segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Faltam 40 dias
(40 para Lisboa, 41 para o Porto.)
Os Festive 50 ilustrados
Não é estupidamente bem parecida esta gravura do Mark E. Smith? Pois esta e muitas mais gravuras de ícones da música popular que integraram as famosas listas anuais "festive 50", resultantes dos votos dos ouvintes do John Peel, estão no livro do desenhista inglês Lee Thacker, "The Festive Fifty Number Ones - an illustrated memoir b/w The All Time Festive Fifty 2000 - an illustrated appreciation". Neste título comprido percebe-se desde logo que o formato do livro assemelha-se ao de um disco, com dois lados: no "lado A", por assim dizer, encontram-se os primeiros lugares das listas de Peel de 1978 a 2004, enquanto que no lado B, aparecem os nomes da lista "de sempre" coligida no ano 2000. Ao longo de 170 páginas, cada entrada é feita de uma ilustração a preto e branco como a de cima, acompanhada de memórias do autor relativamente aos nomes e às canções listadas.
Aparentemente, o livro só se encontra à venda no eBay (atenção às "relistagens" do item). Mais sobre a criação do livro pode ser lido e visto aqui.
Habemus Milhões de Festa!
Já se sabe que este ano vai haver mais uma edição, a quarta, do Milhões de Festa, o festival que em 2010 levou a Barcelos nomes como The Fall, El Guincho, Delorean, Monotonix, Toro y Moi, Gold Panda e um milhão de outras coisas de encher o olho. Este ano, o festival volta a realizar-se no penúltimo fim-de-semana de Julho. De 22 a 24 de Julho, Barcelos é outra vez ponto de romaria rock. O primeiro nome conhecido é dos locais The Glockenwise, que voltam a marcar presença no cartaz.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
PÁRA JÁ TUDO. Nomeansno em Lisboa e Porto!
Um dos mais velhos desejos aqui da casa vai ser cumprido este ano. VAMOS TER NOMEANSNO AO VIVO! FINALMENTE, PORRA. Vai ser em Abril, segundo anunciou a banda no Facebook, mais precisamente nos dias 12 e 13, no Porto Rio e na ZDB, respectivamente.
Os Nomeansno formaram-se em 1979, em Victoria, no Canadá. Durante todo este tempo, os irmãos Rob e John Wright lançaram mais de uma dezena de álbuns, a maior parte deles pela Alternative Tentacles de Jello Biafra, com quem chegaram a colaborar.
Os Nomeansno formaram-se em 1979, em Victoria, no Canadá. Durante todo este tempo, os irmãos Rob e John Wright lançaram mais de uma dezena de álbuns, a maior parte deles pela Alternative Tentacles de Jello Biafra, com quem chegaram a colaborar.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Faltam 45 dias
(45 para Lisboa, 46 para o Porto.)
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Ops
Este mês, a noite Filho Único no Lounge, com Tyvek ao vivo, é sexta-feira, 25, e não a habitual quarta-feira como ali estava marcado ao lado.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Night Music #2
Mais um momento marcante na história do programa Night Music. Os Residents foram ao programa no 12ª episódio da segunda temporada, onde também apareceram o Kronos Quartet, a etíope Aster Aweke e Conway Twitty, uma estrela da country para a qual os Residents dançaram no fim da emissão.
(Obrigado pelos urls, Pedro.)
(Obrigado pelos urls, Pedro.)
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Night Music #1
"Night Music" (ou, antes, "Sunday Night") foi o nome de um dos programas de música mais ousados da televisão norte-americana. E, talvez por isso mesmo, um dos mais curtos. Apresentado pelo saxofonista David Sanborn (o sax omnipresente no "Young Americans" do Bowie) e pelo pianista Jools Holland, bem conhecido por nós, europeus, o programa juntou na televisão, entre 1988 e 1990, e ao longo de duas temporadas, nomes do jazz, das músicas do mundo ou do rock mais desafiante, numa altura em que o grunge ainda não tinha explodido e em que o então chamado "rock alternativo" era mesmo alternativo. Milton Nascimento, Sun Ra, Sonic Youth, Leonard Cohen, The Pixies, Philip Glass, The Lounge Lizards, Dizzy Gillespie, Marianne Faithfull, John Zorn, Youssou N'Dour, Lou Reed, Sonny Rollins, John Cale, Carla Bley, Eric Clapton, Miles Davis, Kronos Quartet, Ivo Papasov, Nick Cave e tantos, tantos outros subiram ao palco do programa, tocaram juntos entre si, tocaram com os apresentadores do programa, ajudaram a produzir uma lenda televisiva, um programa como todos os programas de música deviam ser, um programa que nunca mais veríamos na televisão norte-americana. Chegou a ser transmitido por cá.
Os Sonic Youth apareceram no "Night Music" no 10º episódio da segunda temporada. Depois de um frenético "Silver Rocket" (procurem-no se nunca o viram) e de uma canção norte-americana clássica interpretada por Daniel Lanois e pelas Indigo Girls, o grupo encerra o programa com uma versão para "I Wanna Be Your Dog", dos Stooges. A eles juntam-se o apresentador David Sanborn, o falecido Hiram Bullock (guitarrista que passou, tal como Sanborn, por uma das bandas residentes do David Letterman), Daniel Lanois no baixo, as Indigo Girls nos coros, entre outros. Foi a primeira aparição dos Sonic Youth na televisão de larga audiência.
Os Sonic Youth apareceram no "Night Music" no 10º episódio da segunda temporada. Depois de um frenético "Silver Rocket" (procurem-no se nunca o viram) e de uma canção norte-americana clássica interpretada por Daniel Lanois e pelas Indigo Girls, o grupo encerra o programa com uma versão para "I Wanna Be Your Dog", dos Stooges. A eles juntam-se o apresentador David Sanborn, o falecido Hiram Bullock (guitarrista que passou, tal como Sanborn, por uma das bandas residentes do David Letterman), Daniel Lanois no baixo, as Indigo Girls nos coros, entre outros. Foi a primeira aparição dos Sonic Youth na televisão de larga audiência.
Faltam 50 dias
(50 para Lisboa, 51 para o Porto.)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Já repararam que há Kimi Djabaté na sexta, no Musicbox?
E com banda! Ou seja, i-m-p-e-r-d-í-v-e-l.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Uma pergunta
A gente que mexe no facebook da RTP Música -- o novo canal que o grupo de comunicação estatal vai lançar a 7 de Março e sobre o qual se depositam grandes esperanças -- tem um tacto muito especial para tentar atrair a comunidade de potenciais "utentes" do canal. Faz-me lembrar outros tempos e outras experiências (alô Terravista versão comercial) com gente vinda de fora do mundo online, que percebia tanto de comunidades virtuais como o Paulo Sérgio percebe de tácticas. A abordagem desta gente passa por disparar, metralhear até, perguntas ou missivas saídas directamente da cartola da tolice, como estas:
- Dediquem uma música neste dia dos namorados!
- Concerto com telemóveis ligados na Casa da Música dia 12. Que músicas não saem do vosso telemóvel?
- Moção de Censura no Parlamento. Que músicas do tempo da outra censura ainda recordam? Publiquem os vídeos!
- A Selecção Nacional perdeu 1-2 frente à Argentina. Que músicas vos acompanham na tristeza?
- Dia de jogo da selecção nacional: que músicas associam?
- Amy Winehouse está confirmada na 15ª edição do Sudoeste. Que outros artistas querem que pisem os palcos dos festivais de verão deste ano?
- Que músicos merecem a vossa homenagem?
- Que músicas da vossa infância ainda gostam de ouvir? Publiquem os vídeos!
- Que músicas vos fazem sorrir? Publiquem os vídeos!
Rivoli dá-nos música novamente! Que outros espaços do país deveriam ter mais música?
Ok, eu paro. Mas não sem antes vos deixar a minha preferida:
- Os White Stripes anunciaram a sua separação, esta tarde, no seu site oficial. Que grupos que já terminaram ainda recordam?
Posto isto, também quero entrar no jogo das perguntas tolas. Com esta, assim:
- O que é que vos faz gostar dos Primal Scream? Porquê?
(Comentários, sff.)
- Dediquem uma música neste dia dos namorados!
- Concerto com telemóveis ligados na Casa da Música dia 12. Que músicas não saem do vosso telemóvel?
- Moção de Censura no Parlamento. Que músicas do tempo da outra censura ainda recordam? Publiquem os vídeos!
- A Selecção Nacional perdeu 1-2 frente à Argentina. Que músicas vos acompanham na tristeza?
- Dia de jogo da selecção nacional: que músicas associam?
- Amy Winehouse está confirmada na 15ª edição do Sudoeste. Que outros artistas querem que pisem os palcos dos festivais de verão deste ano?
- Que músicos merecem a vossa homenagem?
- Que músicas da vossa infância ainda gostam de ouvir? Publiquem os vídeos!
- Que músicas vos fazem sorrir? Publiquem os vídeos!
Rivoli dá-nos música novamente! Que outros espaços do país deveriam ter mais música?
Ok, eu paro. Mas não sem antes vos deixar a minha preferida:
- Os White Stripes anunciaram a sua separação, esta tarde, no seu site oficial. Que grupos que já terminaram ainda recordam?
Posto isto, também quero entrar no jogo das perguntas tolas. Com esta, assim:
- O que é que vos faz gostar dos Primal Scream? Porquê?
(Comentários, sff.)
Mas a principal novidade festivaleira do dia era esta
E já andava aí guardada a sete chaves desde há alguns dias: Primal Scream no Alive, a tocarem o "Screamadelica" na íntegra. Dia 7 de Julho.
E assim chega a Portugal a moda dos concertos-don't-look-back, isto é, da execução integral de álbuns com história.
E assim chega a Portugal a moda dos concertos-don't-look-back, isto é, da execução integral de álbuns com história.
El Guincho de volta
E aqui está mais uma novidade festivaleira: o Pablo Diaz-Reixa, dito El Guincho, vai voltar a Portugal. Tem concerto marcado para o Super Rock no dia 14 de Julho. A organização do festival anunciou hoje também a vinda dos Elbow, que tocarão no dia 16. E, pelo menos para já, não há mais novidades com bandas ou projectos começados por "El", mas é estarem atentos.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
É da crise: o novo álbum dos Radiohead já não é oferecido
Chama-se "The King of the Limbs" e é o oitavo álbum de estúdio dos Radiohead. Sai no próximo mês de Maio numa "newspaper edition" (se alguém perceber o que raio querem eles dizer com isto, deixem nos comentários a explicação), mas vai estar disponível algures neste sítio para download pago já a partir do próximo dia 19 (sábado). A versão física do disco, a tal "newspaper edition", vai incluir dois 10", um CD, muita arte em papel, incluindo 625 pequenas peças (!).
A propósito do título do disco, o wikipedia reúne a seguinte informação:
The name of the new album relates to an oak tree in Wiltshire's Savernake Forest, thought to be around 1,000 years old. The forest lies around three miles away from Tottenham House, a listed country house where Radiohead recorded part of In Rainbows. The tree is a pollarded oak, referring to an ancient technique for harvesting timber for fencing and firewood. The phrase also appears in the 23rd chapter of the Qur'an.
Já habemus datas para Sines
A organização do FMM Sines já anunciou ao público as datas da próxima edição, a 13ª, do festival. Este ano, o FMM acontece nos fins-de-semana de 22 a 24 e de 27 a 30 de Julho, sem sair da cidade de Sines. Há um alargamento do número de dias, uma vez que voltamos a ter o penúltimo fim-de-semana de Julho, mas, pela primeira vez, essa primeira investida ocorre também na cidade, não sendo este ano o do regresso a Porto Covo.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
"Quase toda a gente aprendeu a tocar pelos meus livros."
E ele é bem capaz de ter razão. Ele é Eurico Augusto Cebolo e muitos de nós seguimos os seus livros. Tem hoje 72 anos e o jornal i publicou uma bonita entrevista.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Wooden Hand, hoje e amanhã
James Jackson Toth (ou Wooden Hand quando sobe aos palcos), a nova glória do catálogo da Young God de Michael Gira, apresenta-se hoje em Estarreja, no Cineteatro, e amanhã em Lisboa, no Kolovrat, pelas mãos da Filho Único. O concerto do Kolovrat, ou melhor, nas águas furtadas do Kolovrat, que fica no Bairro Alto (rua D. Pedro V, 79), vai ter primeira parte do Filipe Felizardo (há que ver a bela entrevista que o Bruno Silva lhe fez para o Bodyspace).
(Actualização: claro que era Filipe e não Sérgio Felizardo. Obrigado Tânia.)
Coisas boas no Lounge
O Lounge anunciou ontem duas datas interessantes para os próximos meses com duas bandas norte-americanas: Black Swans, da Drag City, a 2 de Março, e Death Vessel, da SubPop e da ATP, a 7 de Abril.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Por falar em preços
Há que saudar o empenho da promoção do espectáculo de hoje a oito dias (*) dos Pop Dell'Arte, na Culturgest, em renovar a base de fãs do grupo, através da aposta na juventude pré-30, que pode assistir ao concerto com um bilhete de cinco euros, ao contrário dos mais velhos que, a menos que tenham um cartão de crédito do banco que gere a instituição ou que sejam mesmo bastante mais avançados na idade, terão de pagar... 20.
(*) Por lapso, induzi em anterior postagem, que o concerto era hoje. Pop Dell'Arte na Culturgest é no dia 17 deste mês, ou seja, na quinta-feira da próxima semana.
(*) Por lapso, induzi em anterior postagem, que o concerto era hoje. Pop Dell'Arte na Culturgest é no dia 17 deste mês, ou seja, na quinta-feira da próxima semana.
Lá está. Escusava era de ser num festival.
Sabia-se que era desta que cá viriam. Não podia passar mais tempo. Os Grinderman, de Nick Cave e Warren Ellis estreiam-se em palcos portugueses com um concerto no Alive, a 8 de Julho. É o primeiro nome do cartaz secundário a ser anunciado. No palco principal, no dia anterior, toca o Iggy Pop. Há outros nomes já anunciados, mas nem vale a pena a referência. O bilhete diário para o Alive custa... 50 euros. Três dias custam... 99. Quatro, sim, porque este ano o Alive dura quatro dias, custam... 129! Preços de festival grande, apesar da publicidade com que os utentes são bombardeados, e de um cartaz de pequena ou média dimensão.
Mas tem Grinderman e agora é que hic labor est.
Mas tem Grinderman e agora é que hic labor est.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Uma kora cá fora
Se a África Ocidental pegou na guitarra para fazer coisas que o mundo da guitarra nunca imaginou que pudessem ser feitas, porque não há de acontecer o inverso com a kora? De França vem Stranded Horse, nome de guerra de Yann Tambour. Amanhã, no Clube Ferroviário, sexta-feira, no Museu Machado de Castro, em Coimbra, e no Passos Manuel, no Porto. Bilhetes a cinco, a oito (ou sete para sócios da Lugar Comum) e a seis euros, respectivamente.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
As coisas que o Fábio C. encontra no facebook
(Ao lado do senhor-da-verruga-mais-famosa-do-rock, a Jessica Portugal. E para quem não sabe quem é a Jessica Portugal, há que ouvir isto no volume máximo.)
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
O terceiro e último "Só Desta Vez" vai ter três bateristas em palco. Protejam-se!
Pela terceira vez, os Paus vão ao Lux de mão dada com convidados. A última edição do "Só Desta Vez" tem data marcada para 17 de Fevereiro e vai juntar Chris Common, baterista dos já desaparecidos These Arms Are Snakes e ainda outros convidados surpresa. Os bilhetes custam oito euros.
Já temos gente para se ouvir sentada
Foi anunciado o cartaz de mais uma edição, a sétima, do Festival Para Gente Sentada, que este ano acontece a 18 e 19 de Março, novamente no Cineteatro António Lamoso, na Feira:
Dia 18
The Legendary Tigerman
Laetitia Sadier
Nuno Prata
Dia 19
Piano Magic
Spokes
B Fachada
Os bilhetes custam 20 e 30 euros, para um ou para os dois dias, respectivamente.
Dia 18
The Legendary Tigerman
Laetitia Sadier
Nuno Prata
Dia 19
Piano Magic
Spokes
B Fachada
Os bilhetes custam 20 e 30 euros, para um ou para os dois dias, respectivamente.
Vem aí o novo do Paul Simon
No próximo dia 12 de Abril, sai o novo álbum de Paul Simon, "So Beautiful or So What", cinco anos depois de "Surprise". Em Novembro do ano passado, pudemos escutar a faixa de abertura, "Getting Ready for Christmas Day" e agora é a vez do Wall Street Journal avançar com mais um tema, "The Afterlife". Os créditos da produção cabem ao próprio Paul Simon e a Phil Ramone, o mesmo de "Still Crazy After All These Years". Eis o alinhamento de "So Beautiful or So What":
"Getting Ready For Christmas Day" – 4:06
"The Afterlife" – 3:40
"Dazzling Blue" – 4:32
"Rewrite" – 3:49
"Love And Hard Times" – 4:09
"Love Is Eternal Sacred Light" – 4:02
"Amulet" – 1:36
"Questions For The Angels" – 3:49
"Love And Blessings" – 4:18
"So Beautiful Or So What" – 4:07
Agora vamos a ver quem é o primeiro a dizer que soa a Vampire Weekend.
Sun City Girls por cá, em Maio!
Há quatro anos, depois da morte do baterista Charles Gocher, os Sun City Girls deixaram de subir aos palcos com aquele nome. Em Maio de 2008, os irmãos Alan e Richard Bishop voltaram à carga, em jeito tributo ao velho camarada e com um novo nome, The Brothers Unconnected. Já se sabia que ia haver uma digressão este ano, com passagem pelo ATP curado pelos Animal Collective, mas entretanto Sir Richard Bishop já anunciou, via facebook, quais os outros locais por onde vão passar. E Portugal está na calha, com duas datas previsíveis, ainda que sujeitas a confirmação, para Porto e Lisboa. Se tudo correr bem, vamos poder vê-los por cá a 6 e 7 de Maio.
A notícia dada por Sir Richard Bishop:
A notícia dada por Sir Richard Bishop:
As promised, The Brothers Unconnected (Alan Bishop, Richard Bishop) will be performing a number of shows in Europe in May. They will be playing all Sun City Girls material including many pieces written or sung by Charles Gocher. Though venues will be finalized soon, the information below is the latest but still subject to change:
05/04/11 Helsinki, Finland @ TBA
05/05/11 Berlin @ TBA
05/06/11 Lisbon or Porto, Portugal @ TBA
05/07/11 Lisbon or Porto, Portugal @ TBA
05/08/11 Geneva, CH (Cave 12)
05/09/11 London, UK @ TBA
05/10/11 Bristol, UK @ Cube Cinema
05/11/11 Sheffield, UK @ TBA
05/14/11 Minehead, UK All Tomorrow’s Parties
05/18/11 Krefeld, Germany (Unrock)
05/19/11 Amsterdam, NL @ OCCII
05/20/11 Brussels, Belgium @ Cine Nova
05/21/11 Hasselt, Belgium @ Kunstencentrum
05/22/11 Paris, FR @ TBA
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Um power trio maior que a tua mãe
Os L'Enfance Rouge não são franceses, como dizem por aí. Não são italianos, como sugerem os nomes Locardi e Andreini, a secção rítmica. Não são europeus, como disse o Thurston Moore quando lhe chamou uma das melhores bandas do velho continente. Não são tunisinos, como podia indicar o álbum anterior e a formação com que chegaram há dois anos a Sines. Os L'Enfance Rouge são uma raça alienígena proveniente de um planeta longínquo. Planeta de cujo o mais insigne espécie até cá chegado dá pelo nome de Steve Albini, compreendem? São daquela sociedade em que as crianças aprendem Black Flag na creche, Swans na primária e Big Black no ciclo, enquanto em simultâneo resolvem de cabeça inequações de 967º grau. Na verdade, os L'Enfance Rouge não existem. Ontem, no Musicbox, no encerramento do Festival Terapêutico do Ruído, o que houve foi uma magnífica alucinação colectiva que vai ser motivo de conversa para muitos anos.
(Título gentilmente roubado e alterado aos Paus.)
(Título gentilmente roubado e alterado aos Paus.)
sábado, 5 de fevereiro de 2011
O Cais do Sodré em chamas, logo
É o mínimo que se espera dos L'Enfance Rouge, esta noite, no encerramento do Festival Terapêutico do Ruído, no MusicBox.
A prescrição de logo:
Tiago Sousa | 23h 30
Bypass | 00h15
L’Enfance Rouge | 01h 15
A prescrição de logo:
Tiago Sousa | 23h 30
Bypass | 00h15
L’Enfance Rouge | 01h 15
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Começa hoje a terapia
Começa hoje a segunda edição do Festival Terapêutico do Ruído, no MusicBox. Para primeira esta noite, há:
Most People Have Been Trained to be Bored | 23h 30
Familea Miranda | 00h15
ORGanização | 01h15
As portas abrem às 23h e a entrada (hoje) custa oito euros, havendo um passe para os três dias, a 20 euros. Mais informações em www.terapiadoruido.pt.vu
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
A última vez?
Primeiro, que fique registado, os Young Gods são a segunda banda estrangeira que mais vezes vi ao vivo. Ontem foi a oitava. Não fui a tempo da estreia no antigo cinema Alvalade, com os Mão Morta, mas fiquei aterrado com eles na Voz do Operário, em Vilar de Mouros, naquele mítico concerto em que o palco andou alguns metros para trás, na ainda assim chamada Gartejo, no Técnico, duas vezes na Aula Magna e a penúltima, em 2007, num surpreendente formato acústico apresentado no São Jorge. Sempre os respeitei, mesmo ontem, no Santiago Alquimista.
Segundo, não menos importante, deve também ficar registado o facto de que, à partida e só por causa disso, nada tenho contra os velhos músicos que anda em palco com os seus mesmos grupos de há 30, 40 ou mais anos. Não é assim tão reduzida a proporção daqueles que continuam a ter mais sangue na guelra que qualquer malmequer acabado de florir numa sala de espectáculos lotada por hipsters adolescentes.
E os Young Gods eram, lamento usar o pretérito perfeito, assim. Em 2005, na Aula Magna, ainda estava ali tudo que me tinha deixado aterrado em 93, na Voz do Operário. Era impossível assistir ao concerto sentado. Mesmo em 2007, a surpresa acústica revelou um trio apostado em reinventar-se, em fazer contorcer as pequenas celulazinhas cinzentas de cada uma das cabeças do seu público. Quem conceberia que um grupo que durante anos e para uma inteira geração assumiu a ideia de um rock cheio de esteróides metido dentro de um teclado midi, quase-inovação tecnológica da época, se poria a recriar o seu reportório em formato acústico?
Mas ontem. O trio já não é trio. Agora apresentam um quarto elemento, mais jovem, que, ironicamente, nada de novo traz ao grupo, a não ser a inclusão de mais um bonequinho no logotipo e, não falemos muito dela, uma guitarra que faz solos a mais e que não justifica de todo a sua presença (ah, e um teclado mais moderno que o do senhor Al). O alinhamento deixou a nu as debilidades das composições mais recentes. A crueza das canções boas, se assim lhe pudermos chamar, deu lugar a tapetes sonoros debruados a arranjos pseudo-sofisticados, mas sem qualquer chama (uma das piores doenças a atacar as bandas mais idosas *). Praticamente só no encore, e já em formação de trio, vieram algumas das melhores canções do passado (e mesmo assim, só a partir do álbum "T.V. Sky", ainda que antes do encore tenha havido uma versão para "Envoyé"). O chamado encore do vamos-lá-dar-lhes-coisas-antigas-senão-eles-ainda-partem-isto-tudo. Há contudo, e genuinamente, que dar aqui valor aos Young Gods. Mais de 20 anos depois, não se limitam a arrastar-se pelos palcos com os mesmos temas de sempre. Têm álbuns novos e tocam-nos ao vivo. Podem não valer um chavo, mas estes veteranos não se deixam repousar à sombra dos antigos sucessos. Respeito.
* Um dia, quando arranjar um estetoscópio, dedico um artigo científico a esta doença. Ataca mais frequentemente quando as bandas deixam de ser um grupo de miúdos que não sabem tocar mas ensaiam todos os dias para terem as melhores canções e passam a ser um convénio de adultos, com as suas vidas, que compõem canções e arranjos cada um para o seu lado, cada um no seu ponto do globo terrestre, por vezes até com a participação de um produtor externo que molda todo o novo som do grupo.
Segundo, não menos importante, deve também ficar registado o facto de que, à partida e só por causa disso, nada tenho contra os velhos músicos que anda em palco com os seus mesmos grupos de há 30, 40 ou mais anos. Não é assim tão reduzida a proporção daqueles que continuam a ter mais sangue na guelra que qualquer malmequer acabado de florir numa sala de espectáculos lotada por hipsters adolescentes.
E os Young Gods eram, lamento usar o pretérito perfeito, assim. Em 2005, na Aula Magna, ainda estava ali tudo que me tinha deixado aterrado em 93, na Voz do Operário. Era impossível assistir ao concerto sentado. Mesmo em 2007, a surpresa acústica revelou um trio apostado em reinventar-se, em fazer contorcer as pequenas celulazinhas cinzentas de cada uma das cabeças do seu público. Quem conceberia que um grupo que durante anos e para uma inteira geração assumiu a ideia de um rock cheio de esteróides metido dentro de um teclado midi, quase-inovação tecnológica da época, se poria a recriar o seu reportório em formato acústico?
Mas ontem. O trio já não é trio. Agora apresentam um quarto elemento, mais jovem, que, ironicamente, nada de novo traz ao grupo, a não ser a inclusão de mais um bonequinho no logotipo e, não falemos muito dela, uma guitarra que faz solos a mais e que não justifica de todo a sua presença (ah, e um teclado mais moderno que o do senhor Al). O alinhamento deixou a nu as debilidades das composições mais recentes. A crueza das canções boas, se assim lhe pudermos chamar, deu lugar a tapetes sonoros debruados a arranjos pseudo-sofisticados, mas sem qualquer chama (uma das piores doenças a atacar as bandas mais idosas *). Praticamente só no encore, e já em formação de trio, vieram algumas das melhores canções do passado (e mesmo assim, só a partir do álbum "T.V. Sky", ainda que antes do encore tenha havido uma versão para "Envoyé"). O chamado encore do vamos-lá-dar-lhes-coisas-antigas-senão-eles-ainda-partem-isto-tudo. Há contudo, e genuinamente, que dar aqui valor aos Young Gods. Mais de 20 anos depois, não se limitam a arrastar-se pelos palcos com os mesmos temas de sempre. Têm álbuns novos e tocam-nos ao vivo. Podem não valer um chavo, mas estes veteranos não se deixam repousar à sombra dos antigos sucessos. Respeito.
* Um dia, quando arranjar um estetoscópio, dedico um artigo científico a esta doença. Ataca mais frequentemente quando as bandas deixam de ser um grupo de miúdos que não sabem tocar mas ensaiam todos os dias para terem as melhores canções e passam a ser um convénio de adultos, com as suas vidas, que compõem canções e arranjos cada um para o seu lado, cada um no seu ponto do globo terrestre, por vezes até com a participação de um produtor externo que molda todo o novo som do grupo.
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