2. Ainda a propósito da Wire, é também divulgada a notícia de que Vashti Bunyan, ícone da folk britânica de finais dos anos 60, agora recuperada por músicos como Devendra Banhart, Animal Collective ou Stephen Malkmus, vai regressar com um álbum novo, trinta e cinco anos depois do brilhante "Just Another Diamond".
3. Não há duas sem três: mais uma breve a propósito da Wire. Não percam a edição de Agosto. Vai trazer um artigo particularmente especial...
4. Lightning Bolt. Novo álbum. 3 de Outubro! YEAAHHH!
5. Há, como é habitual, muitos concertos pela Grande Lisboa, este fim-de-semana. Já amanhã, na ZDB, há a estreia a solo em Portugal de Martin Rev, uma das metades dos Suicide (ele estará também no Passos Manuel, no Porto, no próximo domingo). No sábado, há Bypass e Ölga, para uma noite de pós-rock feito em Portugal.
6. Mas há também a sétima edição do festival MUSA, em Carcavelos, que manifesta especial incidência no reggae e seus derivados. Os cabeças-de-cartaz deste ano são os Zion Train (sexta-feira) e a dupla-maravilha Sly & Robbie (sábado). Também interessantes são os preços dos bilhetes: 4 euros (um dia) e 6 euros (dois dias). Mais informações em www.criativa.org.
7. E ainda há, hoje, em Oeiras, Schlammpeitziger e Boy from Brazil, à borla...
8. À semelhança do que aconteceu no ano passado, aqui o gerente do tasco vai ter o privilégio de ter a companhia do Mário Dias, da TSF, na giradiscagem final do Festival de Músicas do Mundo de Sines. Ó Mário, a festarola vai ter que ser ainda maior que a do ano passado. As outras noites -- ou melhor, madrugadas -- serão ocupadas pelo Luís Rei (Crónicas da Terra) e pela Raquel Bulha (Antena 3), noutra disputa animada, e pelo maliano DJ Mo.



Os Master Musicians of Jajouka são uma instituição sólida da cultura marroquina. A "mais velha música da terra", como William S. Burroughs um dia a ela se referiu, é feita por este colectivo há vários milhares de anos, numa aldeia do sopé das montanhas Rif. Há menos tempo, há cerca de quarenta anos, o mundo ocidental descobriu-os pela mão de Brian Jones, guitarrista dos Rolling Stones, e desde essa altura muitos outros músicos, como os saxofonista Ornette Coleman e Maceo Parker ou os guitarristas Lee Ranaldo e Thurston Moore, dos Sonic Youth, visitaram a aldeia marroquina. A mais recente colaboração entre os dois mundos ocorreu recentemente, entre o colectivo e o produtor/DJ britânico de origem indiana Talvin Singh. O resultado ficou gravado num disco onde as "ghaitas" hipnotizantes e rudes de Jajouka se misturam com a electrónica do autor de "Ok". A Musicnet quis saber um pouco mais dos Master Musicians of Jajouka e falou, via telefone, com o actual líder do colectivo, Bachir Attar. 



O que leva uma figura respeitada do jazz, com quase sessenta anos, a querer associar-se a um estranho grupo de miúdos barulhentos do underground nova-iorquino? Ou o que leva, como já alguém perguntou, o professor negro da universidade a dar-se com os miúdos brancos expulsos da escola? Respostas prováveis: primeiro, Anthony Braxton, que não encaixa seguramente no papel de jazz player convencional e confortavelmente instalado no seu meio, anda atento; segundo, os Wolf Eyes merecem cada vez mais respeito.
No passado mês de Maio, já no Canadá, o saxofonista juntou-se ao grupo em palco. O encontro deu-se no Victo 05, festival de jazz de Victoriaville tradicionalmente associado a experiências sonoras mais radicais. Thurston Moore tinha responsabilidades na programação de uma das noites, tendo convidado os Hair Police, o seu próprio projecto Dream Aktion Unit e, entre outras coisas mais, os Wolf Eyes. Anthony Braxton tocou também numa outra noite do festival, num dueto com o guitarrista Fred Frith, mas a subida ao palco para o encore dos Wolf Eyes deve ter deixado muita gente surpreendida. Reza uma das crónicas do acontecimento (
O Ó da Guarda!, festival de improvisação e de "novas músicas" que todos os anos se realiza naquela localidade serrana, apresenta um nome grande para esta próxima edição. Os noruegueses Supersilent regressam a Portugal, para um concerto no dia 9 de Julho, no auditório do novíssimo Teatro Municipal da Guarda. Os Supersilent, que já passaram por Lisboa, por ocasião de um Jazz em Agosto da fundação Gulbenkian, procuram na improvisação a base de partida para um trabalho que paira em redor do jazz, do rock instrumental e de texturas e da electrónica mais oblíqua.




O baterista Sly Dunbar e o baixista Robbie Shakespeare, que constitutem a secção rítmica mais famosa do mundo do reggae, vão voltar a Portugal. Desta vez é para um espectáculo no festival MUSA, que decorrerá em Carcavelos, no início de Julho. E se das anteriores vezes que a dupla por cá passou teve por companhia alguns membros dos Black Uhuru (inesquecível aquele fogo-de-artifício em Sines), agora é o "toaster" Bunny Rugs, mais um veterano do reggae, antigo líder dos Third World, e um conjunto de músicos denominados por Taxi Band que se juntam a Sly & Robbie. É um acontecimento a não perder, no dia 2 de Julho. Os bilhetes para o festival custam apenas 4 euros (um dia) e 6 euros (dois dias).




