segunda-feira, 31 de julho de 2006

O rescaldo possível

Foi uma semana louca, incrível, inesquecível. Os concertos, a convivência com os amigos, o clima de festa permanente... Ao último som do FMM, quando já eram quase oito horas da manhã de domingo, uma rapariga dizia para outra que aquele era o melhor festival do país; perto dela, os outros resistentes pediam por mais e, pouco depois, o meu amigo PL, quarenta anos feitos de muitos concertos e rock'n'róis, dizia-me que este tinha sido o maior festival de sempre a que ele tinha ido. Para mim também. E lembro-me daquele texto laudatório ao festival, no Notícias de Sines, que às tantas dizia, certamente por inadvertência, uma coisa como estas: "a world music não consegue ter a energia do rock". Pois não. O FMM mostrou que ela ainda pode é produzir mais força junto até dos mais incréus...

Seguem-se alguns comentários soltos, breves e sem grandes explicações ou justificações desta semana que passou. Ainda não tenho net por casa, nem muito tempo para estar aqui, frente a um computador...

1. Concertos preferidos:
1) Trilok Gurtu & The Misra Brothers
2) Seun Kuti & Egypt 80
3) Gaiteiros de Lisboa
4) Toumani Diabaté & Symmetric Orchestra
5) Cordel do Fogo Encantado

2. Grandes surpresas: K'Naan e Mariem Hassan.

3. A desilusão: Tony Allen (embora haja quem me diga que ele tenha estado às 7 da manhã a tocar com os friques do djembé... não é qualquer um, ainda por cima com a sua idade e o seu estatuto, que alinha numa coisa destas...)

4. Coisas que não vi e gostaria muito de ter visto: Boris Kovac, Mayra Andrade e Actores Alidos (diziam-me, por lá, que estes deram uma das maiores actuações do festival).

5. Gente, gente, gente. O FMM é um fenómeno cada vez mais popular. 50 mil espectadores-descobridores, como lhes chama a organização, é o número deste ano. Na última noite, quando o Bailarico Sofisticado estava a passar discos, vi a avenida da Praia de uma forma como nunca tinha visto. Até onde conseguia vislumbrar (uns 500 metros?), havia magotes intermináveis de gente, a dançarem, a pularem, a fazerem a festa.

6. Queria também agradecer a todos os amigos com quem partilhei esta magnífica semana (Bruno, Pedro, Pedro, Nuno, António, Dário, Petra, Neusa, Vítor, Jorge, João, Cristina, Rita, Gonçalo, Cristiano, Ana, Luís, Tânia, Pedro, Ana, e... porra, vocês eram tantos que me vou esquecer de algum, com certeza). O meu FMM também foi assim tão bom por vossa culpa, naturalmente. O mesmo agradecimento vai para para a Câmara de Sines e para a equipa de produção (Carlos, Carmen, Massimo, Mário, a malta do Estádio, etc.)

7. Já agora, se tiverem fotografias do festival, enviem-mas, que farei por publicá-las aqui, quando voltar a um computador, para a semana que vem. A que aqui aparece, com o Trilok Gurtu, pertence à Câmara de Sines e é da autoria do meu amigo Cameraman Metálico, também conhecido por António Melão.

8. Faltam trezentos e cinquenta e tal dias para o próximo FMM.

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