segunda-feira, 29 de julho de 2013

Rescaldo mais ou menos nostálgico, rápido e pouco abrangente da edição n.º 15 do FMM

E lá chegou ao fim mais uma edição do Festival de Músicas do Mundo. Ao longo de semana e meia, houve mais de quarenta concertos no programa principal, dezenas de atividades paralelas (DJs, ateliês para crianças, dezenas de atuações de grupos da escola de música local, peças de teatro, conversas com escritores, etc.) e um aparentemente infindável número de acontecimentos ad hoc levados a cabo por gente que se deslocou a Sines para ver, ouvir e participar neste festival singular. Deixo aqui um pequeno rescaldo do que vi e ouvi, ciente de que muito ficará para dizer além destas linhas e de que outros terão muitas mais histórias para contar.


OS MELHORES ESPETÁCULOS

1. BASSEKOU KOUYATÉ & NGONI BA (castelo)
A forma como Bassekou Kouyaté toca o ngoni, a guitarra tradicional do Oeste africano, quase que dá para desconfiar. Ninguém pode tocar um instrumento assim, aparentemente limitado, aparentemente frágil, daquela maneira. Mas ele toca. Andaram o Georges Beauchamp e o Les Paul a criar as guitarras elétricas tal como as conhecemos para agora aparecer um tipo no palco do castelo (e, anos antes, no Centro de Artes) a tirar partido de um instrumento com quase sete séculos de idade e a fazer o mesmo que os maiores guitarristas da história do rock. Com uma banda feita a partir da família -- mulher, filhos e irmão, pelo menos -- põe rapidamente o público a dançar e a chegar àquele ponto de ebulição que poucos conseguem. E logo ao segundo concerto do festival.

2. SÍLVIA PÉREZ CRUZ (Centro de Artes)
A maior revelação do cartaz para quem escreve estas linhas, um tipo que agora se sente idiota e ignorante o suficiente por não a ter conhecido mais cedo. Sílvia Pérez Cruz é dona de uma voz ao mesmo tempo doce, ternurenta, mas também forte, interventiva e absolutamente segura, que usa o castelhano, o galego, o catalão e o português para arrebatar os corações do público. Esteve acompanhada por um guitarrista de trejeitos vanguardistas, indie para os dias que correm, adepto do ruído e dos pequenos pormenores, de vistas abertas e capacidades abrangentes (não estou a descrever o Marc Ribot, mas podia). Perto do fim, houve uma versão arrepiante de "Os Gallos", também conhecida por "Gallo Rojo, Gallo Negro", uma fábula anti-franquista. Alguém que disponibilize a gravação nos sítios do costume.

3. DAKHABRAKHA (castelo)
Se calhar, já podemos esquecer os Hedningarna ou as Värttinä ou outros grupos do Norte e Leste da Europa que nos anos 80 e 90 se destacavam no circuito de então, mais estreito e talvez menos global, da chamada world music. Os ucranianos DakhaBrakha, um homem e quatro mulheres, trouxeram a Sines a riqueza das harmonias vocais femininas, ora gentis, ora estridentes, amiúde contaminadas pela energia da dança dirigida tanto ao corpo como ao cérebro, sem nunca deixarem cair uma pinga do azeite aparente nesta fusão. Para muitos dos que me rodearam ao longo destes dias, terão sido mesmo a grande bomba do festival.

4. BARBEZ (castelo)
É, pessoalmente, uma sensação forte esta de ter um coletivo como os Barbez, da vanguarda nova-iorquina, num festival como este. Diz muito sobre o que é esta festa. Os Barbez, esses, dão-se também lindamente com esse espírito. Uma vez mais, trouxeram ao palco um arranjo caleidoscópico de frases médio-orientais, de folclore do leste da Europa, de drones (os musicais, não os dos EUA) e outros arrepiamentos rock, de canções de revolta como a magnífica versão de "Bella Ciao". Fizeram ainda encore com uma versão dos Residents (e parecia que não podia ser mais natural a invocação).



5. SHIBUSA SHIRAZU ORCHESTRA (castelo)
Mais de 30 japoneses em palco, uma orquestra psicadélica, um maestro que bebe cerveja e fuma, uma personagem na frente que parece o Kratos do God of War e outros mimos que lhe sucedem, duas bailarinas que passam o espetáculo inteiro a fazer coreografias com bananas de plástico, um tipo a pintar um dragão-largarto-golfinho numa tela branca que vai subindo com o andar da noite, uma medusa gigantesca que aparece mais para o fim e flutua sobre o castelo. É isto um teatro japonês, um noh, um kabuki? Se ignorarmos algumas pequenas incursões fáceis pelas ondas balcãs-ska, serão os Pink Floyd e os Gong de olhos rasgados a triparem numa comuna teatral? Incrível.



Outros espetáculos digníssimos de destaque: Hazmat Modine (dois Tom Waits em palco, um masculino e o outro feminino, é forte), Baloji (que animal de palco), Reijseger Fraanje Sylla (o Sylla é dono de uma voz incrível, que nem precisa de amplificação, como no começo do concerto, quando vagueou pela multidão, de garganta escancarada), JP Simões (a música é ótima, os interlúdios nunca falham), Jon Luz, Aline Frazão, Tcheka (quando é que explodes para o mundo?), Nathalie Natiembé, Carlos Bica trio "Azul" com Jim Black e Frank Möbus, Rokia Traoré, Asif Ali Khan & Party, Gaiteiros de Lisboa, Rachid Taha.

Ficaram por ver, por razões diferentes: O Carro de Fogo de Sei Miguel e Extremadura Territorio Flamenco (y que pena me da).


AS DESILUSÕES, COISAS MENOS BOAS OU ATÉ MISERÁVEIS (SEM QUALQUER ORDEM ESPECIAL)

Hassan el Gadiri & Trance Mission
Foram dois projetos completamente diferentes a tocar em simultâneo no mesmo palco, sem qualquer comunicação entre si, a não ser por intermédio de caras feias. Nos únicos momentos em que a coisa funcionava, os belgas reforçavam apenas o som dos marroquinos. Isso não é fusão.

Hermeto Pascoal
Estava a ser um planeta de outro sistema solar, mas, já mesmo perto do fim, Hermeto Pascoal deixou-se aproximar demasiado de um buraco negro. O percussionista Fábio Pascoal terá avisado o seu pai que não podiam tocar mais tempo, num ato que o próprio terá admitido depois ter sido resultante de uma falha de comunicação. Seja como for, em resposta à indicação, Hermeto pegou no microfone para deixar a plateia dividida com: "este festival é uma merda!" Banda saiu, banda voltou, Fábio pediu desculpa, Hermeto não, tocaram mais um tema e foram-se embora. Já poucos os aplaudiram. E já ninguém se deve lembrar da "Rua do Capelão" que ali foi tocada.

A autoridade
Nas minhas primeiras incursões ao FMM, trazia para contar aos amigos que ainda não haviam sido contaminados por este vírus de Sines, que uma das diferenças agradáveis do festival era não se ver ou, pelo menos, não se sentir a presença opressora de forças de autoridade ou de gorilas mal encarados e perigosos de empresas privadas de segurança. Muito mudou, contudo, nos últimos anos. Como em 2012, os espetadores com bilhete pago eram sempre vasculhados à entrada do castelo, o que também ajudava a criar filas maiores. Constou, porém, que a revista deixava de ser feita por altura das aberturas de portas ao público sem bilhete, por alturas da última banda do castelo. Claro, alguém chegou ao comentário "mas revistam os que pagam bilhete e que lá estão para ver o concerto, mas já não revistam quem poderá entrar depois só para armar confusão?"
Mais contundente foi o Carlos Guerreiro, dos Gaiteiros de Lisboa, que em palco, a propósito da canção "Avis Rara", usou do microfone para dizer algo que cito de memória, com naturais desvios de vocabulário, mas certeza na ideia: "Tinha 19 anos no 25 de abril. Não me lembro de, antes, ver forças policiais a revistarem a privacidade de quem se preparava para entrar em espetáculos."



Por este ano, acabou. Para o ano... tem que haver mais.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Rock'n'roll, imagem e liberdade



Qualquer dia, também hão de indicar aos críticos os adjetivos que podem e não podem usar.

Sines aproxima-se: Femi Kuti and the Positive Force



FEMI KUTI AND THE POSITIVE FORCE
Origem: Nigéria
Onde e quando: Castelo, dia 28 (sábado), 00h45

Coisas a saber:
1. Olufela Olufemi Anikulapo Kuti já passou a barreira dos 50 e continua a ser o príncipe regente do Afro Beat. No álbum lançado neste ano, "No Place for My Dream", o ritmo de Lagos, (re-)contaminado aqui e acolá por formas musicais de outras paragens, continua a ser veículo para mensagens políticas, palavras de liberdade, manifestações de protesto e empatia com os oprimidos.
2. Femi Kuti vai fechar o castelo nesta edição do FMM. Vai ter fogo de artifício, como manda a tradição e como já o havia feito em 2004. É por isso o primeiro artista a repetir a honra no festival (e o seu irmão Seun já o havia feito também em 2006).

No spotify: Femi Kuti

sábado, 13 de julho de 2013

Bana (1932-2013)

Vítima de doença prolongada, morreu esta noite Adriano Gonçalves, o grande embaixador das mornas e coladeras, que o mundo conheceu pelo nome de Bana.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O regresso dos Mler Ife Dada

A boa notícia é hoje trazida pelo Público: os Mler Ife Dada vão regressar aos palcos. O primeiro concerto será no CCB, em fevereiro do ano que vem, estando prometidas atuações pelo resto do país, em datas e locais a anunciar. Os bilhetes para o concerto do CCB serão postos à venda daqui a uma semana. Nesta nova fase, Nuno Rebelo e Anabela Duarte serão acompanhados por Francisco Rebelo, Filipe Valentim e Samuel Palitos, além de um trio de sopros e de um trio de cordas.

A propósito dos Dirtmusic

Uma versão à blues do deserto de... "All Tomorrow's Parties". Com ululação de Fadimata Walett Oumar, das Tartit. E os Tamikrest também andam por aqui.

Sines aproxima-se: Tamikrest



TAMIKREST
Origem: Povo Tuaregue-Tamashek / Mali
Onde e quando: Castelo, dia 28 (sábado), 21h45

Coisas a saber:
1. Os Tamikrest devem parte da sua carreira a três guitarristas mais ou menos lendários na cena independente ocidental, a saber, os australianos Chris Eckman (lembram-se dos Walkabouts?) e Hugo Race (um dos primeiros guitarristas dos Bad Seeds de Nick Cave) e o norte-americano Chris Brokaw (dos Codeine e dos Come), que juntos formam os DirtMusic, um grupo de guitarras fortemente influenciado pela música africana, em especial o chamado blues do Saara. Em 2008, estes foram tocar ao mítico Festival au Désert, no Mali. Ao longo de uma jam que se diz ter durado todos os três dias do festival, os DirtMusic ficaram amigos dos elementos dos Tamikrest, com o qual viriam a colaborar na gravação de um álbum, "BKO" (2010).
2. Com o apadrinhamento dos DirtMusic e da sua editora, a alemã Glitterhouse, os Tamikrest lançaram já dois álbuns, "Adagh" (2010) e "Toumastin" (2011), estando para breve a saída de "Chatma".
3. Tal como os seus conterrâneos Tinariwen, os Tamikrest também preferem hoje as guitarras elétricas às kalashnikovs. Começaram, na sua juventude, por tocar as canções tradicionais tuaregues ou os temas revolucionários dos Tinariwen. Mais tarde, chegaram as cassettes (Jimi Hendrix, Mark Knopfler, Pink Floyd ou Bob Marley) e a internet, que vieram a influenciar o som dos Tamikrest. O antigo manager dos Tinariwen, Andrew Morgan, chamou-lhes o "futuro definitivo da música tuaregue".

No spotify: Tamikrest

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sines aproxima-se: Rachid Taha



RACHID TAHA
Origem: Argélia
Onde e quando: Castelo, dia 26 (sexta-feira), 23h15

Coisas a saber:
1. Rachid Taha, o filho punk da música raï, volta a Sines depois de por ali ter passado em 2007, numa prestação que qualquer crítico de rock apelidaria de diabólica.
2. A influência árabe continua a ser rainha na música de Taha, mas "Zoom", o nono e mais recente disco, mostra o artista de 54 anos mais próximo de ícones da música norte americana, como Cash ou Elvis, de géneros de fronteira como aqueles que tornaram os Calexico conhecidos, como se o Novo México ficasse ali mesmo ao lado da Algéria. Nele podemos escutar uma versão magnífica de "Now or Never" (ou do "O Sole Mio", na verdade) e colaborações com Mick Jones (Clash) ou Brian Eno, esta última na regravação de um clássico anti-racista de Taha, "Voilà Voilà" (há ainda uma versão especial do tema em que participam Cantona e Femi Kuti, entre outros).

No spotify: Rachid Taha

Sines aproxima-se: Trilok Gurtu & Tigran Hamasyan



TRILOK GURTU & TIGRAN HAMASYAN
Origem: Índia / Arménia
Onde e quando: Castelo, dia 26 (sexta-feira), 21h45

Coisas a saber:
1. Trilok Gurtu devia dispensar apresentações. É o homem que neste planeta mais bem consegue trabalhar o ritmo e as suas atuações são explosivas, como foram as de 2006 (13º na minha lista de melhores concertos da década passada) e 2007, no mesmo palco que vai agora pisar.
2. O pianista arménio Tigran Hamasyan tem apenas 24 anos e é tido como um prodígio no jazz, onde no qual frequentemente incorpora os modos e escalas que conhecemos da Arménia e do Médio Oriente (e bem sabemos que isso só pode ser bom).

No spotify: Trilok Gurtu / Tigran Hamasyan

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sines aproxima-se: Gaiteiros de Lisboa



GAITEIROS DE LISBOA
Origem: Portugal
Onde e quando: Castelo, dia 26 (sexta-feira), 18h30

Coisas a saber:
1. Entre as muitas certezas inatacáveis da história recente da música popular portuguesa, há a que assegura que os Gaiteiros de Lisboa foram, são e, provavelmente, em maior ou menor grau de atividade, um dos projetos mais interessantes, mais inventivos e mais inteligentes.
2. Passaram pelo FMM em 2006 (na verdade, devíamos ter direito a vê-los todos os anos) para um concerto estrondoso, como costumam ser, aliás, as suas atuações.
3. A atividade do grupo tem sido menos intensa do que aquela que conheceram no final dos anos 90 e início do milénio. Ainda assim, lançaram um magnífico álbum no ano passado, "Avis Rara", com a participação de convidados como Sérgio Godinho, Zeca Medeiros, Adiafa e Ana Bacalhau e com edição d'Orfeu, o qual deverá preencher boa parte do alinhamento da atuação no FMM.

No spotify: Gaiteiros de Lisboa

Err... O Tom Zé está por cá

Um tipo ausenta-se por uns dias e nem se apercebe que uma das maiores lendas vivas da música brasileira está por cá. Na verdade, tal ausência breve não serve sequer de desculpa. Culpemos antes a completa falta de atenção deste que assina para as duas datas de Tom Zé em Portugal, que já devem estar programadas e anunciadas há tempo mais do que suficiente para que esta nota venha assim apenas agora. É que a primeira dessas datas é já HOJE, NO TEATRO VIRIATO, EM VISEU. A outra é na sexta-feira, no Centro Cultural Vila Flor, de Guimarães.
(Mais vale tarde do que nunca, assim se diz.)

10 de julho, 21h30 - Teatro Viriato
Bilhetes entre 7,5 e 15 euros

12 de julho, 22h00 - Centro Cultural Vila Flor
Bilhetes entre 7,5 e 15 euros

Sines aproxima-se: Ondatrópica



ONDATRÓPICA
Origem: Colômbia / Inglaterra
Onde e quando: Palco da praia, dia 25 (quinta-feira), 02h45

Coisas a saber:
1. A Ondatrópica é o resultado da união de esforços entre a banda colombiana Frente Cumbiero, liderada pelo músico, DJ e professor universitário Mario Galeano, e o produtor inglês Will Holland, que a maior parte das pessoas conhecem pelo nome de Quantic.
2. É justamente a estes dois homens que devemos o ressurgimento da cumbia colombiana no mercado europeu.
3. O disco gravado pelo projeto e editado pela "retro-vanguardista" Soundway, teve a participação de 42 músicos colombianos. A versão ao vivo que vem a Sines conta com cerca de uma dezena em palco.

No spotify: Ondatrópica

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sines aproxima-se: Asif Ali Khan & Party



ASIF ALI KHAN & PARTY
Origem: Paquistão
Onde e quando: Castelo, dia 25 (quinta-feira), 00h45

Coisas a saber:
1. Volta e meia, o FMM é vítima da burocracia dos vistos. Toc toc toc. No FMM 2008, aconteceu a Asif Ali Khan. Em boa hora, foi substituído pelo também paquistanês Faiz Ali Faiz, que manteve a música qawwali no cartaz dessa edição, com uma atuação magnífica. Desta vez, vamos mesmo (toc toc toc) ter o príncipe da qawwali (o título de rei, ou "Shahenshah-e-Qawwali", ficará para sempre atribuído a Nusrat Fateh Ali Khan, de quem Asif foi aliás discípulo).
2. A qawwali é uma forma de música espiritual dos sufistas (corrente mística muçulmana). Já tem mais de sete séculos e pode ser encontrada em regiões do Norte da Índia, no Paquistão ou no Bangladesh. É reconhecida nas vozes ricas, ora meditativas, ora projetadas de garganta escancarada, apoiando-se sobre e sendo elas próprias motores de um ritmo que frequentemente sobe em intensidade a níveis que arrebatam as plateias. Ninguém consegue ficar indiferente ao chamamento do grupo de oito ou nove homens ("party"), incluindo o cantor principal, com vozes, palmas e o som dos harmónios e das percussões.

No youtube: Asif Ali Khan & Party

Sines aproxima-se: Rokia Traoré



ROKIA TRAORÉ
Origem: Mali
Onde e quando: Castelo, dia 25 (quinta-feira), 23h15

Coisas a saber:
1. A miúda mais querida do FMM já passou duas vezes pelo festival, em 2004 e 2008. No ano passado, esteve também na Gulbenkian. Em 2009 passou pela Casa da Música e pelo Lux.
2. Tem álbum novo. Chama-se "Beautiful Africa" e foi produzido por John Parish, que conhecemos das colaborações habituais com PJ Harvey. Anda a ser corrido a cinco estrelas por todo lado (e dificilmente podia ser de outra forma). Tuit Tuit!

No spotify: Rokia Traoré

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Sines aproxima-se: Carlos Bica “Azul”



CARLOS BICA "AZUL", com FRANK MÖBUS e JIM BLACK
Origem: Portugal / Alemanha / EUA
Onde e quando: Castelo, dia 25 (quinta-feira), 21h45

Coisas a saber:
1. O trio "Azul" já passou pelo FMM, em 2007. Na altura, chamei à atuação, que contou ainda com o DJ Ill Vibe, um "festival de fronteiras abertas". Concerto magnífico.

No spotify: Carlos Bica "Azul"

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O cartaz do Milhões

Está fechado o cartaz do Milhões de Festa. Ao longo de quatro dias, de 25 a 28 deste mês, mais de 60 bandas e DJs vão pisar os quatro palcos do festival, que terá lugar uma vez mais no Parque Fluvial de Barcelos. Os passes custam, para já, 45 euros, passando a 52 a partir de dia 12 e a 60 a partir de dia 16. Os bilhetes diários custam 25 euros, até dia 15, passando a 30 nos dias posteriores. Mais informação em: 2013.milhoesdefesta.com.

Dia 25 (quinta-feira)

SPACIN'
HOLOCAUSTO CANIBAL
KILLING FROST
SABRE
CANZANA
PHASE
CANGARRA
CANZANA + CANGARRA
CLAIANA
DJ QUESADILLA + PEDRO BEÇA + DJ LYNCE + TOFU
TAMAR APHEK

Dia 26 (sexta-feira)

AUSTRA
MIKAL CRONIN
JACCO GARDNER
UFOMAMMUT
CAMERA
BLACK BOMBAIM + LA LA LA RESSONANCE
OTTO VAN SCHIRACH
PAIR
WHITE HAUS (DJ set)
MR. MIYAGI
ADORNO
YONATAN + IGOR
QUELLE DEAD GAZELLE
JUBA
PAPAYA
DUASSEMICOLCHEIASINVERTIDAS
VAI-TE FODER
DAM MANTLE

Dia 27 (sábado)

EGYPTIAN HIP HOP
EYEHATEGOD
ZA!
OCTA PUSH
LOOSERS
PROCESS OF GUILT
DAM MANTLE (DJ set)
DJ MARFOX
HHY & THE MACUMBAS
CUZO
BESTA
10 000 RUSSOS
SLIMCUTZ + SUPA + J-K (MONSTER JINX DJ SET)
PERRO PELIGRO
SURYA EXP DUO
DREAMWEAPON
THE QUARTET OF WOAH

Dia 28 (domingo)

BIAROOZ
ORANGE GOBLIN
DIRTY BEACHES
MYKKI BLANCO
ZOMBIE ZOMBIE
JIBÓIA EXPERIENCE
RIDING PÂNICO
SIESTA
EL G
LONG WAY TO ALASKA
THE PARTISAN SEED
TORTO
MALCRIADA
SEQUIN
EVOLS
WASTE
DJ QUESADILLA + PEDRO BEÇA + DJ LYNCE + TOFU

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sines aproxima-se: Mari Kvien Brunvoll



MARI KVIEN BRUNVOLL
Origem: Noruega
Onde e quando: Centro de Artes de Sines, dia 22 (segunda-feira), 23h00

Coisas a saber:
1. Tem apenas 29 anos e já faz tudo sozinha.
2. Se querem ver alguém a fazer bom uso de loops, como poucos conseguem, este é o vosso concerto. Ritmo vocal, vozes múltiplas em harmonia e tudo o mais vão progressivamente enchendo o palco onde Mari Kvien Brunvoll se senta.
3. Se a Björk tivesse aparecido nos tempos que correm, talvez fosse assim.
4. Perfeito para os dias de maior calma do FMM, no CAS.

No youtube: Mari Kvien Brunvoll

Sines aproxima-se: Batida



BATIDA
Origem: Portugal / Angola
Onde e quando: Castelo, dia 20 (sábado), 02h00

Coisas a saber:
1. Estiveram no encerramento do FMM 2010.
2. No ano passado, assinaram pela Soundway, que os tem levado por esse mundo fora. Lançou uma nova versão do álbum de estreia e prepara-se para a edição do segundo disco em 2013.
3. "Alegria", o tema mais forte do álbum de estreia, é banda sonora habitual nos intervalos entre bandas do FMM das últimas edições. Vão jogar em casa.

No spotify: Batida (por erro, o Spotify considera discos dos anos 80 de um velho grupo neerlandês com o mesmo nome)

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sines aproxima-se: Hermeto Pascoal



HERMETO PASCOAL
Origem: Brasil
Onde e quando: Castelo, dia 20 (sábado), 00h30

Coisas a saber:
1. Passou recentemente pelo FMM (2005) e por vários concelhos do distrito de Aveiro, no Festim (2009).
2. Dois álbuns históricos: "A Música Livre de Hermeto Pascoal" (1973) e "Slaves Mass" (1977).
3. Provavelmente, o maior músico e compositor, nas mais completas definições dos termos, que o Brasil viu nascer.

No spotify: Hermeto Pascoal

Voltam os fins de tarde ao Museu do Chiado

A Filho Único volta a animar os finais de tarde no Museu do Chiado. Este ano, os concertos acontecem todas as sextas-feiras dos meses de julho e agosto, sempre às 19h30 e com entrada livre:

5 de julho - LULA PENA
12 de julho - CARLOS ZÍNGARO + CARLOS SANTOS
19 de julho - ALDINA DUARTE
26 de julho - J. BRAIMA GALISSÁ
2 de agosto - MANUEL MOTA + AFONSO SIMÕES
9 de agosto - GUILHERME DA LUZ
16 de agosto - TÓ TRIPS
23 de agosto - MÛ
30 de agosto - JP SIMÕES

Sines aproxima-se: Dakhabrakha / ДахаБраха



DAKHABRAKHA / ДАХАБРАХА
Origem: Ucrânia
Onde e quando: Castelo, dia 20 (sábado), 23h00

Coisas a saber:
1. Imperdível para quem aprecie harmonias vocais do norte e do leste da Europa.
2. Vêm da escola performativa: formaram-se em 2004 no Dakh Theatre de Kiev.
3. Em eslavo antigo, "Даха" significa "dar", "Браха" significa "receber" ou "benção".

No youtube: Dakhabrakha / ДахаБраха

Pixies em novembro

22 anos e alguns meses depois, os Pixies vão regressar ao Coliseu dos Recreios. Será no dia 11 de novembro deste ano, conforme se anuncia no site oficial.