sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A aflição

Tenta uma pessoa explicar a outra, que não aprecie música mais do que aquilo que se possa convencionar como normal, a angústia em que se encontra por ter perdido quase uma centena de CDs. Ainda para mais, discos absolutamente essenciais. Não o consegue explicar. Nem a angústia, nem a aflição que se sente ao esperar por um telefonema que confirme ou não a perda definitiva daquele património. É pelo dinheiro? Não, não é pelo dinheiro. Não o conseguimos explicar. Mais, corremos o risco de passar a ser observados, se é que já não o éramos, como se num planeta diferente houvéssemos sido criados. Enfim, não é preciso levar todo este melodrama ao limite das personagens do Nick Hornby, mas é um desconsolo enorme.
Esta história, porém, é das que acabam bem. Penso nos desgraçados DJs que me contam dos casos, bastante frequentes até, em que foram vítimas de assalto. Para esses não há finais felizes. Neste há e à angústia segue-se uma alegria desmedida. A agência de aluguer de automóveis confirmou-me que encontraram a bolsa dos CDs. Haja alegria na Terra e paz entre os povos.

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