segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Lisboa Soundz: relatório telegráfico

Bunnyranch
Devia ser instituída a presença obrigatória dos Bunnyranch em todos os eventos deste tipo. Ainda com a presença de um Sol que teimava em pôr-se lá para os lados de Cascais, Kaló e companhia abriram o apetite rock'n'rolleiro para o que iria acontecer pelo resto da noite. Fosse o que fosse que viesse a acontecer, a abertura estava já ganha. (7/10)

Jimmy Chamberlin Complex
Se já não é comum ter-se um baterista como frontman de uma banda, mais improvável é assistir-se a dois concertos consecutivos em que os homens das baquetas são o pivot de palco. Mas aconteceu e esta segunda proposta foi muito boa... quando acabou. Enquanto durou, a espécie de workshop de bateria de Jimmy Chamberlin provou que o domínio técnico do instrumento é elevado, com certeza, mas a paciência para os arremedos progressivos e mal acompanhados pelos dois outros membros do grupo não durou mais do que alguns minutos. (3/10)

Mogwai
Podiam ter ficado a tocar até ao sol reaparecer. É certo que não trouxeram grandes novidades em termos sonoros, apesar do basto número de novos temas que foram apresentados, mas continuam a protagonizar uma experiência única para os ouvidos que os acompanham. Entre os jogos de silêncios e as descargas sónicas de uma Cahora Bassa cheia de distorção até ao limite, fecha-se os olhos e é-se transportado para uma qualquer outra dimensão. Os dois maiores pecados: foi demasiado curto e não teve "My Father My King". (8,5/10)

Franz Ferdinand
Já se sabia que eles tinham a noite ganha, mesmo antes de porem os pés em palco. Palminhas, letras cantadas de uma ponta à outra pela multidão e mais palminhas ainda, vieram provar que a maioria dos presentes estava ali pelos Franz Ferdinand. O que aconteceria se o público não os conhecesse previamente? Provavelmente, aquela amálgama sonora que era servida por um PA a dar sinais de esforço, ao ponto de tornar a música indistinguível por diversas vezes, não seria suficiente para arrancar um bater de pé, quanto mais uma palminha fora de ritmo. Mas também estarei a exagerar, certamente. Seja como for, venha o disco, que em palco não me convencem. (5/10)

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