E ainda outra questão: será que este "afastamento" da música em relação à política tem alguma coisa a ver com a ressaca da revolução e, designadamente, da canção de intervenção, tão popular até então?
terça-feira, 13 de janeiro de 2004
Música e política
Depois de ler um texto sobre os pigs do "Animals", dos Pink Floyd, dei por mim a pensar na música feita em Portugal nos últimos 20 anos e na forma como esta (não) tem usado temas políticos na sua agenda. Os exemplos raros que temos resumem-se, por um lado, aos Mão Morta, que abordam a política numa vertente mais moderna, isto é, entendendo política como algo que já fugiu da há bastante tempo da esfera da Assembleia da República ou do Conselho de Ministros. Por outro lado, temos a cena punk/hardcore, muito ghettificada, que, em boa parte das vezes, aborda a política de maneira ingénua, de inconformismo puro, indissociável ao próprio género musical, quase nunca se apoiando em bases teóricas significantemente consistentes. E mais? Mesmo falando de política na sua acepção mais histórica -- i.e., ataques aos homens e mulheres com cargos políticos --, haverá alguma coisa? Porque é que nem sequer uma canção ou outra a mandar o Paulo Portas ir plantar cogumelos para o Iucatão?
E ainda outra questão: será que este "afastamento" da música em relação à política tem alguma coisa a ver com a ressaca da revolução e, designadamente, da canção de intervenção, tão popular até então?
E ainda outra questão: será que este "afastamento" da música em relação à política tem alguma coisa a ver com a ressaca da revolução e, designadamente, da canção de intervenção, tão popular até então?
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