A de Amigos.
Ninguém alguma vez pense ir para e estar em Sines sozinho. O FMM é para ir com amigos, é para estar com amigos, é para fazer novos amigos, é para celebrar esta capacidade tão engraçada que mulheres e homens têm de se relacionar uns com os outros.
B de Bellowhead.
Festa. Canções inglesas, ritmos irlandeses e muita festa no dia em que o castelo abriu as portas pela primeira vez à edição deste ano do festival.
C de Castelo.
Lá continua a servir de sala principal ao festival. Agora tem uma porta adicional, que facilita as entradas e saídas. No sábado à noite encheu ao ponto de ficar insuportável. Uma viagem da frente do palco até às casas de banho demorava imenso tempo.
D de Djambés.
Esta mania de alguns levarem djambés, pandeiretas, megafones e outros instrumentos para os recintos para com eles participarem nos concertos para os quais não foram convidados tem que acabar. Não foi nada que estivesse sempre a acontecer, mas se isto continua, ainda vou ficar com saudades do pessoal que bate palmas a acompanhar os temas por tudo e por nada.
E de Estrelas do céu de Porto Covo.
Nos primeiro fim-de-semana do FMM, que teve lugar em Porto Covo, o céu estrelado dava um ambiente magnífico aos concertos. A Lua, por sua vez, foi sempre crescendo até chegar à sua plenitude no último dia do festival.
F de Festival.
O FMM (ainda) é um festival na acepção mais genuína do termo. É sinónimo de festa entre todos, no público, na produção, nos artistas. É neste ambiente que acontecem de forma natural encontros como aquele que juntou Harry Manx com o percussionista da orquestra latina do Señor Coconut, numa improvisação que decorre da descontracção da festa.
G de Gogol Bordello.
Sábado à noite, a gogolândia instalou-se no Castelo. Não foi preciso muito para que aqueles milhares de pessoas começassem a suar abundamente aos pulos com que acompanhavam a música. Continuo a achar os Gogol Bordello demasiado azeiteiros, da voz a alguns padrões rítmicos muito semelhantes ao nosso "pimba", continuo a achar que estão muito longe de serem uma versão balcânica dos Pogues ou dos Ukrainians (porque estes sabiam tocar a sério e sem puxar alarvemente pelo lado "cheesy" da coisa), mas, porra, incendiaram o castelo (calhou-lhes bem o tradicional fogo de artifício do FMM). Fizeram aquilo que era pedido para terminar os concertos no castelo: uma enorme festarola.
H de Hypnotic Brass Ensemble.
Andaram pela praia, andaram pelas tasquinhas, andaram pelas ruas de Sines. Uma das mais belas surpresas deste FMM foi a brass band formada na sua maioria por filhos do trompetista da Arkestra de Sun Ra.
I de Instrumentos.
Todos os anos, o festival (como outros do género) ajuda a conhecer novas culturas e, com elas, novos instrumentos. Quem já viu Kepa Junkera ao vivo, já saberia o que é uma txalaparta, mas os outros tiveram oportunidade de a conhecer através das duas irmãs que formam o grupo Ttukunak. Outros instrumentos foram também protagonistas ao longo do festival, como as gaitas (no pun intended) dos Galandum Galundaina, a flauta (no pun intended again) do Rão Kyao, as percussões do Trilok Gurtu, a "sitarra" do Harry Manx, os gira-discos do DJ Ill Vibe, os saxofones de David Murray e amigos do WSQ, a voz de Erika Stucky, etc.
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