segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Sobrevivência

Não é fácil passar por um fim-de-semana como este que acabou (acabou? hoje ainda há Cat Power!), com tantos concertos bons. Não é fácil sobreviver ao "anjo que desceu dos céus", como chamava o meu amigo JP à Lisa Germano, por exemplo. Tantos anos de espera para a ver ao vivo e não há uma ponta de desilusão que manche tanta expectativa. Bem pelo contrário, aliás. E os Yo La Tengo, ontem? Quando uma banda termina uma digressão europeia em Portugal, isso pode querer dizer duas coisas. Ou vem extremamente cansada dos milhares de quilómetros feitos em autocarro por esse continente fora e com vontade de regressar a casa ou, simplesmente, quer fazer da última noite da digressão uma celebração, uma noite de festa, algo que dure até às tantas para acabar em grande a digressão. E os Yo La Tengo de ontem foram essa festa, dono de um enorme à-vontade em palco e de total despreocupação pelo tempo que passava, os encores que se sucediam, os temas fora de alinhamento improvisados na altura.
Este fim-de-semana diabólico, inaugurado pelos Parkinsons (melhor concerto deles até agora, por cá) ainda não acabou: hoje ainda há Cat Power na Aula Magna...

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