domingo, 19 de fevereiro de 2006

Lisboa é amor

Depois de uma alegre noite dupla de futebol, uma brilhante noite dupla de concertos...

Pop Dell'Arte na ZDB. Incrível. Parecem ter de novo vinte anos. Temas com novos arranjos, bastante mais rock, levando a sala da zdb, completamente cheia, ao delírio. Parece que já foram há tanto tempo aqueles concertos em que sentia que a banda estava a fazer um daqueles fretes enormes em palco. Esta noite foi a sensação completamente oposta. Parece mesmo que começaram ontem. (Um parêntesis especial para o filho da puta -- os filhos da puta? -- que levou uma criança com três ou quatro anos para o concerto... não se faz... a criança, que começou logo por tapar os ouvidos, não tem idade para levar com fumo, confusão e decibéis como os que os Pop Dell'Arte, especialmente o San-Payo, que estava possuído, produziu...)

Selfish Cunt no Maxime. Percebi, finalmente, a razão do andamento que o Maxime está a ganhar. É que o Manuel João Viera -- nosso presidente -- é o novo dono do espaço. Os Selfish Cunt são uma coisa quase irreferenciável, ainda que ande por ali muito glam, muito, muito glam, com um vocalista irrequieto, que parece um David Bowie do início, numa banda como os Stooges. Muito bom, também. Nota especial para o senhor com sessenta anos ou mais, com ar de habitué do espaço, que, apesar de ter-se mostrado impávido perante as diabruras do vocalista durante a primeira meia hora, saltou para a frente do palco e ensinou aos mais novos como se dança. Há muito que aprender.

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