Mostrar mensagens com a etiqueta d3ö. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta d3ö. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Horários de Coura

Quinta, 31 de Julho
PALCO PRINCIPAL: Bunnyranch (19h30), X-Wife (20h30), The Bellrays (21h40), Mando Diao (23h), Sex Pistols (00h30)
PALCO AFTER-HOURS: The Mae Shi (02h), DJ Amable (03h)

Sexta, 1 de Agosto
PALCO JAZZ NA RELVA: Jazz Resort Soundsystem (16h30)
PALCO IBERO SOUNDS: Layabouts (17h30), D3Ö (18h25)
PALCO PRINCIPAL: Two Gallants (19h30), The Rakes (20h30), The Sounds (21h40), Editors (23h), Primal Scream (00h30)
PALCO AFTER-HOURS: These New Puritans (02h), Optimo DJs (03h)

Sábado, 2 de Agosto
PALCO JAZZ NA RELVA: Man-Drax (16h30)
PALCO IBERO SOUNDS: Sean Riley and the Slowriders (17h30), Dorian (18h25)
PALCO PRINCIPAL: Spiritual Front (19h30), The Teenagers (20h30), Wraygunn (21h30), dEUS (22h50), The Mars Volta (00h30)
PALCO AFTER-HOURS: Woman in Panic (02h30), Surkin (03h45)

Domingo, 3 de Agosto
PALCO IBERO SOUNDS: Komodo Wagon (17h30), We Are Standard (18h25)
PALCO JAZZ NA RELVA: Trio de Afonso Pais (18h25)
PALCO PRINCIPAL: Ra Ra Riot (19h), Au Revoir Simone (20h), Tributo a Joy Division (21h10), Biffy Cliro (22h20), The Lemonheads (23h40), Thievery Corporation (01h20)
PALCO AFTER-HOURS: Caribou (02h30), Twin Turbo (03h45)

domingo, 6 de julho de 2008

Cartaz de Coura fechado

Já não entra mais ninguém. De 31 de Julho a 3 de Agosto, vão passar pelas margens do Tabuão os seguintes nomes:
31 de Julho - Sex Pistols, Mando Diao, The Bellrays, X-Wife, Bunnyranch, The Mae Shi, DJ Amable.
1 de Agosto - Primal Scream, Editors, The Rakes, Two Gallants, The Long Blondes, Jazz Resort Soundsystem, We Are Standard, D3Ö, These New Puritans, Optimo DJs.
2 de Agosto - The Mars Volta, dEUS, The Pigeon Detectives, Wraygunn, Spiritual Front, Man-Drax, Dorian, Sean Riley and the Slowriders, Woman in Picnic, Surkin.
3 de Agosto - Thievery Corporation, The Lemonheads, Biffy Clyro, Tributo a Joy Division, Au Revoir Simone, Ra Ra Riot, Trio de Afonso Pais, Layabouts, Komodo Wagon, Caribou, Twin Turbo.

(Com Pistols, Primal Scream, dEUS, Thievery Corporation e até -- medo, medo, medo! -- um tributo a Joy Division, o cartaz deste ano é uma autêntica cápsulta do tempo... E nada convidativo.)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Espelho Meu - História do Rock Português

77, António Sérgio, António Variações, Aqui del Rock, Ban, Baton Rouge, Bunnyranch, Cães Vadios, Cameraman Metalico, Capitão Fantasma, Censurados, Conjunto Mistério, Corpo Diplomático, Crise Total, D3Ö, Delfins, Filipe Mendrix, GNR, Heróis do Mar, Joaquim Costa, Legendary Tigerman, M'as Foice, Mão Morta, Mata Ratos, Mler if Dada, Moonspell, Peste e Sida, Pop dell'Arte, Quarteto 1111, Rádio Macau, Rui Veloso, Sheiks, Street Kids, Tédio Boys, Telectu, UHF, Victor Gomes, Xutos e Pontapés.

Que fazem todos estes nomes juntos? São as figuras das 38 pinturas que integram a exposição "Espelho Meu - História do Rock Português" que vai estar patente no Santiago Alquimista a partir do próximo sábado, 1 de Março. As obras "Espelho Meu" são da autoria de Sardine & Tobleroni, uma dupla de artistas plásticos residente em Londres. Sardine é português e muita gente já o conheceu como Victor Silveira, como Victor Torpedo ou como Vitinho (sim, o dos Tédio Boys e dos Parkinsons). Tobleroni é o suíço Jay Rechsteiner. A exposição é inaugurada no próximo sábado, com um concerto dos Pop Dell'Arte e um dj set dos Bunnyranch.

CORRECÇÃO: A exposição estará patente no Alquimista apenas no sábado, já que depois vai fazer um percurso pelo país.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Um bom 08 para todos!

Falta pouco mais de um dia para que este velho 07 chegue ao fim. Foi um ano intenso para mim. As reviravoltas na minha vida pessoal, que entretanto julgo ter estabilizado da melhor forma, os abraços, as risadas e as lágrimas dos e com os amigos (vós sabeis quem sois, famigliares), os inúmeros concertos (ainda assim menos que em 2005), os bailaricos sofisticados e outros que tais. 07 foi o grande ano dos festivais de world music (Sines, Sines, Sines, sempre inesquecível, mas também Viseu e Póvoa do Varzim e todos os outros que não pude ir), foi o ano em que poucas pessoas estiveram a ver os incríveis Akron/Family (quero mais em 08, Luís!), foi o ano em que toda a gente foi para o Primavera e eu a Joana delirámos com os Dirty Three, foi o ano de foi o ano para fazer crowd surfing nos braços dos Maiorais ao som dos d3ö, foi o ano para estar cara-a-cara com o exorcismo dos demónios do Lirinha do Cordel, foi o ano do campeonato decidido até ao final (valeu a taça), foi o ano do encore dos Mudhoney com o "Fix Me" dos Black Flag, foi o ano da brincadeira com a Internacional na esplanada da SMURSS pelo Jacky Mollard e compinchas bretões, foi o ano do sim à IVG (finalmente, porra), foi o ano do Shortbus, foi o ano do Control, foi o ano em que o meu filho mais vezes disse que "gochto muito do meu pai", foi o ano da Passarola, foi o ano dos Anonima Nuvolari um pouco por todo o lado, foi o ano de mais um estrondo criativo de Robert Wyatt, foi o ano para voltar a interessar-me por música feita de propósito para as pistas, foi o ano de muitas leituras interessantes, foi o ano do novo livro da Naomi Klein (bom, está a ser, na verdade), foi o ano do Death Proof, foi o ano das festas incríveis dos Filho Único no 211 da avenida da Liberdade...
Por outro lado, 07 foi também o ano em que vi menos cinema, menos teatro, menos exposições, foi o ano em que menos vontade tive de ir à ZDB, foi o ano que cheguei a pensar ser o pior de sempre, foi o último ano em que se pode fumar em liberdade (não confundir com respeito por outrém), foi o ano em que menos viajei, foi o ano das perspectivas iludidas ao nível da situação profissional (cercear as liberdades pessoais é mais fácil do que acabar com os recibos verdes), foi o ano do calafrio mais ou menos esperado com o fim-não-fim dos Mão Morta...
Mas, como dizia, 07 foi intenso. E como intenso que foi, há muitos momentos que já ficaram esquecidos. Há uma certa brincadeira habitual nesta altura que apenas não fica esquecida porque vou tomando nota ao longo do tempo. É a lista dos meus... cem melhores concertos do ano. Desde o concerto dos Vicious Five no Alquimista, na primeira parte do Marky Ramone, a 3 de Janeiro, até ao dos Caveira nesta passada sexta, no Lounge (o Quim Albergaria acaba por ser aqui um elemento comum curioso...), 07 ofereceu-me um total de 149 concertos (caramba, devia ter ido ontem ver os Alla Pollaca para chegar a um número redondo, mas estava estourado...), mais que em 06, menos que em 05 (a culpa é dos Gomez Brothers terem deixado a ZDB). Na lista dos mais assistidos estão os grandes Anonima Nuvolari (seis concertos), Caveira (quatro), d3ö, Green Machine, Norberto Lobo e Ó'questrada (três), Born a Lion, Hipnótica, Nicotine's Orchestra, Pop Dell'Arte e Vicious Five (dois). Aqui vão, então, os 100+, de trás para a frente:

100. marcel kanche @ sines (23 jul)
99. human league @ terreiro do paço (4 ago)
98. capitán entresijos @ barreiro (10 nov)
97. mojo hand @ catacumbas (20 dez)
96. caveira @ zdb (27 set)
95. andrew bird @ são jorge (31 mai)
94. señor coconut @ sines (28 jul)
93. rob k & uncle butcher @ barreiro (9 nov)
92. gala drop @ espaço avenida (13 jul)
91. norman @ lounge (13 set)
90. mayra andrade @ belém (28 jun)
89. [d-66] @ lounge (5 out)
88. marky ramone and friends @ santiago alquimista (3 jan)
87. pop dell'arte @ maxime (25 dez)
86. the white stripes @ oeirasalive (9 jun)
85. green machine @ music box (26 mai)
84. d3ö @ oeirasalive (9 jun)
83. josephine foster @ zdb (8 mar)
82. traumático desmame @ casa da avenida (21 dez)
81. ó qu'estrada @ zdb (24 nov)
80. the black lips @ barreiro (10 nov)
79. jesus and mary chain @ sbsr (4 jul)
78. bunnyranch @ music box (21 set)
77. green machine @ zdb (13 jan)
76. lobster @ zdb (9 fev)
75. vicious five @ santiago alquimista (3 jan)
74. haydamaky @ porto covo (22 jul)
73. caveira @ lounge (28 dez)
72. caveira @ lux (3 mai)
71. the mojomatics @ barreiro (10 nov)
70. rão kyao & karl seglem @ porto covo (22 jul)
69. d3ö @ rio maior, in a bar (8 dez)
68. anonima nuvolari @ póvoa de varzim (1 set)
67. hypnotic brass ensemble @ sines (26 jul)
66. born a lion @ barreiro (9 nov)
65. bypass @ santiago alquimista (13 abr)
64. músicos do nilo @ belém (28 jun)
63. nobody's bizness @ teatro viriato (16 jun)
62. caveira & jorge martins @ espaço avenida (13 jul)
61. young gods acústicos @ são jorge (16 nov)
60. green machine @ barreiro (10 nov)
59. wraygunn @ oeirasalive (10 jun)
58. beastie boys @ oeirasalive (10 jun)
57. ó qu'estrada @ zdb (20 jan)
56. the hospitals @ zdb (9 fev)
55. la etruria criminale banda @ sines (27 jul)
54. wraygunn @ lux (4 mai)
53. nicotine's orchestra @ lounge (3 fev)
52. world saxophone quartet @ sines (27 jul)
51. hamilton de holanda quinteto @ sines (27 jul)
50. oumou sangaré @ sines (25 jul)
49. mamany keita & nicolas repac @ porto covo (21 jul)
48. don byron @ porto covo (21 jul)
47. dead combo @ santiago alquimista (30 jan)
46. darko rundek & cargo orkestar @ porto covo (20 jul)
45. galandum galundaina @ porto covo (20 jul)
44. d3ö @ culto club (11 jul)
43. tó trips @ maxime (9 dez)
42. bassekou kouyate & ngoni ba @ belém (29 jun)
41. hypnotic brass ensemble @ sines (26 jul)
40. hipnótica @ restart (29 mar)
39. nicotine's orchestra @ zdb (31 mai)
38. norberto lobo & iancarlo mendonza @ soc. guilherme cossoul (8 fev)
37. howe gelb @ santiago alquimista (30 jan)
36. pop dell'arte @ lux (11 mai)
35. panda bear @ b.leza (11 abr)
34. anonima nuvolari @ incrível tasca móvel (10 ago)
33. k'naan @ sines (28 jul)
32. tartit @ sines (26 jul)
31. bellowhead @ sines (25 jul)
30. anonima nuvolari @ clube de viseu (16 jun)
29. mahmoud ahmed @ sines (26 jul)
28. ttukunak @ sines (23 jul)
27. anonima nuvolari @ zdb (19 fev)
26. hipnótica @ music box (13 out)
25. etran finatawa @ porto covo (20 jul)
24. mountain tale @ teatro viriato (16 jun)
23. anonima nuvolari @ b.leza (30 mai)
22. djumbai jazz @ zdb (26 jan)
21. kap bambino @ lounge (19 out)
20. vicious five @ oeirasalive (10 jun)
19. erika stucky @ sines (28 jul)
18. trilok gurtu band @ sines (25 jul)
17. the go! team @ oeirasalive (9 jun)
16. anonima nuvolari @ catacumbas (19 set)
15. harry manx @ sines (26 jul)
14. o'questrada @ incrível tasca móvel (10 ago)
13. jacky mollard acoustic quartet @ sines (24 jul)
12. mão morta maldoror @ theatro circo (12 mai)
11. rachid taha @ sines (27 jul)

10. CARLOS BICA TRIO AZUL C/DJ ILL VIBE @ SINES (26 JUL)
9. GOGOL BORDELLO @ SINES (28 JUL)
8. MUDHONEY @ CULTO CLUB (11 JUL)
7. PATTI SMITH @ COLISEU DOS RECREIOS (28 OUT)
6. TINARIWEN @ SÃO JORGE (5 JUL)
5. STARS OF THE LID @ NIMAS (6 DEZ)
4. LCD SOUNDSYSTEM @ SBSR (4 JUL)
3. CORDEL DO FOGO ENCANTADO @ TEATRO VIRIATO (15 JUN)
2. DIRTY THREE @ LUX (2 JUN)
1. AKRON/FAMILY @ MUSICBOX (22 ABR)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sangue na guelra

São jovens e hiper-activos. Transbordam de entusiasmo pelo que fazem. Estabelecidos em Rio Maior, essencialmente à volta do pequeno mas acolhedor In A Bar, os Maiorais chegaram ao primeiro ano de existência e fizeram a comemoração no passado sábado com (mais um) concerto dos D3Ö e outro dos The Hypers. Ao longo do último ano, levaram ali Bunnyranch, Fat Freddy, Nicotine's Orchestra, Sean Riley, Los Santeros, The Great Lesbian Show, Green Machine, The Poppers, Born a Lion, entre vários outros. Pode parecer pouco para quem nunca saia de Lisboa ou do Porto, mas o que este grupo de miúdos tem feito na sua terra, mesmo com as semanas passadas na capital a trabalhar ou estudar, é de enorme valor. Colocam Rio Maior no mapa dos concertos. A capital do distrito, Santarém, por exemplo, não consegue oferecer o que o In A Bar e os Maiorais oferecem. E se tanto se fala na crise de associativismo em Portugal, aqui está uma boa prática. E se tanto se fala de escassez de locais fora dos grandes centros com o mínimo de condições e de gente empenhada em criar rotinas de concertos e festas para os públicos locais, que permitam às bandas fazer digressões nacionais, por exemplo, como acontece com os nossos camaradas espanhóis, franceses ou ingleses, eis mais uma boa razão para dar valor a este trabalho. Não são os únicos a fazê-lo, seja-se justo para com todos os outros, mas oxalá mais Maiorais houvesse por esse país fora.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Finalmente, tanto tempo depois

Há mais de quinze anos que aguardava este concerto dos Mudhoney. Na altura, as cassettes rodavam que se fartavam no walkman, mas faltava o concerto. As descrições que ia lendo nos jornais ingleses, particularmente aquela inesquecível reportagem no NME a propósito do lamaçal de Reading em 1992, contribuiam ainda mais para cavar esta lacuna ontem preenchida, finalmente.
De perto, nota-se que Mark Arm tem os olhos mais sumidos. Os traços faciais estão mais vincados. Enfim, está mais velho, como todos nós, mas isso não transparece naquela voz rouca e aguda. Continua perfeita. A presença em palco, e isso também é válido para todos os Mudhoney, quase engana quem não conheça a história do grupo. Parece que se formaram ontem, que estão a dar os primeiros concertos. E não fazem frete a tocar para duas ou três dezenas de pessoas, como se o tempo não tivesse passado. Mesmo quando os parceiros de berço Pearl Jam tocam hoje para multidões de estádio (há coisas que custam a entender na vida). Houve temas de todos os discos, de "Superfuzz Bigmuff", de 1988, a "Under a Billion Suns", de 2006. Ao longo de cerca de duas horas, não se ouviu "Here Comes Sickness", mas deu para recordar coisas como "You Got It (Keep It Outta My Face)", "Touch Me I'm Sick", "Suck You Dry", "Burn it Clean" (alguém que me confirme se não estou a sonhar com esta), "When Tomorrow Hits", o mais recente "Where is the Future", ou ainda as versões de "Hate the Police", dos Dicks, e "Fix Me", dos Black Flag, com que terminou a noite. Há mais de quinze anos que eu esperava por este concerto. E é incrível como tanto tempo de expectativa acumulada não saiu dali defraudada, bem pelo contrário.
Costumo dizer que os D3Ö são a minha banda favorita de Coimbra, desde há três ou quatro anos. E ontem, o trio ajudou-me, uma vez mais (um tipo não se cansa dos concertos destes gajos) a confirmar essa opinião. O termostáto da sala rebentou -- também não era preciso muito, se formos pelo lado literal da coisa -- e os Mudhoney estiveram lá sempre do princípio ao fim, seguindo o concerto com manifesto prazer.
Também protagonista da noite foi o Culto Club. Já não há salas assim. Uns 150 metros quadrados, limitados por paredes pintadas a cor-de-sangue por onde escorre o suor, um mezanino, empregados/donos com ares de velha guarda rock dos anos 80 e 90, um clima de aparente intranquilidade face ao receio de que algo comece a ruir a qualquer momento, enfim... Uma sala de rock, ideal para o que ontem se assistiu em Cacilhas.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Mudhoney atravessam o Tejo

Finalmente, as dúvidas foram esclarecidas. Vai mesmo haver -- iupiiiii -- concerto de Mudhoney, nesta quarta-feira, com D3Ö na primeira parte, só que o local mudou do Paradise Garage para o Culto Club, em Cacilhas. O preço dos bilhetes também se mantém, ou seja, €20 na compra antecipada, €22 no próprio dia. O anúncio da organização aponta as 21h30 para o início dos concertos.

domingo, 10 de junho de 2007

The Go! Team e algumas notas soltas



Foi a grande festarola que o Alive de ontem precisava para merecer efectivamente o nome. Os ingleses The Go! Team puseram toda a (pouca) gente que estava pelo palco secundário a dançar logo desde os primeiros instantes, com aquela magnífica máquina funk, devedora em grande parte dos genéricos de séries de acção dos anos 70, embora tudo menos passadista, cheia de ritmo (duas baterias!) e de constante frenesi no palco (e eu gosto tanto de bandas em que os elementos estão sempre a trocar de instrumentos).

Notas soltas sobre o dia dois do Alive:

- Os White Stripes são menos aborrecidos ao vivo do que em disco, mas ainda assim teriam muito mais a ganhar se o concerto fosse num Coliseu, por exemplo, do que num festival;
- Foi óptimo rever os Capitão Fantasma, quinze anos depois das últimas vezes em que os vi;
- Os D3Ö, que vieram substituir à última da hora os Dead 60's, estiveram bem, como sempre (pena foi que a parte final do concerto coincidisse com a actuação dos White Stripes);
- O som de ambos os palcos deixa muito a desejar. No palco principal, a potência não é particularmente elevada, e a alguns metros do palco começa a sentir-se o efeito do vento. O som do palco secundário é mau demais para ser verdade;
- O Alive está bem servido na parte comercial, com imensas barracas de cerveja, de comida e de roupa e acessórios. A imperial de 25cl custa €1,5, o que já começa a ser raro nestas ocasiões, e, finalmente, é cerveja a sério;
- Se não chover hoje, levem máscaras. É que Beastie Boys mais piso de terra dará, certamente, tempestade tempestade de pó e areia.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Toni "T-Bag" Fortuna


As provas em exibição não são as melhores, mas quem conheça o Toni Fortuna (d3ö, ex-Tédio Boys, ex-M'As Foice) certamente não enjeitará esta aparentemente ridícula tentativa de geminação com o fabuloso Theodore "T-Bag" Bagwell, personagem do Prison Break interpretada pelo actor Robert Knepper. E quase que ficará com essa certeza, se vir "Filhos do Tédio", o documentário de Rodrigo Fernandes e Rita Alcaire sobre os Tédio Boys, em que o vocalista, juntamente com outros ex-Tédio Boys, presta depoimentos no interior de um edifício que mais parece um estabelecimento prisional.
Ah, mas mesmo mais importante que isto é, claro, o documentário. É um documento precioso sobre um dos maiores fenómenos que assolou a música urbana portuguesa das últimas décadas. Passou hoje no São Jorge, mas repete dia 27 de Abril, em sessão da meia-noite, no cinema Londres. Respeito pelo indielisboa, por permitir que estes documentários não fiquem fechados na gaveta.

domingo, 1 de abril de 2007

A notícia do ano

Tantos anos depois, os Mudhoney estreiam-se em Portugal com um concerto que está agendado para dia 11 de Julho, no Paradise Garage, em Lisboa. A primeira parte vai estar a cargo dos D3Ö (que noite, que noite que vai ser!) e os bilhetes custam 20 euros (mais 2 euros se comprados no próprio dia).

domingo, 22 de janeiro de 2006

Fim-de-semana de loucos

Sexta-feira: Damo Suzuki com CAVEIRA, na ZDB.
Palavras e expressões como "demolidor", "cataclismo sonoro", "catártico" ou "devastação total" foram apropriadas pela crítica musical para caracterizar momentos como este. Não começou da melhor forma, é certo, mas desde cedo se assistiu a um galopante crescendo de uma determinada tensão sónica, fruto das felizes interacções que foram sucedendo cada vez com maior frequência entre os três músicos de CAVEIRA e Damo Suzuki. Foi diferente, naturalmente, do concerto de há dois anos, naquele mesmo sítio. Mas a magia voltou a acontecer.

Sábado: Estilhaços, de Adolfo Luxúria Canibal e António Rafael, na ZDB.
"Estilhaços", o espectáculo, é muito mais do que uma simples leitura de textos. O Adolfo, sentado, evita a declamação e entrega-se à performance dramática, a partir dos ambientes que já se liam nas entrelinhas dos seus textos. A escolha destes textos é variada, desde aqueles que foram escritos há quase trinta anos, como o frenético "Braga, Meu Amor", durante a sua vida de estudante em Lisboa, como o diário de viagens entre o bairro dos Prazeres e a Graça patente em "Orçamento Geral de Estado", ou outros, mais recentes, marcados por quotidianos parisienses, como no alegre "O Tempo que Passa" ou no pungentemente triste "A Filha Surda". O Rafael, por sua vez, ajuda a sublinhar as dinâmicas do texto, com um piano que soa a neoclássico, como Wim Mertens a fazer música para Greenaway. Ficou muito acima de qualquer expectativa levada para esta minha primeira experiência com o "Estilhaços" ao vivo.

Sábado: D3Ö e DJ set de Paulo Furtado, no Mercado.
O Mercado esgotou nesta noite. Com 350 pessoas a abafarem a cave quando cheguei e a entrada de novo público que ia chegando a ser feita a conta-gotas, porque só se entrava se alguém saísse, acabei por perder o concerto dos Vicious Five. Mas os D3Ö viriam também a arrasar e a provar a mim próprio porque é que continuo a vê-los como a minha banda favorita de Coimbra. O melhor, porém, ainda estava para vir. Paulo Furtado, o Legendary Tiger Man, fez *a* festa com grandes faixas de rock'n'roll, soul, funk e disco, que trouxe de casa. Que festa, senhores... (Parabéns à Kid City)

Pena que domingo acabe com uma má notícia. É o yin e yiang deste fim-de-semana, que começou brilhante, com CAVeira, e acaba num pesadelo real, com CAVaco.

domingo, 12 de setembro de 2004

Coisas-rock que irritam #13

CRÍTICOS ROCK (LISBOETAS) QUE NUNCA METEM OS PÉS NOS BONS CONCERTOS DE BANDAS PORTUGUESAS, MAS QUE DÃO O C* E DOIS TOSTÕES PARA ESTAREM NA ZONA VIP DE UM GRANDE FESTIVAL (há excepções, como vocês os dois que estiveram este sábado nos D3Ö)

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Pergunta inocente

Se há tanta treta por aí que se junta para regressos nem sempre conseguidos, porque é que os M'As Foice não voltam um dia? Nem que seja para um concerto único no mais esquecido dos bares de Coimbra. É preciso fazer uma petição? Se até continuam todos na música (Wraygunn, d3ö, Belle Chase Hotel, por ex.)...