sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A banda de Efrim Menuck já não é uma orquestra, é uma redução

Confesso que, na expectativa que levava para este espectáculo, transportava a memória saudável do tempo dos godspeed you black emperor! ou, para não ser tão injusto na comparação, a dos primeiros álbuns da banda de Efrim Menuck, que também conhece nomes como The Silver Mt. Zion Memorial Orchestra e afins. Mas, convenhamos que o que ontem subiu ao palco da ZDB (subir é a palavra, a propósito; finalmente, um estrado alto que permite ver a banda de qualquer ponto da plateia) não foi mais do que uma amostra em formato demasiado reduzido da banda de Efrim Menuck. A começar pela própria formação. A acompanhá-lo, apenas as violinistas Sophie Trudeau e Jessica Moss, o (contra)baixista Thierry Amar e o baterista Eric Craven. Sejamos justos e deixemos a memória dos godspeed para trás, para dizer que, porém, já mesmo num contexto silvermountziano, isto soube a pouco. Na redução dos arranjos, perde-se a opulência harmónica, essencial para a sustentação dos edifícios sónicos criados pela banda de Efrim Menuck nos primeiros álbuns. Perde-se também o magnífico efeito dos jogos de vozes, característica essencial no contexto pós-godspeed, restando ontem apenas algum sucesso em "1,000,000 Died to Make This Sound", à custa da repetição, técnica que se tornou aliás via fácil, de forma mais geral, para a banda de Efrim Menuck suportar as baterias de lamentos deste. E, já que se fala nisso, fica-se mesmo com a impressão de que todo o espectáculo se reduz ao lamento de Efrim. Além de soar sempre ao mesmo (excepto nas vezes em que desafina), é acompanhado quase sempre da mesma forma e é transversal a todo o alinhamento.
Enfim, as expectativas eram exageradas, que é como dizer que o monte de Sião pariu um rato ou que a banda de Efrim Menuck não é menos aborrecida do que os exércitos de imitadores que seguiram as suas pisadas ao longo dos últimos anos. Não que tenha sido propriamente uma má noite. Mas a sensação que ficou não anda muito longe daquela do espectador de futebol que vê a equipa ganhar os três pontos numa maçada de jogo...
Nota positiva para o humor de Efrim, que, apesar de já ser evidente, ainda que de forma discreta, até mesmo no tempo dos godspeed, não era algo que se esperasse nesta forma directa, em palco, com intervenções sempre a propósito nas pausas entre os temas. Ao início, apresentou-se como Sting e disse que "13 Blues..." era sobre uma rapariga chamada Roxanne. No final, depois do "nooooo" do público a "this is goin' to be our last song", saiu-se com um "but it'll be looooong!". Quem sabe brincar consigo próprio não é má pessoa.
Alinhamento:
13 Blues for Thirteen Moon
1,000,000 Died to Make This Sound
God Bless Our Dead Marines
Take These Hands And Throw Them In A River
There's a Light
Microphones in the Trees (encore)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Quem? A MTV?

Finalmente, alguma coisa de positivo com marca MTV nos últimos anos:



Imagens históricas #8


"The Nixon-Presley Meeting"
Richard Nixon e Elvis Presley, na Casa Branca, a 21 de Dezembro de 1970
Autor: Oliver F. Atkins

O rock ainda tinha pouco mais de duas décadas de vida e o impulso radical inicial já mostrava sinais de corrupção, como testemunha este encontro entre o maior dos ícones do rock'n'roll e um dos piores símbolos da política, um aperto de mãos amplamente desejado por ambos, como demonstra a documentação arquivada da época.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Um testemunho de admirador

Fa e La sustenidos até ao infinito. Já não tenho bem presente, mas creio que era o meu aniversário, a Maio de 1999, e o meu amigo Rui trazia-me o primeiro álbum de uns tipos do Quebeque chamados godspeed you black emperor!, assim mesmo, com nome comprido e com ponto de exclamação no final para nenhum de nós confundi-los com os God Speed My Aeroplane do Jorge Ferraz ou com os God is My Co-Pilot, que então beneficiavam de uma certa popularidade nos meios mais hardcore. O disco já era de 1998 ou até mais antigo, porque esta era a edição trabalhada para CD de algo que já havia saído em formato LP no ano anterior. Ainda estávamos no século passado e nem havia as possibilidades de conhecer novos projectos como hoje, nem a música era um mero acto de moda, que perdesse a validade de um ano para o outro. Mas, caramba, não deixava de sentir um certo nó na garganta por, ainda assim, não os ter conhecido mais cedo. Nas semanas (meses?) que se seguiram, o disco não sairia do leitor nem à lei da bala. Em pouco tempo, tal foi o impacte produzido, tornou-se na minha resposta preferida para a pergunta do disco favorito de sempre. Embora nem sempre conseguisse convencer os amigos quarentões e cinquentões disto, para mim, aquele estava a ser o "Saucerful of Secrets" ou o "Atom Heart Mother", o "Pawn Hearts" ou o "Tago Mago" da minha geração. Como viria a fazer sempre daí para a frente, comprei também a edição em LP, que é diferente da versão digital e que levava ao cúmulo o cuidado posto na embalagem do disco, a tal ponto de vir a acompanhar uma moeda esmagada por um comboio (a capa interior do disco e uma das imagens dilectas dos godspeed) nos carris que passam junto ao Hotel2Tango, que começou por servir de residência, sala de concertos e de ensaios, para se tornar em estúdio e em quartel-general da editora Constellation. Depois, consegui obter o EP "slow riot for new zero kanada", em que as guitarras do épico "Moya" ainda hoje me fazem perder o tino. Vieram mais discos, veio a obsessão pela colecção dos discos com selo Constellation, veio o concerto de Londres (eu e os outros camaradas do Bailarico Sofisticado fomos em 2000 até Londres, ainda não havia low-costs, para os ver de propósito), vieram os concertos de Lisboa e, como era já previsível, veio o fim. Um sobe e desce, tal como na fórmula típica de uma boa parte dos temas do colectivo.

Alguns dos elementos mais resistentes dos godspeed -- há que lembrar que o colectivo chegou a ser constituído por cerca de 20 pessoas, apesar de ter estabilizado no noneto na fase da edição de discos -- continuaram a tocar o barco para a frente, nos Silver Mt. Zion (com todas as designações daqui evolventes) que, apesar de partir de uma matriz de instrumentos muito semelhante, ameaçou desde logo apontar por caminhos diferentes. Para já, a voz. Nos godspeed, as vozes existiam no plural e eram quase sempre resultado de field recordings, complementos à música, já nos Mt. Zion a voz é singular e pertence a Efrim Menuck. O timoneiro do projecto encontra aqui a liberdade que não encontrava nos godspeed, que era um projecto comunal na sua raiz, para conferir aos temas um cunho lírico e marcadamente melancólico (ainda que imbuído de notas de esperança, tal como nos godspeed). Agora, na maior parte das vezes, a música transporta as letras e é por isso mesmo mais repetitiva, menos desenvolvida, mais ligeira por definição. Se os godspeed eram rock de câmara, os Mt. Zion aparecem como uma versão lírica e ligeira daqueles. Não é por isso que são piores ou melhores que os godspeed, note-se. Admiro um e outro projecto por razões que não são inteiramente coincidentes. São projectos diferentes. A ansiedade por ver pela primeira vez em palco esta segunda experiência é enorme, mas admito que, sem dúvida, preferia voltar a ver os godspeed novamente.

Narradores da esperança. Amanhã e depois.

Na pedinchice do costume...

...ninguém tem um bilhete (à venda!) para o espectáculo de sexta-feira do José Mário Branco, não?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Já não bastava a ansiedade provocada pelo fim do tabaco por estas bandas e ainda temos a aproximação disto...

Coisas engraçadas que se descobrem ao ver-se uma foto, embora já pudessem ser sabidas há mais tempo, se não fossemos distraídos

Há pouco, ao reparar nesta fotografia dos Radar Bros., que vão estar no Lounge, no próximo dia 16...



Reparei que o fulano sentado à esquerda é Senon Williams, o baixista dos Dengue Fever, que conheci na Póvoa de Varzim (e que ainda andou aos pulos no Bailarico Sofisticado). Ei-lo aqui com os Dengue Fever:

Radar Bros., Aluminum Babe e outros em Novembro, no Lounge

Em Novembro, o Lounge vai servir de palco a muitos concertos, muito por culpa do regresso das noites "Cujo". Destaca-se a vinda dos californianos Radar Bros., bem como o regresso dos nova-iorquinos Aluminum Babe (sim, irmã Lúcia, já não me esqueço que são os da versão do Psycho Killer), agora com formação renovada. Mas veja-se as datas dos concertos de Novembro:

quinta, 6
TOY DEATH (Austrália)

sábado, 8
LOVE MOTEL (Suíça)

sexta, 14
ALUMINUM BABE (Nova Iorque)

domingo, 16
RADAR BROS. (Los Angeles)

sexta, 28
HINTERLANDT (Alemanha)

Entretanto, já nesta próxima quinta-feira, há concerto do Jooklo Fire Quartet, com Tiago Miranda (percussões), Virginia Genta (saxofones tenor e soprano), David Vanzan (percussões e gongos) e Andrew Baker (bateria).

Pop Dell'Arte, Sérgio Godinho, Xutos, GNR e outros em BD

A editora Tugaland prepara-se para lançar no 19º FIBDA o primeiro volume de uma colecção de biografias em BD de bandas e artistas do rock português. Cada livro virá acompanhado de uma reedição em CD de um álbum. Neste primeiro volume, os visados são os Xutos & Pontapés, com BD de Alex Gozblau, e "Dados Viciados", o álbum de 1997, e dois temas gravados ao vivo, como bónus. Na colecção, organizada por João Paulo Cotrim, haverá ainda outros 13 nomes: Pop Dell'Arte, Sérgio Godinho, GNR, António Variações, Sétima Legião, Jorge Palma, José Cid, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, UHF, Heróis do Mar, Trovante e Da Weasel.
Paralelamente, serão editadas duas outras colecções, uma dedicada ao fado e outra aos compositores mais famosos da música clássica.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Thee Silver Mt. Zion Orchestra and the Tralala Band esgotados em Lisboa e no Porto, havendo talvez alguma hipótese em Leiria

Já se esperava, claro. As lotações para os concertos dos quebequenses Silver Mt. Zion na ZDB e no Passos Manuel encontram-se esgotadas. Na ZDB, há já uma lista de espera pela qual escoarão as reservas que não forem levantadas até às 22h45 do dia do concerto, quinta-feira.
Para quem quiser explorar a hipótese Leiria, aqui ficam os contactos da boa gente do Fade In, os promotores do espectáculo:
www.fadeinfestival.com
reservas@fadeinfestival.com
962 312 547
962 051 422

A propósito, por falar em lotações, Lightning Bolt está mesmo à bica de esgotar...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ajudem a Camilla

Rejuvenescimento

Nunca pensei que os No Age conseguissem atrair tanta gente (esgotou cedo) e, para mais, em faixas etárias tão baixas, como se viu ontem. É bonito ver tantas caras novas. A propósito ou não, o duo ao vivo soa bem mais powerpop do que em disco. Sal nos discos, açúcar nas plateias. E soube muito bem.

(Já agora, confirma-se que Silver Mt. Zion vai realizar-se mesmo no espaço da ZDB, tal como os Lightning Bolt. E, como seria de prever, aqui sim, as reservas já estão a esgotar o que falta para encher...)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Os sons urbanos como sussurros da alma das cidades que a têm (*)

É já um lugar comum falar-se na importância que as tecnologias de comunicação tem vindo a ter, no âmbito desta sociedade global, porventura cada vez mais homogénea, no encurtamento das distâncias que separam os indivíduos de todo o mundo. Hoje, por exemplo, temos amigos no Japão, trocamos ideias com argentinos ou sabemos mais, se quisermos, do que é a África outrora escondida ou não alinhada, como se dizia. Mas nos anos 50 do século passado, os situacionistas usavam o termo psicogeografia para abordarem uma questão que lhes era muito cara: a geografia tinha uma influência fundamental no comportamento dos indivíduos e das sociedades. Não é difícil de perceber a mecânica desta relação entre espaço e acção. Na música, por exemplo, sempre se usou, por vezes de forma abusiva, o termo "cena" para designar fenómenos locais que surgiam a partir de uma cidade ou região. Ora porque os músicos se conheciam dos mesmos locais de paragem (o disco no Studio 54 de Nova Iorque ou o punk de Londres, por exemplo), ora porque selo com um carácter editorial bem definido funcionava como pólo aglutinador dos músicos mais criativos da zona (a Factory de Manchester), ora porque a confluência entre tradições locais e contaminações externas faziam da cidade laboratório para novas formas de expressão (o afro-beat de Lagos), os fenómenos nasciam e consolidavam-se num sítio específico, só se expandindo mais tarde, em função da popularidade, por esse mundo fora. Ainda hoje encontramos alguns exemplos desta ligação umbilical entre geografia e música: Brooklyn, em Nova Iorque, por exemplo.

É esta relação que Manuel Fernandes Vicente explora, num registo enciclopédico, no seu livro "Música nas Cidades", recentemente dado à estampa pela RésXXI. "Música nas Cidades" recupera os textos que, em tempos, o Blitz, ainda em formato jornal, publicava semanalmente. "Rock progressivo de Amesterdão", "A rembetika de Atenas", "Trip-hop, o som de Bristol", "Canterbury Scene", "Os ritmos Gnawa de Marraquexe", "Menphis Soul", são alguns dos inúmeros capítulos que MFV aqui apresenta. Com textos escritos de forma pedagógica e rigorosa (na medida do possível, dado que o rigor máximo só poderia ser obtido numa enciclopédia de muitos volumes), "Música nas Cidades" ajuda a perceber as razões que levaram ao nascimento de muitos destes fenómenos e serve como um excelente ponto de partida para entusiastas e curiosos.

"(...) dentro da música que consumia (...) cedo comecei a coleccionar com particular empenho discos de rock alemão, hoje mais conhecidos por krautrock. Queria saber tudo, mas mesmo tudo, sobre aquelas bandas alemãs. (...) Apercebi-me porém gradualmente que as bandas de Berlim não tocavam como as de Munique, eram hipnóticas mas eram diferentes. Havia de haver razões. As de Berlim, deviam ter o estigma do muro, não o suportavam, e vingavam-se em viagens pelo Cosmos. Munique era mais libertária, tinha comunidades de jovens universitários e um sentido profundo de revolta pelo passado. E os Amon Düül II traduziam tudo isso muito bem. E as bandas de Dusseldorf eram bastante diferentes dos grupos de Hamburgo ou de Colónia. Além disso parecia haver sempre um elo comum que marcava quase todos os seu músicos. Dei comigo, quando ouvia um grupo alemão novo nos anos 70 (eram muitas centenas) a questionar-me de que cidade seriam com base nas suas texturas musicais (acertei a maior parte das vezes)", dizia-me por mail o MFV, num raciocínio que define bem a ideia patente ao longo destas 360 páginas.

"Música nas Cidades" tem apresentação pública agendada para o próximo sábado, 25 de Outubro, na FNAC do Chiado, a partir das 17h.

(*) Título gentilmente roubado ao prefácio de MFV (já agora, o livro conta ainda com um prefácio do António Pires).

Conjugações do verbo saber

Há dias, à porta do Museu do Chiado, a Fala Mariam para o Sei Miguel: "Vai lá saber, Miguel".
(Excelente, excelente, teria sido uma resposta como "Mas queres que eu fale, Mariam?". Mas não foi o caso.)

Imagens históricas #7



Ian Curtis, Hulme, Manchester, 6 de Janeiro de 1979
Autor: Kevin Cummins

Entre a maior parte das fotografias mais conhecidas dos Joy Division, destaca-se o nome de Kevin Cummins, antigo director de fotografia do NME, tido como aquele que melhor soube retratar a música de Manchester (e não só) das últimas décadas. Algumas destas imagens dos Joy Division tornaram-se ícones de tal forma significativos que até são habitualmente recriadas nas recentes explorações cinematográficas da história do grupo e de Manchester.

É hoje!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amanhã, na primeira parte dos No Age, na ZDB, e na sexta, em Serralves


Luke Fishbeck, dito Lucky Dragons, na redacção da Faded com uma demonstração do projecto "Make a Baby". Vamos todos dar as mãos e fazer filhos fazer música?

Imagens históricas #6



Bob Dylan, Aust Ferry, Aust, Inglaterra, 1966
Autor: Barry Feinstein

O fotógrafo Barry Feinstein capturou algumas das imagens mais marcantes de Bob Dylan, mas não só. Também Janis Joplin, George Harrison ou Rolling Stones (a casa-de-banho do "Beggars Banquet", por exemplo) foram apanhados pela sua objectiva.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Kill Your Idols

A pitchfork apresenta aqui um documentário interessante a respeito da no wave que surgiu em Nova Iorque, no final dos anos 70, e do seu impacto sobre a música que daí surgiu. Atenção que a transmissão do documentário é limitada no tempo. Depois, só comprando o DVD.

Imagens históricas #5


U2, Death Valley, EUA, 1986
Autor: Anton Corbijn

E já que ontem se falava de Anton Corbijn, esta será certamente a fotografia mais famosa do seu portfólio. A preto e branco, como quase sempre, e, tal como na do Captain Beefheart, o deserto a servir de cenário. A imagem, na sua dimensão panorâmica, serviu de capa para o LP "The Joshua Tree", onde os irlandeses descobriam a América (ou vice-versa) e trepavam rapidamente na escala da fama.
"Esta foi a capa do vinilo de 'The Joshua Tree', tirada em Dezembro de 1986, de maneira que não estava muito calor, mesmo sendo no deserto. [Faz parte] do conjunto mais sério de imagens que eu tirei dos U2, que se tornaram as minhas fotografias mais conhecidas na altura. Foi obtida com uma câmara panorâmica para tirar mais proveito das paisagens e a ideia principal era homem e ambiente, os irlandeses na América. Não contando com "Rattle & Hum", a capa seguinte seria muito mais solta e colorida ('Achtung Baby')."

Charadas #487

Uma e outra ponta do alfabeto português.
(Pede-se álbum e autoria.)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A linha de baixo


White Denim, "Shake Shake Shake" (2008)

À linha de baixo, junte-se estas imagens de carros destruídos e empilhados numa sucata, de gente aos pulos, de um colchão a arder e de uma adolescente que brinca no meio disto tudo e temos uma canção que já não se ouvia desde que um certo tipo do Noroeste americano se suicidou a tiro de caçadeira.

Imagens históricas #4


Captain Beefheart, no deserto do Mojave, EUA, 1980
Autor: Anton Corbijn

Provavelmente, o mais famoso fotógrafo de rock do período pós-1980, Anton Corbjin, descreve esta imagem no seu site oficial, nestes termos:
Foi tirada no dia em que o conheci pela primeira vez, em Agosto de 1980. É uma de duas fotografias que tirei dele com o chapéu na mão e onde ele, de repente, se tornou mais uma pessoa que um artista que estivesse a fotografar. Veio a ser usada na capa do álbum "Ice Cream for Crow" e tornámo-nos amigos. Até chegámos a fazer uma curta metragem para a BBC em 1993, com o título "Some YOYO Stuff", com a participação do David Lynch e do Captain Beefheart, sob o seu nome verdadeiro, Don van Vliet.

Charadas #486


(Pede-se nome de álbum e respectiva autoria.)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Imagens históricas #3


"London Calling"
(Paul Simonon, Nova Iorque, 21 de Setembro de 1979)
Autora: Pennie Smith

Em 2002, a revista Q escolheu esta imagem como a melhor fotografia de rock'n'roll de sempre. Para Paul du Noyer, o editor da edição especial da revista, "é uma fotografia clássica porque captura, por excelência, o momento do rock'n'roll -- a perda total de controle." A imagem de Paul Simonon a destruir o seu Fender Precision durante um concerto dos Clash no Palladium de Nova Iorque serviu de capa a "London Calling", mesmo que Pennie Smith, antiga fotógrafa do NME e autora de algumas das imagens mais memoráveis do rock, não o desejasse na altura, por entender que estava bastante desfocada...

Charadas #485

Era um disco pesado de metal mas não era para a comunidade metálica.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Barreiro Rocks 2008 já tem nomes

Já se sabia que vai acontecer no fim-de-semana de 14 e 15 de Novembro, no pavilhão do GD Ferroviários. Faltava saber os nomes que vão subir ao palco desta próxima edição do Barreiro Rocks. E um deles é o septuagenário Andre Williams, lenda viva das composições e das produções de editoras como a Motown ou a Chess de Chicago. Aqui está a programação completa:

Dia 14 (sexta-feira)

22h - MURDERING TRIPPING BLUES (PT)
23h - JUANITA Y LOS FEOS (ES)
00h - THE ACT-UPS (PT)
01h - OS PONTOS NEGROS (PT)
02h30 - LES TRIPLE (PT)

Dia 15 (sábado)

22h - FAST EDDIE & THE RIVERSIDE MONKEYS (PT)
23h - SONIC CHICKEN 4 (FR)
00h - HOWLIN RAIN (EUA)
01h - ANDRE WILLIAMS AND THE GOLDSTARS (EUA)
02h30 - LOS SANTEROS (PT)

Ambas as noites vão ser coloridas pelos sete polegadas do norte-americano mais barreirense do mundo, o DJ SHIMMY. Os bilhetes vão ser postos à venda em breve.

Imagens históricas #2


Johnny Cash, em espectáculo na prisão de San Quentin, São Francisco, 1970.
Autor: Jim Marshall

Jim Marshall é um dos mais famosos fotógrafos de rock de sempre. As fotografias de Woodstock, de Monterey Pop ou do último concerto dos Beatles mantém-se até hoje como algumas das imagens mais iconográficas que o rock alguma vez exibiu. Não se lembra por que razão estava Johnny Cash a mostrar o dedo médio, se era o músico que estava irritado com a equipa de televisão que filmava a actuação, se foi ele próprio a sugerir-lhe que fizessem uma foto especial para o director da prisão. Seja como for, a fotografia, que ainda hoje é regularmente utilizada em promoção, captou da melhor forma o reconhecido sentido de humor de Cash.

Charadas #484

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

The Very Best



Blogues e publicações demais por esse mundo fora andam loucos com este encontro entre o vocalista Esau Mwamwaya, do Malawi, e o produtor inglês Radioclit, reunidos sob a designação The Very Best, e cujo trabalho se pode escutar nesta primeira mixtape de longa duração que agora se encontra disponível para download livre. O lançamento oficial é dia 1 de Novembro, mas o GvsB, que o grande leão africano os proteja, já a apresentou. Há pedaços de M.I.A, de Vampire Weekend, de Ruby Suns, de Santogold, etc. Esta é a lista dos temas:

1) Kamphopo (vocals: Esau Mwamwaya, music: Architecture In Helsinki - Heart It Races)
2) Wena (vocals: Esau Mwamwaya & Bleksem, music: DJ Cleo - Wena)
3) Tengazako (vocals: Esau Mwamwaya, music: M.I.A - Paper Planes)
4) Chikondi (vocals: Esau Mwamwaya, music: Hans Zimmer - True Romance Theme)
5) Cape Cod Kwassa Kwassa (The Very Best Remix) (vocals: Esau Mwamwaya, music: Radioclit & Vampire Weekend)
6) Hide And Seek (vocals: Esau Mwamwaya & Teki Latex, music: TTC - Batards Sensibles)
7) Salota (vocals: Esau Mwamwaya and Blk Jks, music: Cannibal Ox - Life’s Ill)
8) Boyz (vocals: Esau Mwamwaya, Akon & M.I.A, music: M.I.A -Boyz)
9) Sister Betina (vocals: Esau Mwamwaya & Mgarimbe, music: Mgarimbe - Sister Betina)
10) Birthday (vocals: Esau Mwamwaya & The Ruby Suns, music: The Ruby Suns)
11) Funa Funa (vocals: Esau Mwamwaya, music: Radioclit)
12) Kada Manja (classic version) (vocals: Esau Mwamwaya, music: Radioclit)
13) Dinosaur Of The Lost Ark (The Very Best remix) (vocals: Esau Mwamwaya & Ben Brewer, music: Bermuda)
14) Get it Up (The Very Best Remix) (vocals : Esau Mwamwaya, Santogold, M.I.A & Northern Cree, music: Radioclit)
15) Will You Be There (vocals: Esau Mwamwaya & Michael Jackson, music: Michael Jackson - Will You Be There)

Link para download (link alternativo)

Imagens históricas #1


"Young Beethoven"
(Chet Baker em Los Angeles, 1954)
Autor: William Claxton

William Claxton tornou-se popular pelas suas fotografias de Steve McQueen e de músicos de jazz, onde se insere esta imagem iconográfica do trompetista Chet Baker ao piano. Faleceu no passado sábado, um dia antes do seu 81º aniversário.

Este ano não há Sons em Trânsito

Por falta de apoios institucionais e de patrocínios, a sétima edição do Festival Sons em Trânsito não se vai realizar este ano. Quem dá a notícia é o Diário de Aveiro, também citado pelas Crónicas da Terra. O SET, que constituía um dos melhores festivais de músicas do mundo do país, realiza-se desde 2002 na cidade de Aveiro (com algumas incursões por outras cidades, como aconteceu em 2005) e já trouxe a Portugal nomes como Toumani Diabaté, June Tabor, Omara Portuondo, Kimmo Pohjonen, Fanfare Ciocarlia, The Klezmatics, Susana Baca, Faiz Ali Faiz, Mahmoud Ahmed, Celso Fonseca, Jane Birkin, Vinicio Capossela, Kepa Junkera, Rene Aubry, Tuxedomoon ou Susheela Raman, entre muitos outros. Para 2008, a organização preparava-se para trazer Pascal Comelade e Ladysmith Black Mombazo, além de outros nomes. De acordo com Diário de Aveiro, há intenções da parte da promotora do evento, a Câmara Municipal, em reforçar a edição de 2009, o ano em que Aveiro comemora os 250 anos de elevação a cidade.

Charadas #483

Um mundo catita


Mini-série de seis episódios. Estreia na RTP2, dia 23 de Novembro (domingo), às 23h40.
www.mundocatita.com

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Um roteiro pelo vinilo no Chiado e no Bairro Alto

A densidade de lojas de discos de vinilo no Chiado e no Bairro Alto é, hoje, notável. Às que já existiam vem agora juntar-se uma nova, a Vinyl for Life. Segue-se um roteiro possível (qualquer correcção ou acrescento é bem-vindo nos comentários):


Link para o roteiro do google maps

A. Prog CD
Calçada do Carmo, ?

B. [Escapa-me o nome desta]
Rua da Condessa, ? (junto à calçada do Duque)

C. Discolecção
Calçada do Duque, 53-A

D. Vinyl for Life
Largo da Trindade, nº 10

E. Louie Louie
www.louielouie.biz
Rua Nova da Trindade, nº 8

F. Vynil Experience
Rua do Loreto, 61 - 1º esq

G. AnAnAnA
www.ananana.pt
Rua do Diário de Notícias, 9

H. Embassy Sound
Rua da Atalaia, nº 17

I. V-Records
Travessa dos Inglesinhos, 41

J. Matéria Prima
www.materiaprima.pt
Rua da Rosa, 197

Charadas #482

Provavelmente, a canção sobre masturbação mais famosa de sempre. Pistas: há sol e o vocalista pede que o deixem ir à sua vida.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mécanosphère com Mark Stewart e Kenneth Anger

Lembram-se de Mark Stewart, dos Pop Group, dos Maffia ou da On-U-Sound de Adrian Sherwood? Pois ele está actualmente a colaborar com os Mécanosphère, naquele que será o próximo álbum do colectivo, a sair no próximo ano. E as colaborações de peso não ficam por aqui: o grupo de Benjamin Bréjon e Adolfo Luxúria Canibal está a trabalhar também com o cineasta norte-americano Kenneth Anger, autor da curta metragem de culto do psicadelismo "Lucifer Rising". Tanto Mark Stewart como Kenneth Anger deverão participar dos espectáculos que os Mécanosphère preparam para 2009.

Charadas #481

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O punk não só está morto, como dá voltas no túmulo

Mão Morta com José Mário Branco

Já se encontra disponível "Loucura", a canção que marca a desejada colaboração desde há longo tempo entre José Mário Branco e os Mão Morta. "Loucura" pode ser ouvida e descarregada no site da associação "Encontrar-se" (encontrarse.pt). Esta e outras colaborações que ao longo deste ano foram aparecendo naquele site inserem-se na campanha do movimento UPA08, e pretendem alertar as consciências para a questão da discriminação das doenças mentais. O tema está disponível para escuta, mas o download também é possível mediante uma contribuição para a causa, a partir de um euro.

Sim, é mesmo o novo álbum dos AC

Chegam ao fim as especulações. O próximo álbum dos Animal Collective vai mesmo ter o título "Merriweather Post Pavillion" e conta com o seguinte alinhamento:
1. In the Flowers
2. My Girls
3. Also Frightened
4. Summertime Clothes
5. Daily Routine
6. Bluish
7. Guys Eyes
8. Taste
9. Lion in a Coma
10. No More Runnin
11. Brother Sport

(BROTHER SPORT BROTHER SPORT BROTHER SPORT BROTHER SPORT!!!!)

(Algumas das canções são já conhecidas das recentes apresentações ao vivo e podem ser ouvidas aqui.)

Sim Não

No seu mais recente álbum (e que bonito trabalho, a propósito), Josephine Foster incluiu uma canção com o título "Sim Não", cuja letra se reparte entre o inglês e um português particularmente indecifrável (o que também não deixa de ser válido para o inglês, naquele registo semi-operático de Josephine).
O português surge de vez em quando nas canções de artistas não lusófonos. Num esforço breve de memória, ficam aqui alguns exemplos, além de um repto para aumentarem esta lista com o que se lembrarem:

David Byrne - Dreamworld: Marco de Canaveses
Na verdade, tinha um artista lusófono à mistura. "Dreamworld", a canção de tributo a Carmen Miranda, é dueto de Byrne com Caetano Veloso, que escreveu a letra. Mas não deixa de ser engraçado ouvir Byrne a cantar em português.

Love and Rockets - Saudade
Tema instrumental, um dos mais bonitos da discografia dos Rockets.

Faith No More - Caralho Voador
Era o título de uma canção cuja letra continha esta parte: Eu não posso dirigir / E agora aparece / Meu dedo enterrado / No meu nariz. Lindo.

Éttiene Daho - Saudade
Havia um tema com este nome, não havia?

Devendra Banhart - Santa Maria da Feira
Os versos estão em castelhano e a rima de "comiendo pera" com "Santa Maria de La Feira" não é inteiramente conseguida, mas pronto.

Durutti Column - Amigos em Portugal
É o título do álbum editado pela Fundação Atlântica em 1983, onde se podem encontrar temas como aquele que dá nome ao disco, "Lisboa", "Sara e Tristana" (as filhas de Miguel Esteves Cardoso), "Estoril à Noite", "Vestido Amarrotado" ou Saudade".

Lluis Lach - Abril 74
É cantado em catalão, mas é, sem dúvida, uma homenagem ao portuguesíssimo Abril de 74. Pascal Comelade também tem uma versão (aliás, também uma versão para "Grândola Vila Morena", mas não nos percamos nas versões de canções portuguesas por músicos estrangeiros, já que são imensas).

E depois há, claro, os Julio Iglesias, Laura Pausinii e Ricky Martins deste mundo, que fazem versões das suas canções nas línguas dos mercados onde vendem mais discos.

Charadas #479

Do cemitério à maternidade.
(Pede-se nome do tema.)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Na próxima sexta-feira...

Por falar em Cotonete

Reparem lá no blogue da semana.

Lykke Li em Lisboa

Pois é, a sueca Lykke Li (nota especialmente privada para uma certa pessoa que talvez vá ler isto: diz-se "lucá", com o u afrancesado) vai estar em concerto em Lisboa, no dia 4 de Dezembro, de acordo com o seu myspace, que não revela a data. Quem transmite a notícia é o Cotonete, que deu conta de outro facto que se desconhecia por aqui: Lykke Li viveu cinco anos em Portugal. É um mundo pequeno.
Já que se fala na Lykke Li, aqui fica este belíssimo vídeo para "Dance Dance Dance", gravado na rua com, imagine-se, os Bon Iver (sim, agora, pelos vistos, diz-se "os" Bon Iver, o grupo do genial Justin Vernon):

Charadas #478


(pede-se nome do disco)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Roquenró no Chiado, gogó na praia

Há ainda outro festival a acontecer este fim-de-semana na zona de Lisboa. O Drop Dead Festival é um evento itinerante que começou nos EUA há cinco anos e é considerado como o maior festival para góticos do mundo. Em 2007 chegou pela primeira vez à Europa, à cidade de Praga, e agora é Lisboa que o recebe. De amanhã até domingo, haverá dezenas de bandas e DJs a passarem pelos diferentes palcos do festival, assumindo especial destaque a presença de Lene Lovich, uma das mais carismáticas vozes da new wave inglesa, no último dia, e dos góticos UK Decay. O Drop Dead 2008 começa na praia (!), mais precisamente no Hula Hula Bar da praia do Rei, na Costa de Caparica. Muda-se para o Santiago Alquimista, na sexta-feira, e termina no Tuatara, para as noites de sábado e domingo. Mais informações aqui, no site oficial ou no myspace.

Rock-A-Lisbon

Ena, um festival de rockenró em Lisboa, já no próximo fim-de-semana. Vai ser a segunda edição do Rock-a-Lisbon, que decorre ao longo de quatro dias -- 9 a 12 de Outubro -- com concertos na sexta e no sábado, no Rock in Chiado, e as festas de abertura e encerramento nos outros dias, no The Great American Disaster (ao Marquês de Pombal). Para os concertos, há cinco bandas, quatro espanholas e uma portuguesa:
El Pavoni Harp and his Rockin' Trio (Portugal) - Reúne elementos dos Texabilly Rockets, Blues Fever Band e Dr. Frankenstein
The Honky-Tonkin' Boozers (Galiza)
Tihuya Cats (Canárias)
Loveless Cousins (Galiza)
Uncle Charlie and his Pendejos (Andaluzia)

Artistas unidos

Featured Artists, those credited on recordings and who are the primary named performers, are responsible for the majority of income in the music industry. Their interests need to be properly represented.
É assim que começa o manifesto da Featured Artists Coalition, uma associação de músicos criada recentemente no Reino Unido que reúne, entre cerca de seis dezenas de grupos e artistas, Radiohead, David Gilmour, Billy Bragg, Gang of Four, Kaiser Chiefs, Iron Maiden.

Charadas #477

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Novo álbum de Animal Collective em Janeiro?

A especulação disparou de todos os lados da net desde que ontem o site oficial do grupo passou a mostrar isto. Ninguém ainda conseguiu arranjar explicação para o facto de, aparentemente, ter o título "Merriweather Post Pavillion", o nome de um anfiteatro natural em Maryland.

O novo vídeo dos Act-Ups



Videoclip de "Alive Again", tema retirado do álbum "The Act-Ups Play the Old Psychedelic Sounds of Today", recentemente lançado pelos Act-Ups. Lindo, lindo, lindo. Como será que se diz "Uno, dos, tres, catorce!" em barreirês?

Por falar em Act-Ups, o Barreiro Rocks 2008 vai ter festa de inauguração no Musicbox, no dia 7 de Novembro, com os próprios e os ingleses Coyotemen. O Barreiro Rocks propriamente dito acontece no fim-de-semana seguinte, no Grupo Desportivo Os Ferroviários. No Barreiro, claro.

Charadas #476

sábado, 4 de outubro de 2008

Josephine Foster de volta!

Josephine Foster tem novo álbum, "This Coming Gladness", e está de regresso a Portugal, para mais uma série de três concertos, já no próximo fim-de-semana:

9 de Outubro: Aveiro, Mercado Negro
10 de Outubro: Porto, O Meu Mercedes É Maior que o Teu
11 de Outubro: Lisboa, ZDB (*)

(*) O concerto na ZDB insere-se na noite de celebração do 14º aniversário da galeria. Além de Josephine Foster, vai também haver mais dois concertos, pelo saxofonista Sonny Simmons, num trio de free jazz, acompanhado do pianista Bobby Few e do contrabaixista Masa Kamaguchi, e ainda pelos portugueses Osso Exótico. Os bilhetes custam €10 e estão vão estar em venda antecipada na AnAnAnA, na Flur, na Louie Louie e na Trem Azul.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Gala Drop e Religious Knives

O acontecimento musical deste fim-de-semana reparte-se entre Bragança, Porto e Lisboa, na sexta, no sábado e no domingo, respectivamente. Os Gala Drop, o colectivo formado por Nélson Gomes (meio-Filho Único), Tiago Miranda (Loosers, Lux, etc.) e o recém-chegado Afonso Simões (Fish and Sheep), apresentam-se agora em palcos portugueses, depois de mais uma digressão por terras europeias. Para breve, está a edição do álbum de estreia, homónimo, produzido por Rafael Toral, e que tem tido óptimas reacções lá por fora (como esta). Não é nada de espantar, tendo em conta a última aparição do trio na ZDB, então na primeira parte dos Dirty Projectors. Foi um concerto memorável, foi.
Com os Gala Drop vão estar também os seus companheiros de viagem pela Europa, os Religious Knives, de Brooklyn, que reúnem elementos dos Double Leopards e dos Mouthus, e cujo próximo álbum, "The Door", terá carimbo Ecstatic Peace e produção do próprio Thurston Moore, juntamente com a banda.

Falta só dizer onde vão ocorrer os concertos deste fim-de-semana:

Sexta-feira (hoje) - Bragança, Central Pub
Sábado - Porto, Maus Hábitos
Domingo - Lisboa, Museu do Chiado (entrada €7; a partir das 22h - malta, atrasai isso para dar tempo para ver o Sporting-Porto descansado)

Pop Dell'Arte

O novo álbum já está quase pronto. Deve sair no início de 2009.

Charadas #475

Falso alarme: o estádio reabriu

Ufa. Desculpem o pânico da outra vez.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Jorge Ferraz no Lounge, hoje

O guitarrista Jorge Ferraz tem um novo projecto com o qual se tem apresentado por diferentes palcos espalhados pelo país. Esta noite é a vez de o podermos ver no Lounge, em Lisboa. A acompanhá-lo vão estar Sapo, companheiro de Ferraz nos Santa Maria Gasolina em Teu Ventre! e actual Mão Morta, e José Ferreira. O PR do Jorge Ferraz Trio e, depois, o vídeo de "Latin Dark Fuzz":

Jorge Ferraz Trio nasceu como um grupo destinado a recriar e reinterpretar «África Mecânica de Metal», CD de Jorge Ferraz editado pela Zounds Records em 2008. O seu objectivo é o de, mantendo fidelidade às linhas musicais de base definidas no disco, recriar os seus temas em espírito de cumplicidade criativa entre os três músicos e com uma lógica mais dirigida para o que é um concerto ao vivo. A dinâmica que Jorge Ferraz Trio começa a gerar entre os seus membros leva a que se incluam igualmente, e na mesma lógica de reinterpretação, alguns temas das bandas Santa Maria, Gasolina Em Teu Ventre!, Fatimah X, João Peste & o AcidoxiBordel e Muad’Dib off Distortion, e se inicie a apresentação de temas inéditos em concertos próximos. Por fim, Jorge Ferraz Trio, apesar de um trio de base, está empenhado em contar com colaborações de vários outros músicos em alguns dos seus temas, como já aconteceu, por exemplo, com o saxofonista Rodrigo Amado.

Charadas #474

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Charadas #473

Um célebre político norte-americano usou esta canção na corrida à vice-presidência.