A propósito, aqui há uns anos, quando entrevistei Bachir Attar e toquei nesta polémica, a resposta dele foi curta e dura, como não querendo perder muito tempo com o assunto. "São uns oportunistas", terá ele respondido (ou coisa parecida).
quarta-feira, 5 de abril de 2006
A brincadeira do 1 de Abril na Casa da Música
A agenda do passado dia 1 de Abril anunciava, como cabeças-de-cartaz, os Master Musicians of Jajouka, o fantástico colectivo milenar proveniente da aldeia de Jajouka, hoje liderado por Bachir Attar, e que já passou por Portugal em 2000 (Culturgest) e no ano passado (FMM Sines). Chegaram até a fazer-se reportagens na imprensa a propósito do concerto. Mas... o concerto não aconteceu. Ou melhor, não houve nenhum concerto do grupo de Jajouka. O que houve, entenda-se, foi um concerto dos Master Musicians of Joujouka (atentem à grafia diferente), liderado pelo irlandês Frank Rynne, onde apenas alguns dos músicos são provenientes da aldeia de Jajouka, sem serem mestres, de acordo com a tradição local. Esta é uma polémica que já se arrasta há algum tempo. Basicamente, este grupo que actuou na Casa da Música tem aproveitado o nome do colectivo original -- a banda mais antiga do mundo, como lhes chamava William S. Burroughs, respeitada por músicos como os Rolling Stones, Sonic Youth ou Ornette Coleman --, para se apresentar pelos palcos do mundo Ocidental.
A propósito, aqui há uns anos, quando entrevistei Bachir Attar e toquei nesta polémica, a resposta dele foi curta e dura, como não querendo perder muito tempo com o assunto. "São uns oportunistas", terá ele respondido (ou coisa parecida).
A propósito, aqui há uns anos, quando entrevistei Bachir Attar e toquei nesta polémica, a resposta dele foi curta e dura, como não querendo perder muito tempo com o assunto. "São uns oportunistas", terá ele respondido (ou coisa parecida).
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