Não é fácil descrever este poder "congotrónico", que para sempre ficará associado aos Konono, a quem nunca os viu ao vivo. Há temas que se prolongam e conduzem a estados de autêntico transe, no desenvolvimento dos ritmos minimais produzidos pelo veterano e fundador Mawangu Mingiedi. As mbiras (ou likembés) electrificadas e distorcidas, quando entram, criam momentos de euforia que não encontramos noutras músicas de dança. Dança-se -- mesmo o pé de chumbo mais empedernido -- como se não houvesse amanhã.
Concerto do ano, até ver, e um 10/10 sem espinhas, se isso ajudar a explicar o quão bom foi (e eu a pensar que, depois da epifania com o Neil Young, no ano passado, ia demorar eternidades a voltar a ter uma experiência destas...).
Alguém gravou no telemóvel os primeiros oito minutos do espectáculo (obrigado, Nuno). A qualidade da captação não ajuda, mas ainda assim dá para perceber parte do furor da noite de ontem:
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