BERLIN
LOU REED (EUA)
Edição original: RCA
Produtor(es): Bob Ezrin
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«Lou Reed's Berlin is a disaster, taking the listener into a distorted and degenerate demimonde of paranoia, schizophrenia, degradation, pill-induced violence and suicide. There are certain records that are so patently offensive that one wishes to take some kind of physical vengeance on the artists that perpetrate them. Reed's only excuse for this kind of performance (which isn't really performed as much as spoken and shouted over Bob Ezrin's limp production) can only be that this was his last shot at a once-promising career. Goodbye, Lou.»
(Crítica devastadora da Rolling Stone, em 1973, que 30 anos mais tarde o colocaria no 344º posto da sua lista dos 500 melhores discos de sempre)
Sempre joguei na equipa dos que preferem "Transformer" (1972) a "Berlin". E foi só até muito recentemente que comecei a perceber e a gostar mais (muito mais) deste terceiro álbum a solo de Lou Reed, destas orquestras e destes arranjos um tanto ou quanto megalómanos. "Berlin" é daqueles discos, como tantos na época, que tem de ser ouvido do primeiro ao último minuto, sem saltos nos temas e sem distrações, para poder ser devidamente apreciado. Afinal de contas, ainda que esteja relativamente longe do conceito da ópera rock então em voga, "Berlin" apresenta um alinhamento conceptual, a história de Caroline e Jim e do caminho em direção ao abismo de drogas e violência que o romance de ambos toma. Reed e Bob Ezrin, o pianista e produtor do disco, quiseram desde o início levar a obra em todo o seu esplendor para o palco, mas as críticas e as vendas fizeram com que o projeto fosse arquivado para apenas 33 anos depois ser posto em prática na "Berlin Tour", que ficou documentada num filme de Julian Schnabel.
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