Para o caso português, socorremo-nos do senso comum, que não é de desprezar quando queremos ter uma ideia geral, dada: (i) a quantidade de festivais que surgiram nos últimos anos; (ii) a insanidade de datas de pequenas e grandes bandas que cidades como Lisboa e Porto oferecem semanalmente; (iii) as possibilidades de pequenas digressões (se é que já lhe podemos chamar assim) que as bandas nacionais e estrangeiras conseguem fazer por esse país fora. Socorremo-nos do senso comum, dizia, porque faltam números. Não há uma associação corporativa de promotores de espectáculos que possa revelar números sobre os quais possamos avaliar tendências e as estatísticas oficiais ("Estatísticas da Cultura" - Instituto Nacional de Estatística") são pobres, pelo menos nesta área. Concorrerá para isto não só a pouca regulamentação estatística mas também a economia informal em que ainda assentam alguns dos negócios nesta área. Mas em países ou regiões com tradição na transparência estatística, como no Reino Unido, já não se passa assim.
E esta notícia da Billboard dá efectivamente conta, com números, da forma como o mercado "ao vivo" do Reino Unido está a crescer. Num clima de crise económica e de baixa inflação, o mercado britânico cresceu 4,3% em 2009, progressão semelhante à ocorrida no ano anterior. Durante o ano de 2009, foram gastos cerca de... 1,45 mil milhões de libras (1,7 mil milhões de euros). O sector que mais contribuiu para este crescimento foi o dos festivais, cujas receitas aumentaram 22%. Conclui por isso a notícia que o crescimento beneficiou sobretudo o mercado dos festivais. Afinal, aqueles ganhos adicionais correspondem a 83% dos ganhos adicionais totais.
E por cá, como será?
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