Em parte responsáveis pelo ressurgimento do suporte, estiveram os DJs, tanto mais com a crescente importância que estes profissionais vieram a ter, pelo menos por cá, nos novos espaços e momentos de animação nocturna. Fala-se muito na evolução da oferta de concertos, que é notável, mas esta crescente movida, associada à abertura de novos espaços veio oferecer ainda mais oportunidades para se girar um disco e fazer disso uma festa. Mas... ainda é o vinilo o suporte de eleição, agora que nos aproximamos vertiginosamente do final da década? Cada vez menos, parece-me ser a resposta, se aquilo que vou encontrando por aí servir de amostra fiável. Entre os DJs internacionais, vê-se cada vez mais o uso do CD-R. Não tanto porque aderiram à facilidade da "pirataria", mas porque evitam assim o transporte de grandes malas pesadas (e o risco de as perderem nas viagens aéreas). E, para mais, os recentes leitores de CD da Pioneer e de outras marcas oferecem potencialidades que nem sequer estavam ao alcance dos gira-discos. E, depois, há também os portáteis carregados de MP3 e apetrechados de software que faz quase tudo. São cada vez mais habituais nas cabines de DJ. Há casos até em que ao gira-discos é apenas reservado o papel de fazer de controlo remoto, por assim dizer, para o scratch dos mp3, para conservar, digamos, uma réstia de "fisicalidade" ao acto de se passar música.
A haver uma estocada final sobre o mercado do vinilo, é a que é dada por esta notícia. A Panasonic terá, alegadamente, descontinuado a produção dos incontornáveis Technics 1200 e 1210. A ser verdade tal notícia, é o fim de um reinado de quase quatro décadas. Será também o fim definitivo do suporte, após os enterros antes de tempo que lhe fizeram no passado? Só o mercado não profissional terá uma palavra a dizer.
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