Há quarenta e tal anos, Holger Czukay, então aluno de Stockhausen, então professor de música, então pouco fã de rock, não imaginava provavelmente que viria a ficar com o nome gravado profundamente na história relevante daquele género popular da música moderna, ao fundar e constituir-se como um dos principais motores criativos desse formidável grupo que foram os CAN. Em 11 anos, os CAN vieram e foram, não deixando porém de ficar na cartilha de milhares e milhares de bandas que ainda hoje trilham os caminhos abertos pelos alemães. Czukay continuou com os seus projectos em nome próprio, brincou com a rádio de ondas curtas, fez-se pioneiro da arte do sampling, cortando as fitas das gravações e colando-as, e colaborou com um número infindável de boa gente, com gente mais nova, mas clientes da mesma fonte de génio, como David Sylvian, Brian Eno ou Jah Wobble.
É hoje, sexta-feira. Aos 72 anos, Czukay a Lisboa, ao palco do Lux, num espectáculo promovido pela Filho Único. A primeira parte vai estar por conta dos Gala Drop, que aproveitam para lançar a versão LP do seu magnífico álbum de estreia (e que, entre outras coisas, os vai levar também ao palco do Coliseu dos Recreios, para a primeira parte dos Sonic Youth). Os bilhetes custam 15€, estão à venda na Flur e na Louie Louie ou, depois, na bilheteira do Lux.
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