quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O bater do coração

A nível pessoal, um dos aspetos particulares mais interessantes do documentário "We Don’t Care About Music Anyway…", que ontem passou na ZDB, prendeu-se com a descoberta do artista Fuyuki Yamakawa. Pode ser distração ou ignorância, mas nunca vi alguém tirar partido do mais básico e mais natural dos sons ao dispor de cada um de nós, pelo menos de uma forma, digamos, tão imediata quanto esta. O bater do coração. Fuyuki Yamakawa aplica um pickup ao peito, liga-o a um amplificador de guitarra (assim como a um interruptor de luzes) e, lá está, o ritmo do seu coração, alegadamente treinado por exercícios de respiração, a ecoar pela sala. Vai mais longe ainda: liga o mesmo microfone à cana do nariz e entoa um canto gutural circular, som que já só por si é sempre estranho, e, a dada altura, lembra-se de bater com a mão no crânio, o que resulta noutro ritmo. Humano e natural.
Cardiologistas de todo o mundo, encontraram o vosso artista preferido.

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