Noutro aspecto, "Control" é também um filme rigoroso. Além de Deborah Curtis, o recentemente falecido Tony Wilson (patrão da Factory) e os actuais New Order acompanharam de perto a produção. Até Peter Saville, que desenhava as capas da Factory, incluindo as dos Joy Division, aparece nos créditos. As semelhanças físicas dos actores chegam a ser assustadoras (Bernard Sumner incrível, por exemplo) e as actuações (os actores aprenderam mesmo a tocar os temas) são extremamente convincentes. E quem se habituou a ver fotografias dos Joy Division e de Ian Curtis ao longo de todos estes anos, não deixará certamente escapar um sorriso em vários dos planos captados por Anton Corbjin ao longo do filme.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Duas ou três coisas sobre Control
"Control" é um filme sóbrio. O caminho mais fácil para este tipo de filmes biográficos resume-se muitas das vezes à expressão de uma devoção histérico-religiosa pelo biografado, relevando ao limite do absurdo as suas qualidades e explorando a esfera privada como um mero sucedâneo da esfera mediática. Também há, ainda que menos frequente, o outro extremo, em que o artista desaparece por completo e dá lugar à pessoa normal, igual a tantos de nós. "Control", porém, encontra-se algures a meio termo. Mostra Ian Curtis, o miúdo que casou cedo demais, e Ian Curtis, o proto-ícone do rock. Não é apenas um ou apenas o outro. São sete anos do jovem Ian (1973 a 1980) que nos são contados pela sua própria viúva, sobre cujo livro se apoia o guião do filme. Temos o ponto de vista de alguém a que assistiu, ainda que deixada à margem, ao conflito pessoal vivido pelo seu marido. Entre os dois (ou mais) Ian Curtis que conheceu, entre as motivações e frustrações de ambos, há relações de causa-efeito, mas as interpretações finais são deixadas para o espectador, se se quiser dar a esse trabalho especulativo. Não entrar explicitamente pelos campos da psicanálise, das questões que ficaram por ser respondidas, é um trunfo de "Control" que nem sempre é habitual ver-se neste tipo de cinema.
Noutro aspecto, "Control" é também um filme rigoroso. Além de Deborah Curtis, o recentemente falecido Tony Wilson (patrão da Factory) e os actuais New Order acompanharam de perto a produção. Até Peter Saville, que desenhava as capas da Factory, incluindo as dos Joy Division, aparece nos créditos. As semelhanças físicas dos actores chegam a ser assustadoras (Bernard Sumner incrível, por exemplo) e as actuações (os actores aprenderam mesmo a tocar os temas) são extremamente convincentes. E quem se habituou a ver fotografias dos Joy Division e de Ian Curtis ao longo de todos estes anos, não deixará certamente escapar um sorriso em vários dos planos captados por Anton Corbjin ao longo do filme.
Noutro aspecto, "Control" é também um filme rigoroso. Além de Deborah Curtis, o recentemente falecido Tony Wilson (patrão da Factory) e os actuais New Order acompanharam de perto a produção. Até Peter Saville, que desenhava as capas da Factory, incluindo as dos Joy Division, aparece nos créditos. As semelhanças físicas dos actores chegam a ser assustadoras (Bernard Sumner incrível, por exemplo) e as actuações (os actores aprenderam mesmo a tocar os temas) são extremamente convincentes. E quem se habituou a ver fotografias dos Joy Division e de Ian Curtis ao longo de todos estes anos, não deixará certamente escapar um sorriso em vários dos planos captados por Anton Corbjin ao longo do filme.
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