quinta-feira, 29 de junho de 2006

Lá no morro, que é lugar de tirar onda

O que fazem os Think of One? Não há uma resposta única possível, porque esta trupe de flamengos já se meteu com a música do Brasil, de Marrocos, do Congo, das Balcãs, etc., dando-se ao luxo de pegar no jazz, no rock (e até mesmo no hardcore, como acontece no tema "Tahina") e misturar tudo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ontem, trouxeram ao Parque Mayer (Teatro Variedades) o capítulo das viagens pelo nordeste brasileiro, presente em discos como "Chuva em Pó" e o mais recente trabalho, "Tráfico". Nos seus mais de sessenta anos de idade, seria a Dona Cila do Côco a captar a maior atenção dos presentes, com a jovialidade e apego com que se entrega aos desvarios dos excelentes músicos flamengos e brasileiros que se espalhavam pelo palco. Cedo se instalou uma enorme festança, com as percussões a mandarem quase o teatro desta para melhor. Ao vivo, os Think of One excedem-se a um ponto quase inimaginável para quem os conhece dos discos. É um dos concertos do ano. Fica o aviso para quem ainda está indeciso para ir ao MED de Loulé: eles tocam lá hoje.
(Oiçam qualquer coisa em: www.thinkofone.be)

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