O primeiro grande choque foi:
U2 "The Joshua Tree" (Island, 1987)
Os U2 já traziam na bagagem um sem número de excelentes canções, mas foi essencialmente com o "Joshua Tree" que comecei a entrar na grande pancada que foi o grupo irlandês durante uns dois ou três anos. Ler biografias, arranjar o maior número possível de concertos piratas, ouvir todo o catálogo oficial e não oficial até à exaustão, até ao ponto de saber, para a generalidade dos temas, o ponto em que entrava o e-bow do The Edge ou um prato de choque do Larry Mullen Jr.
"The Joshua Tree" é provavelmente o melhor disco dos U2. Mesmo que não haja já grande paciência para os mega-hits "Where the Streets Have no Name" ou "I Still Haven't Found What I'm Looking For", estão lá pérolas como "With or Without You" (na altura, ninguém no mainstream tinha coragem de fazer um tema pop tão soturno assim), "Exit" (ainda hoje sou capaz de ouvi-lo várias vezes seguidas sem me cansar) ou a pesada "Bullet the Blue Sky". "Mothers of the Disappeared" foi a primeira linha de baixo que aprendi. Ouvir neste momento "Trip Through Your Wires" ou, ainda melhor, "In God's Country", deixar-me-ia nostálgico e feliz.
(Um dia, daqueles muitos dias em que, como a generalidade dos putos da minha idade, não tinha dinheiro, encontrei na Feira da Ladra uma versão brasileira do "The Joshua Tree": "A Árvore de Joshua"... que preciosidade, caramba!)
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