quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Covers famosas #2: (I Can't Get No) Satisfaction

Autores: Keith Richards e Mick Jagger (Rolling Stones)
Ano: 1965 (7")
Versões-chave: Devo, The Residents, Otis Redding, ...

Algumas centenas de grupos e artistas registaram, ao longo dos últimos quarenta anos, inúmeras versões daquele que foi o primeiro single dos Stones a chegar ao topo da tabela norte-americana de vendas. Dos Devo ao Residents, de Bruce Springsteen a José Feliciano, de Samantha Fox a Britney Spears, dos Beach Boys aos Television, meio mundo gravou ou tocou "Satisfaction" ao vivo. Curiosamente, tratava-se de um single -- incluído álbum "Out of Our Heads" (1965) -- em relação ao qual Keith Richards terá levantado obstáculos. Imaginava ele que toda a gente iria notar que aquele seu riff de abertura era copiado de "Dancing in the Street", de Martha & The Vandella, o que até nem é tanto o caso.

Provavelmente, a mais bem conseguida dessas versões coube aos Devo, que a apresentaram logo ao primeiro álbum, "Q: Are We Not Men? A: We Are Devo!" (1978). Aquela esquisita re-montagem da canção ficaria na história do grupo como mais um tema do reportório, algo que o álbum ao vivo "Now It Can Be Told" (1988) testemunharia dez anos depois.

Charadas #66

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Mão Morta incansáveis

As "Sessões de Outono", a digressão que os Mão Morta vão andar a fazer por diversos bares e espaços similares ao longo dos próximos três meses, aumenta de dia para dia. Há duas novas datas a acrescentar àquelas que já aqui foram divulgadas, aumentando assim para quinze o número de espectáculos que vão acontecer:

30 de Outubro - Corroios, Mostra de Vídeo Arte Intervenção 04
6 de Novembro - Viana do Castelo, Ministrus

Charadas #65

terça-feira, 28 de setembro de 2004

Mojo a dois tons

Vinte e cinco anos depois da edição do primeiro álbum dos Specials, a revista Mojo dedica mais um número das suas edições especiais ao fenómeno revivalista do ska em Inglaterra. Ao longo de quase cento e cinquenta páginas, os redactores contam toda a história do ska inglês e do posterior movimento 2-Tone desde o momento em que o migrante jamaicano Duke Vinn montou o primeiro sound system de Inglaterra. Há muito que ler sobre os Specials, os Madness, os The Beat e muitas outras bandas que fizeram o fenómeno, com relatos da altura, entrevistas actuais, selecções de canções, de covers, da moda 2-Tone, etc. É imperdível, apesar do seu preço (12 euros, na Tema do Xenon)!

Covers famosas #1: Louie Louie

Autor: Richard Berry (Pharoahs)
Ano: 1957 (primeira edição: lado B do single "You Are My Sunshine", Flip Records)
Versões-chave: Rockin' Robin Roberts & The Wailers, The Kingsmen, Black Flag.

Nada melhor para começar esta rubrica do que um tema -- "Louie Louie" (ler "loui luai") -- que ao longo dos últimos quarenta anos foi tocado por quase toda a gente, tornando-se, sem margem para grandes dúvidas, na maior cover de sempre da história do rock. Nem "Yesterday", dos Beatles, lá chegará. O All Music Guide indica perto de quinhentas versões gravadas, mas é sobretudo ao vivo, nomeadamente no encerramento dos espectáculos, que "Louie Louie" encontra o seu habitat.

Richard Berry escreve "Louie Louie" em 1956. Inicialmente, o tema tinha contornos latinos, especialmente influenciados pelo calypso que Berry ouvia de Rick Rillera & The Rhythm Rockers, outro dos grupos onde trabalhava. Seriam os Wailers de Rockin' Robin Roberts, tida hoje como a primeira banda americana de rock de garagem (não confundir com os Wailers jamaicanos), a dar o cunho rock'n'roll a "Louie Louie". Estavamos em 1961, e outras bandas, como os Sonics ou os Ventures, iam também passar a utilizá-la nos seus reportórios. Além de se tornar um hábito nos concertos das bandas californianas, há também quem as grave em estúdio. Uma dessas primeiras versões de estúdio, a dos Kingsmen, chegou ao segundo lugar do Billboard. Reza a lenda que as condições de gravação terão sido tão más que a voz ficou imperceptível, levando a que, nos meios juvenis, o tema fosse ganhando letras alternativas. Rapidamente a canção se tornou conhecida por toda a América. Por queixas dos pais, que achavam que a letra continha obscenidades, até o FBI de Edgar J. Hoover entrou em cena, investigando a gravação, para chegar à conclusão de que não se conseguia realmente entender nada do que era cantado. Veja-se a letra original de Berry e uma das versões alternativas, das que transmitidas de boca em boca pelos miúdos:

Louie, Louie,
me gotta go.
Louie, Louie,
me gotta go.
A fine little girl, she wait for me;
me catch a ship across the sea.
I sailed the ship all alone;
I never think I'll make it home

Three nights and days we sailed the sea;
me think of girl constantly.
On the ship, I dream she there;
I smell the rose in her hair.

Me see Jamaica moon above;
It won't be long me see me love.
Me take her in my arms and then
I tell her I never leave again.
Louie, Louie,
grab her way down low.
Louie, Louie,
grab her way down low.
A fine little bitch, she waits for me;
she gets her kicks on top of me.
Each night I take her out all alone;
she ain't the kind I lay at home

Each night at ten, I lay her again;
I fuck my girl all kinds of ways.
And on that chair, I lay her there;
I felt my boner in her hair.

If she's got a rag on, I'll move above;
It won't be long, she'll slip it off.
I'll take her in my arms again;
tell her I'd rather lay her again.


A história de "Louie Louie" prossegue com bandas de todo o mundo a elegerem-na para o encerramento dos seus espectáculos (haverá melhor maneira de uma banda despedir-se da sua audiência do que o verso histórico "Louie, Louie, me gotta go"?). Em 1983, a Rhino edita uma colectânea de versões da canção. Uma rádio americana dedica-lhe um programa com a duração de 63 horas, onde mais de 800 versões são escutadas. Richard Berry morreu em Janeiro de 1997, mas o seu legado mais importante continua bem vivo, nos palcos de todo o mundo.

Há muitos locais na web que se debruçam sobre o tema. Uma parte desta informação foi recolhida aqui. Espreitem a secção discografia.

Charadas #64

Coisas-rock que irritam #14

A LENTIDÃO DO NOVO ALLMUSIC.COM. NÃO HÁ PACIÊNCIA.

segunda-feira, 27 de setembro de 2004

The largest celebration of Portuguese music outside of Portugal itself

Enquanto por cá nos ficamos pelo eterno pranto, lá fora a música portuguesa é motivo de celebração. Pelo quarto ano consecutivo, a secção britânica da Fundação Calouste Gulbenkian organiza, pelas mãos de Miguel Santos, ex-músico, ex-jornalista, e, claro, ex-carpideiro, mais uma edição do Atlantic Waves (ver site oficial). Os londrinos estão a ter a oportunidade de, nalgumas das melhores salas da sua cidade, conhecer, melhor que os próprios portugueses, algumas das mais interessantes propostas nacionais. Já começou no passado dia 23, com o fado de Cristina Branco, e prossegue até dia 7 de Dezembro, num ciclo que se fecha novamente com o fado, neste caso de Ana Sofia Varela e Carla Pires. Mas se é o fado que assume natural destaque e, eventualmente, maior interesse por parte dos "bifes", o Atlantic Waves leva também até Londres a pop/rock (The Gift, Dezperados e Loosers), a electrónica (Paulo Raposo), a contemporânea (Orchestrutopica), a improvisada (Telectu e Carlos Zíngaro) e a tradicional (O Ó que Som Tem? e Danças Ocultas). Eu disse que era uma celebração da música portuguesa.

Paralelamente ao festival, a organização produziu ainda, uma vez mais, a compilação "Exploratory Music from Portugal", que é distribuída juntamente com a revista The Wire, chegando a melómanos espalhados por todos os cantos do mundo, e oferecida nos concertos do festival.

1. Rui Júnior & O Ó que Som Tem? "Nortada + O Malhão"
2. Galandum Galundaina "Passeado"
3. Danças Ocultas "Alchimie"
4. Cristina Branco "Green God"
5. Ana Sofia Varela "Vivendo sem Mim"
6. Carla Pires "Fado das Sardinheiras"
7. The Gift "Question of Love"
8. Miguel Graça "Cosmopolis"
9. Fat Freddy "Frenesim de Canibalismo Ritual"
10. Carlos Zíngaro "Outsiders"
11. Telectu "Kraula Alviazul II"
12. Autodigest "Karaoke Night in Laptopland"
13. Maria Castro "Postglacial Rebound"
14. Pedro M. Rocha "Quarteto"
15. Orchestrutopica "Imaginary Dancescape, a Melodrumming after Cocteau"
16. TGB "Só"

Parabéns, Miguel Santos.

The Wire #248

Zeena Parkins e Ikue Mori, que trabalharam as duas pela primeira vez para um disco agora editado pela Mego, fazem a capa da Wire de Outubro. Lá dentro, há artigos de fundo sobre Juana Molina, Comets on Fire, Henry Flynt e Mats Gustafsson, entre outros. Jennifer Herrema, ex-Royal Trux, é a vítima da Invisible Jukebox e a rubrica bi-mensal The Primer é dedicada à "psychedelic soul", isto é, às "colisões entre o rock hippie e a música negra nos anos sessenta". Um ano depois, a revista volta a estar acompanhada por um CD de música portuguesa, "Exploratory Music from Portugal 04", uma compilação criada para assinalar mais uma edição do festival Atlantic Waves, que Miguel Santos, da Fundação Calouste Gulbenkian, tem vindo a organizar, nos anos mais recentes, em Londres. Mais informação a respeito deste "Exploratory Music from Portugal 04" em breve.

Mais uma para o aniversário da ZDBmüsique

Depois de Kid606 ser anunciado como um dos nomes que estará no ciclo de concertos comemorativos dos dez anos de música ao vivo na Galeria Zé dos Bois, vê-se agora também confirmada a vinda, a 22 de Outubro, dos norte-americanos Gang Gang Dance, com a primeira parte do "imigrante" Panda Bear, que assim vai regressar àquela sala.

Charadas #63

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sexta-feira, 24 de setembro de 2004

Lydia Lunch: aviso

De acordo com a afluência à Galeria ZDB, no sábado, para o espectáculo de Lydia Lunch, é possível que haja duas sessões para públicos diferentes nessa mesma noite. Por tal razão, o espectáculo (o primeiro ou o único, conforme as situações) deverá mesmo começar às 22h.

Em prol do tinittus (*)

OVO na ZDB
(ontem)

Dir-se-á, em determinado contexto, que Stefania Pedretti não distingue um Fa de um Re. A mascarada arrepia a sua stratocaster como Blixa Bargeld ou como dezenas de guitarristas nova-iorquinos da chamada no wave e arranca do objecto padrões de ruído que constituem a face mais livre dos OVO. O mesmo se passa quando pega num arco de violino para friccionar os seus longos dreadlocks ou retira do próprio rabeco sons próximos daquele que faz uma unha a raspar um quadro de ardósia ou ainda quando berra para o microfone como um qualquer vocalista de death metal. A seu lado, é o baterista Bruno Dorella, também ele devidamente mascarado, que sustenta tão extravagantes devaneios sónicos. Mas, alto lá, pois ainda que Bruno desenvolva outros projectos em áreas mais eruditas -- ligadas à música contemporânea de câmara, estando mesmo a pensar vir a trabalhar com a sua irmã, uma das mais famosas bailarinas clássicas de Itália -- ele não é a face convencional e formal dos OVO. Para começar, o seu kit de bateria é constituido unicamente por um timbalão de chão, uma tarola e um prato. Nada de pedais. Mas isso é suficiente para lhe permitir desenhar sequências rítmicas de reminiscência industrial. E quando se esgota a experiência na "bateria", Bruno interage com o meio-ambiente que o rodeia (atira pratos para o vidro da ZDB e deambula pela sala à procura de tudo que possa ser percutido, sem perder uma única vez a noção do ritmo). Ou então, evoca os Neubauten quando percute as cordas de um baixo cheio de efeitos que se encontra espojado no chão do palco. Stefania pensará talvez que arpeggio é o nome de um primo afastado, mas ela e Bruno, o ruído e a percussão em aceso ritual de acasalamento, conseguem demonstrar que há vida inteligente para lá dos planetas rock que o senso comum conhece. Talvez por isso fossem tantas os olhos esbugalhados que se encostavam, do lado de fora, às vitrinas da ZDB. Maria, anda ver estes extra-terrestres!
Depois dos Zu, padrinhos espirituais dos OVO, tal como Bruno referia após o concerto, terem ali dado naquele mesmo espaço um dos melhores concertos deste ano, a ideia que fica é que há, para os lados de Milão, um filão a pesquisar com atenção...
(8/10)

(a não perder hoje, no Porto, com os Mécanosphère a ajudarem também à festa.)

(*) o fenómeno do zumbido nos ouvidos, conhecido por todos os "concert-goers".

De onde raio é que vem o nome? #24: Rongwrong

Os Rongwrong, uma das mais interessantes bandas da chamada movida bracarense dos anos 80 e vencedora do 3º Concurso de Música Moderna Portuguesa do Rock Rendez-Vous, foram buscar o seu nome a uma revista editada pelo artista surrealista Marcel Duchamp na altura em que este vivia em Nova Iorque. Também a movida de Braga reclamava descendências estéticas e políticas dos dadaístas e surrealistas, particularmente em projectos multidisciplinares como os Auaufeiomau ou como, depois, os Mão Morta e os Rongwrong.

De onde raio é que vem o nome? #23: Cabaret Voltaire

Cabaret Voltaire era o nome de um café/cabaret histórico de Zurique, na Suíça, onde decorriam os encontros e manifestações artísticas dos dadaístas do início do século passado, como os poetas Hugo Ball (fundador do cabaret e inventor da palavra "dadá") ou Tristan Tzara. Muitos anos depois, os ingleses Stephen Mallinder, Chris Watson e Richard H. Kirk, adoptariam o nome para o seu projecto, cujas primeiras performances eram influenciadas em larga medida pelos surrealistas e dadás.

Charadas #62


quinta-feira, 23 de setembro de 2004

OVO


Dois italianos, Bruno Dorella e Stefania Pedretti, dão corpo a uma das mais interessantes extravagâncias rock vindas de Itália. Tal como os seus conterrâneos Zu, os OVO têm uma fixação doentia por tocar, tocar, tocar. Tocar em tudo o que é sítio, não importa as condições que existam. O que importa é subir a um palco (se houver), expor(-se) e, como diria Damo Suzuki, tirar proveito daquele binómio espaço-tempo único que é partilhado por banda e público, sem grandes espécies de constragimentos. Free rock? No Wave? New Weird... Italia?
Não percam, hoje (Lisboa, ZDB) e amanhã (Porto, Maus Hábitos). A ouvir também, com atenção, "Cicatrici", o segundo álbum do duo, editado este ano.

Charadas #61

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

Elysian Fields no Santiago

Dia 30 de Outubro, no Santiago Alquimista, em Lisboa.

Charadas #60

Cartazes #3




Mão Morta: Sessões de Outono com 13 datas

E uma delas acontece no Santiago Alquimista, a 2 de Dezembro, naquela que será a primeira apresentação do grupo ao público lisboeta após a saída de "Nus", antecipando-se assim à outra data já marcada para a capital (15 de Janeiro - Forum Lisboa). A programação anteriormente avançada foi alvo de algumas correcções, pelo que aqui fica a lista actual da digressão "Sessões de Outono", especialmente dedicada ao circuito de bares:

- 1 Out. - Coimbra - Le Son
- 7 Out. - Porto - O Meu Mercedes É Maior Que o Teu
- 8 Out. - Porto - O Meu Mercedes É Maior Que o Teu
- 9 Out. - Braga - Insólito
- 15 Out. - Alcobaça - Clinic
- 16 Out. - Alenquer - Rock House Café
- 5 Nov. - Amares - Lagar's
- 12 Nov. - Albergaria-A-Velha - Colinas Bar
- 19 Nov. - Évora - Fest. FIKE
- 20 Nov. - Leiria - Fade In
- 2 Dez. - Lisboa - Santiago Alquimista
- 3 Dez. - V. N. Gaia - Hard Club
- 4 Dez. - Amares - Country Club

Fahrenheit 9/11: as bandas sonoras

Dia 5 de Outubro, dia do lançamento do DVD de "Fahrenheit 9/11", é também dia de lançamento de duas compilações relacionadas com o documentário de Michael Moore. A primeira, a banda sonora oficial, com os temas de R.E.M. e Neil Young (é ou não é emocionante ouvir aquele "Keep on Rockin' in a Free World" no fim do filme?) e outros. A segunda compilação reúne temas que serviram, segundo Moore, de motivação para ele e para a sua equipa trabalharem no filme. Eis os alinhamentos:

"Fahrenheit 9/11 Soundtrack"

1. The Un-President
2. The Go-Gos - Vacation
3. Bush Waits...And Waits
4. Paavo Jarvi/Estonian National Symphony Orchestra - Cantus in Memory of
Benjamin Britten, for String Orchestra and Bell
5. Eric Burdon - We Gotta Get Out of this Place
6. Weapons of Deceit
7. Deserter
8. J.J. Cale - Cocaine
9. R.E.M. - Shiny Happy People
10. Elmer Bernstein - Magnificent Sevent Theme
11. Afghan Victory Dance
12. Bloodhound Gang - Fire Water Burn
13. Joey Scarbury - Theme from "Greatest American Hero"
14. Jethro Tull - Aqualung
15. All They Ask
16. Neil Young - Rockin' In the Free World

"Songs And Artists That Inspired Fahrenheit 9/11"

1. Little Steven & the Disciples of Soul - I Am A Patriot
2. Bruce Springsteen - Chimes Of Freedom (Live)
3. With God On Our Side - Bob Dylan
4. Zack de la Rocha - We Want It All
5. System of a Down - Boom!
6. The Nightwatchmen - No One Left
7. Pearl jam - Masters Of War (Live)
8. Dixie Chicks - Travelin' Soldier
9. John Fogerty - Fortunate Son (Live)
10. The Clash - Know Your Rights
11. Steve Earle - The Revolution Starts Now
12. Black Eyed Peas - Where Is The Love?
13. Nanci Griffith - Good Night, New York (Live)
14. Jeff Buckley - Hallelujah

Este segundo disco é uma autêntica bomba...

Beastie Boys em digressão europeia

Os Beastie Boys vêm à Europa, em Dezembro, mas tirem o cavalinho da chuva, porque não há Portugal na lista, nem deverá vir a haver...
6 - Manchester
7 - Londres
9 - Berlim
11 - Bruxelas
13 - Düsseldorf
14 - Amesterdão
16 - Munique
17 - Basel (Suíça)
18 - Milão (fim da digressão)

Telenovelas killed the video star

Depois dos Toranja, é a vez dos Plaza a fazerem co-branding da sua música com uma telenovela.
Se tocas umas coisas larocas com uns amigos, se até gostavas que mais gente -- para além dos vizinhos da garagem onde ensaias e dos amigos que vão aos teus concertos -- te conhecesse, esquece os concertos (onde?), esquece a rádio (ela não existe mesmo), esquece os videoclips. Manda a tua música para uma produtora de novelas e reza. Pode ser que amanhã sejas o número um do top.

terça-feira, 21 de setembro de 2004

Charadas #59 (6ª parte - A Revelação)

Andamos desde quinta-feira nisto. Até agora, ninguém encontrou a solução que aquelas duas imagens escondiam. É, enfim, chegado o momento de revelar a resposta certa:

CHEMICAL BROTHERS

E porquê? É justamente nisso que vai consistir a charada a partir de agora. Já que ninguém acertou na resposta, ao menos que haja quem consiga justificar devidamente esta solução. Um ponto para quem acertar.

As imagens eram:

Charadas #59 (5ª parte)

E continuamos na mesma. Já ultrapassámos largamente o milhar de comentários e, entre as centenas e centenas de palpites que foram dados, ainda ninguém acertou, nem por mero acaso, na resposta que se pretende. Eis de novo as imagens:

[IMAGENS REMOVIDAS - VER 6ª PARTE / CAPÍTULO DA REVELAÇÃO]

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

DJ Spooky + Dave Lombardo = ...

...DRUMS OF DEATH!

Assim se vai chamar o projecto que reunirá dois virtuosos máximos dos pratos -- DJ Spooky -- e da bateria -- Dave Lombardo (ex-Slayer, ex-Testament). A incrível parelha, à qual se junta o guitarrista Vernon Reid (Living Colour) e o artífice sónico Jack Dangers (Meat Beat Manifesto), está já em estúdio, segundo dá conta hoje o pitchforkmedia.com, prevendo-se que saia qualquer coisa cá para fora no início do próximo ano.

Charadas #59 (4ª parte)

E assim continuamos à espera de um Godot que teima em não aparecer. Será que é ele que vem ali ao fundo? Dezenas e dezenas de pessoas pensaram ter visto Godot, mas enganaram-se. Proporcionemo-lhes uma melhor visão do horizonte. Talvez agora possam vê-lo.

[IMAGENS RETIRADAS -- CONTINUA NA PARTE Nº5]

(nota: estamos muito perto do milhar de comentários... o recorde anterior era de pouco mais de cem comentários...!)

domingo, 19 de setembro de 2004

Digressão Radon por Portugal

O colectivo internacional Radon, que reúne à sua volta nomes como os de Scott "Sikhara" Nydegger, Steve McKay, Mécanosphère, entre muitos outros, tem um conjunto de datas de concertos, de projectos das suas fileiras, que importa reter:

23 de Setembro / ZDB - Lisboa / Ovo (Itália)
24 de Setembro / Maus Hábitos - Porto / Mécanosphère & Ovo
25 de Setembro / Espaco Artes Múltiplas - Porto / Bruno Dorella (Ovo / Itália) & Radon/Mécanosphère DJ Sets + Party
30 de Setembro / Maus Hábitos - Porto / Ripit (França)
1 de Outubro / O Meu Mercedes é Maior que o Teu - Porto / Sikhara (EUA)
2 de Outubro / Deslize - Braga / Ripit
9 de Outubro / Espaco Artes Múltiplas - Porto / Benjamin Brejon Beast Box (França)

Número no CCB

A quinta edição do festival Número vai decorrer no CCB, no início de Novembro, mantendo assim uma singular aptidão para, ao longo destes anos, nunca repetir o mesmo espaço. Em 2000, o Número começou numa estrutura montada ao fundo do Parque Eduardo VII. No ano seguinte, instalou-se no Pavilhão Carlos Lopes, para em 2002 tirar proveito da Gare de Santa Apolónia e, em 2003, acontecer na Gare Marítima de Alcântara. Este ano, vai ser na tenda montada no Centro Cultural de Belém que vão acontecer os concertos que fazem parte de um cartaz a revelar em breve.

Pulsar: três anos

O colectivo Pulsar comemora três anos de existência com uma festa no Alcântara Club, na próxima sexta-feira. Doze horas non-stop com dj NA:ME (Gefriem-Cologne), Zentex (Pulsar), Antalgic (Pulsar), Yari (Pulsar), Pitt Bull (Pulsar/Max Ernst), Plagia (Pulsar/Max Ernst), Pan Sorbe (Pulsar), Body Combat (Pulsar/Max Ernst), Antony Millard (i.n.f.i.l.t.r.a.t.i.o.n.), Ballet Mecanico, Erik, Intelectronik e dj Analog (Vinil Overdose).

Ejaculação precoce

Concerto de Panda Bear na ZDB. Melhor, showcase de Panda Bear na ZDB. Estava a ser um óptimo início de noite, mesmo que fosse uma daquelas vezes em que a pequena sala de concertos da galeria lisboeta se torna insuportavelmente abafada, irrespirável e incirculável, de tão apinhada que está. Noah Lennox, aliás, Panda Bear, conseguia indo captar a atenção das pessoas, que naquela canícula permaneciam com sacrifício, embora cientes do proveito. É que é preciso dizer que estava mesmo a ser bom. Primeiro, na manipulação de loops de percussões, guitarras acústicas e de ruídos diversos, leito perfeito para a voz cheia de ecos, à semelhança do que se conhece do último álbum dos Animal Collective ou de "Young Prayer", a experiência a solo do próprio Panda Bear. Depois, na guitarra acústica. E pronto, chega. Porque o que ficará para a memória futura deste concerto é o momento em que, decorridos pouco menos de trinta minutos desde o início do espectáculo, Panda Bear se levanta da cadeira e começa a enrolar cabos, sem mugir, nem tugir, perante uma assistência impávida. This is the end, finito, adeus. É bom, não foi? E agora? Fumamos um cigarro?

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Charadas #59 (3ª parte)

O blogue vê-se refém de uma charada que teima em não ser desvendada. Para voltar a arrumar a casa, aqui vai nova posta.

Charadas #59 (repetição)

Como a charada de ontem já rebentou com o sistema de comentários do Holoscan (que não passa do nº 199) e como há que rearrumar a casa depois da barafunda de ontem, aqui vai de novo a charada. Sem pistas, pois está lá tudo. Ponham esses olhos e esses cérebros a funcionar. :)
(Fica aqui um agradecimento especial à minha boa amiga Lia Pereira por ter disponibilizado uma solução temporária para a segunda imagem, que teimava em não aparecer.)

(fechado. ver nova posta.)

terça-feira, 14 de setembro de 2004

Sons em Trânsito 2004: o cartaz

As Crónicas da Terra acabam de revelar o cartaz principal daquela que será a terceira edição do festival Sons em Trânsito, que uma vez mais decorre na cidade de Aveiro, mais propriamente, no Teatro Aveirense, em Novembro:

Dia 5 - Segue-me à Capela (Portugal) e Janita Salomé (Portugal)
Dia 6 - Jim Moray (Inglaterra)
Dia 7 - Tuxedomoon (EUA)
Dia 11 - Omara Portuondo (Cuba)
Dia 12 - El Bicho (Espanha)
Dia 13 - Afel Bocoum (Mali)

A programação complementar será anunciada em breve. Os bilhetes vão custar entre 12,5 e 30 euros, conforme o local e o número de dias que se pretendam. Para mais informações, é favor consultar as Crónicas.

Mão Morta na capital, em 2005

O concerto que esteve marcado há alguns meses para o Fórum Lisboa só vai acontecer em Janeiro de 2005 e vai ser integrado numa mini-tournée do grupo por vários auditórios do país. Esta é, para já, a única data dessa mini-tournée que já está confirmada, mas os Mão Morta vão passar por outras salas portuguesas até lá:

1 de Outubro - Coimbra, Le Son
9 de Outubro - Braga, Insólito
5 de Novembro - Alenquer, Rock House Café
12 de Novembro - Albergaria-a-Velha, Colinas Bar
19 de Novembro - Évora, FIKE - festival de curtas metragens
20 de Novembro - Leiria, Festival Fade in

Tournée de Inverno por anfiteatros:
15 de Janeiro - Lisboa, Fórum Lisboa

Charadas #57

O ATP norte-americano

Já é conhecido o alinhamento de mais uma edição americana do festival All Tomorrow's Parties, que este ano tem os Modest Mouse como mordomos. Assim, no primeiro dia, 6 de Novembro, subirão ao palco Modest Mouse, Lou Reed, The Black Heart Procession, Sufjan Stevens, Lungfish, Explosions in the Sky, mm White Hassle, Willy Mason e Wolf Parade. No dia seguinte é a vez de: The Flaming Lips, The Shins, White Magic, The Walkmen, Radar Brothers, Love as Laughter, The Cramps e Eagles of Death Metal.
O ATP norte-americano decorre a bordo do Queen Mary, que está ancorado ao largo de Los Angeles.

Vendas globais de música caem 7,6%

2003 foi o quarto ano consecutivo em que as vendas de fonogramas caíram, de acordo com os dados ontem revelados pela International Federation of the Phonographic Industry (ver notícia da Associated Press).

A quebra em relação em 2002, registada no conjunto global dos formatos áudio e vídeo, foi de 7,6% em termos de facturação e de 6,6% em termos unitários. O mercado de 2003 corresponde ao valor de 32 mil milhões de dólares e a 2,7 mil milhões de unidades vendidas, quando em 1999, o valor era de mais de 38 mil milhões de dólares.

A queda é atribuída, pela IFPI, a três principais factores: gravação de CDs e downloads ilegais; concorrência no consumo com outros bens como DVDs e telemóveis; e à incerteza económica, principalmente na América Latina e na Ásia. Segundo a IFPI, todos estes factores "começaram a mostrar sinais de reviravolta no início de 2004".

Ainda de acordo com os dados da IFPI, a Universal Music Group (da Vivendi Universal) mantém a posição de líder de mercado, com 23,5% de quota, alguns pontos abaixo da percentagem que tinha registado em 2002 (25,4). Em 2003, a EMI passou para o segundo lugar (de 12,2% para 13,4%), que antes pertencia à Sony (de 13,8% para 13,2%). Seguem-se a Warner (11,8% para 12,7%) e a BMG, que se prepara para fundir com a Sony e que registou uma quota na ordem dos 11,9% (10,9% em 2002). As independentes registaram, na globalidade, uma quota de mercado de 25,3%, depois dos 25,9% de 2002.

How To Dismantle An Atomic Bomb

Deverá ser este o nome do próximo álbum dos U2.

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

Euronevralgia #10: 1974



Paulo de Carvalho, "E Depois do Adeus"
Three points, trois points, três pontos - 14º lugar

Ainda dois pormenores curiosos da primeira noite de C93

Ben Chasny apresenta-se ao público assim: "We're Six Organs of Admittance".
David Tibet apresenta o tema "Maldoror is dead" assim: "We haven't played this for years".

Charadas #56




Bilhetes para Tom Waits em Londres desaparecem em trinta minutos

Os 3400 bilhetes para o espectáculo de Tom Waits no Hammersmith Apollo, em Londres cidade onde o músico não toca desde 1987, foram todos vendidos em apenas meia hora...

Morreu Ernie Ball

Gente Sentada: cartaz completo

Dia 1,
Rosie Thomas
Sufjan Stevens
Nicolai Dunger

Dia 2,
Devendra Banhart
Robert Fisher
Kate Walsh

Outubro, no Teatro António Lamoso (Feira).

domingo, 12 de setembro de 2004

Kid 606 na festa da ZDB

Os 10 anos de música na ZDB vão ter, para além do ciclo de música electrónica e experimental que está já a decorrer às sextas-feiras, um outro evento comemorativo, que vai contar com a presença confirmada do venezuelano Miguel Depedro, aliás Kid606, o puto maravilha do heavy metal de laptop.
Em Outubro (possivelmente, dia 16).

Coisas-rock que irritam #13

CRÍTICOS ROCK (LISBOETAS) QUE NUNCA METEM OS PÉS NOS BONS CONCERTOS DE BANDAS PORTUGUESAS, MAS QUE DÃO O C* E DOIS TOSTÕES PARA ESTAREM NA ZONA VIP DE UM GRANDE FESTIVAL (há excepções, como vocês os dois que estiveram este sábado nos D3Ö)

sábado, 11 de setembro de 2004

C93 e amigos @ Ibérico

Por estes ouvidos ainda ecoa a melodia de "A Gothic Love Song", com que os Current 93 encerraram esta noite um último encore, arrancado a ferros por uma assistência em estado de apoteose, depois de cerca de hora e meia de concerto de David Tibet e restantes elementos que desta vez deram vida ao seu projecto de duas décadas, numa formação mais alargada e mais diversificada daquela que tocou naquele mesmo espaço -- o belíssimo Teatro Ibérico -- no ano passado. A propósito, se a esses dois espectáculos anteriores esteve associada, de certa forma, uma vaga ideia de poema musicado, com Tibet essencialmente a declamar para o público, com os músicos remetidos para o fundo, desta vez o piano, as guitarras, o acordeão, a flauta ou o violino fizeram por ir mais longe. Impediram que a monotonia se instalasse, tanto no plano musical, como visual (Tibet não parava quieto) e enriqueceram a paleta de sublimes sensações que estremecem com o íntimo de qualquer um.

Ben Chasny (aliás, Six Organs of Admittance) notou-se pouco na formação dos C93, excepção feita a um dos encores (sozinho com Tibet) e a um dos melhores momentos do concerto, em que Tibet recuperou um tema com mais de vinte anos, retirado do primeiro álbum e raramente tocado ao vivo ao longo de todo este tempo: "Ach Golgotha (Maldoror Is Dead)". Mas quando Ben abriu a noite, sozinho, foi diferente. A forma como se agarra à guitarra e a dedilha com um frenesi inenarrável faz por vezes lembrar Paredes -- passe a heresia que é dizer um disparate como estes -- abraçando a sua guitarra portuguesa. Genial. E, numa noite como estas, percebe-se que o alinhamento se tivesse inclinado mais para os temas obscuros do seu reportório, mais próximos de uma certa folk pintada a negro.

Menos boas foram as outras duas actuações a solo. O/a Baby Dee ao piano, de pijama e chinelos, fez lembrar, com alguma distância, determinados trejeitos vocais de Antony, da primeira parte dos C93 no ano passado. Ou então um John Cleese nos seus fantásticos papéis de dona de casa que tem sempre algo a dizer para os anúncios de margarina e que, no caso, se safa a tocar piano. Nada que se comparasse, contudo, à desilusão chamada Simon Finn, cantautor canadiano, desdentado e plagiador de "All Along the Watchtower", que estava afastado da música há mais de trinta anos, altura em que lançou o seu único álbum. Depois de ouvir Ben Chasny, seria impossível que a folk psicadélica de dicção pouco clara de Finn vingasse. Mas o público em geral parece ter gostado, ainda assim.

sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Hi-TeCa no Carlos Alberto

Hi-TeCA - Música Electrónica e Projectos Intermédia. Assim se chama o ciclo que a Matéria Prima se prepara para realizar no remodelado Teatro Carlos Alberto, no Porto, nos dias 15, 17, 18 e 19 deste mês. Segue-se a programação:

Dia 15
[22h00]
- Spektrum

Dia 17
[22h00]
- @c+Lia
- Burnt Friedman/Jaki Liebezeit feat. Josef Suchy
[24h00]
- Luís Espinheira [DJ]
- Farben (aka Jan Jelinek) [live act]
- Muesli Colectivo [DJ]

Dia 18
[22h00]
- Philip Jeck
- Fennesz feat. Jon Wozencroft [visuals]
[24h00]
- Ina Soda & Sim.on [DJ]
- Akufen [live act]

19SET
[22h00]
- Parasita Acumulador #02
- Elliott Sharp/Janene Higgins

Os bilhetes para os concertos têm dois preços, 15 e 10 euros (plateia e balcão respectivamente). Para assistir às sessões de djing e live acts, o preço do bilhete é único e inclui uma bebida: 5 euros. Há ainda um passe para todo o ciclo. Custa 25 euros e inclui a festa do primeiro aniversário da TeCA.

IndieLisboa: o programa

Já está definido o programa da primeira edição do festival de cinema independente IndieLisboa. Para ver a programação completa, é favor abrir este pdf.

Isto não é branco, não.

Frequentemente, e cada vez mais frequentemente, deparo-me aqui com o tasco a aparecer em fundo branco, sem a barra do lado esquerdo, sem qualquer espécie de formatação na fonte do texto, etc. Fica desde já o aviso que não é nenhuma mudança radical de design que me passou pela cabeça. Pelo tipo de sintoma, presumo que seja a css (e agora, perguntam vocês: "o que é uma css?"; eu respondo: "vão aprender html!"), que está alojada noutro servidor, que não carrega. Não posso fazer nada além de pensar numa revisão do html do template para poder prescindir da css (err... not!) ou mudar a mesma de servidor. Até lá, vamos gozando esta intermitência branca-amarela.

zdbmüzique: 10 anos

Há dez anos que a Galeria Zé dos Bois realiza concertos nas suas instalações. PARABÉNS! QUE SEJAM CEM!

Coisas-rock que irritam #12

QUEM ESCREVE MÚSICA ASSIM: MUSICA.

x + y + z

x = Current Ninety-Three
Ao longo dos anos, o projecto de Dave Tibet tem mantido o seu fiel grupo de seguidores, quase que num mundo à parte. A "dark folk" de pendor esotérico dos Current 93 barra, habitualmente, a aceitação de outros ouvidos geralmente atentos, mas isso não tem impedido Tibet de fazer um percurso notável, desde que em 1984 lançou o primeiro LP do projecto, "Nature Unveiled". Hoje (e amanhã) será uma oportunidade para rever uma vez mais a forte dimensão espiritual e sentimental dos C93 ao vivo.

y = Six Organs of Admittance
Quem já ouviu Ben Chasny a dedilhar a sua guitarra acústica, ao vivo ou em disco, sabe que existe ali uma magia irresistível. Aqueles que o viram este ano na ZDB ou esta passada quarta-feira em registo privado dificilmente terão outra opinião. Se isto não fosse já suficiente para merecer vê-lo e ouvi-lo de novo, a notícia de que Ben vai integrar a própria formação dos C93 é um espigão bem afiado que desperta fortemente a curiosidade.

z = Teatro Ibérico
Não há salas assim. O Teatro Ibérico, antiga igreja com ar de anfiteatro romano, é de um esplendor imenso. No ano passado, o concerto dos C93 assentou da melhor forma possível neste cenário. Hoje e amanhã, o espaço voltará a desempenhar certamente um papel muito importante na contextualização destes concertos.

De onde raio é que vem o nome? #22: Matmos

Não só os Duran Duran se inspiraram no filme "Barbarella" para o seu baptismo. Também o duo Matmos assim se chama por causa do lago com inteligência própria que se alimentava das energias negativas dos habitantes do planeta Sogo. As "lava lamps", como aquela que aparece na charada de hoje, tinham sido inventadas cinco anos antes da produção do filme, que acabou por usar e abusar dos efeitos destas, principalmente para a caracterização do lago Matmos. Curiosamente, depois do filme, o inventor das "lava lamps" mudou o nome da sua empresa de Crestworth Company para Mathmos Corporation...

De onde raio é que vem o nome? #21: Duran Duran

Era a charada de ontem. Os Duran Duran foram buscar o seu nome ao professor Durand-Durand, interpretado pelo actor Milo O'Shea no filme de culto de ficção científica "Barbarella", realizado por Roger Vadim em 1968, com uma super-erótica Jane Fonda no papel principal.

Charadas #55

quinta-feira, 9 de setembro de 2004

Charadas #54

O Panda Bear mora cá (!)

Foi com alguma surpresa que soube desta história ontem. Panda Bear, uma das metades do núcleo duro dos Animal Collective, vive em Lisboa desde há alguns meses. O Pedro Rios já o tinha aliás escrito numa entrevista feita a Noah Lennox (o seu verdadeiro nome) para um Y que me terá escapado:

«Estando os Collective associados a Nova Iorque, foi com surpresa que descobrimos Noah em Lisboa. A conversa aconteceu no Jardim Botânico, reduto de calma no caos da urbe, imagem condizente com a música dos Animal Collective. Vive em Lisboa desde Maio, depois de conhecer a actual namorada em Outubro de 2003 por ocasião do concerto da banda no Número Festival. 'Foi um dos sítios maiores onde tocámos até aquela altura. Estava tão bêbedo... Era o fim da nossa tour. Não gosto muito de tournées. Foi o fim da minha sanidade. E 48 horas depois encontrei a minha namorada. Estive com algumas pessoas em Portugal por três dias, sem saber onde....', recorda Noah. 'Quando vim aqui pela primeira vez senti-me muito bem logo nos primeiros 15 segundos. Portugal é muito mais calmo [do que Nova Iorque]. Parecia mais certo para mim, um sítio onde seria mais feliz'.»

Para ler a entrevista completa, é favor seguir por aqui.

Isto anda bonito, anda...

Ontem era o Blogger que não permitia a publicação de novas postas. Hoje é o Haloscan que está em baixo, fazendo com que não apareçam os comentários.
Para a santíssima trindade ficar completa, só falta eu ficar amanhã de cama, com febre.
TOC TOC TOC! Amanhã há C93!

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

Obrigado, PG.


Christina Carter


Ben Chasny, aliás Six Organs of Admittance

Os PTV3, aliás, os novos Psychic TV



Da esquerda para a direita:
David Max (guitarra), Alice Genese (baixo), Markus Fabulous Persson (teclados), Genesis ("noise bass", violinio eléctrico, vozes), Lady Jaye (samplers, pandeireta) e Eddie ODowd (bateria, sampler percutido)).
Sá da Bandeira, Porto, dia 8 de Outubro.

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Outra recordação (*) da noite, para desenjoar da "Euronevralgia"



The Feelies, "Crazy Rhythms"
(A&M, 1980)

Um dos discos mais interessantes do pós-punk do início da década de 80, lá para os lados de Nova Iorque. Anton Fier, baterista ícone da cena nova-iorquina (Golden Palominos, John Zorn, Laurie Anderson, etc.) estava aqui e marcava o ritmo como um animal krautrockiano.
(*) Não será propriamente "recordação", pois não conheço o disco há mais do que um ano...

Euronevralgia #9: 1973



Fernado Tordo, "Tourada"
Eigthy points, quatre-vingt points, oitenta pontos (10º lugar)