Surgiram em 1986, em Lisboa. A formação mais sólida, aquela que gravou o disco "Alma do Insecto", contava com Paulo Coelho (More República Masónica), Armando Teixeira (ex-Da Weasel, Bizarra Locomotiva, Balla, Bulllet, etc.) e Luís Paiva. A atitude dos Ik Mux era bastante inovadora para a altura, em Portugal. Um sintetizador, uma caixa de ritmos, uma guitarra e a voz de Paulo Coelho preenchiam os requisitos do que era na altura o chamado rock industrial, apanhando ainda a fase da experimentação dos novos meios tecnológicos ao serviço da música. Em 1991, se não me falha a memória, ganharam o primeiro lugar de um concurso patrocinado por uma rádio nacional e uma bebida norte-americana. Lembro-me relativamente bem dessa noite na Alameda D. Afonso Henriques. As restantes bandas finalistas eram paupérrimas, mas ainda assim não foi nada fácil aos Ik Mux conseguirem algum respeito do público que estava presente. Afinal, havia um tema chamado "Novo Estado Novo", onde estava samplada a voz de Salazar, o que provocou uma enorme confusão entre o público, a quem Paulo Coelho se dirigiu no final do tema: "esta é dedicada a todos aqueles que não compreendem uma ironia". Esse primeiro lugar possibilitou aos Ik Mux a gravação de um CD, que só viria a sair bastante tempo depois (um ano? dois anos?), numa altura em que o projecto estava já a acabar. Talvez por isso, o disco não tenha saído tão conseguido como se esperaria.
Deixo disponível o tema "Lugosi e Garbo", possivelmente a minha faixa preferida de Ik Mux, gravado ao vivo no tal concerto da Alameda: download.
(Atenção que, como o meu espaço no servidor da netcabo não é ilimitado, só poderei apresentar um tema por semana, apagando sucessivamente os mp3s da semana anterior.)
Ah, existe ainda um site sobre os Ik Mux: aqui.
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