Ocasião única para ver em Portugal o projecto multifacetado do guitarrista Trevor Spruance, ex-Mr. Bungle, por onde já passaram nomes como Trevor Dunn, Eyvind Kang e William Winant, entre outros (myspace aqui).
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Hoje há Secret Chiefs 3 no Porto
Ocasião única para ver em Portugal o projecto multifacetado do guitarrista Trevor Spruance, ex-Mr. Bungle, por onde já passaram nomes como Trevor Dunn, Eyvind Kang e William Winant, entre outros (myspace aqui).
Novo álbum de Dylan em escuta
O oitavo volume de "Bootlegs", colecção de gravações raras e/ou inéditas de Bob Dylan, sai no próximo dia 7 de Outubro. Mas o site da National Public Radio oferece desde hoje a possibilidade de se ouvir o álbum na íntegra.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Mais um sinal dos tempos para a indústria da música
Já não parecem sobrar dúvidas acerca da deslocação do negócio da música do mercado do disco para o mercado do espectáculo ao vivo. Como se lia ontem no Guardian, há indicadores que mostram os números da música ao vivo estão pertíssimo daqueles da música gravada (a este propósito, leia-se também este artigo do Der Spiegel). E se eram necessárias mais provas da importância que os concertos vieram a ganhar nos tempos mais recentes, eis aqui outra: foi hoje lançada a primeira tabela de vendas de bilhetes para espectáculos. Este novo top, que colige informação proveniente de diversos locais de venda, apresenta os Oasis, que terão a partir do próximo mês uma digressão de 18 datas no Reino Unido, foram os que mais venderam bilhetes na passada semana. A tabela é produzida pelo tixdaq.com, um site que proporciona comparação de bilhetes para vários tipos de espectáculos, e será publicada regularmente na Music Week.
O primeiro top ten:
1. Oasis
2. Kings of Leon
3. Stevie Wonder
4. Kanye West
5. Coldplay
6. Slipknot
7. Stereophonics
8. Barry Manylow
9. James Blunt
10. Tina Turner
O primeiro top ten:
1. Oasis
2. Kings of Leon
3. Stevie Wonder
4. Kanye West
5. Coldplay
6. Slipknot
7. Stereophonics
8. Barry Manylow
9. James Blunt
10. Tina Turner
Damo Suzuki com Loosers
Foram entretanto confirmados os Loosers para "sound carriers" de Damo Suzuki, a banda que acompanhará o japonês no concerto da ZDB, no próximo dia 1 de Novembro. Para o concerto da Casa da Música, no dia anterior, já se sabia que a missão estaria a cargo dos Mental Liberation Ensemble.
Até o Wall Street Journal fala disto
Mais uma acha para a fogueira da polémica à volta do som alto das produções dos últimos anos, com "Death Magnetic" a servir uma vez mais de alvo.
domingo, 28 de setembro de 2008
Haja respeito pela memória da música
Há por aí um anúncio publicitário a uma cadeia bem conhecida de equipamentos domésticos que utiliza o "Bella Ciao" como banda sonora. Não só é absolutamente obsceno que a eterna canção da resistência anti-fascista sirva agora para vender móveis, como faltam adjectivos para qualificar esta esperteza saloia dos autores da campanha, que tiram partido do verso inicial da canção e descontextualizam-no, como se a história fosse massa de moldar para os publicitários, para acompanhar as imagens de... alguém que se levanta da cama. Ridículo seria um qualificativo simpático demais. Nem sequer é preciso falar no aproveitamento que estas campanhas tiram de canções tradicionais, sem direitos de autoria, algo que se tornou terreno fértil para as pilhagens dos publicitários e das grandes marcas.
(Será que um dia vamos ter o "Grândola, Vila Morena" a patrocinar uma gasolineira ou um banco português?)
Pela memória musical, pela memória dos partigiani:
Una mattina mi son svegliato,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Una mattina mi son svegliato,
e ho trovato l'invasor.
O partigiano, portami via,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
O partigiano, portami via,
ché mi sento di morir.
E se io muoio da partigiano,
(E se io muoio su la montagna)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E se io muoio da partigiano,
(E se io muoio su la montagna)
tu mi devi seppellir'.
E seppellire lassù in montagna,
(E tu mi devi sepellire)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E seppellire lassù in montagna,
(E tu mi devi sepellire)
sotto l'ombra di un bel fior.
Tutte le genti che passeranno,
(E tutti quelli che passeranno)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Tutte le genti che passeranno,
(E tutti quelli che passeranno)
Mi diranno «Che bel fior!»
(E poi diranno «Che bel fior!»)
«È questo il fiore del partigiano»,
(E questo é il fiore del partigiano)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
«È questo il fiore del partigiano,
(E questo é il fiore del partigiano)
morto per la libertà!»
(Será que um dia vamos ter o "Grândola, Vila Morena" a patrocinar uma gasolineira ou um banco português?)
Pela memória musical, pela memória dos partigiani:
Una mattina mi son svegliato,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Una mattina mi son svegliato,
e ho trovato l'invasor.
O partigiano, portami via,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
O partigiano, portami via,
ché mi sento di morir.
E se io muoio da partigiano,
(E se io muoio su la montagna)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E se io muoio da partigiano,
(E se io muoio su la montagna)
tu mi devi seppellir'.
E seppellire lassù in montagna,
(E tu mi devi sepellire)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E seppellire lassù in montagna,
(E tu mi devi sepellire)
sotto l'ombra di un bel fior.
Tutte le genti che passeranno,
(E tutti quelli che passeranno)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Tutte le genti che passeranno,
(E tutti quelli che passeranno)
Mi diranno «Che bel fior!»
(E poi diranno «Che bel fior!»)
«È questo il fiore del partigiano»,
(E questo é il fiore del partigiano)
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
«È questo il fiore del partigiano,
(E questo é il fiore del partigiano)
morto per la libertà!»
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Um ié-ié asiático
Ié-ié, beat, garagem, psicadelia, etc., em Hong Kong, Macau e Singapura, no final dos anos 60? Há muito para ouvir aqui. É de ficar com os olhos em bico. Obrigado, Carlos!
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Charadas #467
De novo, a auto-estrada e o rádio, que agora só passa talk-shows. Por favor, sr. agente, não me faça parar.
(Pede-se canção e respectiva autoria.)
(Pede-se canção e respectiva autoria.)
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Cabesssa Lacrau: não fixem este nome
Não fixem, porque o nome é provisório. Mas mantenham-se atentos, porque se o valter hugo mãe já era bom na poesia -- e agora na prosa -- é também dono de uma belíssima voz. E se a acompanhá-lo estão o Miguel Pedro e o António Rafael, dos Mão Morta, mais o Henrique Fernandes, dos Mécanosphère e dos F.R.I.C.S., temos ainda mais razões para ficarmos atentos. O mini-concerto na F*** Colombo, neste passado sábado, coloriu a apresentação de "O apocalipse dos trabalhadores", o novo livro do Valter, e acabou por deixar a pulga atrás da orelha sobre o que poderá ser a evolução deste projecto. Mas que bela voz, Valter.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Brian Wilson no táxi
Não são apenas os cantautores e bandas estreantes em tabelas indie que cabem no táxi da boa gente das Black Cab Sessions. Desta vez foi o Brian Wilson a fazer a viagem.
Charadas #465
A rádio toca numa auto-estrada do Massachusets.
(Pede-se nome da canção.)
(Pede-se nome da canção.)
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
O Ghandi também rocka
Sir Ben Kingsley STOMPS into the shoes of Minor Threat's Ian MacKaye from Mean Magazine on Vimeo.
Sim, é o Ben Kingsley a fazer de Ian McKaye num tributo da revista Mean aos Minor Threat, históricos do hardcore de Washington. Vídeo do ano?
James Murphy hoje, no Lux
Começa hoje o ciclo de noites "10x10" no Lux, um programa de celebração dos 10 anos do clube de Santa Apolónia, com James Murphy a giradiscar. A programação continua por todas as quintas-feiras, até 20 de Novembro, noite em que os pratos vão estar a cargo dos 2manydjs, habitués da casa. O programa completo:
18/Set - James Murphy
25/Set - François Kevorkian
2/Out - Tiga
9/Out - M.A.N.D.Y.
16/Out - Erol Alkan
23/Out - Basement Jaxx (DJ Set)
30/Out - Magda
6/Nov - James Holden
13/Nov - Boys Noize
20/Nov - 2ManyDJs
18/Set - James Murphy
25/Set - François Kevorkian
2/Out - Tiga
9/Out - M.A.N.D.Y.
16/Out - Erol Alkan
23/Out - Basement Jaxx (DJ Set)
30/Out - Magda
6/Nov - James Holden
13/Nov - Boys Noize
20/Nov - 2ManyDJs
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Mogwai em escuta
"The Hawk is Howling", o novo dos Mogwai, está, por enquanto, disponível para escuta no myspace deles. Na íntegra!
Os compressores
É uma discussão recorrente nos últimos anos. Há quem diga que a música cada vez mais parece toda a mesma. Produtores, técnicos de gravação e todo o pessoal responsável pela qualidade de som dos discos, e até mesmo o software moderno de produção, são acusados de trazer cada vez mais elementos para as misturas e, depois, de usar compressores que fazem a famosa muralha de som soar praticamente o mesmo em todo o lado. Na maior parte dos discos com guitarras que têm saído -- fala-se essencialmente do mainstream, claro -- é tudo reduzido a uma massa comum, com as frequências enclausuradas numa banda estreita, na maior parte das vezes sem lugar para as dissonâncias ou para a apreciação do património harmónico dos temas. Sem lugar para o erro, sequer...
As últimas vítimas da polémica estão a ser os Metallica, com "Death Magnetic" a servir de prova para muitos (como aqui). Há até quem diga, aqui, que a versão do jogo Guitar Hero soa muito melhor.
Parece que o heavy metal, que começou como um ritual de adoração ao volume, perdeu qualquer coisa pelo caminho desde que ganhou lugar na corte do mainstream...
As últimas vítimas da polémica estão a ser os Metallica, com "Death Magnetic" a servir de prova para muitos (como aqui). Há até quem diga, aqui, que a versão do jogo Guitar Hero soa muito melhor.
Parece que o heavy metal, que começou como um ritual de adoração ao volume, perdeu qualquer coisa pelo caminho desde que ganhou lugar na corte do mainstream...
Novo vídeo para as Vivian Girls
Vivian Girls "Tell the World"
É tão igual, tão copiado de coisas que ouvíamos no final dos anos 80 (Pixies, Breeders e até Dinosaur Jr., entre outros) mas é... giro. Myspace aqui.
25 anos de Crise Total
Os míticos Crise Total, nome fulcral do punk português dos anos 80, comemoram 25 anos de actividade (com algumas paragens pelo meio, é certo) e estão aí para concertos com Manolo, o vocalista original, e com os ingleses Varukers. Eis as datas dos Crise Total:
3 de Outubro, 22h - Porto, Porto-Rio (com Varukers, Dokuga e Motornoise)
4 de Outubro, 20h - Linda-a-Velha, Academia (com Varukers e Dr. Bifes e os Psicopratas)
A banda está a lançar também "Bem Viva no RRV", recuperação em em disco de temas gravados ao vivo no RRV e agora remasterizados. A velha guarda lembrar-se-á de uma cassette com essas mesmas gravações que andou a circular de mão em mão (a propósito, para quem não sabia, a voz que encerra uma das mixes no myspace do Bailarico Sofisticado resulta daí...)
3 de Outubro, 22h - Porto, Porto-Rio (com Varukers, Dokuga e Motornoise)
4 de Outubro, 20h - Linda-a-Velha, Academia (com Varukers e Dr. Bifes e os Psicopratas)
A banda está a lançar também "Bem Viva no RRV", recuperação em em disco de temas gravados ao vivo no RRV e agora remasterizados. A velha guarda lembrar-se-á de uma cassette com essas mesmas gravações que andou a circular de mão em mão (a propósito, para quem não sabia, a voz que encerra uma das mixes no myspace do Bailarico Sofisticado resulta daí...)
Charadas #463
(Pede-se nome do grupo.)
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Damo Suzuki também no Porto
Vai também haver concerto da Damo Suzuki Network no Porto, no dia 31 de Outubro, na Casa da Música. O espectáculo está integrado em mais uma noite clubbing da Casa da Música, que contará também com a irlandesa Róisin Murphy. Os sound carriers de Suzuki, isto é, os músicos locais que o vão acompanhar no improviso são os Mental Liberation Ensemble, um colectivo composto por gente da Soopa (e colaboradores próximos), que organiza o evento em conjunto com a Matéria Prima: Gustavo Costa (F.R.I.C.S., Most People..., Lost Gorbachevs, Mécanosphère, etc.), na bateria, João Filipe (F.R.I.C.S., Eskizofrénicos, Sektor 304, etc), na bateria, Henrique Fernandes (F.R.I.C.S., Mécanosphère, Lost Gorbachevs, etc), no contrabaixo eléctrico, Jonathan Saldanha (F.R.I.C.S., Mécanosphère, Faca Monstro e diversos outros projectos da Soopa), no shenai (uma espécie de oboé originário da Índia) e nas electrónicas, e Filipe Silva (F.R.I.C.S.), na guitarra e no gerador de feedback.
E, já que se fala na Soopa, os outros eventos promovidos pelo colectivo portuense incluem:
- SECRET CHIEFS 3, conforme já foi anunciado, no Plano B, a 30 de Setembro;
- FANFARRA RECREATIVA E IMPROVISADA COLHER DE SOPA (F.R.I.C.S.), com José Cid como convidado, no Passos Manuel, a 16 de Outubro. Já agora, fica aqui o myspace da F.R.I.C.S.: myspace.com/fanfarraimprovisada
E, já que se fala na Soopa, os outros eventos promovidos pelo colectivo portuense incluem:
- SECRET CHIEFS 3, conforme já foi anunciado, no Plano B, a 30 de Setembro;
- FANFARRA RECREATIVA E IMPROVISADA COLHER DE SOPA (F.R.I.C.S.), com José Cid como convidado, no Passos Manuel, a 16 de Outubro. Já agora, fica aqui o myspace da F.R.I.C.S.: myspace.com/fanfarraimprovisada
Charadas #462
(54° 9' N 4° 29′ W) * 2
(Desculpem a "geekice" desta, mas foi o que se arranjou à pressa.)
(Desculpem a "geekice" desta, mas foi o que se arranjou à pressa.)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Kluster e René Aubry no Museu do Oriente
O Crónicas da Terra dá a notícia: Kimmo Pohjonen volta a Portugal em Novembro, com o projecto Kluster. O espectáculo está marcado para o dia 1 de Novembro, no Museu do Oriente, inserido numa programação que ainda conta com a chinesa Liu Fang (dia 3 de Outubro) e o francês René Aubry (21 de Novembro).
sábado, 13 de setembro de 2008
Mais uns que ficaram apaixonados por Sines
As lembranças dos Toubab Krewe em Sines.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Mais datas: Ladytron
Mais datas para o Outono: Ladytron a 3 e 4 de Novembro, na Casa da Música e no Lux, respectivamente. Isto depois de terem actuado no fim-de-semana passado no Beat It, no Porto... (notícia aqui.)
Charadas #460
9'69" e não é reggae.
(Pede-se nome do artista ou banda.)
(Pede-se nome do artista ou banda.)
Silver Mt. Zion, Damo Suzuki, No Age e outros na ZDB e não só
No Age
A programação da ZDB (e de outros locais do país que também vão receber estes concertos) para o Outono é de arregalar os olhos. Ora vejamos alguns dos nomes já confirmados, a acrescentar aos que já foram anunciados aqui t:
OUTUBRO
* Dia 2 - MI AND L'AU (Finlândia/França) - tocam ainda no Orfeão Velho de Leiria e na Sociedade Convívio de Guimarães, nos dias imediatamente seguintes.
* Dia 9 - CHICO ANTÓNIO (Moçambique)
* Dia 16 - TORA TORA BIG BAND (Portugal)
* Dia 17 - PAUL METZGER (EUA) - toca no dia anterior em Aveiro / TIAGO SOUSA (Portugal)
* Dia 18 - SPACE COLLECTIVE 5 (Rafael Toral, João Paulo Feliciano, César Burago, Ruben da Cosa e Rute Praça) / JORGE HARO
* Dia 23 - NO AGE (EUA) / LUCKY DRAGONS (EUA)
P Dia 25 - JONQUIL (Inglaterra) - tocam dois dias antes em Aveiro.
* Dia 30 - A SILVER MT. ZION (Quebeque) - tocam, como já se sabia, no Passos Manuel, Porto, a 1 de Novembro, existindo ainda a hipótese não confirmada de um concerto em Leiria.
NOVEMBRO
* Dia 1 - DAMO SUZUKI NETWORK (Japão) - O antigo vocalista dos Can anda há anos nesta digressão. Em cada terra que pára, junta-se a um grupo de músicos locais, com os quais se aventura na improvisação. Nas duas outras apresentações que fez em Lisboa (também esteve no Porto), no aquário da ZDB, teve por companhia um colectivo composto por Nuno Rebelo, Marco Franco, Massimo Zu e outros, da primeira vez, e dos Caveira, na segunda. Foram noites inesquecíveis (a tal ponto que me fizeram apontar um para segundo melhor concerto de 2004 e outro para terceiro melhor de 2006). Ainda não está confirmada a banda que o vai acompanhar desta vez. Para conhecer melhor o homem e o espírito desta aventura, sugiro a entrevista que lhe fiz há quatro anos.
* Dia 7 - JAMES BLACKSHAW (Inglaterra) - depois do cancelamento da data anterior, eis de volta o génio inglês do fingerpicking, que pisa de novo os palcos portugueses depois de ter feito as primeiras partes de Josephine Foster. Desta vez, toca também no Mercado Negro, em Aveiro (dia 6) e no Armazém do Chá, no Porto (dia 8).
* Dia 23 - LIGHTNING BOLT - Para alguns (dedo no ar), um dos concertos mais esperados dos últimos anos.
* Dia 28 - YACHT (EUA)
DEZEMBRO
* Dia 11 - HIGH PLACES (EUA) - a coqueluche mais recente da Thrill Jockey.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Novas datas para Mão Morta
21 de Novembro - Barcelos
19 de Dezembro - Sesimbra, Cine Teatro João Mota
19 de Dezembro - Sesimbra, Cine Teatro João Mota
Mais uma leva de concertos para o Outono
BEACH HOUSE
Datas em Portalegre (15 de Novembro), no Maxime de Lisboa (16) e no Passos Manuel do Porto (17).
SECRET CHIEFS 3
Data única no Plano B do Porto (30 de Setembro, com Franklin Pereira na primeira parte).
SIX ORGANS OF ADMITTANCE
Mais um nome para acrescentar a um cartaz que já contava com Wooden Shjips e Sic Alps, para dia 8 de Novembro, em Lisboa (sala ainda por confirmar).
SPECTRUM/SONIC BOOM
No Museu do Chiado, em Lisboa, dia 26 de Novembro.
Outros:
26 de Setembro - Nadine Khouri @ Lisboa, MusicBox
27 de Setembro - Nadine Khouri @ Guimarães, Convívio, Associação Cultural e Recreativa
6 de Outubro - Caspian, The Allstar Project @ Porto, Porto-Rio
5 de Novembro - These Arms Are Snakes, Russian Circles @ Porto, Porto-Rio
Datas em Portalegre (15 de Novembro), no Maxime de Lisboa (16) e no Passos Manuel do Porto (17).
SECRET CHIEFS 3
Data única no Plano B do Porto (30 de Setembro, com Franklin Pereira na primeira parte).
SIX ORGANS OF ADMITTANCE
Mais um nome para acrescentar a um cartaz que já contava com Wooden Shjips e Sic Alps, para dia 8 de Novembro, em Lisboa (sala ainda por confirmar).
SPECTRUM/SONIC BOOM
No Museu do Chiado, em Lisboa, dia 26 de Novembro.
Outros:
26 de Setembro - Nadine Khouri @ Lisboa, MusicBox
27 de Setembro - Nadine Khouri @ Guimarães, Convívio, Associação Cultural e Recreativa
6 de Outubro - Caspian, The Allstar Project @ Porto, Porto-Rio
5 de Novembro - These Arms Are Snakes, Russian Circles @ Porto, Porto-Rio
Programa para hoje, em Lx
Primeiro, inauguração das exposições "Portobello", de Patrícia Almeida, e "Ontem", de André Cepeda, na ZDB, com concerto d'Os N'Gapas e DJ Set da Filho Único. A entrada é livre.
Depois, festa da Team Judas, a última em Portugal (pelo menos nos próximos tempos), com a Irmã Lúcia e o Judas a porem música, no Lounge.
Depois, festa da Team Judas, a última em Portugal (pelo menos nos próximos tempos), com a Irmã Lúcia e o Judas a porem música, no Lounge.
Poupar, senhores, poupar
Há que começar desde já a poupar, que Outubro, e principalmente Novembro, trazem aí uma enxurrada incrível de concertos... Mais novidades em breve.
Charadas #459
(Pede-se título do álbum.)
Novo vídeo para El Guincho
A pitchfork.tv apresentou o novo vídeo de El Guincho, neste caso para "Palmitos Park", mais um dos bons momentos do álbum de estreia "Alegranza":
Não é primeiro de Abril
Madredeus sem Teresa Salgueiro. Álbum ainda este ano. Notícia aqui.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Passatempo das diferenças
«Uma das notícias que mais ansiava poder dar: Os Lightning Bolt, o duo explosivo composto por Brian Chippendale, bateria, e Brian Gibson, baixo, têm uma data marcada para Portugal. No próximo dia 23 de Novembro, os norte-americanos apresentam-se na ZDB. Mais informações sobre a digressão dos norte-americanos aqui.»
(Ontem, por aqui.)
«Esta é uma noticia que todos gostam de dar. Os Lightning Bolt, o duo explosivo engendrado por Brian Chippendale, bateria, e Brian Gibson, baixo, têm uma data marcada para Portugal. No próximo dia 23 de Novembro, os norte-americanos apresentam-se na ZDB. As próximas informações serão fornecidas em boletins noticiosos criados para o efeito.»
(Depois, no bodyspace.net.)
Nota: Nada disto me chateia. Afinal de contas, não passa de uma breve notícia, com meia-dúzia de palavras. E nem tão pouco representa qualquer mácula no respeito que tenho pelo projecto do bodyspace. Mas, além da graça que isto tem, também revela alguma preguiça escusada, não?
(Ontem, por aqui.)
«Esta é uma noticia que todos gostam de dar. Os Lightning Bolt, o duo explosivo engendrado por Brian Chippendale, bateria, e Brian Gibson, baixo, têm uma data marcada para Portugal. No próximo dia 23 de Novembro, os norte-americanos apresentam-se na ZDB. As próximas informações serão fornecidas em boletins noticiosos criados para o efeito.»
(Depois, no bodyspace.net.)
Nota: Nada disto me chateia. Afinal de contas, não passa de uma breve notícia, com meia-dúzia de palavras. E nem tão pouco representa qualquer mácula no respeito que tenho pelo projecto do bodyspace. Mas, além da graça que isto tem, também revela alguma preguiça escusada, não?
As reedições de Robert Wyatt
A Domino prepara-se para lançar um conjunto de reedições da obra de Robert Wyatt. Em Outubro e Novembro, vão sair, não só em formato CD mas também em LP (e talvez até no formato digital que a Domino acabou de lançar), os seguintes trabalhos (entre parêntesis a data da primeira edição):
27 de Outubro
Theatre Royal Drury Lane 8th September 1974 (2005) [ao vivo]
Rock Bottom (1974)
Ruth Is Stranger Than Richard (1975)
Nothing Can Stop Us (1981) [compilação de singles]
17 de Novembro
Old Rottenhat (1985)
Dondestan (1991)
Shleep (1997)
EPs (1998) [compilação com temas retirados de singles, bandas sonoras e bandas sonoras; Inclui a versão para "I'm a Believer", dos Monkees, e "Pigs", a versão de Wyatt para "Biko", de Peter Gabriel]
Cuckooland (2003)
27 de Outubro
Theatre Royal Drury Lane 8th September 1974 (2005) [ao vivo]
Rock Bottom (1974)
Ruth Is Stranger Than Richard (1975)
Nothing Can Stop Us (1981) [compilação de singles]
17 de Novembro
Old Rottenhat (1985)
Dondestan (1991)
Shleep (1997)
EPs (1998) [compilação com temas retirados de singles, bandas sonoras e bandas sonoras; Inclui a versão para "I'm a Believer", dos Monkees, e "Pigs", a versão de Wyatt para "Biko", de Peter Gabriel]
Cuckooland (2003)
Charadas #458
É uma banda que faz os espanhóis pedirem crepes quando os vêem ao vivo. Verídico!
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Hector Zazou (1948-2008)
Depois de duas notícias óptimas, uma que não é nada agradável. Faleceu ontem Hector Zazou. Ao longo de mais de trinta anos, o compositor e produtor francês deixou obras que foram um marco na produção europeia e mundial. Ao longo do percurso, trabalhou na companhia de um notável conjunto de vozes e músicos. Entre os mais conhecidos, constam, por exemplo, Laurie Anderson, Peter Gabriel, John Cale, Brian Eno, Björk, Kronos Quartet, Suzanne Vega, Lisa Germano, Jane Birkin, Värttina, Siouxsie Sioux, Ryuichi Sakamoto, Khaled, Brendan Perry e Lisa Gerard dos Dead Can Dance, Jane Siberry, Robert Fripp, Peter Buck, Mimi Goese dos Hugo Largo, Sainkho, Nils Petter Molvær, Carlos Nuñez e muitos outros. Musicou Rimbaud (no incontornável "Sahara Blue"), musicou a "La Passion de Jeanne d’Arc" de Dreyer, trabalhou a música clássica, a electrónica, a tradicional, aventurou-se pelas tradições nórdicas, irlandesas ou asiáticas e deu à voz feminina um tratamento que poucos souberam dar tão bem. Nesta altura, o luto vive-se também na Crammed, a editora belga por onde fez sair uma dezena discos e que agora lhe dedica algumas palavras. É, aliás, pela Crammed que vai sair brevemente "In the House of Mirrors", que foi este ano gravado na Índia.
Permitam-me acrescentar esta nota pessoal: "Chansons des Mers Froides" (1994), disco composto a partir de tradições nórdicas relacionadas com o mar, e "Sahara Blue" (1992), música para poemas de Rimbaud, na comemoração do seu 100º aniversário, foram discos que eu ouvi compulsivamente um atrás do outro há pouco mais de uma década atrás, e estou certo que contribuíram para o meu desenvolvimento auditivo, seja o que for que isto signifique. Quando morre o autor de dois discos da nossa vida, é triste.
Permitam-me acrescentar esta nota pessoal: "Chansons des Mers Froides" (1994), disco composto a partir de tradições nórdicas relacionadas com o mar, e "Sahara Blue" (1992), música para poemas de Rimbaud, na comemoração do seu 100º aniversário, foram discos que eu ouvi compulsivamente um atrás do outro há pouco mais de uma década atrás, e estou certo que contribuíram para o meu desenvolvimento auditivo, seja o que for que isto signifique. Quando morre o autor de dois discos da nossa vida, é triste.
Charadas #457
Peopemepelhorpecoperapeçaopefelpepupedopedopeapenopepaspesapedo.
(pedarpeopenopemepedopedispecopedepeforpemapeconpedipezenpete!)
(pedarpeopenopemepedopedispecopedepeforpemapeconpedipezenpete!)
PÁRA TUDO II - Silver Mt. Zion no Passos Manuel
Hoje é o dia das notícias bombásticas. Depois dos Lightning Bolt, há outra estreia há muito ansiada. Agora é a vez de se saber que os quebequenses Silver Mt. Zion (coloquem os artigo "A" ou "Thee" antes e o que quiserem depois, à vossa conveniência) vão estar no Porto, no auditório do Passos Manuel, a 1 de Novembro. Notícia aqui.
Distúrbios, subúrbios
Automóveis ferrugentos desenhando o horizonte
Os paralelos asfixiam a alma
Solidão, saudade
Romagens, romaria aos queridos defuntos
Carcaças abandonadas ao passado
Distúrbios, subúrbios
Automóveis ferrugentos desenhando o horizonte
Os paralelos asfixiam a alma
Solidão, saudade
Romagens, romaria aos queridos defuntos
Carcaças abandonadas ao passado
PÁRA TUDO - Lightning Bolt na ZDB!
Uma das notícias que mais ansiava poder dar: Os Lightning Bolt, o duo explosivo composto por Brian Chippendale, bateria, e Brian Gibson, baixo, têm uma data marcada para Portugal. No próximo dia 23 de Novembro, os norte-americanos apresentam-se na ZDB. Mais informações sobre a digressão dos norte-americanos aqui.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Mexican Spagheti Western
Nunca tinha ouvido isto com ouvidos de ouvir, mesmo sabendo que está nas bandas sonoras do Desperado e do segundo Kill Bill. Chamam-se Chingon e são a banda do... Roberto Rodriguez. É ouvir aqui: www.chingonmusic.com.
(Obrigado, Sandra!)
(Obrigado, Sandra!)
Bitone
A boa gente do Gorilla vs. Bear está sempre atenta e eu descubro que tenho um apetite estranho por qualquer cover de Björk que apareça por aí. Desta vez, é um colectivo do Uganda, Bitone Troupe, a tocar All is Full of Love, que pode ser ouvida no myspace deles. A compra do mp3 ou do disco ajuda a escola para crianças desamparadas onde se desenvolveu o projecto.
Teoria da relatividade
Ontem ao assistir a "Hiss", filme afegão de terror -- sim, afegão e de terror -- incluído no programa do MOTELx lembrei-me das palavras do director do FMM logo após o concerto do Cui Jian, na edição deste ano. Na altura, face às minhas críticas negativas, o Carlos defendia o músico chinês com um argumento inapelável: Cui Jian tinha crescido enquanto pessoa e enquanto músico num país virado para dentro, com pouquíssimas referências de fora. Aquilo era a forma dele entender o rock. Nunca poderia ser a mesma de um europeu como eu, criado num ambiente de de acesso livre aos produtos e aos meios da cultura de massas ocidental, seja no mainstream ou nas suas expressões mais subterrâneas. Juízo semelhante pode ser feito ao filme de ontem. De uma pobreza assustadora em todos os aspectos, na técnica e na narrativa, "Hiss" terá de ser visto por olhos de um ocidental que não se esqueçam do Afeganistão como um país longe do Ocidente, que viveu anos de combate do poder taliban à cultura do espectáculo e, depois, anos de guerra absolutamente sanguinária. Mas até que ponto poderá ou deverá ir esta desculpabilização (termo feio, porque não se exige desculpas a ninguém)? No fundo, este confronto entre objectividade e subjectividade é um dos factores que influencia desde sempre a formação do gosto em cada um de nós. Quanto de nós, enquanto assistimos a um concerto ou ouvimos um disco, ouve apenas melodias, ritmos e harmonias, e quanto de nós as processa perante um contexto, de forma científica, como faz um musicólogo? Cada um terá a sua medida e, daí, cada um achará injustiças nas críticas de outros, mas é disso mesmo que se fala quando se fala de gostos e de conhecimentos. Uma coisa é certa: uns e outros não devem andar separados.
Charadas #455
Três híbridos canino-humanos, o artista e duas mulheres, na capa de um disco que esteve para ser uma opereta baseada na mais famosa distopia de sempre.
(Pede-se o título do álbum.)
(Pede-se o título do álbum.)
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
A cidade respira de novo
Está oficiosamente decretado o final do marasmo de Verão em Lisboa. Já para hoje, para mandar com o tédio para daqui para longe, duas opções rock'n'rolleiras:
The Act-Ups no Maxime, que apresentam o novo álbum (para já é o formato LP, da Groovie Rec) na festa do Motelx, que, entre outros motivos de interesse, contará ainda com a presença de Zé do Caixão, o rei do terror brasileiro (entrada livre para quem apresente bilhete de uma das sessões de hoje);
Abztraqt Sir Q no Lounge, com entrada livre.
The Act-Ups no Maxime, que apresentam o novo álbum (para já é o formato LP, da Groovie Rec) na festa do Motelx, que, entre outros motivos de interesse, contará ainda com a presença de Zé do Caixão, o rei do terror brasileiro (entrada livre para quem apresente bilhete de uma das sessões de hoje);
Abztraqt Sir Q no Lounge, com entrada livre.
Charadas #454
(Pede-se nome do artista/banda sugerido.)
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Todo o programa da Festa, finalmente!
Finalmente! A edição de 2008 da Festa do Avante! deve certamente ser a primeira em que o programa é divulgado na íntegra no site do PCP, com horários dos espectáculos que ocorrem em todos os palcos e não apenas no palco principal, algo que até aqui só se conseguia, e em parte, através da aquisição da revista do programa.
Assim, a informação de palcos e horários está toda aqui.
Assim, a informação de palcos e horários está toda aqui.
Polysics: cancelado o concerto de Lisboa
Já não vai haver concerto dos japoneses Polysics no próximo domingo, no Lounge. Mantém-se, porém, o espectáculo marcado para o festival Beat It, no Porto, no próximo sábado.
Regresso às aulas na ZDB
O Sérgio não pára de me dizer que Outubro e Novembro vão ser meses em grande para os lados da rua da Barroca (e eu até imagino porquê), mas, por enquanto, aqui vai a programação da ZDB neste regresso em Setembro:
Dia 11 (quinta-feira), 23h
OS N'GAPAS (PT/Angola), FILHO ÚNICO DJ SET (PT)
(Concerto de inauguração das exposições de André Cepeda e Patrícia Almeida)
Entrada livre
Dia 12 (sexta-feira), 23h
ANISOTROPUS (PT), NUNO TORRES & CARLOS SANTOS (PT)
Bilhete: €6
Dia 13 (sábado), 23h
LOOSERS (PT), NEOKARMA JOOKLO TRIO (IT), TROPA MACACA (PT), DJ QBICO (IT)
Bilhete: €8
Dia 19 (sexta-feira), 23h
IF LUCY FELL (PT), SUCHI RUKARA (PT),
Bilhete: €6
Dia 20 (sábado), 23h
TÓ TRIPS (PT), MARIANA RICARDO (PT),
Bilhete: €6
Dia 26 (sexta-feira), 23h
GREEN MACHINE (PT), LOBSTER (PT)
Bilhete: €6
Dia 27 (sábado), 23h
ORQUESTRA VGO (PT)
Bilhete: €6
Dia 11 (quinta-feira), 23h
OS N'GAPAS (PT/Angola), FILHO ÚNICO DJ SET (PT)
(Concerto de inauguração das exposições de André Cepeda e Patrícia Almeida)
Entrada livre
Dia 12 (sexta-feira), 23h
ANISOTROPUS (PT), NUNO TORRES & CARLOS SANTOS (PT)
Bilhete: €6
Dia 13 (sábado), 23h
LOOSERS (PT), NEOKARMA JOOKLO TRIO (IT), TROPA MACACA (PT), DJ QBICO (IT)
Bilhete: €8
Dia 19 (sexta-feira), 23h
IF LUCY FELL (PT), SUCHI RUKARA (PT),
Bilhete: €6
Dia 20 (sábado), 23h
TÓ TRIPS (PT), MARIANA RICARDO (PT),
Bilhete: €6
Dia 26 (sexta-feira), 23h
GREEN MACHINE (PT), LOBSTER (PT)
Bilhete: €6
Dia 27 (sábado), 23h
ORQUESTRA VGO (PT)
Bilhete: €6
Charadas #453
Um familiar que joga subbuteo.
(Pede-se o nome da canção.)
(Pede-se o nome da canção.)
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Uma agradável surpresa
Os Rose Blanket, projecto pessoal de Miguel Dias, vão ter a partir do próximo dia 15, novo álbum nos escaparates, com o título "Our Early Balloons". Confesso que pouco ouvi do álbum de estreia que a Bor Land editou em 2004, talvez por ter o hábito de ignorar à primeira audição e de forma inconsciente, canções cantadas em inglês por quem pensa e sonha em português. Daí esta quase-surpresa ao ouvir "Our Early Balloons", que conta com inúmeras colaborações, sendo a de maior destaque a de Ana Deus, a vocalista dos Três Tristes Tigres, no tema "Rosinha". A melancolia instrumental e a atenção dada às harmonias e aos silêncios remetem imediatamente, por simpatia e não por imitação, para nomes como o de Lisa Germano, Howe Gelb e, claro, os OP8.
Charadas #452
Passou mais de meio ano desde a última charada. Estamos em Setembro, mês de regresso a velhos hábitos por excelência, e aqui se inicia mais uma série de charadas. Como sempre, o primeiro a acertar leva um ponto (ou mais, se houver demora na descoberta) e o vencedor da série é aquele que chegar a um total de dez. Ao contrário do que acontecia nas anteriores séries, não há agora uma regra fixa. Tanto podemos ter recortes de capas de discos, onde se pede para adivinhar o nome do artista e o título da obra (o caso desta #452), como pode ser a tradicional junção de imagens a pedir o nome de um artista, a descrição dos elementos de uma capa, etc. Faites vos jeux.
The Act-Ups com disco novo
Por falar em Barreiro Rocks, há também novidades frescas a respeito dos Act-Ups, banda que integra alguns dos principais conspiradores do festival. Já está gravado o novo álbum, o terceiro, e vai chamar-se "The Act-Ups Play the Old Psychedelic Sounds of Today". A edição do CD é dos próprios, através da Hey!Pachuco Recs, estando ainda prevista uma versão em LP com selo Groovie Records. O concerto de apresentação vai ser no Musicbox, no dia 7 de Novembro, mas os Act-Ups vão andar por outros locais até lá:
4/Set - Lisboa, Maxime (23h) - Integrado no MOTELX (a entrada é livre para quem apresentar bilhete de uma das sessões deste dia)
12/Set - Barreiro, AMAC (21h30) - Integrado no BOM (Barreiro Outras Músicas)
27/Set - Rio Maior, In a Bar
17/Out - Madrid, Gruta 77
8/Out - Cáceres, Sala Berlin
1/Nov - Santiago de Compostela
4/Set - Lisboa, Maxime (23h) - Integrado no MOTELX (a entrada é livre para quem apresentar bilhete de uma das sessões deste dia)
12/Set - Barreiro, AMAC (21h30) - Integrado no BOM (Barreiro Outras Músicas)
27/Set - Rio Maior, In a Bar
17/Out - Madrid, Gruta 77
8/Out - Cáceres, Sala Berlin
1/Nov - Santiago de Compostela
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Já há datas para o Barreiro Rocks 2008
Dias 14 e 15 de Novembro, no sítio do costume, ou seja, pavilhão do Grupo Desportivo "Os Ferroviários". O cartaz será divulgado em breve.
Recordações da Póvoa
A segunda edição do Músicas do Mar, que este fim-de-semana aconteceu na Póvoa de Varzim, apresentou espectáculos óptimos, como os de Dengue Fever ou do colectivo de afrobeat liderado por Dele Sosimi. Foi melhor que no ano passado, seguramente. Para isso também ajudou que o público acorresse em maior número -- a Póvoa estava, desta vez, com bastante mais veraneantes que em altura semelhante do ano passado. Ainda assim, como lembrava a peça de ontem do Público, o Músicas do Mar ainda não consegue captar o seu público, o que constitui um factor crítico para a continuação do projecto. Não foi à segunda edição que o Músicas do Mar deixou de ser um evento para o público ocasional, o que não sendo grave -- é sempre agradável ver o interesse e até a alegria com que as pessoas que aparecem por acaso seguem espectáculos que lhes soam tão diferentes --, demonstra que ainda não constitui um pólo de atracção e de divulgação do próprio nome da cidade no país, como desejará a autarquia poveira, organizadora do evento. Ainda assim, e pelo que se ia ouvindo, a edição de 2009 parece estar assegurada.
Alguns destaques:
O rock'n'roll exótico dos Dengue Fever. Não tendo o primor técnico e a concentração dos restantes camaradas de cartaz, os músicos californianos que acompanham a vocalista Chhom Nimol, que é natural do Cambodja e canta em khmer, foram a proposta mais interessante e mais curiosa do festival. O encontro entre o rock de garagem psicadélico dos anos 60 e a pop cambodjana da mesma época remeteram o espectáculo para a categoria das bandas sonoras exóticas de filmes de acção de série B e só por distracção é que Quentin Tarantino ainda não os usou numa banda sonora, certamente.
O groove branco da Dele Sosimi Afrobeat Orchestra. Na quinta-feira, o espectáculo do nigeriano Dele Sosimi, antigo músico de Fela Kuti -- a sua carreira começou precisamente nos Egypt 80 -- serviu como uma bela resposta para aqueles que, ainda hoje, insistem em racializar a música, dando-lhe cores. Numa banda constituída quase em exclusivo por brancos europeus -- é o próprio Sosimi que diz que pretende mostrar a todos que o afrobeat pode ser tocado por uma orquestra composta por gente proveniente das mais diversas etnias espalhadas pelo mundo -- o funk de Lagos teve todo o groove que se exige. Fez dançar, fez entrar em transe, evocou de forma sublime o ícone Fela Kuti com o tema "Zombie"... Foi perfeito.
A folia dos Farra Fanfarra. No sábado à tarde, o largo que encabeça a rua da Junqueira encheu de público para assistirem à animação de rua dos Farra Fanfarra. E que animação. Entre portugueses, italianos e músicos de outras nacionalidades, a trupe dos Farra Fanfarra, cerca de duas dezenas de músicos, essencialmente metais, animou os locais com clássicos do ska, da música balcânica, da música ligeira dos anos 50, da música de intervenção italiana, etc. As atenções recaem principalmente sobre o mestre de cerimónias da fanfarra, o italiano Stefano, que salta e rebola, cospe e engole fogo, atira-se para cima de vidros, mete-se com o público... Uma farra permanente. O grupo, ou parte dele, foi ainda protagonista de um episódio que não resisto a relatar. Alguns minutos depois da actuação, já à entrada do hotel, permaneciam cinco ou seis músicos a trocarem impressões. Surge então um avô volumoso, com o seu neto de três ou quatro anos, que trazia um tambor a tiracolo. "Já acabou?", pergunta o avô, na mais cerrada das pronúncias nortenhas. "Então isto é que são horas de aparecer?", respondem-lhe os músicos. "Adormeci, caralho!", lamenta-se, fazendo depois uma pausa para rematar com um... "Toca aí qualquer coisa para o miúdo, caralho!" (assim lido soa agressivo, mas isto foi dito na maior naturalidade e simpatia de um homem do Norte, o que torna este episódio paradigmático na ilustração de um festival na Póvoa). E um dos trompetistas toca o "Atirei o Pau ao Gato", acompanhado pelo miúdo ao tambor.
(Foram muito bons os Farra Fanfarra, mas não perdoo o facto de terem roubado o público ao Bailarico Sofisticado na última noite, quando se puseram a tocar na rua e... a pedir dinheiro ao público que saía dos Hoba Hoba Spirit. Para a próxima, sou eu que saboto uma animação de rua da Farra... :>)
E mais? O auditório do Diana Bar sobrelotou de gente de todas as idades e de muito entusiasmo para o blues dos Nobody's Bizness, na quinta-feira, e do novo fado gingão dos Deolinda, no dia seguinte. A vez do pianista neo-zelandês Aron Ottignon já não terá corrido tão bem assim, já que à mesma hora havia futebol e as ruas da cidade eram a completa antítese das restantes noites. Os marroquinos Hoba Hoba Spirit, com um rock muito próximo dos Mano Negra e talvez ainda mais do próprio Manu Chao, mostraram que o seu país já é muito diferente do que ainda somos levados a crer por vezes. Antes, a italiana Rosapaeda trouxe as suas tradições locais revestidas pelo jazz e pelo rock de carácter mainstream, à semelhança de inúmeros outros projectos provenientes do mesmo país. Em relação ao Bailarico Sofisticado, houve uma primeira noite com público, mas também com demasiados problemas técnicos, muitos pregos e, pela primeira e única vez no festival, a chuva. Na segunda noite, não houve nada disto, só faltou o público.
Alguns destaques:
O rock'n'roll exótico dos Dengue Fever. Não tendo o primor técnico e a concentração dos restantes camaradas de cartaz, os músicos californianos que acompanham a vocalista Chhom Nimol, que é natural do Cambodja e canta em khmer, foram a proposta mais interessante e mais curiosa do festival. O encontro entre o rock de garagem psicadélico dos anos 60 e a pop cambodjana da mesma época remeteram o espectáculo para a categoria das bandas sonoras exóticas de filmes de acção de série B e só por distracção é que Quentin Tarantino ainda não os usou numa banda sonora, certamente.
O groove branco da Dele Sosimi Afrobeat Orchestra. Na quinta-feira, o espectáculo do nigeriano Dele Sosimi, antigo músico de Fela Kuti -- a sua carreira começou precisamente nos Egypt 80 -- serviu como uma bela resposta para aqueles que, ainda hoje, insistem em racializar a música, dando-lhe cores. Numa banda constituída quase em exclusivo por brancos europeus -- é o próprio Sosimi que diz que pretende mostrar a todos que o afrobeat pode ser tocado por uma orquestra composta por gente proveniente das mais diversas etnias espalhadas pelo mundo -- o funk de Lagos teve todo o groove que se exige. Fez dançar, fez entrar em transe, evocou de forma sublime o ícone Fela Kuti com o tema "Zombie"... Foi perfeito.
A folia dos Farra Fanfarra. No sábado à tarde, o largo que encabeça a rua da Junqueira encheu de público para assistirem à animação de rua dos Farra Fanfarra. E que animação. Entre portugueses, italianos e músicos de outras nacionalidades, a trupe dos Farra Fanfarra, cerca de duas dezenas de músicos, essencialmente metais, animou os locais com clássicos do ska, da música balcânica, da música ligeira dos anos 50, da música de intervenção italiana, etc. As atenções recaem principalmente sobre o mestre de cerimónias da fanfarra, o italiano Stefano, que salta e rebola, cospe e engole fogo, atira-se para cima de vidros, mete-se com o público... Uma farra permanente. O grupo, ou parte dele, foi ainda protagonista de um episódio que não resisto a relatar. Alguns minutos depois da actuação, já à entrada do hotel, permaneciam cinco ou seis músicos a trocarem impressões. Surge então um avô volumoso, com o seu neto de três ou quatro anos, que trazia um tambor a tiracolo. "Já acabou?", pergunta o avô, na mais cerrada das pronúncias nortenhas. "Então isto é que são horas de aparecer?", respondem-lhe os músicos. "Adormeci, caralho!", lamenta-se, fazendo depois uma pausa para rematar com um... "Toca aí qualquer coisa para o miúdo, caralho!" (assim lido soa agressivo, mas isto foi dito na maior naturalidade e simpatia de um homem do Norte, o que torna este episódio paradigmático na ilustração de um festival na Póvoa). E um dos trompetistas toca o "Atirei o Pau ao Gato", acompanhado pelo miúdo ao tambor.
(Foram muito bons os Farra Fanfarra, mas não perdoo o facto de terem roubado o público ao Bailarico Sofisticado na última noite, quando se puseram a tocar na rua e... a pedir dinheiro ao público que saía dos Hoba Hoba Spirit. Para a próxima, sou eu que saboto uma animação de rua da Farra... :>)
E mais? O auditório do Diana Bar sobrelotou de gente de todas as idades e de muito entusiasmo para o blues dos Nobody's Bizness, na quinta-feira, e do novo fado gingão dos Deolinda, no dia seguinte. A vez do pianista neo-zelandês Aron Ottignon já não terá corrido tão bem assim, já que à mesma hora havia futebol e as ruas da cidade eram a completa antítese das restantes noites. Os marroquinos Hoba Hoba Spirit, com um rock muito próximo dos Mano Negra e talvez ainda mais do próprio Manu Chao, mostraram que o seu país já é muito diferente do que ainda somos levados a crer por vezes. Antes, a italiana Rosapaeda trouxe as suas tradições locais revestidas pelo jazz e pelo rock de carácter mainstream, à semelhança de inúmeros outros projectos provenientes do mesmo país. Em relação ao Bailarico Sofisticado, houve uma primeira noite com público, mas também com demasiados problemas técnicos, muitos pregos e, pela primeira e única vez no festival, a chuva. Na segunda noite, não houve nada disto, só faltou o público.
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