz @ CCVF
7 - Wim Mertens @ CCVF
10 - Ride @ CCVF
11 - Thurston Moore @ CCVF
17 - Drumming "Rock Metamorfose" @ CCVF
23 - Daniel Higgs @ CCVF
31 - Gala Drop @ CCVF



100 discos de 1973, n.º 92



(PRONOUNCED 'LĔH-'NÉRD 'SKIN-'NÉRD)
LYNYRD SKYNYRD (EUA)
Edição original: Sounds of the South/MCA
Produtor(es): Al Kooper
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Álbum de estreia de um dos grupos que mais contribuiu para que os críticos musicais usassem a expressão "southern rock" nas suas peças. Os outros foram os Allman Brothers, que também editaram este ano ("Brothers and Sisters"), mas, ei, já basta um disco de southern rock na minha lista dos 100 mais. E o dos Lynyrd Skynyrd ouve-se bem. Até que me arrependa.

E saiu BOMBA: A ZDB vai trazer cá o Thurston Moore

Nada mais se sabe além da data -- 12 de Março -- prometendo a ZDB avançar com mais informação em breve, de acordo com a bomba deixada há poucos minutos via facebook.

ATUALIZAÇÃO: Podia já ler-se no Ípsilon de hoje que Thurston Moore vem primeiro ao Centro Cultural Vila Flor, integrado na programação da Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura, dia 11 de Março, rumando depois para sul, para o concerto produzido pela ZDB.

A música portuguesa a gostar dela própria e em dia de lhe cantarmos os parabéns

Não é só hoje que devemos dar os parabéns ao magnífico projeto independente conduzido por Tiago Pereira e companhia, mas a verdade é que é hoje o dia de celebração do primeiro aniversário deste canal de divulgação de música portuguesa por meio de vídeos em que bandas e artistas, grandes e pequenos, velhos e novos, tradicionais e modernos, conhecidos ou apenas com um único pé fora da garagem ou do quarto, se mostram à sociedade, despidos de subterfúgios técnicos e com a dignidade que merece a arte da qual se ocupam tanto uns (os músicos), como outros (os cineastas).
E a festa vai ser no MusicBox, esta noite, com Elisa Rodrigues, Velha Gaiteira e Manuel Fúria & os Náufragos. A entrada custa seis euros.

Fica o último vídeo deixado no A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria. Projeto n.º 372 (e é este ainda o primeiro aniversário da MPGDP...): Balão Dirigível, gravados por Marina Guerreiro no início deste ano em pleno Baixo Alentejo, de onde são naturais.

100 discos de 1973, n.º 93



THE WELL BELOW THE VALLEY
PLANXTY (Irlanda)
Edição original: Polydor
Produtor(es): Phil Coulter
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Segundo álbum para os Planxty. A estreia em discos, se esquecermos que os elementos dos Planxty já tocavam e gravavam juntos no projeto a solo de Christy Moore, deu-se também neste ano, com álbum homónimo, mas foi este "The Well Bellow the Valley" a afirmar-se como um clássico na música tradicional irlandesa.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 94



STARRING ROSI
ASH RA TEMPEL (Alemanha)
Edição original: Kosmische Musik Ohr
Produtor(es): Manuel Göttsching
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Os Ash Ra Tempel de Manuel Göttsching têm dois álbuns em 1973. "Join Inn" e este "Starring Rosi", assim chamado a partir de Rosi Müller, cuja voz se escuta ao longo do disco. Já sem a companhia dos outros fundadores Klaus Schulze e Hartmut Enke, que ainda haviam estado em "Join Inn", Göttsching toca quase todos os instrumentos, num exercício organizado de virtuosismo que quase parece uma aula, como ataca o texto do AMG (mas que, moderando, "se aguenta surpreendentemente bem").

Surfalhada no Lounge, esta noite

A boa gente da Associação Terapêutica do Ruído leva hoje ao Lounge os Les Prof de Skids, trio francês de surf instrumental que os terapeutas assim descrevem:
Les Profs de Skids têm 3 regras: nada de vozes, nada de versões de clássicos do surf e nada de pin-ups em bikini. As suas músicas de surf-rock sombrio e agressivo são inspiradas pela cena punk/hardcore, pelo espírito DIY e por algum noise psicadélico. Les Profs de Skids não vêm da Califórnia, mas sim de Grenoble (França), terra de montanhas cobertas de neve e de laboratórios da morte. Regressam a Portugal para mais uma vez nos darem algumas lições de ski kamikaze.



A banda já anda por cá desde terça-feira, tendo já tocado por Braga e Porto. Amanhã é a vez do Montijo (na Timília das Meias) e, no sábado, de Loulé (no Bafo de Baco).

E porque os cartazes bonitos nunca devem deixar de ser vistos:

100 discos de 1973, n.º 95



HOUSES OF THE HOLY
LED ZEPPELIN (Inglaterra)
Edição original: Atlantic
Produtor(es): Jimmy Page
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Os Led Zeppelin, os quais confesso ter tido sempre alguma dificuldade em compreender, quase arriscaram a sua reputação neste disco, ao puxarem lustro a um certo ecletismo nas composições e nos arranjos, depois dos álbuns mais roqueiros I, II, III e IV. Há coisas estranhas -- mas, e talvez por isso, deliciosas -- como o reggae de "D'yer Mak'er" (youtube abaixo). Em 2003, a Rolling Stone colocou no 149º posto dos 500 melhores discos de sempre.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A crise, o fim do euro, os concertos e tal

Tenho que começar por pedir desculpa, porque quero usar uma palavra e abordar um tema a que os nossos olhos e ouvidos parecem já não conseguir dar mais vazão, enquanto se deixam transbordar nesta poça de pessimismo, para não usar matizes mais carregados do termo. A crise. A filha da puta da crise.

Pior, quero falar de outra crise, não da atual, muitas das vezes exacerbada, outras das vezes generalizada a todos, quando aqueles que efetivamente já a sentem nem oportunidade para falar têm. Não quero falar de IVA nos bilhetes ou da redução esperada por alguns da afluência às salas de concertos.

Pretendo apenas refletir, sem pessimismo outro além daquele que os cenários económicos expectáveis de virem a desenhar-se nos próximos tempos já deixam antever, no que poderá vir a ser o panorama de concertos daqui a poucos anos, se o caminho que agora trilhamos não der uma meia volta, um lapso de sorte, um coelho branco de paz que ainda ninguém conseguiu tirar da cartola.

Vejamos, antes de mais, como têm sido os últimos anos, as últimas décadas até, no que a este domínio, o dos concertos e dos espetáculos em geral, diz respeito, tendo por aliada a premissa de que sempre é mais fácil, seguro e unânime falar do passado do que pintar um futuro por acontecer, seja qual for a paleta de cores preferidas do artista. Na segunda metade dos anos 90, tornou-se claro que o número de concertos de artistas estrangeiros estava a aumentar. Ora porque os portugueses andavam com mais dinheiro nos bolsos, ora porque andavam mais informados à custa da diversificação e "minorificação" dos meios mediáticos (o termo "minorificação" não é usado de forma leviana: lembrem-se da importância que a Xfm teve na promoção e solidificação de um circuito de concertos importante em salas como a Aula Magna, através de grupos como os Tindersticks, os Soul Coughing, os dEUS ou os Lamb, concertos esses que ajudaram depois as promotoras a avançarem com menos medos para os festivais de verão, para os festivais urbanos noutras estações do ano, etc.).

Depois, no novo milénio, aquela tendência veio a ser reforçada. Mais, floresceram as salas pequenas, em Lisboa e no Porto -- e até, ainda que de forma menos regular, em outros locais do país, muitos deles até pouco óbvios --, onde os promotores (muitos dos atuais, principalmente os mais pequenos, surgidos neste boom) podiam agora apresentar as bandas de públicos mais específicos, aquelas 50, 100 ou 150 pessoas que em cada uma daquelas cidades se vai interessando por música nova, sem que precise de chegar a um ponto de massificação (relativa, claro) como aquele a que estávamos sujeitos nos anos 90.

Com razão, acredito, muitos apontarão como fator importante para este crescimento o dinamismo ganho, um pouco por todo o mundo, no mercado dos espetáculos ao vivo, essencialmente motivado pela quebra na venda de discos, e que fez com que o negócio da música tenha vindo a mover-se do lado dos suportes para o lado da apresentação, música em carne e osso e noutros tantos aspetos impossíveis de serem reproduzidos à distância, de serem copiados e distribuídos livremente.

Mas há outro fator que, seja neste ou em qualquer outro negócio, é habitualmente esquecido.

No início dos anos 90, Portugal sujeitou a sua moeda, o velhinho escudo, a um espartilho de variações fixado pelo então designado Sistema Monetário Europeu e o seu famoso ECU. Mais tarde, a 1 de Janeiro de 1999, o ECU transformou-se no euro, e os países que se preparavam para vir a usar a nova moeda, perdiam qualquer margem de manobra na sua política monetária, não podendo alterar as taxas de câmbio das suas moedas. O escudo ficava paritário em relação ao euro, ou seja, este último valia (sempre!) 200,482 escudos, e a partir de 2002, desaparecia de circulação o próprio escudo.

Procurando novamente descer à terra com rapidez para a leitura daqueles que aqui tenham chegado sem desistir a meio destas reflexões, as nossas trocas comerciais com o exterior passaram a estar dependentes da flutuação de uma moeda que já não era nossa para controlarmos. Veio a suceder-se que o euro começou a ganhar importância sobre outras moedas. Veio a suceder-se que os produtos vindos do estrangeiro se tornaram mais baratos para nós. Quem costumava comprar discos ou passar férias em Inglaterra, por exemplo, sabe o bem que lhe soube esta aparente descida dos preços. Da mesma forma, quantas mais libras ou dólares valha um euro, mais fácil será pagar a alguém de fora, que trabalhe naquelas moedas, para cá trazer o nosso artista favorito semanal.

O que acontecerá num cenário, porventura provável, de falhanço do projeto do euro, quanto mais não seja de uma saída de Portugal deste sistema monetário? Um primeiro passo será a desvalorização relativa da futura moeda por comparação com os atuais níveis do euro. Os turistas virão em charters, as nossas exportações conseguirão vender mais bem lá fora, e... os concertos com os nossos artistas estrangeiros favoritos da semana? Ficarão mais caros. Será sustentável o panorama interessante de que acima falava? Provavelmente não. Talvez voltemos ao início dos anos 90, em que cada novo espetáculo anunciado no cardápio do Blitz era celebrado com o gáudio com que se celebra um bife em casa de quem não consegue fazer uma refeição de carne quando quer, mas apenas quando pode, mal feita a comparação entre misérias incomparáveis. Mas isto já será especulação.

Resta uma nota positiva no meio deste pessimismo. Se este cenário se vier a concretizar, poderá aqui renascer uma nova oportunidade para o desenvolvimento da música portuguesa. Tanto dentro, como fora de portas, os músicos portugueses poderão sair mais bem sucedidos no negócio a que dedicam as suas vidas ou parte delas. E isto também é especulação, ainda que por este caminho...

100 discos de 1973, n.º 96



YOU'LL NEVER COME BACK
THIRSTY MOON (Alemanha)
Edição original: Brain
Produtor(es): Jochen Petersen
discogs allmusic

E eis que surge, então, o primeiro disco de um grupo alemão nesta lista (preparem-se, que a krautlândia era chão que dava uvas por estas alturas). Fusão de prog clássico com metais do jazz, talvez datada, mas que ainda oferece um gozo de todo o tamanho à escuta.

Estranha forma de vida

Para quem ainda não reparou, a RTP tem vindo a exibir ao longo das últimas semanas, uma série notável sobre a música popular portuguesa. Apoiando-se no vasto e rico arquivo da estação pública e ainda em testemunhos das pessoas que ajudaram a fazer este percurso, a série "Estranha Forma de Vida - Uma História Popular da Música Portugesa" divide-se em 26 programas que documentam cerca de 80 anos de música feita em Portugal. Hoje à noite, às 23h45, vai ser exibido o 9º episódio da série, dedicado especialmente à primeira metade da década de 60, com Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, António Calvário e Artur Garcia sob foco, não esquecendo outros nomes como Alice Amaro, António Mourão, João Maria Tudella ou Maria José Valério. O programa vai também dar destaque ao importante editor Arnaldo Trindade, ao maestro Manuel Viegas, à letrista Maria de Lourdes Carvalho e ao compositor Nuno Nazareth Fernades. Serviço público, sem dúvida. Mais informações aqui.

100 discos de 1973, n.º 97



INTRODUCING HEDZOLEH SOUNDZ
HUGH MASEKELA (África do Sul)
Edição original: Blue Thumb
Produtor(es): Hugh Masekela, Rik Pekkonen
discogs allmusic

Depois de se fartar da aventura pelo jazz americano, o trompetista Hugh Masekela regressou à sua África natal, para um disco de jazz que não é só jazz, para um disco de afrobeat que não é só afrobeat. Chamaram-lhe afrojazz e tornou-se um clássico na discografia de Masekela, mesmo não sendo a maior parte do disco da sua autoria, mas dos Hedzoleh Soundz, a banda ganesa que o imperador do afrobeat, Fela Kuti, apresentou a Masekela, quando este andava à procura de músicos para o acompanharem no seu reencontro com África. E, a propósito de Hedzoleh Soundz, há aí uma reedição recente da Soundway...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

100 discos de 1973, n.º 98



MOTHER MALLARD'S PORTABLE
MASTERPIECE COMPANY
MOTHER MALLARD'S PORTABLE MASTERPIECE COMPANY (EUA)
Edição original: Earthquack
Produtor(es): Mother Mallard's Portable Masterpiece Company
discogs allmusic wikipedia

A Mother Mallard's Portable Masterpiece Company, que ainda hoje dá concertos, foi um dos primeiros grupos de sintetizadores. Aliás, o fundador David Borden foi um dos primeiros músicos a utilizar o minimoog, de Robert Moog, de quem aquele era próximo. Este é o álbum de estreia do grupo, tendo sido iniciado em 1970 e apenas editado em 1973.

Chieftains e Bon Iver também no jardim dos salgueiros

A balada "Down in the Willow Garden", também conhecida por "Rose Connelly", foi gravada por muito boa gente. Já conhecíamos a versão de Kristin Hersh, que abre a sua coleção de canções de faca e alguidar apalachianas, o álbum "Murder, Misery and then Goodnight", de 1998:



Diz-se que a balada inspirou Nick Cave a escrever "Where the Wild Roses Grow", que para lado B daquele single usou uma versão gravada com os Bad Seeds e cantada pelo Conway Savage:



Se recuarmos mais no tempo, até 1947, temos uma das versões mais populares, a de Charlie Monroe and His Kentucky Pardners:



Mas... desengatemos a marcha atrás da máquina do tempo e voltemos a 2012. Há nova versão, agora pelos irlandeses Chieftains, que para a voz foram buscar Justin Vernon, o Bon Iver. Pode ser escutada aqui. A versão faz parte de "Voice of Ages", álbum com que os Chieftains vão celebrar, em fevereiro, 50 anos de carreira. E há mais convidados: The Decemberists, The Low Anthem, The Civil Wars, Pistol Annies, Lisa Hannigan, entre outros.

100 discos de 1973, n.º 99



NERVOS DE AÇO
PAULINHO DA VIOLA (Brasil)
Edição original: Odeon
discogs allmusic

Se todas as faixas tivessem uma parte, quanto mais não fosse, da força de "Roendo as Unhas" (youtube abaixo), uma pedra no charco do samba e do choro, este "Nervos de Aço" estaria muito mais para cima na lista. Mas, ainda assim, outros temas, como o que lhe dá título, ou "Sonho de Carnaval" ou ainda o rematador "Choro Negro", fazem deste disco uma referência óbvia na história daqueles géneros brasileiros.

100 discos de 1973, n.º 100



ALOHA FROM HAWAII
ELVIS PRESLEY (EUA)
Edição original: RCA
Produtor(es): Joan Deary, Marty Pasetta
discogs allmusic wikipedia

Uma coisa à grande, à americana, o concerto de Elvis no Hawaii em Janeiro de 73, foi transmitido via satélite, tecnologia que ia dando os primeiros passos na altura, para Europa e Ásia (os americanos só o viram mais tarde, porque, apesar de tudo, o superbowl daquela mesma noite continuava a ser mais importante). Ainda é hoje o evento mais visto da história da televisão, estimando-se que 1,5 mil milhões de pessoas o tenham acompanhado. Apanha Elvis ainda em grande forma, mesmo à beira do início do fim da sua carreira.

100 discos de 1973, prólogo

Aqui há dois meses, a propósito de uma postagem minha no facebook de um vídeo do David Bowie e da Marianne Faithfull, de 1973, acompanhado pela afirmação "no melhor ano de toda a história do mundo" (irrepreensível, como concordarão todos os que nasceram no mesmo ano que eu), o meu amigo Dário, que nesse ano não era ainda nascido, nem tão pouco planeado estaria, respondia "‎73? LOL, diz-me 100 discos de 73 que valem a pena..."

...O TEMPORAS, O MORES.

Como quem não sente não é filho de boa gente, que é ditado popular seguido à risca desde que me lembre, como o é também a mania de fazer listas para tudo e para nada, remontante até às personagens dos Tio Patinhas que lia na infância, a provocação não ficará sem resposta. Ao longo das próximas semanas, vai por aqui exibir armas um exército de cem obras com a chancela de 1973, resultado de muitas audições (algumas delas pela primeira vez) ao longo das últimas semanas. 100 discos que valem muito a pena. Fico à espera da lista de 1976, Dário.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vamos mas é raptá-los de vez

As "Isto Não É uma Festa Indie", eventos com que a Lovers & Lollypops tem vindo a agitar a cidade do Porto, vêm agora para Lisboa. Os portuenses que me perdoem o referencial de localização implícito no verbo aqui utilizado, mas não traz qualquer água no bico, ou dito de outra forma, qualquer espécie de pirraça. Simplesmente, não foi encontrada em pouco tempo outra maneira de o pôr por palavras. Estivessem estas mesmo a serem escritas à beira da Torre dos Clérigos e o verbo já seria o Ir e não o Vir.
Mas, adiante: no dia 27 de Janeiro, uma sexta-feira, o Lounge vai receber a primeira dessas festas em Lisboa, contando com o seguinte programa:

- Black Bombaim
- Tren Go! Sound System
- Lovers & Lollypops SS + GRANADA

E há, se não houvesse outras, uma razão especial para a escolha do local, como explica a L&L na página do evento no facebook:
Pouca gente saberá, mas o primeiro concerto da Lovers & Lollypops foi acolhido pelo Lounge. Corria o final de 2005, mais propriamente Outubro, e preparamos uma mini-tour para os espanhóis Linn Youki Project que começou precisamente em Lisboa. Como o filho pródigo a casa regressa, também nós regressamos ao Lounge. A partir de Janeiro de 2012, a "Isto Não é Uma Festa Indie" desloca-se do Porto para Lisboa e promete agitar a capital com amigos mais ou menos conhecidos, mais ou menos próximos, sempre acolhidos pelo soundsystem da L&L em modo reduzido ou alargado.

Maior quebra de mercado do mundo (sic)

Eduardo Simões, presidente da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), fala em "maior quebra de mercado do mundo" quando, em entrevista ao jornal i, se refere à venda de música em Portugal durante 2011.
Segundo os dados preliminares ontem revelados por Eduardo Simões, a quebra registada nas vendas das editoras portuguesas no primeiro semestre do ano passado foi de 38%, estando aqui incluídos diferentes formatos: os CD venderam menos 15%, os vinis menos 40% (!) e os DVD musicais menos 26,2%. Recorde-se que já em meados do ano passado, Eduardo Simões receava uma forte quebra, em particular no segundo trimestre do ano, como se dava conta aqui.
No final deste mês será apresentado o relatório oficial da AFP, que já integrará dados do segundo semestre de 2011.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

L'Enfance Rouge com Lofti Bouchnak

Os L'Enfance Rouge estão desde Janeiro do ano passado a trabalhar em novo projeto, com o cantor e compositor tunisino Lotfi Bouchnak. A colaboração com o embaixador da paz da ONU tem um nome -- at-tufuula al-hamra’ -- e vai ficar registada em disco. A estreia em palco do projeto está marcada para a primavera, em Rennes. Já podem ser escutadas as primeiras "rough mixes" de dois temas:

L'Enfance Rouge & Lotfi Bouchnak - First rough-mixes by l'enfance rouge

Esta não é a primeira vez que o grupo alarga a formação além do trio e a sonoridade a paragens tunisinas. Em 2008 gravou o álbum "Trapani-Halq al Waady" com um coletivo de músicos tunisinos, que veio a apresentar ao público do FMM Sines (e foi... DEMOLIDOR, como aliás têm sido todos os concertos do trio franco-italiano por cá).

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Jon Spencer Blues Explosion em Lisboa e Porto

Março é mês de regresso da Jon Spencer Blues Explosion, de acordo com o site oficial do trio: dia 14 no Hard Club, no Porto, e, no dia seguinte, naquela sala do Cais do Sodré com nome de serviço de telecomunicações móveis.