sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Duas ou três notas soltas a propósito do concerto dos National, ontem

1. Se outrora foi um obstáculo a que as coisas acontecessem, hoje é uma oportunidade magnífica para nós que vamos a concertos e que vivemos nesta ponta da Europa. As digressões ora começam, ora acabam aqui. Se começam, a malta vem cheia de garra, que compensa a falta de ritmo, de ensaios. Se acabam, a malta vem com o espetáculo bem oleado e entrega-se como se não houvesse amanhã, porque é a última noite, porque já têm saudades dos palcos e dos saltos entre países, porque não importa que a voz fique rouca no dia seguinte. O Matt Berninger deve estar afónico hoje.

2. Faltou aos National um Live Aid
(Ou isso ou, claro, os tempos são diferentes. Se os tempos fossem os mesmos, a esta altura os National já esgotariam estádios como os outros nas digressões do "The Joshua Tree" ou do "Rattle and Hum". Mas vêm-se aflitos para encher metade de três quartos do Atlântico. E ainda é o melhor que conseguem, vendo as outras datas por essa Europa fora.)

3. O Pavilhão Atlântico já era mau o suficiente para concertos de rock, quando não tinha a publicidade que agora o reveste a cada nesga em que caibam as três letras da marca que o patrocina.

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