quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Concertos & tampões

O Nuno Barros perguntava-me, num comentário à posta anterior, se usava alguma protecção para os ouvidos. Não, esta resposta não vai ser ao estilo do Diário de Maria ou de um qualquer Consultório do Especialista que habitualmente vemos nas revistas, até porque não há aqui especialistas e, talvez pior ainda, nunca houve desta parte grandes preocupações com o assunto em causa...
Houve uma altura, há uns quinze anos ou mais, em que, por causa dos ensaios em que participava ou a que assistia, bem como por causa dos concertos, que não eram tantos como hoje, tive essa preocupação. Primeiro com aqueles tampões de espuma amarela, que abafavam tudo, depois com outro tipo, fabricado em borracha (?), com umas formas côncavas sobrepostas. Duraram pouco tempo. Lembro-me perfeitamente de estar a assistir a um concerto de Bizarra Locomotiva no Johnny Guitar e de chegar à conclusão que os tampões alteravam drasticamente a equalização do som (só ouvia, praticamente, as frequências mais graves). Assim que tirei os tampões, "entrei" a sério no concerto. E desde então nunca mais usei nada.
A história não tem grande piada e os meus ouvidos já tiveram melhores dias, certamente. Aqui e ali ouço histórias de gente do meio -- jornalistas, músicos, técnicos, etc. -- que passaram maus momentos, que se viram obrigados a fazer intervenções cirúrgicas ou que, pura e simplesmente, estão surdos que nem uma porta. É assustador quando pensamos muito nisto. E quando me lembro de concertos como os de Soulfly no Coliseu dos Recreios ou o de Frank Black na Aula Magna, vem-me sempre à memória a história dos tampões.
Posto isto, acabo com uma interrogação semelhante à do Nuno Barros. Alguém aconselha uma protecção eficiente?

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