domingo, 3 de maio de 2015

100 de 1973, n.º 31, Kevin Ayers (rep.)



BANANAMOUR
KEVIN AYERS (Inglaterra)
Edição original: Harvest
Produtor(es): Kevin Ayers, Andrew King
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É o mais acessível, mas também o mais eclético, o mais completo e, provavelmente, o melhor disco a solo de Kevin Ayers, um dos fundadores dos Soft Machine, o homem de cujo talento John Peel disse ser "tão aguçado que se pode fazer cirurgia ocular profunda com ele". Ao quarto álbum, Ayers exprime-se das mais diversas formas. Anda pela soul à Van Morrison, pela pop freak à Robert Wyatt, pelo blues rock e até pelo ska (num dos temas bónus da reedição). Mas o tema central de "Bananamour", diferente de tudo o resto no disco, e que deixa todos os ouvidos estupefactos, é a majestosa composição épica "Decadence", um poema dedicado a Nico e uma cópia chapada, não fosse ter sido escrito muitos anos antes, daquilo que os Spiritualized viriam a fazer. Jason Pierce deve ter passado anos inteiros da sua vida a ouvir "Decadence". Só pode. "Bananamour" é também um ponto de encontro de velhos amigos de Ayers: Robert Wyatt participa nos coros de "Hymn"; Mike Ratledge, outro Soft Machine, toca orgão em "Interview"; Steve Hillage, guitarrista dos Gong, participa em "Souting In A Bucket Blues"; David Bedford, o maestro da versão orquestral de "Tubular Bells", dirige "Beware Of The Dog" (Bedford e Oldfield tinham feito parte da primeira banda de suporte de Ayers, The Whole World).

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