Sem Tony Wilson, não teria havido a Factory Records, os Joy Division não teriam sido o que foram, os New Order não seriam o que são, Manchester não estaria no mapa da música popular dos nossos dias como está, o punk e muitas outras expressões marginais do rock inglês (e não só) não seriam como hoje os conhecemos. Os músicos são o mais importante, certamente, mas sem homens como Tony Wilson, agitadores por defeito do tédio e do marasmo que se encontra permanentemente à espreita para se instalar nos nossos quotidianos, homens que souberam inteligemente ganhar a pulso o seu poder nos meios de comunicação, o mundo da música e das artes em geral seria, desculpem repisar o cliché, completamente diferente. Se há filhos da mãe que ganharam ao longo da sua vida o pleno direito de serem convencidos e pedantes até ao tutano (veja-se o "24 Hour Party People"), Tony Wilson era certamente um deles.
(Para quem ainda não se apercebeu, o patrão da Factory faleceu há três dias, aos 57 anos, vítima de um maldito ataque cardíaco que surpreendeu o cancro que vinha a ser a sua companhia ao longo dos últimos tempos.)
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