segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Histórias Peel #1

Era o final do ano de 1973 (belo ano, por sinal) e Robert Fripp e Brian Eno tinham acabado de editar "No Pussyfooting". Porque a tecnologia necessária para a gravação destes temas era complexa demais, em vez de levar Fripp e Eno aos estúdios da BBC para gravar uma sessão como faziam todos os outros músicos, o produtor das Peel Sessions aceitou antes comprar uma gravação alternativa à do álbum. Estranhou que soasse tão diferente do que estava no disco e confirmou com a editora. Era aquela a fita, não havia qualquer dúvida. Na noite em que passou na rádio, Brian Eno ia a conduzir. Teve que encostar para telefonar à BBC: "Tenho que falar com John Peel, pois ele está a tocar o meu álbum de trás para a frente". "É o que todos dizem, senhor", ter-lhe-á respondido a telefonista, não passando a chamada. As editoras costumavam enrolar as fitas com o fim da parte de fora, ao passo que a BBC colocava o início. "Felizmente, apenas o Eno deu conta", conta o produtor John Walters.

in "The Peel Sessions - A story of teenage dreams and one man's love of new music", Ken Garner, BBC Books, 2007

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