terça-feira, 31 de março de 2015

Hoje e amanhã, descontroem-se tradições no São Luiz

Acontece hoje e amanhã, no teatro São Luiz (Lisboa), o "Ciclo Exploratório de Música Tradicional", pequena mostra com uma mão cheia de projetos nacionais com um ou dois pés assentes nas tradições musicais portuguesas e os olhos postos noutras paragens. Hoje, o Jardim de Inverno do São Luiz vai receber os Tanira, Luís Peixoto, e Charanga (os vencedores do Prémio Megafone/SPA do ano passado). Amanhã é a vez de Orblua e os Pé na Terra. A animar com discaria vai estar o camarada António Pires.
Mais informação em teatrosaoluiz.pt

Tanira
Flautas, gaita galega, gaita irlandesa e vozes: Miguel Quitério
Bouzouki, guitazouki e guitarra: Rui Cunha
Baixo: Tiago da Fonseca
Percussão: André Pinto

Luís Peixoto
Luis Peixoto: cavaquinho, eletrónica

Charanga
Voz e percussão tradicional: Rui Aires
Gaita-de-foles e voz: João Cleto
Violino e coros: André Neto
Vídeo: Marta Verde Baqueiro

Orblua
Voz, baixo, concertina, cana rachada e violoncelo: Inês Graça
Cabaça de água, adufe, darbouka, glockenspiel, percussões variadas: Nuno Murta
Voz, gaita-de-foles, gralha, banjo, harpa, bodhrán, piano, melódica, concertina, duduk, sanfona, loop station: Carlos Norton

Pé na Terra
Voz, acordeão, percussões: Cristina Castro
Guitarra, braguesa, percussões, voz: Hélio Ribeiro
Sopros, gaita-de-foles galega e transmontana, gralha, adufe Ricardo Coelho
Baixo, voz, percussões: Sónia Midões
Bateria tradicional, adufe, tar, bilha, sanzula, darbuka: Tiago Soares

100 de 1973, n.º 64, Secos & Molhados (rep.)



SECOS & MOLHADOS
SECOS & MOLHADOS (Brasil)
Edição original: Continental
Produtor(es): Moracy do Val
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Era preciso descaramento. No período mais feroz da ditadura militar, surgia um grupo que desafiava com composições de risco, com letras de risco, com a voz e a postura de risco de Ney Matogrosso. Havia mais alguém a arriscar dizer, ao lado dos tropicalistas, que o Brasil não era só bossa nova. Felizmente para os Secos & Molhados, que se estreavam com este disco, o rasgo estético colhia as maiores simpatias no público e na crítica. Foi sucesso de vendas com um milhão de vendas (até em Portugal) em menos de um ano -- só não vendiam mais do que Roberto Carlos, mas até o "rei" se viu obrigado a aproximar o seu som do novo rock trazido pelos Secos & Molhados. É o quinto lugar da lista dos 100 maiores discos da música brasileira da Rolling Stone Brasil, publicada em 2007.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Avôzinho, os Amon Düül II vêm ao Reverence!

É a grande notícia de hoje: os Amon Düul II, veteranos do krautrock com quase 50 anos de carreira, são uma das novidades do cartaz da segunda edição do festival Reverence Valada, que vai acontecer em Agosto. Se a formação for a mesma que em 2010 lançou "Düülirium", é uma reunião notável de membros dos tempos iniciais.

Também vão ao Reverence, ficou hoje a saber-se, Joel Gion & The Primary Colours (Gion está ligado aos Brian Jonestown Massacre), Echo Lake e os portugueses The Act-Ups, Ghost Hunt e Acid Acid.

O Reverence vai ter lugar em Valada, no concelho do Cartaxo, de 27 a 29 de agosto. Mais informações em www.reverencefestival.com.

100 de 1973, n.º 65, Buffy Sainte-Marie (rep.)



QUIET PLACES
BUFFY SAINTE-MARIE (Canadá)
Edição original: Vanguard
Produtor(es): Norbert Putnam, Buffy Sainte-Marie
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Começa-se por estranhar a voz estridente de Buffy Sainte-Marie (o All Music Guide chama-lhe entrada à Tina Turner), mas o disco desenvolve depois para temas ora intimistas, ora explosivos, como este esquecido "She'll Be Comin' Round the Mountain When She Comes", que remete muito para outros grupos da altura como os Jefferson Airplane (e, claro, para a voz também estridente da Grace Slick). O nono disco de Buffy Sainte-Marie é composto por temas próprios e várias versões, incluindo uma canção da conterrânea Joni Mitchell ("For Free"), duas de Randy Newman ("Why You Been Gone So Long" e "Have You Seen My Baby"), entre outras.

domingo, 29 de março de 2015

100 de 1973, n.º 66, Edu Lobo (rep.)



EDU LÔBO [AKA MISSA BREVE]
EDU LÔBO (Brasil)
Edição original: Odeon
Produtor(es): Milton Miranda
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É possivelmente a obra maior de Edu Lobo, ao lado de "O Grande Circo Místico" com Chico Buarque (1983). E a mais obscura. O lado B do disco é... uma missa, por vezes cantada em latim, sob arranjos de formato ora popular, ora erudito. Diz-se que a ideia já vinha de Carlos Lyra, que pretendia fazer um disco de intervenção no formato de uma "missa agrária". A voz de Milton Nascimento pode ser escutada em "Oremus". Outro entre os vários músicos convidados foi Dorival Caymmi.

sábado, 28 de março de 2015

100 de 1973, n.º 67, Gong (rep.)



ANGEL'S EGG
GONG (França/Inglaterra)
Edição original: Virgin
Produtor(es): Gong, Giorgio Gomelsky
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Segundo volume da trilogia "Radio Gnome Invisible", iniciada com "Flying Teapot", também lançado neste ano (esperem-no nesta lista, numa posição bastante mais cimeira). Na altura, ainda o termo math rock não era usado nas páginas da crítica musical, mas o prog ou o jazz rock dos Gong, especialmente neste "Angel's Egg", tinha toda a complexa malha de estruturas rítmicas que mudavam constantemente, de guitarras e metais que desenhavam mais ângulos agudos do que um aluno de trigonometria, tal como a voz do louco Daevid Allen, recentemente falecido, que ia instrumentando a mitologia da trilogia.

sexta-feira, 27 de março de 2015

100 de 1973, n.º 68, Bert Jansch (rep.)



MOONSHINE
BERT JANSCH (Escócia)
Edição original: Reprise
Produtor(es): Danny Thompson
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Oitavo álbum de Bert Jansch, uma das figuras proeminentes do revivalismo da folk das ilhas britânicas nos anos 60 e 70. Fez parte dos Pentangle, mas isso não o impediu de se dedicar ao seu projeto solo, antes, durante e depois, até ao seu falecimento, em outubro do ano passado. Os Pentangle suspenderam a sua atividade alguns meses depois da gravação por Jansch deste "Moonshine", disco que acabou por ficar na sombra dos trabalhos mais tardios da banda.

quinta-feira, 26 de março de 2015

100 de 1973, n.º 69, Bruce Springsteen (rep.)



THE WILD, THE INNOCENT & THE E STREET SHUFFLE
BRUCE SPRINGSTEEN (EUA)
Edição original: Columbia
Produtor(es): Mike Appel, Jim Cretecos
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Segundo álbum de Springsteen -- a estreia, com "Greetings From Asbury Park, N.J.", foi também neste ano de 1973 e é de esperarem encontrá-la também nesta lista, mais lá para a frente. Tido por muitos como um dos seus melhores trabalhos (e pelo próprio Springsteen que o tocou na íntegra num concerto no Madison Square Garden, há dois anos), ainda que apenas tenha tido reconhecimento comercial quando Springsteen explodiu para o mundo com "Born to Run", em 1975, este "The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle" ajuda, já nesta altura, a definir os contornos daquele que tem sido, na opinião deste vosso escriba, o confronto recorrente na história do músico mais icónico de Nova Jérsei: composições magníficas, algumas delas mesmo praticamente inumanas de tão fora-de-série que são, contra arranjos que frequentemente resvalam para a tina do azeite, daquele que escorre das secções de metais que realçam o que já está realçado por natureza, daquele que é salpicado pelos teclados que surgem mais altos do que tudo o resto apenas para ferirem os nossos ouvidos. E isto é tanto mais provável de acontecer quanto mais está envolvida a E Street Band, que aqui ainda não havia sido batizada como tal. Mas, atenção, nem este é o exemplo mais flagrante deste confronto, nem o azeite sai vencedor, nem o disco deixa de poder ser ouvido do princípio ao fim as vezes que queiramos, na época em que queiramos.

quarta-feira, 25 de março de 2015

100 de 1973, n.º 70, Fela Kuti (rep.)



GENTLEMAN
FELA KUTI (Nigéria)
Edição original: EMI
Produtor(es): Fela Kuti
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Africa hot, I like am so...
I know what to wear
But my friends don't know
E put im socks
E put im shoe
E put im pant
E put im singlet
E put im trouser
E put im shirt
E put im tie
E put im coat
E come cover all with him hat
E be gentle man!
E go sweat all over
E go faint right down
E go smell like shit
E go piss for body, e no go know
I no be gentuluman at all O
I be Africa Man Original


Eis o imperador do afrobeat em todo o seu esplendor de ritmo e afirmação política. Em crioulo nigeriano, Fela Ransome Kuti (aqui ainda não tinha trocado Ransome por Anikulapo) atacava a mentalidade colonial que alguns dos seus conterrâneos continuavam a exibir depois da saída dos ingleses do país, ilustrada pelo ridículo do uso de fato e gravata num continente onde o calor é incontornável, ao mesmo tempo que proclamava a afirmação africana pela qual lutou até ao fim da vida. "Gentleman" marca também a adoção de mais um papel para Kuti, o de saxofonista tenor, ao qual depressa se adaptou depois da saída do saxofonista Igo Chico dos Africa 70, a banda que então acompanhava Kuti. "Gentleman" é essencialmente composto pelo tema que lhe dá título, uma longa improvisação de quase quinze minutos. No lado B, surgem "Fefe Naa Efe" e "Igbe". Este é o segundo disco de Kuti em 1973. O outro foi "Afrodisiac", que também irá aparecer nesta lista.

terça-feira, 24 de março de 2015

100 de 1973, n.º 71, Paul Simon (rep.)



THERE GOES RHYMIN' SIMON
PAUL SIMON (EUA)
Edição original: Columbia-Warner
Produtor(es): Paul Simon, Phil Ramone, Muscle Shoals Rhythm Section, Paul Samwell-Smith, Roy Halee
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Conseguisse todo o álbum alcançar a boa disposição paulsimonesca do tema de abertura, "Kodachrome", e teríamos aqui um clássico. Ainda assim, "There Goes Rhymin' Simon" tem sido muito bem recebido desde que saiu pela crítica generalista: duas nomeações para grammy (melhor voz masculina e álbum do ano), posição 267 na lista dos 500 melhores álbuns de sempre da Rolling Stone, ...

segunda-feira, 23 de março de 2015

100 de 1973, n.º 72, Stevie Wonder (rep.)



INNERVISIONS
STEVIE WONDER (EUA)
Edição original: Tamla
Produtor(es): Stevie Wonder, Robert Margouleff, Malcolm Cecil
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É um dos melhores discos de Stevie Wonder. É também um dos mais pessoais, já que o músico toca todos os instrumentos (ou quase todos) em pelo menos seis das nove faixas que compõem "Innervisions". Ganhou um Grammy para melhor álbum do ano (Wonder já tinha um Grammy para melhor performer masculino com o anterior "Talking Book"), tendo ficado associado ao grave acidente que o músico sofreu apenas três dias após o lançamento do disco. A Rolling Stone escolheu-o para 23º melhor álbum de sempre na lista que publicou em 2003.

domingo, 22 de março de 2015

100 de 1973, n.º 73, Yoko Ono (rep.)



FEELING THE SPACE
YOKO ONO (Japão)
Edição original: Apple
Produtor(es): John Lennon, Yoko Ono
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"Feeling the Space" não é um disco de experiências como tinham sido os primeiros dois álbuns. A mudança já se apercebia no anterior "Approximately Infinite Universe", também de 1973. É um disco de canções, que ainda assim demora um pouco a colar aos ouvidos. É atravessado, do início ao fim, pelo tema do feminismo.

sábado, 21 de março de 2015

100 de 1973, n.º 74, Van Morrison (rep.)



HARD NOSE THE HIGHWAY
VAN MORRISON (Irlanda do Norte)
Edição original: Warner Bros.
Produtor(es): Van Morrison
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"Hard Nose the Highway" é um dos álbuns de Van Morrison mais atacados pela crítica. Convenhamos que fica a léguas de distância dos discos anteriores, como o hiper-badalado "Astral Weeks" (1968) ou "Moondance" (1970), e que dificilmente o irlandês veio a recuperar desta quebra criativa. Mas o primeiro lado deste disco, quanto mais não seja, composto por faixas como "Snow in San Anselmo", "Warm Love", que se tornou um favorito do cantor, ou a faixa que dá título ao álbum, continuam a ouvir-se muito bem.

sexta-feira, 20 de março de 2015

100 de 1973, n.º 75, Rail Band (rep.)



BUFFET HOTEL DE LA GARE BAMAKO
RAIL BAND (Mali)
Edição original: RCAM
Produtor(es):
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Criada em 1970, a Rail Band (ou Super Rail Band ou Bamako Rail Band ou ainda Super Rail Band of the Buffet Hotel de la Gare, Bamako) era uma banda... pública. Trabalhavam para os caminhos de ferro malianos, sob a tutela do Ministério da Informação e tocavam no bar Buffet do hotel da estação de Bamako para os viajantes cansados, como parte da estratégia para a preservação e difusão das tradições mandingas, ainda que a banda misturasse as formas ancestrais com as sonoridades cubanas que estavam em voga naquela zona de África desde os anos 40, com guitarras eléctricas e secção de metais, isto sem tirar destaque privilegiado a instrumentos enraizados na cultura mandinga como a kora ou o balafon. Por ela passaram, reparem só, Salif Keita (o primeiro vocalista, quando tinha apenas 21 anos) e, sucedendo-lhe, Mory Kanté.

Supersilent, hoje no Maria Matos!

A toda a hora e de todo o lado nos chegam lembretes de que o tempo corre rápido. Parece que foi apenas ontem que os noruegueses Supersilent rebentaram com um, perdão, com três magníficos discos de estreia, reunidos sob o título "1-3", numa edição da prestigiada Rune Grammofon. Foi já em 1997. Quase 20 anos. Seguiu-se o "4" e uma passagem por um Jazz em Agosto, na Gulbenkian, a 6 de agosto de 2000. Seguiu-se "5", um disco ao vivo. Seguiu-se "6" e depois o "7", um DVD. E depois o "8", o "9" e hoje, que é como quem diz "no ano passado", vimos sair o "12".

Quinze anos depois, temo-los de novo por cá. Vai ser hoje, no Maria Matos, a partir das 22h.

Há uma entrevista a ler, no Público.

quinta-feira, 19 de março de 2015

100 de 1973, nº 76, Jethro Tull (rep.)



A PASSION PLAY
JETHRO TULL (Inglaterra)
Edição original: Chrysalis
Produtor(es): Ian Anderson
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Como um disco conceptual, com uma única faixa repartida por ambos os lados de uma banda de progs ingleses, chega ao primeiro lugar da billboard americana (em Inglaterra ficou-se pelo 13º) é um mistério difícil de perceber, pelo menos à luz dos dias de hoje, passados quase quarenta anos. Mas tal já tinha acontecido com o outro álbum conceptual do grupo, a obra prima "Thick as a Brick", de 1972, na altura tido como o primeiro disco de rock a apresentar uma única faixa. Eram os tempos gloriosos do prog.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Mão Morta, em modo integral na RUM

Na emissão desta quinta-feira da Rádio Universitária do Minho só vai dar Mão Morta. Entre as 9h da manhã e as 8h da noite, vai ser percorrida toda a discografia, de "Mão Morta" (1988) a "Pelo Meu Relógio São Horas de Matar" (2014), vai haver participação em estúdio de vários dos atuais e dos antigos elementos e muitos testemunhos de gente associada ao universo da banda bracarense.

Em jeito de antecipação, o "Uma Vez na Vida", que Rui Portulez leva ao ar a partir do GNRation, em Braga, vai contar com a presença de Adolfo Luxúria Canibal. Já nesta noite de quarta-feira, a partir das 21h30.

100 de 1973, n.º 77, Orchestre-Poly-Rythmo (rep.)



VINCENT AHEHEHINNOU
& ORCHESTRE-POLY-RYTHMO DE COTONOU DAHOMEY

VINCENT AHEHEHINNOU & ORCHESTRE-POLY-RYTHMO DE COTONOU DAHOMEY (Benim)
Edição original: Albarika Store
discogs

O Benim, antigo Dahomey, é aquele pequeno país africano da costa norte do golfo da Guiné, ladeado por Togo (e um pouco mais para ocidente pelo Gana) e pela Nigéria. Ou seja, estávamos em plena afrobeatlândia e a Orchestre Poly-Rythmo (ou Orchestre Poly-Disco ou Orchestre El Ritmo ou ainda Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou) era uma das bandas mais importantes daquela região e daquele género. Era, não. Continua a ser e continua a fazer digressões pelo mundo inteiro. A edição original deste disco era composta por quatro faixas de dança absolutamente arrebatadoras. A boa gente da Analog Africa reeditou o disco no ano passado, com o título "The First Album" e a designação atual da banda, Orchestre Poly-Rythmo.

terça-feira, 17 de março de 2015

100 de 1973, n.º 78, Between (rep.)



AND THE WATERS OPENED
BETWEEN (Alemanha)
Edição original: Vertigo
Produtor(es): Ulrich Kraus
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Mais um grupo semi-obscuro dos tempos gloriosos do krautrock. A sua composição era de uma variedade excêntrica, o que trouxe repercussões óbvia à música que faziam. Entre os principais, havia: Peter Michael Hamel, compositor clássico, tocava sintetizador nos Agitation Free (há de vir um disco destes nesta lista); Robert Eliscu, americano, era o oboé convidado na Berliner Philharmoniker e oboista dos Popol Vuh; Cotch Black, outro americano, percussionista, havia tocado com Bob Dylan; Roberto Detrée, argentino, guitarrista, harpista e "motocelista" (de "motocelo", um violoncelo de uma única corda friccionada por uma roda motorizada), costumava tocar música latina. O resultado desta miscelânea de origens e de posturas pode-se escutar facilmente neste belo disco de composições simultaneamente clássicas, cósmicas, orientais, vanguardistas.

segunda-feira, 16 de março de 2015

100 de 1973, n.º 79, The Who (rep.)



QUADROPHENIA
THE WHO (Inglaterra)
Edição original: Track/Polydor
Produtor(es): The Who, Kit Lambert
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E eis os The Who, um dos grupos mais (sobre)valorizados dos anos 70, com o seu álbum mais ambicioso, "Quadrophenia", segunda ópera rock de um grupo que nesta ideia foi pioneiro (a primeira havia sido "Tommy", de 1969).

Os cartazes bonitos são para serem vistos

(autor: Francisco Ferreira)

domingo, 15 de março de 2015

100 de 1973, n.º 80, Amon Düül II (rep.)



VIVE LA TRANCE
AMON DÜÜL II (Alemanha)
Edição original: United Artists
Produtor(es): Olaf Kübler, Amon Düül II
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Parte da dinâmica criativa da música alemã (e das artes em geral) no final dos anos 60, início dos 70s, deveu-se às comunas que brotavam um pouco por todas as grandes cidades do lado ocidental (incluindo Berlim). Os Amon Düül II, de Munique, pioneiros na cena art rock, representam um dos resultados mais bem sucedidos desta história de vivências em comum, de partilha e intercâmbio de ideias entre diferentes formas de expressão artística. Ao sétimo álbum de estúdio, os Amon Düül II já andavam mais perto da canção do que das deambulações prog de trabalhos anteriores, mas "Vive la Trance" fica para sempre como um dos melhores discos do grupo, só talvez ultrapassado pelo debutante "Phallus Dei" ou pelo "Tanz der Lemminge". A faixa aqui escolhida, "Mozambique", é dedicada à ativista alemã Monika Ertl, assassinada nesse ano e que havia ficado conhecida por "vingadora de Guevara", embora nunca tenha ficado provado que tenha morto o executor de El Comandante.

sábado, 14 de março de 2015

100 de 1973, n.º 81, Black Sabbath (rep.)



SABBATH BLOODY SABBATH
BLACK SABBATH (Inglaterra)
Edição original: World Wide Artists
Produtor(es): Black Sabbath
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Foi com "Sabbath Bloody Sabbath", já havia saído "Paranoid" (1970) e outros discos dos Sabbath hoje considerados como marcos da então incipiente história do heavy metal, que os críticos começaram a perceber que havia ali qualquer coisa de importante a nascer das mãos de Ozzy Osbourne, Tony Iommi e companhia. E já era o quinto platina consecutivo nos EUA, em cinco possíveis. Eram os Black Sabbath no pico de forma. "Sabotage", o seguinte, viria iniciar a tendência descendente que se seguiria. Mais tarde, Ozzy seria trocado por Dio, que veio a falecer há pouco menos de dois anos.

sexta-feira, 13 de março de 2015

E lá vai Daevid para o planeta Gong

Ficámos a saber, há pouco tempo, que ele não ia estar muito mais tempo entre os vivos. Hoje chega-nos a notícia, pelo facebook do seu filho, de que Daevid Allen, fundador dos Soft Machine e dos Gong, sucumbiu ao cancro que lhe havia sido diagnosticado no ano passado. Tinha 77 anos.

«And so dada Ali, bert camembert, the dingo Virgin, divided alien and his other 12 selves prepare to pass up the oily way and back to the planet of love. And I rejoice and give thanks. Thanks to you dear dear daevid for introducing me to my family of magick brothers and mystic sisters, for revealing the mysteries, you were the master builder but now have made us all the master builders. As the eternal wheel turns we will continue your message of love and pass it around. We are all one, we are all gong. Rest well my friend, float off on our ocean of love. The gong vibration will forever sound and its vibration will always lift and enhance. You have left such a beautiful legacy and we will make sure it forever shines in our children and their children. Now is the happiest time of yr life. Blessed be.»

Vemos a música popular perder uma dose imensurável de loucura, irreverência e poesia (e tanta falta que lhe fazem todos estes ingredientes indispensáveis, nos dias formatados e sérios que vivemos). Precisamos tanto de mais Daevids e outros camemberts chanfrados...


(Daevid Allen em 1961, à porta da casa de Robert Wyatt, em Canterbury.)

100 de 1973, n.º 82, Joan Baez (rep.)



WHERE ARE YOU NOW, MY SON?
JOAN BAEZ (EUA)
Edição original: A&M
Produtor(es): Joan Baez, Norbert Putnam, Henry Lewy
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Uma das maiores vozes a fazerem-se ouvir contra a guerra do Vietname, ora na rua, ora em palcos, Joan Baez integrou uma comitiva de paz que visitou os territórios do norte daquela região, no final de 1972. Quis o destino que testemunhasse os famosos "Ataques de Dezembro", traduzidos num intenso bombardeamento a Hanói, que durou ao longo de 11 dias, então o maior ataque levado a cabo pela força aérea norte-americana desde o final da segunda grande guerra. O segundo lado deste disco, constituído apenas pela longa faixa que dá nome ao disco, foi gravado justamente em Hanói, e nele se pode escutar o som dos bombardeamentos e as vozes das vítimas, enquanto Baez canta e declama o seu testemunho. É o resultado das quinze horas de gravações com que Baez regressou ao seu país, para um projeto que ela própria apelidou de "pesadelo para a companhia discográfica". O primeiro lado do disco apresenta a cantora no formato de canção mais tradicional. É um disco notável, a todos os níveis.

E quem é que vai ao Milhões deste ano? O Michael Rother!

Estrondo de hoje: o Michael Rother, ex-Neu!, ex-Harmonia, ex-Kraftwerk, vai a Barcelos para o Milhões de Festa 2015, que este ano decorre entre 23 e 26 de julho. (Para mais informações e para uma bela apresentação da lenda kraut feita pelo Gonçalo, é ir aqui ao Ípsilon.)

quinta-feira, 12 de março de 2015

100 de 1973, n.º 83, Peter Hammill (rep.)



CHAMELEON IN THE SHADOW OF THE NIGHT
PETER HAMMILL (Inglaterra)
Edição original: Charisma
Produtor(es): John Anthony
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Segundo álbum da carreira a solo de Peter Hammill, embora, tal como no anterior "Fool's Mate" e no posterior "The Silent Corner and the Empty Stage", todos os outros membros dos Van der Graaf Generator participem nas gravações. Há quem o considere, na realidade, o primeiro disco a solo de Hammill, já que "Fool's Mate", de 1970, tinha sido feito com material que foi sendo guardado ao longo do tempo e numa altura em que os VDGG ainda estavam no ativo, e é este que, depois do fim daqueles, marca efetivamente o início da aventura em nome próprio do compositor. É um disco de mudança de idade, ou de mudança em geral, tema que se escuta ao longo do disco e se lê no próprio título.

O primeiro trailer para o documentário do Kurt Cobain que aí vem

Muito se tem falado de "Montage of Heck", o novo documentário sobre a vida de Kurt Cobain: recebeu autorização total da família e dos amigos, pôde utilizar música de Nirvana, incluindo material inédito, e promete vir a fazer o retrato mais íntimo e mais definitivo de Cobain. "Montage of the Heck" foi estreado no festival Sundance e passou também pelo festival de Berlim. Chega às salas de cinema em maio.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Hoje temos o Panda Bear a jogar em casa

É hoje, no Maria Matos, que Panda Bear se apresenta com o novo álbum, "Panda Bear Meets the Grim Reaper". Os bilhetes estão esgotados.
Amanhã é a vez de Braga o receber, no GNRation.


(Por falar, em Maria Matos, para a semana há (e foi uma excelente e muito recente surpresa por estas bandas) há SUPERSILENT!)

100 de 1973, n.º 84, Embryo (rep.)



WE KEEP ON
EMBRYO (Alemanha)
Edição original: BASF
Produtor(es): Embryo
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Imaginem uns Can mais (ainda mais) espaciais, mais (ainda mais) virados para as músicas do mundo. Os Embryo são um grupo alemão nascido em Munique, no final dos anos 60, e que até hoje permanece envolvido numa certa obscuridade, apesar de ter tido gente como o Miles Davis a destacá-lo. Em 1973, lançaram três álbuns, "Steig aus", "Rocksession" e este "We Keep On".

terça-feira, 10 de março de 2015

100 de 1973, n.º 85, Popol Vuh (rep.)



SELIGPREISUNG
POPOL VUH (Alemanha)
Edição original: Kosmische
Produtor(es): Reinhardt Langowski e Popol Vuh
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A tarefa de suceder a "Hosianna Mantra" (1972) era complicada e o resultado soou para alguns a desilusão e para outros ao alcançar da mestria. "Seligpreisung" ("bem-aventurança") é o primeiro de uma trilogia dedicada a livros sagrados, neste caso o "Evangelho Segundo Mateus"). Krautrock meditativo.

Nove anos depois, eis que vem aí novo de Fat Freddy!

Do próximo álbum, "Atirem o Meu Cadáver para uma Valeta", meninos e meninas, eis "Vou-te Furar, Meu Ganda Boi":

segunda-feira, 9 de março de 2015

100 de 1973, n.º 86, The Rolling Stones (rep.)



GOATS HEAD SOUP
THE ROLLING STONES (Inglaterra)
Edição original: Rolling Stones/Atlantic
Produtor(es): Jimmy Miller
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O fim dos Rolling Stones começou aqui. Talvez mais cedo até, mas "Goats Head Soup" foi definitivamente o carro-vassoura do frenesi criativo do grupo, que agora passa a ver-se entregue ao estrelato de Jagger e às histórias sombrias de Richards. No sucessor de "Exile on Main St." ainda se encontra um punhado de canções que se ouvem muito bem e que talvez tenham ganho até mais com o tempo que passou. Ah, e também por aqui se escuta a pior música dos Stones desta fase, "Angie".

domingo, 8 de março de 2015

100 de 1973, n.º 87, Conrad Schnitzler (rep.)



ROT
CONRAD SCHNITZLER (Alemanha)
Edição original: Ed. Autor
Produtor(es): Conrad Schnitzler
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Mandou a sorte que o único disco do Conrad Schnitzler na minha coleção fosse precisamente o de 1973, este "vermelho". Gravado em 72, na cave que havia servido de sala de ensaios para os seus Tangerine Dream, o disco apresenta apenas duas faixas que ainda hoje constituem referências incontornáveis da música eletrónica. Schnitzler faleceu em 2011 e deixou uma obra com largas dezenas de discos.

sábado, 7 de março de 2015

The Act-Ups na Zê, hoje!



É a apresentação do novo álbum dos barreirenses, "Homo Zugadita Quasar Monacant". E já lá vão seis anos desde "The Act-Ups Play The Old Psychedelic Sounds of Today", tempo que Nick Nicotine veio a dedicar ao seu projeto a solo.
A primeira parte também tem origem na cidade mais rock a sul do Tejo: Tracy Lee Summer. Mais informações aqui.

100 de 1973, n.º 88, Link Wray (rep.)



BE WHAT YOU WANT TO
LINK WRAY (EUA)
Edição original: Polydor
Produtor(es): Thomas Jefferson Kaye
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Muitas vezes (e incorretamente) citado como o inventor dos power chords na guitarra, o meio índio shawnee Link Wray já levava uma carreira com mais de duas décadas quando gravou este "Be What You Want To" com a ajuda de, entre outros, Jerry Garcia, o guitarrista dos Grateful Dead. Há aqui rock'n'roll, claro, mas também country e blues, num álbum rico em linguagens do rock americano.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Konono mais Batida e nós temos a sorte de sermos os primeiros a ver o resultado

Uns, os congoleses Konono Nº1, andavam há décadas a tocar pelas ruas de Kinshasa com likembes eletrificadas (*) e sistemas de som rudimentares. Explodiram para o mundo há 10 anos, com a aposta da Crammed, em "Congotronics". Hoje tocam em toda a espécie de festivais, são convidados por gente como Björk ou Herbie Hancock, ganham prémios. Passaram por cá para o FMM de Sines (em 2006 e em 2011, nesta última para um espetáculo coletivo especial com malta dos Kasaï All Stars, Deerhoof e outros) e para uma noite inesquecível em que festejámos o aniversário da ZBD nos jardins do Museu de Arte Natural, em 2009.

Os outros, os Batida, projeto conduzido pelo luso-angolano Pedro Coquenão, tornaram-se finalmente viajantes de primeira classe do circuito europeu da world beat, desde que a Soundway neles apostou com a reedição internacional do primeiro álbum e, já mais recentemente, a edição do segundo.

Hoje, no Lux, e amanhã o Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, vamos poder ver o que resulta da junção dos dois projetos. Pedro Coquenão esteve a produzir aquele que será o próximo álbum dos Konono nº1 e é nestes palcos que uns e outros vão unir esforços e mostrar o que se passou no estúdio que se vai passar pelos palcos desse mundo fora. Os bilhetes custam 15€, no LUX, e 10€, no TAGV.

100 de 1973, n.º 89, Elvis Presley (rep.)



ELVIS
ELVIS PRESLEY (EUA)
Edição original: RCA
Produtor(es): Felton Jarvis
discogs allmusic wikipedia

E eis mais um Elvis nesta lista. Desta vez, já se trata de álbum de estúdio, ou melhor, de restos deixados de sessões passadas. Homónimo mas reconhecido informalmente como "The Fool", por força da canção com que inicia. Apesar de nesta altura, Elvis Presley ser já apenas o rosto mais visível de uma imensa máquina de espetáculo, o álbum traz duas canções ao piano e a solo restrito, "It's Still Here" e "I Will Be True" (magnífica!), que fizeram destacar este disco entre os demais da altura. Em 73, Elvis lançou ainda mais dois álbuns: "Raised on Rock/For Ol' Times Sake" e "Good Times".

quinta-feira, 5 de março de 2015

100 de 1973, n.º 90, Neil Young (rep.)



TIME FADES AWAY
NEIL YOUNG (Canadá)
Edição original: Reprise
Produtor(es): Neil Young, Elliot Mazer
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É ao vivo, a digressão começou assombrada com a morte por overdose de Danny Whitten, do guitarrista de longa data de Neil Young, continuou em rota de colisão, ora com o público que queria mais "Harvest" do que estes temas não gravados até à altura, ora nos desentendimentos entre os músicos, ora na tequila que corria pelos bastidores. Em 1987, Young dizia a uma rádio inglesa, que "este foi pior disco que alguma vez fiz -- mas, como um documentário do que me estava a acontecer, foi um grande disco. Estava em palco a tocar todas estas canções que ninguém havia ouvido antes, gravando-as e não tinha a banda a certa. Foi apenas uma digressão desconfortável. Senti-me um produto e estava com esta banda de músicos all-star que não podiam sequer olhar uns para os outros." Este e "Journey Through The Past", de 1972, são os dois únicos discos de Young que nunca tiveram uma edição em CD, nem mesmo quando os outros "missing six" ("On the Beach", "American Stars 'n Bars", "Hawks and Doves" e "Re*Ac*Tor") foram reeditados em 2003.

quarta-feira, 4 de março de 2015

100 de 1973, n.º 91, Thin Lizzy (rep.)



VAGABONDS OF THE WESTERN WORLD
THIN LIZZY (Irlanda)
Edição original: Deram
Produtor(es): Nick Tauber
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Eis outro disco de hard rock, mas, convenhamos, francamente mais interessante que o imediatamente interior nesta lista. Foi gravado na sequência do sucesso de "Whiskey in the Jar", single que nunca chegou a entrar num álbum, não contando com as reedições posteriores em CD, o que é o caso, precisamente, deste "Vagabonds of the Western World".

terça-feira, 3 de março de 2015

100 de 1973, n.º 92, Lynyrd Skynyrd (rep.)



(PRONOUNCED 'LĔH-'NÉRD 'SKIN-'NÉRD)
LYNYRD SKYNYRD (EUA)
Edição original: Sounds of the South/MCA
Produtor(es): Al Kooper
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Álbum de estreia de um dos grupos que mais contribuiu para que os críticos musicais usassem a expressão "southern rock" nas suas peças. Os outros foram os Allman Brothers, que também editaram este ano ("Brothers and Sisters"), mas, ei, já basta um disco de southern rock na minha lista dos 100 mais. E o dos Lynyrd Skynyrd ouve-se bem. Até que me arrependa.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Talkfest 2015: começa na quarta-feira

Não é frequente vermos a música e, em concreto, o negócio da música, e ainda mais em concreto, o negócio dos festivais de música ser discutido em público, por entre apresentações ora profissionais, ora até mesmo científicas. No início da década passada, chegou a ser feita uma aposta tímida nos debates públicos, em grande parte incluída na programação de um festival urbano que ainda hoje se mantém (o SBSR), mas o interesse diminuiu desde lá para cá.

Mas as coisas parecem estar de novo a mudar. Saúde-se a organização do Keep It Simple, que levou ao Porto, no ano passado, um congresso científico sobre culturas underground e do-it-yourself. Vai repetir este ano, em julho, na FLUP. E, numa área mais generalista, e em Lisboa, saúde-se também a realização do Talkfest, que volta também este ano para uma segunda edição. E é já esta semana que acontece, com uma programação que se estende por seis áreas principais (conferências, concertos, documentários, seminários, prémios e apresentações profissionais e científicas) e que decorre entre o ISEG e o Musicbox. (A propósito, não deixo de ficar contente por ver dois dos meus mundos de interesses, a encontrarem-se: falar-se de música na minha escola.)

PROGRAMAÇÃO:

4 MARÇO (Quarta-Feira)

Auditório CGD, ISEG
>9h30-11h00 - PAPERS | FESTIVAIS MÚSICA
- Segmenting and Profiling the Portuguese Festival-Goers Through the Most Ancient Form of Music Retailing: The Music Festivals (2014) – Jaime Fonseca e Rosária Ramos (Docentes ISCSP)
- Intervenção em crise em ambientes recreativos : avaliação do processo e contributo para um modelo de intervenção suportado em evidência científica (2014) – Paula Frango (Sicad – Ministério da Saúde)
- Perfil festivaleiro e ambiente social festivais de música em Portugal (2014 – 2ª edição) – Ricardo Bramão (Talkfest)
>11h30-13h30 – CONFERÊNCIA | DEBATE
O USO DAS REDES SOCIAIS: aqui está o mundo num festival música!
>14h30-16h30 - CONFERÊNCIA | KEYNOTE SPEAKER INTERNACIONAL
Export music: trends in Europe. Are Music Festivals the best option to promote artists / bands?
Peter Smidt (fundador e diretor criativo do Eurosonic)
>17h00-19h00 - CONFERÊNCIA | DEBATE
INDIE MUSIC: (foi) a próxima grande cena? Novas bandas e novo público em permanente mutação nos festivais!

Auditório 2, ISEG
>15h00-17h00 – SEMINÁRIO
Financiamento europeu para a cultura by Europa Criativa
>17h00-19h00 - SEMINÁRIO
DJ/Producer – o Artista do futuro by ProDj
>19h45-00h00 - DOCUMENTÁRIOS
Message to love: The Isle of Wight Festival (127’’, 1997, UK)
Rock Rendez Vous: A revolução do Rock (60’’, 2015, PT) + Q&A com convidados

5 MARÇO (Quinta-Feira)

Auditório CGD, ISEG
>9h30-11h00 – CONFERÊNCIA | DEBATE
GESTÃO DO RISCO nos festivais de verão
>11h30-13h30 – CONFERÊNCIA | DEBATE
As MARCAS ditam tendências nos seus (e outros) festivais?
>14h30-16h30 - CONFERÊNCIA | DEBATE
HEADLINERS em festivais: existirão daqui a 5 anos?
>17h00-19h00 – CONFERÊNCIA | DEBATE
ENTRADA LIVRE vs. BILHETE PAGO – impacto no público, artistas e promotores
Auditório 2, ISEG
>14h00-17h45 – SEMINÁRIO
Eficiência energética em festivais by EE Music
>18H00-19h00 – SEMINÁRIO
Eficiência energética em Eventos da Indústria da Música (indoor, clubs, salas) by EE Music
>19h45-00h00 – DOCUMENTÁRIOS
Meio Metro de Pedra (68’’, 2011, PT)
Música em Pó (70’’, 2013, PT)
Uivo (91’’, 2014, PT) + Q&A com realizador: Eduardo Morais

6 MARÇO (Sexta-Feira)
Auditório CGD, ISEG
>9h30-11h00 – CONFERÊNCIA | KEYNOTE SPEAKER INTERNACIONAL
The Impact of Music Festivals in Europe
Darko Brlek (Presidente EFA – Associação Europeia de Festivais)
>11h30-13h00 – CONFERÊNCIA | KEYNOTE SPEAKER INTERNACIONAL
Festival Experience Design – Turning your festival into an unforgettable journey for guests
Joe Blackman (Diretor e fundador Collection 26)
>13h00-13h15 – PRÉMIO APORFEST’14 – ENTIDADE E PERSONALIDADE DO ANO
Entrega de prémios e homenagem aos vencedores
Auditório 2, ISEG
>PRO | APRESENTAÇÕES PROFISSIONAIS
14:30/15:30 Aporfest : Ação e missão
15:30/16:30 Eco-Kopo: Sustentabilidade ambiental: vai querê-la no seu festival!
17:00/18:00 IGAC – Inspeção Geral das Atividades Culturais: Perspetiva da Supervisão Setorial na área dos Espetáculos de Natureza Artística
18:00/19:00 MEF – Movimento Expressão Fotográfica: A formação em fotografia de espetáculo
Auditório 3, ISEG
>15h00-19h00 – SEMINÁRIO
Estratégia Digital vs. Festivais by EDIT
Musicbox
>22h00-01h30 – CONCERTOS
D’Alva
NBC
Thunder & CO.


Mais em talkfest.eu.

100 de 1973, n.º 93, Planxty (rep.)



THE WELL BELOW THE VALLEY
PLANXTY (Irlanda)
Edição original: Polydor
Produtor(es): Phil Coulter
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Segundo álbum para os Planxty. A estreia em discos, se esquecermos que os elementos dos Planxty já tocavam e gravavam juntos no projeto a solo de Christy Moore, deu-se também neste ano, com álbum homónimo, mas foi este "The Well Bellow the Valley" a afirmar-se como um clássico na música tradicional irlandesa.

domingo, 1 de março de 2015

100 de 1973, n.º 94, Ash Ra Tempel (rep.)



STARRING ROSI
ASH RA TEMPEL (Alemanha)
Edição original: Kosmische Musik Ohr
Produtor(es): Manuel Göttsching
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Os Ash Ra Tempel de Manuel Göttsching têm dois álbuns em 1973. "Join Inn" e este "Starring Rosi", assim chamado a partir de Rosi Müller, cuja voz se escuta ao longo do disco. Já sem a companhia dos outros fundadores Klaus Schulze e Hartmut Enke, que ainda haviam estado em "Join Inn", Göttsching toca quase todos os instrumentos, num exercício organizado de virtuosismo que quase parece uma aula, como ataca o texto do AMG (mas que, moderando, "se aguenta surpreendentemente bem").