Hoje, no Porto, no Plano B; amanhã, em Lisboa, na ZDB. Primeiras partes, respectivamente: Nimai e Ninjas!.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Hoje e amanhã há...
...FUCK BUTTONS!!
Hoje, no Porto, no Plano B; amanhã, em Lisboa, na ZDB. Primeiras partes, respectivamente: Nimai e Ninjas!.
Hoje, no Porto, no Plano B; amanhã, em Lisboa, na ZDB. Primeiras partes, respectivamente: Nimai e Ninjas!.
Black Lips de volta
Depois de participarem por duas vezes no Barreiro Rocks (2005 e 2007), de concertos no Porto-Rio e Lux (2008), eis que os Black Lips estão de regresso, a 11 de Novembro, para deitarem abaixo a Caixa Económica Operária. A primeira parte desta noite organizada pela Filho Único vai pertencer aos The Sticks.
Novidades LCD Soundsystem
Os LCD Soundsystem não acabaram, como se chegou a pensar. Estão em estúdio a preparar o novo álbum, que deverá sair em Março de 2010, havendo desde já promessa de digressão mundial intensiva. A masterização fica a cargo de Bob Weston, dos Shellac. Entretanto, a compilação de remisturas de "45:33" já anda por aí.
Charadas #509
"Naturalidade? Clube do embondeiro."
terça-feira, 29 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
África cada vez mais dentro de nós
Vai ser preciso esperar por 2012 para se poder usufruir em pleno do AFRICA.CONT, o centro de Arte Africana Contemporânea em construção nas Tercenas do Marquês (palácio antigo entre as Janelas Verdes e a 24 de Julho, já usado pela ZDB) pelo Estado português e pela Câmara Municipal de Lisboa, mas os lisboetas têm já tido oportunidade de beneficiar de programação cheia de interesse que não espera pelo espaço físico. Tem sido o caso do festival de cinema africano no São Jorge, por exemplo, e amanhã decorre, precisamente nas Tercenas do Marquês, um festival de música. A festa começa pelas 15h, com DJ Rykardo, prolongando-se nos concertos do Kora Jazz Trio (Senegal), às 18h, do incontornável Mulatu Astatke, o pai do ethio-jazz, acompanhado pelos Heliocentrincs (20h), ficando o fim para os Ferro Gaita (das 22h às 24h). É uma festa em grande. A entrada é livre, até ao limite da lotação das Tercenas do Marquês.
Mulatu Astatke & The Heliocentrics "Yègellé Tezeta" (Cargo, London, 2008)
Mulatu Astatke & The Heliocentrics "Yègellé Tezeta" (Cargo, London, 2008)
Charadas #506
"O limão pode ser usado como antídoto para o gás lacrimogénio. Ou então para fazer capas de discos famosas como esta."
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
charadas #505
"De peito inchado e cabeça erguida, numa pose que se lhe reconhece amiúde, o senhor que canta estas canções tem uma larva tatuada no braço direito, com o qual segura aliás um bebé que ostenta na testa o sucedâneo daquela larva."
U2 em Coimbra
Dia 2 de Outubro de 2010. É informação oficial.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Charadas #504
"Quem fez esta capa, uma casa em perspectiva isométrica, deve gostar do Sim City."
Sexta e domingo: Blues Control
Blues Control "Rest on Water", do recente "Local Flavor", uma das pérolas de 2009.
Sexta-feira, dia 25, no Museu do Chiado, e domingo, dia 27, no Passos Manuel. As primeiras partes vão estar a cargo dos Tropa Macaca, com os quais o duo de Nova Iorque tem andado a fazer a digressão europeia, que por sua vez foi trabalhada pela Filho Único.
myspace.com/bluescontrol
www.filhounico.com
terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
O Barreiro é BOM
Toda a gente sabe que a hiperactividade da malta do Barreiro, que se diverte a fazer as coisas acontecerem em vez de esperar por quem já as traga feitas, se deve às indústrias químicas que no passado contaminaram o ar da cidade, dando origem a esta geração de mutantes incansáveis. A partir de hoje e até sábado, decorre no AMAC mais uma edição do "BOM - Barreiro Outras Músicas", com a presença de Fast Eddie & The Riverside Monkeys e Tó Trips (hoje), de Sean Riley & The Slowriders e Os Golpes (amanhã), e de Carminho e B Fachada (sábado). Os concertos começam às 21h30 e os bilhetes custam 5€ por dia ou 10€ pelos três dias. Mais informação aqui.
Charadas #501
"Lamaçães, na Idólatra, junto ao centro comercial."
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Hoje há concerto no Nimas
O antigo cinema Nimas, na 5 de Outubro, devia ser usado mais vezes. Quando a Filho Único ali levou os Stars of the Lid ou a ZDB ali levou o Michael Gira, essa ideia ficou deixada bem clara. O palco é largo. A lotação é adequada para espectáculos que movimentem público como os que foram citados. No fundo, são diversos os motivos para que salas como esta (e outras tantas que existem em Lisboa e que deixaram de cumprir a missão de dar cinema aos cidadãos) sejam usadas mais vezes.
O Nimas volta a abrir hoje, pelo menos. Por lá vai estar a malta das Duas Semicolcheias Invertidas, para um concerto com entrada a 3 euros e início agendado para as 21h30, o qual se espera que seja o primeiro de vários no âmbito de um projecto de revitalização do cinema que ganhou o nome "Espaço Nimas".
myspace.com/espaconimas
myspace.com/duassemicolcheiasinvertidas
O Nimas volta a abrir hoje, pelo menos. Por lá vai estar a malta das Duas Semicolcheias Invertidas, para um concerto com entrada a 3 euros e início agendado para as 21h30, o qual se espera que seja o primeiro de vários no âmbito de um projecto de revitalização do cinema que ganhou o nome "Espaço Nimas".
myspace.com/espaconimas
myspace.com/duassemicolcheiasinvertidas
Charadas #500
"O que vai na cabeça deste blogue, à quingentésima charada."
E aí está a data do Porto para os Zu
Dia 2, na véspera do concerto na ZDB, os Zu vão também ao Porto, ao Passos Manuel.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Charadas #499
"Se fossem uma t-shirt, não seriam nem S, nem M, nem L, nem XL. Seriam XAu."
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Morreu Ramiro Musotto
Era argentino, mas vivia no Brasil desde há pouco mais de dez anos. Esteve no cartaz do FMM Sines deste ano, mas viu-se impedido de participar pela doença que o viria a vencer na passada sexta-feira. Aos 45 anos, Ramiro Musotto desaparece, deixando obra em álbuns como "Sudaka" (2001) e "Civilizacao & Barbarye" (2007). (Ver notícia do jornal brasileiro A Tarde.)
Charadas #498
"Esses ritmos doidos desta boa terra."
ZU de volta!
Deram um dos concertos mais estrondosos de sempre no aquário da ZDB, há coisa de cinco anos, para um público composto por não mais do que três dezenas de tipos cheios de sorte. De lá para cá, vieram gravando mais discos, o último dos quais pela Ipecac de Michael Patton, com o qual aliás colaboraram, com o qual partilharam palcos. Por aqui, por várias vezes se pediu o regresso. E ele vai acontecer: os italianos Zu estão de volta à ZDB no dia 3 de Novembro, uma terça-feira. Vai também haver uma data no Porto, pelas mãos da Amplificasom.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
O mundo cruza-se nas ruas de Lisboa
Decorre de amanhã até domingo o "TODOS – Caminhada de Culturas em Lisboa", mostra de culturas que se cruzam nos quotidianos de Lisboa, com música, cinema, fotografia, percursos pelas ruas, etc. No que diz respeito às músicas, o destaque vai para a "nossa" Incrível Tasca Móvel, num programa que inclui ainda artistas ucranianos, chineses e indianos.
Dia 10 (quinta-feira)
21h30 - INCRÍVEL TASCA MÓVEL @ Rua da Mouraria
Dia 11 (quinta-feira)
16h00 - REJOICE (UCRÂNIA) @ Capela NS Saúde
21h30 - INCRÍVEL TASCA MÓVEL @ Rua da Mouraria
Dia 12 (sábado)
11h00 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Largo do Intendente
16h00 - REJOICE (UCRÂNIA) @ Igreja São Domingos
16h00 (até às 20h) DEAMBULA SOM @ Martim Moniz (ponto de partida)
16h30 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Rua da Palma
17h30 - ZHEN CHUNG DONG E CONVIDADOS (China) @ Centro Escolar Republicano
19h00 - ZHEN CHUNG DONG E CONVIDADOS (China) @ Centro Escolar Republicano
21h30 - ORCHESTRA DI PIAZZA VITTORIO (Itália) @ Largo do Intendente
Dia 13 (domingo)
11h30 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Rossio
12h00 - RASA (Ucrânia) @ Beco do Jasmim
15h00 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Largo dos Trigueiros
15h00 (até às 18h) DEAMBULA SOM @ Martim Moniz (ponto de partida)
18h30 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Rua da Palma
Reparem, há muito mais do que música neste evento. O melhor mesmo é consultarem o desdobrável produzido pela organização.
Dia 10 (quinta-feira)
21h30 - INCRÍVEL TASCA MÓVEL @ Rua da Mouraria
Dia 11 (quinta-feira)
16h00 - REJOICE (UCRÂNIA) @ Capela NS Saúde
21h30 - INCRÍVEL TASCA MÓVEL @ Rua da Mouraria
Dia 12 (sábado)
11h00 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Largo do Intendente
16h00 - REJOICE (UCRÂNIA) @ Igreja São Domingos
16h00 (até às 20h) DEAMBULA SOM @ Martim Moniz (ponto de partida)
16h30 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Rua da Palma
17h30 - ZHEN CHUNG DONG E CONVIDADOS (China) @ Centro Escolar Republicano
19h00 - ZHEN CHUNG DONG E CONVIDADOS (China) @ Centro Escolar Republicano
21h30 - ORCHESTRA DI PIAZZA VITTORIO (Itália) @ Largo do Intendente
Dia 13 (domingo)
11h30 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Rossio
12h00 - RASA (Ucrânia) @ Beco do Jasmim
15h00 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Largo dos Trigueiros
15h00 (até às 18h) DEAMBULA SOM @ Martim Moniz (ponto de partida)
18h30 - JAIPUR MAHARAJA BRASS BAND (Índia) @ Rua da Palma
Reparem, há muito mais do que música neste evento. O melhor mesmo é consultarem o desdobrável produzido pela organização.
Charadas #495
Para a festa apareceram o William Burroughs, o Edgar Allan Poe, o Bob Dylan, a Marilyn Monroe, o Estica, o Freud, o Marx e muitos outros.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Kimi Djabaté volta com "Karam"
Kimi Djabaté, guitarrista, percussionista e intérprete da kora e do balafón (instrumento que começou a aprender aos três anos e que hoje domina de forma magnífica), começou a dar nas vistas por Lisboa há um punhado de anos, principalmente com os espectáculos na ZDB (e não só). Oriundo da Guiné-Bissau, de uma família de griots, portadores geracionais da tradição oral, à semelhança dos bardos europeus, Djabaté tocou nos Tama Lá e colaborou com nomes como Mory Kanté, Waldemar Bastos, Manecas Costa ou Djumbai Jazz, entre outros. Em 2005 lançou o seu primeiro álbum a solo, "Teriké". Passados quatro anos, é altura de voltar a lançar disco novo. Brilhante, por sinal. E, desta vez, com a chancela da influente Cumbancha, casa editorial de Rupa & The April Fishes ou do falecido Andy Palácio. O álbum chama-se "Karam" e tem por tema central África e as actuais questões sociais e políticas do continente, cantado em mandinga. Pode ser escutado na íntegra neste local.
Um olhar fraterno
"José Afonso - Um Olhar Fraterno" já saiu há sete anos, mas só agora tive oportunidade de o ler de fio a pavio. Trata-se da biografia de José Afonso, uma de várias que apareceram ao longo das últimas décadas, esta escrita pelo seu irmão João Afonso dos Santos e dado à estampa pela Editorial Caminho (sendo, por isso, ainda fácil de encontrar em qualquer livraria). Com uma agilidade notável na escrita, singular até nesta área das biografias de artistas portugueses, João Afonso dos Santos traça o percurso de vida do seu irmão, o homem e o artista, como quem conta uma história dentro de outras histórias, as histórias que fizeram este país e o mundo, que moldaram José Afonso e que José Afonso ajudou a moldar. Só uma biografia assim poderia fazer jus ao génio do artista. Deixo algumas passagens das palavras introdutórias do livro, com a esperança de fazer chegá-lo a quem ainda por ele não passou os olhos:
As páginas que se seguem começaram por ser umas croniquetas desemparelhadas que surgiram no Boletim da Associação José Afonso. Assim como eram assim continuam, libertas do espartilho que as comprimia. Reformuladas e ampliadas, prosseguidas depois por uma intenção de continuidade. Tal como foram afeiçoadas de início, mantêm, pois, a autonomia que as marcou, o mesmo é dizer o fraccionamento narrativo e discursivo que uns tantos grampos cingidos, colocados em linha de fractura, intentam corrigir.
Pedaços de memórias, do autor e alheias, palavras da própria pessoa esquadrinhada nestas linhas (trazidas a público por entrevistadores isentos, supõe-se, da pecha de infidelidade material de que não raro se queixou o entrevistado), testemunhos, excertos de cartas resgatadas do esquecimento em que dormiam, apontamentos laterais a propósito e não sei se a despropósito divagam por terrenos algumas vezes apenas confinantes àqueles por onde transitou o Zeca. Circunvagantes estas abordagens. Isto é, movem-se em aproximações ao centro sem realmente o atingirem -- objectivo a bem dizer inantigível: José Afonso, na sua verdadeira e complexa dimensão, apesar de ele se ter, e todos quantos com ele privaram talvez o terem, por um homem comum e simples. Comum foi-o, e do comum, quer dizer do colectivo ou da sua memória, extraiu a rara inspiração das palavras e dos sons. Simples igualmente o foi. No que de seu reservava na partilha das suas inquietudes. No gesto, no trato, no convívio. Mas desde quando um sujeito comum e simples, por idiossincrasia ou opção cultural, se apresenta como matéria fácil de indagar e de narrar?
(...)
Biografá-lo, ainda que contra ele, quero dizer, contra a sua natural singeleza, a aversão à ribalta, a propensão a subalternizar o que empreendeu no campo criativo e interventor, é tarefa de si justificada. Mas trabalhosa, até por força da particularidade acabada de enunciar. Será necessário escavar por debaixo dessa atitude para se encontrar a pessoa e talvez a época que, à sua dimensão, espelhou e sobre a qual, queiramos ou não, actuou -- ele e todos quantos com ele estiveram nessa jornada de dar voz a quem a não tinha, embora a sua fosse porventura a mais autêntica e visível voz de quantas então se manifestaram.
(...)
Em suma, uma visão própria (como poderia ser de outro modo?) expressa em abordagens provisórias, no sentido já sublinhado de que hão-de cruzar-se com outras representações do mesmo objecto. Subjectiva mas não preconceituosa. Isto é, procura não enveredar por enquadramentos redutores, não trajar a personagem no pronto-a-vestir das ideias feitas, sejam elas políticas, ideológicas ou quaisquer outras, em que ele, Zeca, nunca se abasteceu.
(...)
As páginas que se seguem começaram por ser umas croniquetas desemparelhadas que surgiram no Boletim da Associação José Afonso. Assim como eram assim continuam, libertas do espartilho que as comprimia. Reformuladas e ampliadas, prosseguidas depois por uma intenção de continuidade. Tal como foram afeiçoadas de início, mantêm, pois, a autonomia que as marcou, o mesmo é dizer o fraccionamento narrativo e discursivo que uns tantos grampos cingidos, colocados em linha de fractura, intentam corrigir.
Pedaços de memórias, do autor e alheias, palavras da própria pessoa esquadrinhada nestas linhas (trazidas a público por entrevistadores isentos, supõe-se, da pecha de infidelidade material de que não raro se queixou o entrevistado), testemunhos, excertos de cartas resgatadas do esquecimento em que dormiam, apontamentos laterais a propósito e não sei se a despropósito divagam por terrenos algumas vezes apenas confinantes àqueles por onde transitou o Zeca. Circunvagantes estas abordagens. Isto é, movem-se em aproximações ao centro sem realmente o atingirem -- objectivo a bem dizer inantigível: José Afonso, na sua verdadeira e complexa dimensão, apesar de ele se ter, e todos quantos com ele privaram talvez o terem, por um homem comum e simples. Comum foi-o, e do comum, quer dizer do colectivo ou da sua memória, extraiu a rara inspiração das palavras e dos sons. Simples igualmente o foi. No que de seu reservava na partilha das suas inquietudes. No gesto, no trato, no convívio. Mas desde quando um sujeito comum e simples, por idiossincrasia ou opção cultural, se apresenta como matéria fácil de indagar e de narrar?
(...)
Biografá-lo, ainda que contra ele, quero dizer, contra a sua natural singeleza, a aversão à ribalta, a propensão a subalternizar o que empreendeu no campo criativo e interventor, é tarefa de si justificada. Mas trabalhosa, até por força da particularidade acabada de enunciar. Será necessário escavar por debaixo dessa atitude para se encontrar a pessoa e talvez a época que, à sua dimensão, espelhou e sobre a qual, queiramos ou não, actuou -- ele e todos quantos com ele estiveram nessa jornada de dar voz a quem a não tinha, embora a sua fosse porventura a mais autêntica e visível voz de quantas então se manifestaram.
(...)
Em suma, uma visão própria (como poderia ser de outro modo?) expressa em abordagens provisórias, no sentido já sublinhado de que hão-de cruzar-se com outras representações do mesmo objecto. Subjectiva mas não preconceituosa. Isto é, procura não enveredar por enquadramentos redutores, não trajar a personagem no pronto-a-vestir das ideias feitas, sejam elas políticas, ideológicas ou quaisquer outras, em que ele, Zeca, nunca se abasteceu.
(...)
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Música (actual) na TV
Há dias, na enxurrada de nostalgia que por aqui passou, muito se falou do Pop-Off, o programa produzido pela Latina Europa para a RTP, no início dos anos 90, e do seu papel de charneira na música moderna de então. Foi fundamental, especialmente num contexto em que não havia mais do que o canal estatal (a SIC abriria emissões já na recta final da vida do programa), podendo por aí captar mais facilmente a atenção dos interessados e daqueles que se vieram a interessar, à sua custa, pela música, pelas bandas que então por cá lutavam por visibilidade, pelos espaços e por todas as pequenas coisas que faziam esse complexo e vasto mundo da música em Portugal.
O fim do Pop-Off não significou, apesar de tudo, o fim da música -- ou, se quisermos, para sermos mais certeiros no assunto, daquelas músicas -- na televisão. Logo de seguida, houve o Vira o Vídeo, programa diário de videoclips apresentado por Xana, Henrique Amaro e Zé Pedro, que ajudou muitas bandas a saírem da garagem (os Lulu Blind, por exemplo) ou a saltarem para outro patamar no que diz respeito à atenção do público (os Mão Morta de "Budapeste"). Também com Henrique Amaro e, uma vez mais, na televisão estatal, houve, anos mais tarde, o Spray. Noutros canais, os novos canais de cabo, a produção nacional continuou a ter alguma visibilidade. Ainda recentemente, e novamente na televisão pública, houve um curioso programa (Quilómetro Zero) apresentado por J.P. Simões, em digressão pelas salas de ensaio de bandas espalhadas por esse país fora. Claro que nunca, por uma vez que fosse, se chegou a fazer a tangente ao nível de genialidade e criatividade a que o Pop-Off se elevou, mas será injusto dizer que não houve nada depois daquele.
Servem estas notas para introduzir uma nova aposta da RTP2, o Club Docs. Produzido pelo grupo de realizadores independentes Droid-I.D., em parelha com o Musicbox, o Club Docs vai ser um programa de 50 minutos sobre um artista ou grupo, tendo por base a gravação de um concerto, realizado naquele clube lisboeta, por onde se intercalarão entrevistas, imagens de arquivo e outros conteúdos alusivos ao sujeito de cada emissão. Para já, estão programadas cinco emissões, havendo o desejo de ir mais longe e de tornar o programa regular na grelha da RTP2. Os concertos que servirão de suporte às emissões realizam-se durante este mês e são os seguintes:
11 de Setembro - Nigga Poison
12 de Setembro - Terrakota
17 de Setembro - J.P.Simões
18 de Setembro - Micro Audio Waves
19 de Setembro - X-Wife
Os bilhetes custam 8€ e já estão à venda nos locais habituais.
O fim do Pop-Off não significou, apesar de tudo, o fim da música -- ou, se quisermos, para sermos mais certeiros no assunto, daquelas músicas -- na televisão. Logo de seguida, houve o Vira o Vídeo, programa diário de videoclips apresentado por Xana, Henrique Amaro e Zé Pedro, que ajudou muitas bandas a saírem da garagem (os Lulu Blind, por exemplo) ou a saltarem para outro patamar no que diz respeito à atenção do público (os Mão Morta de "Budapeste"). Também com Henrique Amaro e, uma vez mais, na televisão estatal, houve, anos mais tarde, o Spray. Noutros canais, os novos canais de cabo, a produção nacional continuou a ter alguma visibilidade. Ainda recentemente, e novamente na televisão pública, houve um curioso programa (Quilómetro Zero) apresentado por J.P. Simões, em digressão pelas salas de ensaio de bandas espalhadas por esse país fora. Claro que nunca, por uma vez que fosse, se chegou a fazer a tangente ao nível de genialidade e criatividade a que o Pop-Off se elevou, mas será injusto dizer que não houve nada depois daquele.
Servem estas notas para introduzir uma nova aposta da RTP2, o Club Docs. Produzido pelo grupo de realizadores independentes Droid-I.D., em parelha com o Musicbox, o Club Docs vai ser um programa de 50 minutos sobre um artista ou grupo, tendo por base a gravação de um concerto, realizado naquele clube lisboeta, por onde se intercalarão entrevistas, imagens de arquivo e outros conteúdos alusivos ao sujeito de cada emissão. Para já, estão programadas cinco emissões, havendo o desejo de ir mais longe e de tornar o programa regular na grelha da RTP2. Os concertos que servirão de suporte às emissões realizam-se durante este mês e são os seguintes:
11 de Setembro - Nigga Poison
12 de Setembro - Terrakota
17 de Setembro - J.P.Simões
18 de Setembro - Micro Audio Waves
19 de Setembro - X-Wife
Os bilhetes custam 8€ e já estão à venda nos locais habituais.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Parabéns, Bodyspace!
Sete anos. Sete anos é um aniversário notável para um projecto que começou (e nesses saudáveis termos continua) por calorice de alguns melómanos com vontade de escrita, com vontade de partilha de descobertas. Parabéns, Bodyspace!
Há duas festas de aniversário agendadas. Uma delas realiza-se já hoje, no Plano B, no Porto, por ocasião do concerto de Nite Jewel. A outra, em Lisboa, vai ter lugar no Lounge, no próximo dia 10, no Lounge, com a presença de DJ Ride e dos Cimento.
Entretanto, e já com o novo visual estreado por ocasião do aniversário, a malta do Bodyspace lançou-se também na retrospectiva da década, com a escolha dos 50 melhores singles dos 00.
Há duas festas de aniversário agendadas. Uma delas realiza-se já hoje, no Plano B, no Porto, por ocasião do concerto de Nite Jewel. A outra, em Lisboa, vai ter lugar no Lounge, no próximo dia 10, no Lounge, com a presença de DJ Ride e dos Cimento.
Entretanto, e já com o novo visual estreado por ocasião do aniversário, a malta do Bodyspace lançou-se também na retrospectiva da década, com a escolha dos 50 melhores singles dos 00.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Charadas #491
O Motelx decorre até ao próximo domingo. Há lobisomens, mas até se poderia dizer que seria um...
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Charadas #490
Um Jackson, um Lincoln e um Washington cabem na mão.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Mixtape da casa #7
Contribuições:
Fujioka Fujimaki & Nozomi Ohashi "Gake no Ue no Ponyo" (Japão, 2008)
Edward Sharpe & The Magnetic Zeros "Home" (EUA, 2009)
Carlos Santana "Soul Sacrifice (Live at Woodstock)" (EUA, 1969)
Faust "Picnic on a Frozen River, Deuxième Tableau" (Alemanha, 1974)
The Horrors "Sea Within a Sea" (Inglaterra, 2009)
Taken by Trees "My Boys" (Suécia, 2009 / Versão de Animal Collective)
The Very Best "Yalira" (Malawi/Inglaterra, 2009)
Staff Benda Bilili "Tonkara" (Congo-Kinshasa, 2009)
Mav Cacharel "Chanti Die" (Congo-Kinshasa, 1983)
Black Lips "Again & Again" (EUA, 2009)
Dengue Fever "Today I Learnt to Drink" (EUA/Cambodja, 2009)
Iron & Wine "Freedom Hangs Like Heaven" (EUA, 2005)
Raul Seixas "Metamorfose Ambulante" (Brasil, 1973)
46'16" / 105MB
Disponível aqui.
Logo se viu que ia dar merda
Como é que se explica My Bloody Valentine à miudagem que foi para ver Offspring? Não se explica. Já se sabia que ia acontecer. No meio deste diálogo de surdos (ver comentários), passe o trocadilho, obtém-se a prova, que não era necessária, de que o mais difícil ainda de explicar são os critérios do programador do festival Rock One...
Charadas #489
(Quer-se nome de álbum.)
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