É um artigo a ler com atenção, no meio de tanta palavra gasta em redor deste tema, com frequentes reflexões imparciais que não vislumbram o todo, e que confundem com ou sem intenção o que está realmente em jogo, como na anedota indiana do elefante: é preciso afastar-se para se perceber que é mesmo um elefante (ou qualquer coisa assim).
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Chamar a isto música é como vender um carrinho de compras e chamar-lhe mercearias
A propósito da pedrada no charco que "In Rainbows", dos Radiohead, representa na história da indústria da música, a revista Wired juntou à conversa Thom Yorke e David Byrne, na sua edição de Janeiro. Bastante mais interessante é o longo artigo que o último deixa nas páginas da revista: "David Byrne's Survival Strategies for Emerging Artists — and Megastars". Falando na qualidade de músico e editor (ou melhor, ex-editor), Byrne começa por traçar o diagnóstico que, finalmente, se mostra cada vez mais uma evidência para toda a gente. E aqui importa saber-se o que se discute realmente quando se aborda este tema. É por isso fundamental que se distinga do que se fala quando se fala da indústria da música: se da música propriamente dita, como a que é feita por músicos há milénios, se do negócio das caixas de plástico e afins ("chamar a isto música é como vender um carrinho de compras e chamar-lhe mercearias"). Feita esta distinção e compreendendo o papel das editoras, no passado, no presente e, de alguma forma, no futuro, Byrne prossegue com a identificação dos vários modelos de negócio que se colocam perante os músicos, desde a opção em que uma empresa controla todo o trabalho e o artista não é mais que um empregado que contribui com a sua parte para o produto final, até à opção DIY, em que tudo passa pelo artista. Pelo meio, há modelos mistos que já se verificam (Byrne dá vários exemplos) e que poderão vir a ter maior importância no futuro.
É um artigo a ler com atenção, no meio de tanta palavra gasta em redor deste tema, com frequentes reflexões imparciais que não vislumbram o todo, e que confundem com ou sem intenção o que está realmente em jogo, como na anedota indiana do elefante: é preciso afastar-se para se perceber que é mesmo um elefante (ou qualquer coisa assim).
É um artigo a ler com atenção, no meio de tanta palavra gasta em redor deste tema, com frequentes reflexões imparciais que não vislumbram o todo, e que confundem com ou sem intenção o que está realmente em jogo, como na anedota indiana do elefante: é preciso afastar-se para se perceber que é mesmo um elefante (ou qualquer coisa assim).
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